A situação alarmante das queimadas no Pantanal

As queimadas deste ano no Pantanal preocupam, mas ainda há tempo e condições para evitar danos maiores à principal vitrine da biodiversidade do Brasil. Quem afirma é Walfrido Moraes Tomas, cientista da Embrapa-Pantanal, em Corumbá (MS), um dos maiores especialistas na biodiversidade pantaneira, terra de onças-pintadas e araras-azuis.

O impacto das queimadas em 2020 na fauna foi estimado em 17 milhões de vertebrados mortos, o que levanta sérias questões sobre a ação humana nos incêndios. De acordo com Marina Silva, 85% dos focos de fogo no Pantanal neste ano surgiram em áreas privadas, evidenciando a importância de conscientização e mudança de comportamento.

A necessidade urgente de ação e conscientização

As condições climáticas favoráveis ao fogo, aliadas à atuação humana, tornam a situação ainda mais crítica. Nesse período seco, os incêndios são majoritariamente causados por ação humana, impactando diretamente a biodiversidade e a saúde do ecossistema.

Diante desse cenário, é fundamental compreender o papel de cada indivíduo na prevenção e combate aos incêndios, bem como a importância da preservação ambiental para a sobrevivência do Pantanal.

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Os mitos e verdades sobre as queimadas no Pantanal

Desmistificando a tese do “boi bombeiro”

A história do “boi bombeiro” é desmistificada por especialistas, que ressaltam a responsabilidade da ação humana nos incêndios. A justificativa cultural para as queimadas ultrapassa a realidade e coloca em risco a vida selvagem e a sustentabilidade do Pantanal.

O impacto da educação e do conhecimento na preservação do Pantanal

A importância da educação ambiental para a conscientização

Educação e conscientização são fundamentais para mudar a realidade das queimadas no Pantanal. A compreensão dos fatores que contribuem para os incêndios, aliada a ações práticas de preservação, pode ser a chave para garantir um futuro sustentável para essa região tão rica em biodiversidade.

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Impacto das queimadas no Pantanal

Neste ano, as queimadas no Pantanal têm gerado preocupação devido aos incêndios que afetam a biodiversidade da região. O principal impacto está relacionado à fauna nativa, com um estudo estimando em 17 milhões o número de vertebrados mortos até o momento. Esses incêndios são causados principalmente pela ação humana, sendo que 85% dos focos de fogo surgiram em áreas privadas.

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Condições climáticas e ação humana

As condições climáticas favoráveis ao fogo somadas à ação humana têm contribuído para a propagação dos incêndios. Mesmo que o Pantanal seja uma região extensa, os impactos na fauna são significativos, especialmente para as espécies menores. A seca atual torna os incêndios predominantemente provocados por atividades humanas, o que ressalta a importância de ações preventivas e de conscientização.

A tese do “boi bombeiro” e erosão cultural

Desmistificando o “boi bombeiro”

A teoria do “boi bombeiro” é questionada pelos especialistas, indicando que o fogo se propaga independente da presença de gado. A falta de educação ambiental e o distanciamento da cultura pantaneira tradicional têm levado a práticas inadequadas, como a queima de terrenos no momento errado.

Fatores que impactam negativamente

Desmatamento e educação ambiental

O desmatamento e a falta de educação ambiental são fatores preponderantes para os incêndios no Pantanal. A educação é apontada como a chave para reverter esse cenário, destacando a importância de compreender a interdependência dos ecossistemas e o impacto das ações individuais.

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Conclusão

É indiscutível o impacto das queimadas no Pantanal, especialmente na fauna local. As condições climáticas favoráveis ao fogo, aliadas à ação humana irresponsável, têm contribuído para um cenário preocupante. A tese do “boi bombeiro” é apenas uma desculpa para justificar práticas inadequadas que resultam em grandes incêndios, prejudicando a biodiversidade e a cultura pantaneira.

A educação é a chave para mudar essa realidade. É preciso conscientizar as pessoas sobre a importância de preservar o bioma e adotar práticas sustentáveis. A sinergia ambiental no Pantanal depende de cada indivíduo fazer a sua parte para evitar desastres ainda maiores no futuro.

