A importância da calagem para a saúde do pasto
Calagem é a correção do solo que melhora a saúde do pasto. Ela eleva o pH e reduz a toxicidade de alumínio. Com isso, a grama cresce mais forte, as raízes ficam mais resistentes e a produção de biomassa aumenta.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!O pH do solo determina a disponibilidade de nutrientes. Em solos ácidos, o alumínio pode inibir as raízes e reduzir a absorção de potássio, fósforo e nitrogênio. A calagem torna esses nutrientes mais acessíveis às plantas, aumentando o crescimento da pastagem.
Antes de aplicar, faça uma análise de solo e defina o alvo de pH entre 6,0 e 6,5 para pastagem. Se o solo estiver muito ácido, a correção pode exigir várias aplicações ao longo de alguns anos.
Tipos de calcário e dose
O calcário calcítico eleva o pH rapidamente e aumenta a disponibilidade de nutrientes. O calcário dolomítico também corrige magnésio quando necessário. A dose depende do teor de calcário do solo, do tipo de pastagem e da chuva. Em áreas comuns, observa-se entre 1,5 e 3 t/ha a cada 2 a 4 anos, sempre conforme o laudo.
Aplicação prática
- Espalhe o calcário de forma uniforme sobre a área de pastagem.
- Faça a aplicação em solo úmido, mas sem encharcar.
- Realize a cobertura com chuva leve ou irrigação para ajudar a infiltração.
- Se possível, incorpore levemente o calcário com o manejo do pasto, sem danificar a palhada.
Benefícios práticos
- Melhora a disponibilidade de nutrientes, aumentando o crescimento da pastagem.
- Reduz a toxicidade de alumínio e favorece raízes mais profundas.
- Contribui para maior densidade de plantas, melhor palatabilidade e ganho de produção por hectare.
Com a calagem correta, você prepara o solo para a estação de crescimento e garante pastagens mais estáveis ano após ano.
Análise de solo: quando corrigir o pH abaixo de 6,0
Quando a análise de solo mostra pH abaixo de 6,0, a correção é essencial para a pastagem. Isso aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a toxicidade de alumínio.
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A disponibilidade de nutrientes varia com o pH. Em solos ácidos, alumínio tóxico atrapalha as raízes. Isso dificulta a absorção de potássio, fósforo e nitrogênio.
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Para pastagens, o alvo costuma ficar entre 6,0 e 6,5. O laudo de solo mostra esse objetivo, com base na textura e na história da área.
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Antes de corrigir, colete amostras representativas de 0 a 20 cm em várias áreas. Isso garante o retrato real do solo antes da correção.
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A dose de calcário depende do tipo de calcário, do solo e da chuva. Em áreas comuns, observa-se entre 1,5 e 3 t/ha a cada 2 a 4 anos, sempre com laudo.
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A escolha entre calcário calcítico e dolomítico depende do alumínio e do magnésio no solo. Calcítico eleva o pH rapidamente; dolomítico corrige magnésio quando necessário.
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A aplicação deve ser uniforme, com solo úmido, e coberturas com chuva leve ou irrigação para facilitar a infiltração. Incorpore o calcário ao manejo do pasto sem danificar a palhada.
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Monitore com uma nova amostra a cada 2 a 4 anos para confirmar o ganho de pH e a resposta da pastagem.
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Quando agir com mais urgência
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Se o pH ficar muito baixo, como abaixo de 5,5, a pastagem pode sofrer danos. Nesses casos, siga o laudo e planeje a aplicação já na próxima janela de manejo, para evitar perdas de produção.
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Passos práticos para o manejo rápido:
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- Coleta de solo por áreas representativas.
- Envio do laudo com o alvo de pH.
- Escolha do calcário adequado e cálculo da dose.
- Aplicação em solo úmido e cobertura com chuva leve.
Calagem na reforma: incorporar calcário para 20-40 cm
Calagem na reforma envolve aplicar calcário e incorporar até 40 cm de profundidade para corrigir a acidez onde as raízes atuam.
Essa prática amplia a área de atuação das raízes, promovendo melhor absorção de água e nutrientes.
Com o solo mais neutro, as plantas obtêm mais alimento e crescem mais fortes na próxima estação.
Além disso, reduz a variação de pH entre superfície e subsolo, mantendo a fertilidade estável por mais tempo.
