Estabilidade no Mercado Pecuário Brasileiro

Fatores que Afetam o Mercado

Os valores da arroba do boi gordo se mantiveram estáveis nas principais praças pecuárias brasileiras, refletindo um início de semana típico no mercado. A presença de sobras de cortes bovinos no atacado e varejo explicam a baixa demanda nesse momento, segundo a S&P Global Commodity Insights. Entretanto, com os salários dos trabalhadores caindo nas contas bancárias, espera-se uma retomada do consumo interno de carne bovina durante a semana. Apesar disso, os frigoríficos continuam pressionando por redução nos preços da arroba do boi. Por outro lado, não se prevê um aumento significativo na oferta de boiadas gordas no curto prazo, o que pode impedir uma queda expressiva nas cotações da arroba.

Desempenho do Mercado No Passado e Tendências Futuras

Em calmaria típica de segundas-feiras, o preço médio do boi gordo nas praças paulistas permaneceu em R$ 245/@. Todas as 17 praças monitoradas mantiveram indicações laterais, de acordo com a Agrifatto. Apesar disso, no mercado futuro, a última semana encerrou com altas em quase todos os contratos futuros. O contrato com vencimento para janeiro de 2024 fechou cotado em R$ 246,30/@, com avanço de 0,65% no comparativo diário. No encerramento de dezembro de 2023, o boi gordo ficou cotado em R$ 248,63/@ no Estado de São Paulo. Uma preocupação para as indústrias frigoríficas surge, já que a diferença entre o preço do boi gordo e do equivalente físico voltou a ficar no campo negativo.

Fatores de Desvalorização e Cenário Atual

Apesar do desempenho do mercado no passado, 2023 foi um ano desafiador para a pecuária, com queda de 19,87% no preço médio do boi gordo em relação ao ano anterior. Uma comparação entre o preço médio de dezembro de 2023 e o valor médio de janeiro do mesmo ano mostra uma desvalorização de 13,06%. Essa é a maior queda acumulada em um ciclo de baixa na história. A falta de rentabilidade preocupa as indústrias frigoríficas, que observam uma diferença negativa entre o preço do boi gordo e do equivalente físico, podendo prejudicar futuras vendas.

Cotações Atuais em Praças Pecuárias

Os preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto em 8 de janeiro são indicativos do atual cenário de estabilidade nas praças pecuárias, refletindo um mercado que tem se mostrado desafiador. Desde São Paulo até Maranhão, os preços indicam um mercado sob tensão e com perspectiva de maiores desafios a serem enfrentados.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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Os valores da arroba do boi gordo permaneceram estáveis nas principais praças pecuárias brasileiras, refletindo um início de semana típico no mercado, quando os agentes do setor calculam as vendas de carne bovina do final de semana para estabelecer estratégias de precificação ao longo dos próximos dias, informa nesta segunda-feira (8/1) a S&P Global Commodity Insights.

“Há presença de sobras (de cortes bovinos) no atacado/varejo, o que explica a baixa demanda neste momento”, relata a consultoria.

Porém, acrescenta S&P Global, como os salários aos trabalhadores entraram nas contas bancárias dos trabalhadores nesta segunda-feira, espera-se uma retomada do consumo interno de carne bovina durante a semana.

Em contrapartida, continua a consultoria, apesar da baixa atividade de negociações, há uma pressão contínua por parte dos frigoríficos para reduzir os preços da arroba do boi, indicando que as transações devem continuar em um ritmo moderado, com um interesse de compra ainda limitado.

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Por outro lado, diz a Agrifatto, não se prevê um aumento significativo na oferta de boiadas gordas no curto prazo, o que pode impedir uma queda expressiva nas cotações da arroba.

De acordo com apuração da Agrifatto, em calmaria típica de segundas-feiras, o preço médio do boi gordo nas praças paulistas seguiu em R$ 245/@.

“Todas as 17 praças monitoradas mantiveram as indicações laterais”, informa a Agrifatto.

No mercado futuro, contrariando o comportamento do preço, a última semana encerrou com altas de quase todos os contratos futuros. O contrato com vencimento para janeiro de 2024 fechou cotado em R$ 246,30/@, com avanço de 0,65% no comparativo diário.

