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Colheita do milho recua quase 2% em Chicago

Colheita do Milho chega ao fim com os preços contabilizando movimentos negativos na Bolsa de Valores Brasileira (B3). Os principais preços oscilaram na faixa entre R$ 89,11 e R$ 95,69.

O vencimento novembro/22 estava cotado a R$ 89,11, com desvalorização de 0,77%, janeiro/23 valeu R$ 93,20, com perda de 0,21%, março/23 foi negociado a R$ 95, 69 com queda de 0,29% e Mai/23 teve valor de R$ 95,30 com queda de 0,30%.

Na comparação semanal o, os preços do cereal brasileiro acumularam perdas de 0,97% para novembro/22, 0,32% para janeiro/23, 0,84% para março/23 e 0,98% para maio/22, em relação ao fechamento da última sexta-feira (16).

variação mensal do milho b3

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 teve quedas devido ao efeito manada no mercado internacional e outras commodities, mas ainda se manteve em bons níveis dentro do Brasil.

O analista de mercado da Grão Direto, Ruan Sene, destaca que a safra farta com produção recorde na segunda safra injetou uma grande oferta no mercado, que ainda não apresentou uma demanda tão aquecida para influenciar os preços.

Por outro lado, as exportações devem continuar fortes e podem afetar os preços.

Sene acredita que o volume embarcado em setembro deve superar o registrado em agosto e fechar o ciclo com recordes de exportações brasileiras diante da demanda europeia e da possibilidade de a China importar milho doméstico ainda em 2022.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também recuou mais do que avançou neste último dia da semana. O levantamento feito pela equipe do Notícias Agrícolas apontou aumentos de valor apenas em Castro/PR e Campo Grande/MS. As desvalorizações ocorreram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP.

Confira como foram todas as cotações desta sexta-feira

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico de milho, o aumento da demanda pelo cereal, principalmente para exportação, na quinta-feira fez com que o preço da saca subisse para cerca de R$ 84,50 em Campinas, sp”.

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho registrou uma semana muito lenta em termos de vendas no cenário doméstico. “O impasse permanece em relação aos preços, o que limita os negócios. A diferença entre o valor que o consumidor quer pagar pelo milho e o preço que o produtor quer receber pelo cereal acaba deixando o mercado muito travado”.

Segundo a SAFRAS Consultoria, os consumidores vêm mantendo o ritmo de aquisição do milho apenas pontualmente, para atender as necessidades mais imediatas da demanda, acreditando que o preço interno pode cair no curto prazo, dada a necessidade de pagamento de dívidas por parte dos produtores e a fraqueza na paridade de exportação observada nos últimos dias.

“Vale destacar também o cenário de fretes elevados, que encarece bastante o abastecimento de regiões como Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Por outro lado, os vendedores estão segurando suas ofertas, apostando na continuidade do forte ritmo de exportação de milho pelo Brasil, principalmente por conta dos problemas de seca observados nos Estados Unidos e Europa e as incertezas já observadas quanto ao clima para o plantio de milho. milho em países sul-americanos como a Argentina”.

As cotações internacionais do milho também tiveram sexta-feira negativa na Bolsa de Chicago (CBOT).

O contrato dezembro/22 foi cotado a US$ 6,76 com queda de 11,50 pontos, março/23 valeu US$ 6,81 com perda de 11,50 pontos, maio/23 foi negociado a US$ 6,82 com queda de 12,00 pontos e julho/23 teve valor de US$ 6,75 com desvalorização de 12,75 pontos.

Esses índices representaram quedas, em relação ao fechamento da última quinta-feira (22), de 1,74% para dezembro/22, 1,73% para março/23, 1,73% para maio/23 e 1,89% para julho/23.

Na comparação semanal, os preços do cereal norte-americano acumularam quedas de 0,15% para dezembro/22, 0,29% para março/23, 0,15% para maio/23 e 0,30% para julho/23, em relação ao fechamento do último Sexta-feira (16).

variação mensal do milho cbot

Segundo informações da Reuters, os futuros de milho aderiram à tendência mais fraca, pressionados por temores de recessão e expansão da safra americana. As previsões apontam para um clima principalmente seco no Centro-Oeste nas próximas duas semanas, à medida que o trabalho de campo se intensifica.

Os mercados de ações de Wall Street despencaram, os contratos futuros de petróleo bruto dos EUA caíram quase 6% e o dólar atingiu uma alta de 22 anos, tornando os grãos dos EUA menos competitivos globalmente à medida que as preocupações com a saúde da economia aumentam. mundo.

“Tudo é interpretado pelas lentes da recessão global que impacta negativamente a demanda por commodities, levando a vendas à medida que avançamos para o fim de semana”, escreveu o economista-chefe de commodities da StoneX, Arlan Suderman, em nota a um cliente.

As perspectivas climáticas favoráveis ​​no Centro-Oeste aumentaram o sentimento de baixa, embora o Departamento de Agricultura dos EUA tenha projetado colheitas menores de milho e soja em comparação com um ano atrás. A colheita está apenas começando no coração do Cinturão do Milho, com 7% concluído para o milho e 3% para a soja a partir de 18 de setembro.

“Chuvas abaixo do normal são esperadas no centro dos EUA nos próximos 15 dias, o que favorecerá a seca e as colheitas antecipadas de milho e soja”, disse a empresa de tecnologia espacial Maxar em nota meteorológica diária.



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