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A meta do setor de transportes é trazer mais de 3 milhões de motoristas e funcionários para votar no próximo domingo, 30 de outubro. Mais de mil transportadoras já confirmaram a paralisação de seus caminhões!

Empresas de transporte supostamente alinhadas com o presidente Jair Bolsonaro (PL) estão liberando seus caminhoneiros trabalhar no final de semana eleitoral para que possam votar no segundo turno — que acontece no dia 30 de outubro. A meta do setor de transportes é trazer mais de 3 milhões de motoristas e funcionários para votar no próximo domingo, 30 de outubro.

Por meio das redes sociais, as empresas têm compartilhado publicações incentivando outras operadorasfazer o mesmo e defender uma mobilização para ajudar a reeleger o atual presidente, que aparece atrás de seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)nas pesquisas de intenção de voto.

Devido ao trabalho, muitos motoristas se afastam de seus postos de votação no dia das eleições e acabam não aparecendo nas urnas. A ideia das empresas é dar folga aos funcionários para que eles possam ir para casa no final de semana e poderem votar.

“Começou a maior mobilização do Brasil”, diz mensagem que circula em grupos no WhatsApp. “As operadoras estão mobilizadas para encerrar suas atividades no próximo dia 28/10/2022″, continua, sem citar diretamente o voto em Bolsonaro.

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Você Caminhoneiros foram importante base de apoio para Bolsonaro em 2018mas o apoio da categoria diminuiu nos últimos anos, principalmente com o aumento dos preços dos combustíveis. Recentemente, o presidente anunciou a antecipação da assistência prestada aos profissionais autônomos, o que é visto como um tentativa de impulsionar a campanha pela reeleição entre o grupo.

O governo também mudou a direção da Petrobras após criticar os aumentos de combustível e vem pressionando para que o preço do diesel e da gasolina não volte a subir este mês, apesar da defasagem em relação aos valores internacionais.

caminhao do bolsonaro

Libertar um caminhoneiro não é ilegal, mas as postagens sim, diz o MPT Adriane Reis de Araújo, procuradora regional do trabalho, diz que a lei eleitoral proíbe ações que causem constrangimento ou inibam as pessoas de irem votar. No caso das categorias que trabalham em dia de eleição, o que ficou acordado é a criação de um escala compatível com a possibilidade de o empregado se ausentar para ir à mesa de voto.

A meta do setor de transportes é conseguir que mais de 3 milhões de motoristas e funcionários votem. Entre as maiores empresas que já confirmaram a paralisação estão:

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  • Transporte JSL
  • RODOJUNIOR TRANSPORTES E LOGÍSTICA LTDA
  • Controle Diesel
  • transportadora Martinelli,
  • Transporte húngaro
  • Transoeste Logística
  • Transporte Bordignon
  • 1500 Transporte
  • Transporte Sada
  • Portador Lunardi
  • TransMagnabosco
  • transmagna
  • Transporte Fribon
  • Centro do Brasil
  • Transporte Comelli
  • Maroni Transportes
  • Transporte G10
  • Transpanorama
  • Bertolini Transportes
  • ouro verde
  • Bom Jesus Transporte
  • Transportes Lontano
  • Transporte Cocal
  • Transporte Transben
  • Brambila Transportes
  • Brasil Novo

“Vimos que existe essa mobilização para liberar os caminhoneiros para que possam votar no segundo turno. A liberação não é problema, atende à lei eleitoral”, afirma. O que não pode, diz ela, é a seletividade ao decidir quais funcionários terão folga e quais trabalharão. “Vimos alguns discursos reforçando que apenas trabalhadores serão liberados que afirmam votar em um candidato e não em outro”.

Segundo Araújo, esse tipo de prática configura infração eleitoral, que pode levar à proibição de empréstimos de bancos públicos, além da propositura de ação pública com indenização por danos morais e individuais.

