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Boa leitura!

A agricultura é uma atividade de risco que requer altos investimentos. E, mesmo que o Produtor Rural tome todos os cuidados para minimizar esses riscos, ele sempre estará à mercê de fatores climáticos e/ou econômicos para o sucesso de seu negócio.

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À medida que o Produtor Rural exerce sua atividade, ao longo do tempo assume inúmeras obrigações com diversos agentes do mercado, como revendedores, instituições financeiras, tradings, cooperativas, que vão muito além dos custos da lavoura.

Assim, quando um Produtor Rural exerce sua atividade sem ter o menor controle financeiro, acaba tomando decisões cegas e correndo sérios riscos de ter problemas no futuro com aperto de caixa e dificuldades para manter sua operação saudável.

Nesse cenário, qualquer coisa que dê errado, como um problema em sua lavoura, seja por fatores climáticos, vícios de sementes, ou mesmo causado pela economia, sua capacidade de pagamento sofre uma redução significativa, e o Produtor acaba não sendo capaz de cumprir suas obrigações.

A tendência é que ele renegocie sozinho dívidas, contratos e empréstimos, sem conhecer seus direitos e também o real impacto que essa falência teve em seu negócio.

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Geralmente, as propostas de renegociação apresentadas ao Produtor Rural se resumem na prorrogação das obrigações para a próxima safra, condicionadas à apresentação de uma garantia real (penhor, hipoteca e alienação fiduciária), que acabam sendo aceitas por ele, sem saber com certeza se a sua capacidade de pagamento é suficiente para cumprir tais compromissos.

Quando o Produtor percebe, mesmo com boa produtividade em sua safra, as dívidas começam a apertar e sua capacidade de pagamento não é mais suficiente para cumprir todos os compromissos em dia. Para cumprir as obrigações, ele toma empréstimos a altas taxas de juros; para se manter em atividade, está sujeita a financiamento de empresas que aumentam significativamente seus custos.

Sem ânimo para tocar o negócio, sem crédito no mercado, com inúmeros credores batendo à sua porta, ele é obrigado a vender parte de sua fazenda ou outros bens para se livrar desse problema.

Se você se identificou com alguma parte dessa narrativa, é muito importante ter em mente que situações de crise são normais em todos os tipos de negócios, mas a forma de lidar com elas é o que faz toda a diferença.

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Estratégias para superar a dívida rural

Ajudar o Produtor Rural endividado a superar o momento de crise, dívidas e reestruturação empresarial é uma excelente ferramenta que tem se mostrado muito eficiente.

A reestruturação de dívidas é um mecanismo criado para que o Produtor Rural possa se reerguer em momentos de dificuldade, e as etapas desse procedimento permitirão que ele se reorganize internamente e com seus credores para que a crise, aos poucos, possa ser superada. resolvido.

Esse processo visa trazer um novo fôlego ao caixa do Produtor Rural para que ele possa manter suas operações de forma saudável e, assim, aumentar as chances de pagamento das dívidas pendentes com seus credores.

É importante deixar claro que não se trata de uma recuperação judicial.

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Como é feita essa reestruturação de dívidas e negócios?

O primeiro passo é fazer um diagnóstico financeiro do negócio do Produtor Rural, levantando sua capacidade de pagamento, custos operacionais, fluxo de caixa operacional e inventariando todas as dívidas pendentes com terceiros.

Com essas informações, o Produtor Rural poderá visualizar todos os indicadores de seu negócio, conhecer sua real capacidade de pagamento e saber o tamanho de sua dívida.

Feito este diagnóstico financeiro, passamos ao segundo passo, que é a elaboração de um plano de reestruturação empresarial e de um plano de reestruturação de dívidas.

A elaboração do plano de reestruturação empresarial visa tornar a operação rural do produtor mais eficiente e organizada, por meio da implantação de boas práticas gerenciais, financeiras e operacionais.

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No plano de reestruturação de dívidas, são identificadas quais estão em vigor, quais estão vencidas, quais geram mais juros, que podem se tornar uma ação judicial, colocando todas as dívidas em ordem de prioridade para montar um cronograma de pagamento.