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A Agrifatto lembra que, no encerramento de dezembro/23, o boi gordo ficou cotado em R$ 248,63/@ no Estado de São Paulo, atingindo o maior patamar mensal desde agosto/23, e com alta de 5,86% em relação ao valor do mês anterior.

“Ou seja, toda a avaliação que viemos pontuando desde outubro/23 sobre a demanda sazonal mais intensa em dezembro se concretizou em forte valorização do boi gordo”, afirma a Agrifatto.

VEJA TAMBÉM | Boi: em 2024, preços devem depender da oferta, aponta Cepea

Porém, continua a consultoria, o “fator demanda” pode começar a preocupar a partir deste primeiro mês de 2024, já que a diferença entre o preço do boi gordo e do equivalente físico (carcaça remontada) voltou a ficar no campo negativo (-1,14%), o que pode denotar preocupação para as indústrias frigoríficas do País, “já que aquela ótima rentabilidade auferida no terceiro trimestre de 2023 ficou, de fato, para trás”.

No entanto, diz a Agrifatto, uma análise mais de longo prazo, 2023 foi um ano “desafiador” para a pecuária, pois o boi gordo fechou o ano a um preço médio de R$ 254,69/@, uma queda de 19,87% em relação ao valor médio de 2022 e o menor valor desde 2021.

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“Quando comparamos o preço médio de fechamento de dezembro/23 em relação ao valor médio de janeiro do mesmo ano, o animal terminado desvalorizou 13,06%, semelhante ao movimento ocorrido em 2022 (com queda de 13,70% no período)”, observa a Agrifatto, que acrescenta: “Até o momento, essa é a maior queda acumulada em um ciclo de baixa na história”.

Cotações máximas de machos e fêmeas nesta segunda-feira, 8/1/2024
(Fonte: S&P Global)

SP-Noroeste:

boi a R$ 250/@ (prazo)
vaca a R$ 235/@ (prazo)

MS-Dourados:

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boi a R$ 235/@ (à vista)
vaca a R$ 210/@ (à vista)

MT-Cáceres:

boi a R$ 190/@ (prazo)
vaca a R$ 185/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

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boi a R$ 210/@ (à vista)
vaca a R$ 185/@ (à vista)

GO-Sul:

boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 222/@ (prazo)

PR-Maringá:

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boi a R$ 240@ (à vista)
vaca a R$ 222/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 245/@ (prazo)
vaca a R$ 210/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 220/@ (prazo)
vaca a R$ 202/@ (prazo)

RO-Cacoal:

boi a R$ 207/@ (à vista)
vaca a R$ 190/@ (à vista)

Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto em 8 de janeiro

São Paulo — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$245,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abates de nove dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$235,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de nove dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$235,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de nove dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$210,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias;

Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de dez dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$240,00. Média de R$235,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de dez dias;

Rondônia — O boi vale R$205,00 a arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de nove dias;

Maranhão — O boi vale R$215,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;

Paraná — O boi vale R$235,00 por arroba. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de nove dias.

FAQ sobre os preços da arroba do boi gordo no mercado pecuário

1. Por que os valores da arroba do boi gordo permaneceram estáveis?

Os valores da arroba do boi gordo permaneceram estáveis devido a um início de semana típico no mercado, quando os agentes do setor calculam as vendas de carne bovina do final de semana para estabelecer estratégias de precificação ao longo dos próximos dias.

2. O que explica a baixa demanda neste momento?

Há presença de sobras de cortes bovinos no atacado/varejo, o que explica a baixa demanda neste momento.

3. Por que os frigoríficos estão pressionando para reduzir os preços da arroba do boi?

Apesar da baixa atividade de negociações, há uma pressão contínua por parte dos frigoríficos para reduzir os preços da arroba do boi, indicando que as transações devem continuar em um ritmo moderado, com um interesse de compra ainda limitado.

4. O que esperar do consumo interno de carne bovina durante a semana?

Espera-se uma retomada do consumo interno de carne bovina durante a semana, pois os salários dos trabalhadores entraram nas contas bancárias nesta segunda-feira.

Conclusão sobre os preços da arroba do boi gordo

Os preços da arroba do boi gordo permaneceram estáveis, refletindo um cenário de baixa demanda e pressão por redução de preços por parte dos frigoríficos. No entanto, a expectativa de retomada do consumo interno e a ausência de um aumento significativo na oferta de boiadas gordas no curto prazo indicam um cenário de ritmo moderado nas transações.

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