A preservação do Pantanal não é apenas responsabilidade das autoridades, mas de todos que habitam e dependem desse ecossistema único. A mudança de atitude é fundamental para garantir um futuro sustentável para essa região tão rica em biodiversidade.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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Impacto das Queimadas no Pantanal: Entrevista com o Cientista Walfrido Moraes

As queimadas deste ano no Pantanal preocupam, mas ainda há tempo e condições para evitar danos maiores à principal vitrine da biodiversidade do Brasil. Quem afirma é Walfrido Moraes Tomas, cientista da Embrapa-Pantanal, em Corumbá (MS), um dos maiores especialistas na biodiversidade pantaneira, terra de onças-pintadas e araras-azuis. Tomas é um dos autores do estudo sobre o impacto das queimadas em 2020 na fauna que estimou em 17 milhões o número de vertebrados mortos. Ele chama a atenção da ação humana nos incêndios, também apontada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Segundo Marina, 85% dos focos de fogo no Pantanal neste ano surgiram em áreas privadas.

‘Estamos na mão da consciência das pessoas’:

Marina Silva afirma que 85% dos incêndios no Pantanal ocorrem em áreas privadas.

Míriam Leitão: As causas do fogo no Pantanal

FAQs:

1. Qual o impacto até agora do fogo no Pantanal neste ano?

São incêndios muito grandes, mas o Pantanal é imenso. Porém, animais, principalmente os menores, morrem em qualquer incêndio. Por ora, a escala de impacto sobre a fauna nativa é menor do que em 2020. Todo cuidado é pouco e é preciso agir. Não dá para estimar com sobrevoos de avião. Esse é um trabalho para ser feito em solo.

2. Este ano as condições climáticas favorecem o fogo. Mas qual o peso da ação humana?

Nessa época, mais seca, os incêndios são todos causados por ação humana. Pode estar a condição mais favorável do mundo para o fogo, que ele só vai existir se alguém começar. É só ver que, inclusive, quase a totalidade das áreas incendiadas está fora das unidades de conservação e das terras indígenas.

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3. E o que se pode dizer da tese do “boi bombeiro”, que voltou a ser mencionada?

A história do boi bombeiro é uma tolice. Se atearem fogo, vai queimar com ou sem boi. Queima mais onde não tem boi porque são áreas que não servem para pasto e não têm gado algum nelas. E não porque o boi, ao pisar, saia apagando incêndio e a falta dele permita ao fogo se espalhar. Isso é uma invenção que contam para justificar queima injustificável. São as pessoas que começam os incêndios, muitas vezes por práticas antigas para queimar lixo e limpar o campo, e isso tem muito a ver com a erosão da cultura pantaneira.

4. O que chama de erosão cultural no Pantanal?

O Pantanal é uma grande savana úmida inundável, tem uma história moldada pelo fogo e a água. Mas tudo tem um limite e um momento certo. O Pantanal tem passado por muitas transformações. E não apenas climáticas e ambientais, como o desmatamento. Uma delas é que as pessoas desaprenderam a interpretar a paisagem. A cultura pantaneira tem sido erodida. Como resultado, queimam lixo e campo no momento errado.

5. Quais outros fatores que provocam impacto?

Há várias outras causas. Há o desmatamento. As pessoas continuam a pôr fogo depois de tudo o que aconteceu em 2020. Mesmo, por vezes, sendo prejudicadas por isso. Mas existe uma coisa fundamental, que faz toda a diferença.

Educação. O Pantanal, e não apenas ele, precisa de educação, muita educação, muito esforço nesse sentido. É preciso compreender que tudo está ligado e um pequeno ato pode se tornar um grande desastre.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Verifique a Fonte Aqui

As queimadas deste ano no Pantanal preocupam, mas ainda há tempo e condições para evitar danos maiores à principal vitrine da biodiversidade do Brasil. Quem afirma é Walfrido Moraes Tomas, cientista da Embrapa-Pantanal, em Corumbá (MS), um dos maiores especialistas na biodiversidade pantaneira, terra de onças-pintadas e araras-azuis. Tomas é um dos autores do estudo sobre o impacto das queimadas em 2020 na fauna que estimou em 17 milhões o número de vertebrados mortos. Ele chama a atenção da ação humana nos incêndios, também apontada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Segundo Marina, 85% dos focos de fogo no Pantanal neste ano surgiram em áreas privadas.