O Produtor Rural, ao estabelecer essa ordem de prioridade e cronograma, poderá passar para a próxima etapa, que é negociar com os credores.

Nesta terceira etapa, o Produtor Rural buscará seus credores para renegociar as dívidas, visando reduzir o valor da dívida, reduzir ou suspender temporariamente a taxa de juros da dívida e até mesmo prorrogar os prazos de pagamento das dívidas de forma a adequar-se ao seu capacidade para pagar.

É isso que permitirá ao Produtor Rural ter o fôlego necessário para continuar operando e garantir o lucro necessário para saldar suas dívidas e se manter na atividade.

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É muito importante que ao longo desse processo de reestruturação, o Produtor Rural mantenha uma boa comunicação com seus credores e, principalmente, que seja transparente, a fim de demonstrar que será uma relação ganha-ganha.

A reestruturação de dívidas e negócios realmente é uma boa saída para o Produtor Rural que tem problemas de endividamento, mas é preciso ter em mente que os problemas não serão resolvidos apenas com a ajuda de terceiros, através de liberação de créditos, prorrogação de dívidas ou venda de bens. O Produtor Rural precisa se organizar, fazer o dever de casa e convencer os credores a continuarem acreditando no seu negócio.

Por fim, é de fundamental importância que o Produtor Rural conte com o apoio de consultores especializados tanto na elaboração quanto na execução do plano de reestruturação da dívida e do negócio.

Demonstrar aos credores que você está atuando por meio de especialistas nos pontos críticos da operação rural, visando melhorar seu desempenho e eficiência, facilitará o sucesso das negociações.

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Lembre-se que situações de crise são normais em todos os tipos de negócios, mas a forma de lidar com ela é o que faz toda a diferença!

Leandro Amaral é advogado especializado em Agronegócios desde 2004; Mestre em Direito em Direito Empresarial pela FGV, MBA em Direito do Agronegócio pelo Ibmec; Especialista em Recuperação Empresarial e Gestão de Ativos pelo Insper; Especialista em Contratos do Agronegócio pelo IBDA; membro da UBAU – União Brasileira dos Agrários Universitários e da Academia Brasileira de Crédito Agrícola.

O setor agrícola é conhecido por ser uma atividade de risco, que demanda altos investimentos. O Produtor Rural está continuamente exposto a fatores climáticos e econômicos que podem afetar diretamente o sucesso de seu negócio. Mesmo com todos os cuidados tomados para minimizar esses riscos, é inevitável que surjam adversidades ao longo do tempo.

À medida que o Produtor Rural exerce sua atividade, ele assume obrigações com diversos agentes do mercado, como revendedores, instituições financeiras, tradings e cooperativas. Essas obrigações vão além dos custos diretos da lavoura e podem se tornar um desafio quando não há um controle financeiro adequado. Sem esse controle, o Produtor acaba tomando decisões cegas e correndo o risco de enfrentar problemas futuros como aperto de caixa e dificuldades para manter a operação saudável.

Situações adversas, como problemas na lavoura decorrentes de fatores climáticos ou até mesmo pela situação econômica, podem levar a uma redução significativa na capacidade de pagamento do Produtor Rural. Como consequência, ele pode acabar não conseguindo cumprir suas obrigações financeiras. Diante dessa realidade, é comum que o Produtor se veja obrigado a renegociar dívidas, contratos e empréstimos por conta própria, sem ter um conhecimento profundo sobre seus direitos e o verdadeiro impacto da falência em seu negócio.

Geralmente, as propostas de renegociação apresentadas ao Produtor Rural se limitam a prorrogar as obrigações para a próxima safra, mediante a apresentação de garantias reais, como penhor, hipoteca e alienação fiduciária. Muitas vezes, essas propostas são aceitas sem que o Produtor tenha plena certeza de sua capacidade de pagamento.