Araújo lembra que o MPT (Ministério do Trabalho) tem recebido uma enxurrada de denúncias de assédio eleitoral. Segundo ela, já são mais de 900 notificações, sendo que a grande maioria (mais de 700) se refere apenas ao segundo turno das eleições. “Não sei dizer quantos específicos são de caminhoneiros, mas também há reclamações desse setor”, diz.

As publicações em redes sociais aludindo ou anunciando um determinado candidato, estes, sim, podem configurar irregularidade. Segundo o procurador, a lei eleitoral estabelece que o local de trabalho é um bem de uso comum. “Hoje não podemos ver a empresa apenas como o lugar físico, também temos que pensar a empresa nesse ambiente digital. Se há perfis institucionais de uma empresa fazendo propaganda política, isso é totalmente irregular”diz.

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As operadoras usam aplicativos de mídia social e mensagens para incentivar o tempo de folga

Uma das operadoras que tem atuado nas redes sociais para incentivar folga para motoristas em dia de eleição é Rodojunior, localizada na cidade de Rio Verde (GO). Em sua página no Instagram, a empresa republicou diversos vídeos e fotos com referências diretas ao presidente Bolsonaro.

Em uma das publicações, um homem não identificado aparece com adesivos e cartazes de Bolsonaro e diz estar na sede da empresa. “Gente, aqui na empresa Rodojunior vai parar todos os caminhoneiros a partir de quinta-feira da próxima semana [27] votar”, diz.

Em outro post, a empresa reposta uma imagem com as cores da bandeira brasileira e as seguintes palavras “Caminhões com Bolsonaro” e “Vamos parar para votar”. A mesma imagem também foi compartilhada por outras empresas no Instagram.incluindo a Transportadora Brasil Central e o Grupo Comelli — ambos sediados no município de Rio Verde.

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Procuradas pelos telefones do site das empresas, Rodojunior, Brasil Central e Comelli não responderam às diversas tentativas de contato da reportagem nesta quinta-feira (20).

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A Folha procurou operadoras que constam na lista que circula nos grupos de WhatsApp para perguntar se pretendem interromper as atividades no segundo turno das eleições. A maioria das empresas é do Centro-Oeste do país, região onde Bolsonaro se saiu melhor que Lula no primeiro turno e segue com as maiores intenções de voto.

A A Fribon, transportadora sediada em Rondonópolis (MT), confirmou que vai liberar seus 300 motoristas devido às eleições, mas negou que haja um grupo ou entidade organizando a mobilização.

Segundo Rony Cezar Frizon, sócio da Fribon, a empresa não está incentivando a votação em nenhum candidato específico. “Isso é livre e espontâneo, [os motoristas] Eles vão votar em quem quiserem”, diz.

A Transportadora Zaqueu, de Barra do Garças (MT), também aparece na lista e confirmou que entregará a seus 110 motoristas o último final de semana do mês por conta das eleições. “A maioria dos nossos motoristas moram aqui no município de Barra do Garças, então vão passar o final de semana em casa”, diz Diego Negreiro, gerente de RH da Zaqueu. Segundo ele, a empresa, que trabalha principalmente com transporte de grãos, não incentiva a votação em candidatos. “Vai de acordo com a opção e escolha do funcionário”.

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Também de Barra do Garça (MT), a Transportadora Martelli, citada na mensagem do Whatsapp, negou que participará da mobilização. À reportagem, um funcionário disse que a empresa não coloca empecilhos para que seus motoristas compareçam às urnas, mas desconhece qualquer orientação a dar dia de folga para os funcionários. No caso dos caminhoneiros que votam em municípios distantes, diz ela, fica a critério do motorista está agendado para comparecer à assembleia de voto.

Quem também está na lista, mas disse que não pretende abrir exceção por causa do segundo turno é Borgno, de Goiânia. Segundo Henrique Borges, diretor de controladoria da transportadora, não há comunicação formal com esse tipo de orientação.

“Trabalhamos com carga expressa e nossos compromissos são realmente determinados pelos nossos clientes. Se o cliente determina que a carga tem que chegar em um determinado dia, nosso compromisso é entregar”, afirma.

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