  • ‘Estamos na mão da consciência das pessoas’: Marina diz que 85% dos incêndios no Pantanal ocorrem em áreas privadas
  • Míriam Leitão: As causas do fogo no Pantanal

Qual o impacto até agora do fogo no Pantanal neste ano?

São incêndios muito grandes, mas o Pantanal é imenso. Porém, animais, principalmente os menores, morrem em qualquer incêndio. Por ora, a escala de impacto sobre a fauna nativa é menor do que em 2020. Todo cuidado é pouco e é preciso agir. Não dá para estimar com sobrevoos de avião. Esse é um trabalho para ser feito em solo.

Este ano as condições climáticas favorecem o fogo. Mas qual o peso da ação humana?

Nessa época, mais seca, os incêndios são todos causados por ação humana. Pode estar a condição mais favorável do mundo para o fogo, que ele só vai existir se alguém começar. É só ver que, inclusive, quase a totalidade das áreas incendiadas está fora das unidades de conservação e das terras indígenas.

O cientista Walfrido Moraes — Foto: Reprodução

E o que se pode dizer da tese do “boi bombeiro”, que voltou a ser mencionada?

A história do boi bombeiro é uma tolice. Se atearem fogo, vai queimar com ou sem boi. Queima mais onde não tem boi porque são áreas que não servem para pasto e não têm gado algum nelas. E não porque o boi, ao pisar, saia apagando incêndio e a falta dele permita ao fogo se espalhar. Isso é uma invenção que contam para justificar queima injustificável. São as pessoas que começam os incêndios, muitas vezes por práticas antigas para queimar lixo e limpar o campo, e isso tem muito a ver com a erosão da cultura pantaneira.

  • Pantanal foi o bioma brasileiro que mais secou desde 1985: Superfície de água está 61% abaixo da média histórica

O que chama de erosão cultural no Pantanal?

O Pantanal é uma grande savana úmida inundável, tem uma história moldada pelo fogo e a água. Mas tudo tem um limite e um momento certo. O Pantanal tem passado por muitas transformações. E não apenas climáticas e ambientais, como o desmatamento. Uma delas é que as pessoas desaprenderam a interpretar a paisagem. A cultura pantaneira tem sido erodida. Como resultado, queimam lixo e campo no momento errado.

E antes, como era?

Havia mais gente que sabia escolher quando queimar ao observar o solo e a vegetação, avaliar a umidade e saber quando era seguro. Os peões pantaneiros verdadeiros estão se tornando mais escassos. Tudo isso impacta.

Quais outros fatores que provocam impacto?

Há várias outras causas. Há o desmatamento. As pessoas continuam a pôr fogo depois de tudo o que aconteceu em 2020. Mesmo, por vezes, sendo prejudicadas por isso. Mas existe uma coisa fundamental, que faz toda a diferença.

O que é?

Educação. O Pantanal, e não apenas ele, precisa de educação, muita educação, muito esforço nesse sentido. É preciso compreender que tudo está ligado e um pequeno ato pode se tornar um grande desastre.

Como ocorre agora?

Sim. Há uma grande sinergia. O Pantanal é filhote da Amazônia, depende da umidade que vem dela para existir. É cria do Cerrado, é lá que nascem os rios que o formam. Ele sofre com a seca na Amazônia, com o desmatamento e o assoreamento das nascentes do Cerrado. Há o impacto das mudanças climáticas, que reduzem a chuva e aumentam o calor. E das barragens, que seguram a água que deveria escoar pela planície. É nesse cenário que chega uma pessoa que decide pôr fogo, para limpar seu campo. E o incêndio, um fogo nascido pequeno, se espalha e devasta imensas áreas. No momento, a sinergia ambiental é ruim. Não podemos mudar o tempo, mas podemos mudar as pessoas.

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