Com o passar do tempo, mesmo com uma boa produtividade na lavoura, as dívidas começam a se acumular e a capacidade de pagamento do Produtor Rural já não é mais suficiente para cumprir todos os compromissos em dia. Para tentar honrar suas obrigações, ele recorre a empréstimos com altas taxas de juros e acaba ficando sujeito a financiamentos de empresas que aumentam significativamente seus custos. Sem motivação para tocar o negócio, sem crédito no mercado e com credores cobrando seus débitos, ele pode se ver obrigado a vender parte de sua fazenda ou outros bens para se livrar do problema.

Se você se identificou com alguma parte dessa narrativa, saiba que situações de crise são normais em todos os tipos de negócios. No entanto, a forma como lidamos com elas faz toda a diferença. Existem estratégias que podem ajudar o Produtor Rural endividado a superar esse momento de crise, dívidas e reestruturação empresarial.

A reestruturação de dívidas é uma excelente ferramenta que tem se mostrado muito eficiente nesse sentido. Esse processo permite que o Produtor Rural se reorganize internamente e com seus credores, de forma que a crise possa ser superada aos poucos. O objetivo é trazer um novo fôlego ao caixa do Produtor, possibilitando que ele mantenha suas operações de forma saudável e aumente suas chances de pagamento das dívidas pendentes.

É importante ressaltar que a reestruturação de dívidas não é uma recuperação judicial. Ela consiste em um diagnóstico financeiro, seguido da elaboração de um plano de reestruturação empresarial e de um plano de reestruturação de dívidas.

No diagnóstico financeiro, é realizado um levantamento da capacidade de pagamento do Produtor Rural, dos custos operacionais, do fluxo de caixa operacional e de todas as dívidas pendentes com terceiros. Essas informações permitem que o Produtor tenha uma visão geral dos indicadores de seu negócio, bem como conheça sua real capacidade de pagamento e o tamanho de sua dívida.

Com base nesse diagnóstico, é elaborado um plano de reestruturação empresarial, visando tornar a operação rural do Produtor mais eficiente e organizada. Esse plano inclui a implantação de boas práticas gerenciais, financeiras e operacionais.

Já o plano de reestruturação de dívidas tem como objetivo identificar todas as dívidas em vigor, as que estão vencidas e as que geram mais juros, para, assim, montar um cronograma de pagamento. O Produtor Rural estabelece uma ordem de prioridade e um cronograma de pagamento, para então partir para a negociação com os credores.

Nessa etapa, o Produtor Rural buscará seus credores para renegociar as dívidas, de forma a reduzir o valor da dívida, suspender temporariamente a taxa de juros ou prorrogar os prazos de pagamento. O objetivo é adequar as condições de pagamento à capacidade financeira do Produtor. Essa negociação permitirá que ele tenha o fôlego necessário para continuar operando e saldar suas dívidas, mantendo-se na atividade.

Durante todo o processo de reestruturação, é fundamental que o Produtor Rural mantenha uma boa comunicação com seus credores e seja transparente. Demonstrar que a reestruturação será uma relação ganha-ganha é essencial para o sucesso das negociações.

A reestruturação de dívidas e negócios realmente é uma boa saída para o Produtor Rural com problemas de endividamento. No entanto, é importante ressaltar que os problemas não serão resolvidos apenas com a ajuda de terceiros, como liberação de créditos, prorrogação de dívidas ou venda de bens. O Produtor Rural também precisa se organizar, fazer sua parte e convencer os credores a continuarem acreditando em seu negócio.

Por fim, é fundamental contar com o apoio de consultores especializados na elaboração e execução do plano de reestruturação da dívida e do negócio. Mostrar aos credores que o Produtor está buscando a ajuda de especialistas para melhorar o desempenho e a eficiência de sua operação rural facilitará o sucesso das negociações.

Lembre-se de que situações de crise são normais, mas a forma como lidamos com elas é o que faz toda a diferença!

Leandro Amaral é advogado especializado em Agronegócios desde 2004, Mestre em Direito Empresarial pela FGV, MBA em Direito do Agronegócio pelo Ibmec, Especialista em Recuperação Empresarial e Gestão de Ativos pelo Insper, Especialista em Contratos do Agronegócio pelo IBDA, membro da UBAU – União Brasileira dos Agrários Universitários e da Academia Brasileira de Crédito Agrícola.

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