Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
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O agronegócio brasileiro é uma das principais forças impulsionadoras da economia do país. Um setor em expansão e com grande potencial de crescimento, o agronegócio engloba atividades como a produção de alimentos, criação de animais, cultivo de plantas e a exportação de produtos agrícolas. No Brasil, os estados do Paraná e de Santa Catarina se destacam tanto na produção quanto na exportação de carne suína e de frango, sendo líderes nesse segmento.
Com o intuito de impulsionar ainda mais essa indústria e facilitar o transporte de insumos e produtos, o projeto da Nova Ferroeste prevê a construção de um ramal que ligará a cidade de Cascavel, no Paraná, a Chapecó, em Santa Catarina. Essa rota irá agilizar e reduzir os custos no transporte de grãos que vêm do Mato Grosso do Sul e são utilizados na alimentação de animais nas propriedades do oeste catarinense e do Paraná. Além disso, a ferrovia também facilitará o escoamento da carne suína e de frango para exportação.
A logística é um fator essencial para o bom desempenho da indústria alimentícia e, consequentemente, para a economia dos estados envolvidos no projeto. Durante o Simpósio de Integração Logística Sul, realizado durante a Feira Mercoagro em Chapecó, o tema foi amplamente discutido, evidenciando a importância da Nova Ferroeste para o setor.
Com 1.567 km de extensão, a Nova Ferroeste terá um tronco principal que ligará Maracaju, no Mato Grosso do Sul, a Paranaguá. Além disso, serão construídos dois ramais, um de Cascavel a Foz do Iguaçu, e outro de Cascavel a Chapecó. O ramal de Chapecó terá 263 quilômetros de trilhos e passará por 11 municípios paranaenses e sete municípios catarinenses.
Santa Catarina consome anualmente de 5 a 7 milhões de toneladas de milho e soja, principalmente provenientes do Mato Grosso do Sul, Paraná e Paraguai. Esses insumos são utilizados na alimentação dos rebanhos presentes nas cidade do interior do estado. Com planos de aumentar a produtividade, o Mato Grosso do Sul visa expandir a área plantada nos próximos anos. Com a Nova Ferroeste, haverá uma maior integração entre a oferta e a demanda desses produtos.
O aumento do fluxo de cargas destinadas ao Paraná e Santa Catarina é uma das principais metas do projeto. Segundo o assessor do Ministério do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação do governo do Mato Grosso do Sul, Lúcio Lagemann, a região se tornará um polo de fornecimento de soja e milho para esses estados, além do Rio Grande do Sul. Para isso, é necessário contar com uma estrutura logística eficiente, capaz de transportar grandes volumes em tempo hábil.
A melhoria da infraestrutura é um trabalho em conjunto entre os estados envolvidos. O Paraná, por exemplo, está investindo na ampliação da malha ferroviária, além da melhoria da infraestrutura rodoviária. Com a Nova Ferroeste, será possível reduzir em um quinto o tempo de embarque de um contêiner de Cascavel para Paranaguá, de acordo com o secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara.
A extensão proposta entre Cascavel e Chapecó visa transformar a logística atualmente realizada apenas por vias rodoviárias. Ao se conectar com o tronco principal entre Maracaju e Paranaguá, o ramal se tornará um importante corredor de grãos, que serão utilizados pelas indústrias de proteína animal para abastecer tanto o mercado interno quanto externo. Essa nova logística é fundamental para o setor agroindustrial, que representa grande parte do PIB de Santa Catarina e emprega milhares de trabalhadores direta e indiretamente.
A construção da Nova Ferroeste é vista como um caminho essencial para o fortalecimento do agronegócio na região. Com a implementação da ferrovia, será possível melhorar a margem de lucro, gerar novos empregos e abrir novos mercados para o setor produtivo. A cooperação entre os estados do Sul e do Mato Grosso do Sul é fundamental para promover o desenvolvimento integrado da região.
A nova estrutura logística também é vantajosa para cooperativas e empresas do setor agropecuário. A cooperativa Aurora Alimentos, por exemplo, destaca a importância de melhorar as conexões entre as empresas da região oeste catarinense, que têm crescido anualmente. A construção da ferrovia irá reduzir os custos adicionais relacionados à falta de infraestrutura adequada, tornando a região ainda mais competitiva.
Conclusão:
A Nova Ferroeste é um projeto estratégico para impulsionar a logística do agronegócio brasileiro nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A construção da ferrovia irá reduzir custos, agilizar o transporte de grãos e fortalecer o setor agropecuário, que representa uma importante parcela da economia dessas regiões. A cooperação entre os estados envolvidos e a melhoria da infraestrutura são cruciais para garantir o sucesso dessa iniciativa.
Perguntas com respostas:
1. Quais estados lideram tanto a produção quanto a exportação de carne suína e de frango?
Resposta: Paraná e Santa Catarina.
2. Qual é a extensão total da Nova Ferroeste?
Resposta: A Nova Ferroeste terá 1.567 km de extensão.
3. Quais são os ramais previstos no projeto?
Resposta: Um ramal ligará Cascavel a Foz do Iguaçu, e outro ligará Cascavel a Chapecó.
4. Quais são os principais insumos utilizados na alimentação dos rebanhos de Santa Catarina?
Resposta: Milho e soja.
5. Como a Nova Ferroeste irá beneficiar a região em termos de logística?
Resposta: A nova ferrovia irá reduzir custos, agilizar o transporte de grãos e fortalecer o setor agropecuário, facilitando o abastecimento do mercado interno e externo.
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Paraná e Santa Catarina lideram tanto a produção quanto a exportação de carne suína e de frango e, por isso, o projeto da Nova Ferroeste inclui o ramal que ligará Cascavel (PR) a Chapecó (SC). A linha vai agilizar e reduzir custos no trânsito de grãos vindos de Mato Grosso do Sul para alimentação de animais em propriedades do oeste de Santa Catarina e do Paraná, com o retorno de carne suína e de frango para exportação.
O transporte de insumos e produtos é fundamental para o bom desempenho da indústria alimentícia, fundamental para a economia dos três estados abrangidos pela Nova Ferroeste. O tema foi amplamente discutido no Simpósio de Integração Logística Sul, realizado durante o Feira Mercoagrorealizado em Chapecó.
Proposto pelo Governo do Paraná, o projeto da Nova Ferroeste prevê a ligação ferroviária dos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Com 1.567 km de extensão, a nova malha terá um tronco principal de Maracaju (MS) a Paranaguá e dois ramais de Cascavel a Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira, e a Chapecó, no oeste catarinense.
O ramal de Chapecó terá 263 quilômetros de trilhos que passarão por 11 municípios paranaenses (Boa Esperança do Iguaçu, Bom Sucesso do Sul, Cascavel, Catanduvas, Dois Vizinhos, Itapejara d’Oeste, Marmeleiro, Renascença, Três Barras do Paraná, Verê , Vitorino) e sete municípios catarinenses (Bom Jesus do Oeste, Campo Erê, Modelo, Pinhalzinho, Saltinho, São Bernardino e Serra Alta). Estão previstos 18 túneis e 31 pontes e viadutos.
Santa Catarina consome anualmente de 5 a 7 milhões de toneladas de milho e soja produzidos, principalmente no Mato Grosso do Sul, além do Paraná e do Paraguai. Somados ao farelo e ao óleo de soja, esses insumos alimentam os rebanhos espalhados pelas cidades do interior. Mato Grosso do Sul planeja ampliar a produtividade atual de 4 milhões de hectares plantados para 6 milhões de hectares nos próximos oito anos. Ou seja, a Nova Ferroeste combina oferta e demanda.
Segundo o assessor do Ministério do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação do governo do MS, Lúcio Lagemann, a ideia é aumentar o fluxo de cargas destinadas ao Paraná e Santa Catarina. “Seremos um pólo de fornecimento de soja e milho para o Paraná, Santa Catarina e até Rio Grande do Sul. O que precisamos é de uma estrutura logística eficiente porque esses produtos são transportados em grandes volumes e precisam chegar em tempo hábil”, afirmou. ele.
Para o secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, os estados precisam unir forças. “O Paraná vem trabalhando na melhoria da infraestrutura rodoviária, com a nova concessão, e se dedica à ampliação da malha ferroviária. Com a Nova Ferroeste, reduziremos em um quinto o tempo de embarque de um contêiner de Cascavel para Paranaguá”, disse.
LOGÍSTICA
A extensão proposta no projeto entre Cascavel e Chapecó visa transformar a logística atual, realizada exclusivamente por via rodoviária. Ao se conectar ao chamado tronco principal entre Maracaju e Paranaguá, o ramal será um grande corredor de grãos vindos de Mato Grosso do Sul, que retornarão de indústrias como a de proteína animal para abastecer o mercado interno e externo.
A agroindústria representou 31% do PIB (Produto Interno Bruto) de Santa Catarina em 2022. A produção e processamento de carnes (aves e suínos) emprega 60 mil trabalhadores diretos e 480 mil indiretos. A região oeste produz diariamente 500 contêineres de proteína animal.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó, Leonir Broch, destacou a necessidade de melhorar as conexões entre as empresas localizadas na região, com crescimento anual acima dos dois dígitos. “Chapecó e região constroem frigoríficos desde a fundação até o abate final com as melhores tecnologias do mercado. Nessa feira, um dos pontos-chave foi reunir os três estados do Sul e Mato Grosso do Sul para discutir gargalos logísticos. A falta de infraestrutura adequada gera um custo adicional muito elevado”, afirmou.
“Entendemos que o Sul deve se fortalecer para promover o desenvolvimento integrado dos estados que compõem esta região”, acrescentou Beto Martins, secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina.
O coordenador do Plano Ferroviário do Paraná, Luiz Henrique Fagundes, destacou o ganho de custos em torno de 30% em relação ao modal rodoviário com a implantação da ferrovia. “Novos mercados certamente se abrirão para o setor produtivo. Isso vai melhorar a margem e permitir a realização de mais investimentos, gerando novos empregos em todas as regiões por onde passa a ferrovia”, afirmou.
A cooperativa Aurora Alimentos, que atua em Chapecó desde 1969, conta com 40 mil funcionários diretos e 65 mil cooperados. Produz embutidos, frios, carnes suínas, frango, laticínios, pães, verduras e pescados que abastecem o mercado nacional e são exportados para 80 países. Representantes da cooperativa também estão entusiasmados com o projeto.
“A logística interna é um dos nossos maiores obstáculos hoje. Temos a questão da oferta de grãos, estimamos que precisam entrar anualmente cerca de 5 milhões de toneladas de grãos vindos de outros estados, principalmente do Centro-Oeste e também do Paraguai. A construção de uma ferrovia não pode permanecer apenas um sonho. O projeto da Nova Ferroeste é o caminho mais curto para continuarmos competitivos”, disse o presidente da cooperativa, Neivor Canton.
(Fernanda Toigo/Sou Agro)