Benefícios da incorporação a 20-40 cm
A correção nessa faixa amplia a raiz de busca de nutrientes, melhora a resistência da pastagem e aumenta a produção por hectare ao longo dos anos.
Você deixa o solo pronto para a época seca ou chuvosa, com menos risco de debilitar as plantas.
Como planejar a aplicação
- Faça uma amostra de solo 0-40 cm para entender a acidez e o pH alvo.
- Defina o pH desejado para o capim da reforma, geralmente entre 6,0 e 6,5.
- Escolha calcário adequado: calcítico para resposta rápida; dolomítico quando for necessário corrigir magnésio.
- Calcule a dose com base no laudo e na capacidade de calcário da sua área.
- Planeje a aplicação em solo úmido e com chuva leve para favorecer a infiltração.
Procedimento prático
- Espalhe o calcário de forma uniforme pela área de reforma.
- Use equipamento adequado e siga as instruções do fabricante e do laudo.
- Incorpore o calcário com uma aração profunda ou subsolagem para atingir 20-40 cm.
- Favoreça a infiltração com chuva leve ou irrigação suave após a aplicação.
- Registre doses, datas e resultados para orientar a próxima reforma.
Cuidados e limitações
Cuide para não exceder a dose. Calcário demais pode subir o pH além do desejado e desperdiçar insumos. A variação de chuva pode afetar a incorporação.
Após a reforma, verifique o pH da camada 0-40 cm em intervalos de 2 a 4 anos para confirmar a resposta.
Impacto na disponibilidade de nutrientes e produtividade da pastagem
A disponibilidade de nutrientes é o que move a pastagem mês a mês. Quando esses nutrientes chegam às raízes, a grama cresce mais forte e sustenta o rebanho. O pH, a matéria orgânica e a textura do solo influenciam essa disponibilidade.
Nutrientes-chave para pastagens são N, P e K. N garante o crescimento rápido, P favorece raízes profundas, e K melhora a resistência a seca e doenças. Sem esses elementos em níveis adequados, a produção cai e a persistência da pastagem diminui.
Micronutrientes como Zn, Mn e B existem em pequenas quantidades, mas podem limitar a produção se não chegarem aos níveis ideais. A deficiência costuma aparecer como clorose, crescimento fraco ou aparecimento de manchas nas folhas.
A disponibilidade também depende da água no solo. Em períodos secos, a menor disponibilidade reduz o crescimento, mesmo com adubação adequada no papel. Cada hectare reage de forma diferente, conforme manejo, temperatura e chuva.
Nutrientes-chave para pastagens
- N (nitrogênio): crescimento verde rápido e produção de massa verde.
- P (fósforo): desenvolvimento das raízes e estabelecimento inicial.
- K (potássio): tolerância ao estresse, água e conservação da qualidade da forragem.
- S, Ca, Mg (sofrimentos variados de base): ajudam no equilíbrio nutricional e na estrutura do solo.
- Micronutrientes: Zn, Mn, B são essenciais em doses menores, mas influenciam a produção quando deficientes.
Como a disponibilidade afeta a produção
Quando a disponibilidade está alta, as plantas conseguem absorver mais nutrientes, crescer mais rápido e resistir melhor a pragas. Pastagens bem nutridas produzem mais massa por hectare e mantêm a palatabilidade. A escassez leva à queda de ganho de peso do rebanho e a necessidade de repor mais área de pastagem.
Por isso, alinhar o manejo à realidade do solo é fundamental. Um laudo de solo, seguido de ajuste adequado, transforma a fertilidade em produtividade real. A gente veja cada passo do processo na prática.
Como medir a disponibilidade
- Faça amostras representativas de 0-20 cm em várias áreas da pastagem.
- Envie para um laboratório e peça níveis de N, P, K, S, Ca, Mg e micronutrientes.
- Compare os resultados com os objetivos da sua área e com o tipo de pastagem.
- Peça orientação sobre o pH ideal, que costuma ficar entre 6,0 e 6,5 para muitas pastagens.
- Atualize o laudo a cada 2-4 anos ou conforme alterações no manejo.
Estratégias práticas para aumentar a disponibilidade
- Ajuste o pH para o intervalo recomendado com calcário, conforme laudo, para melhorar a disponibilidade de N, P e K.
- Aplique fósforo (P) e potássio (K) de acordo com o laudo, priorizando áreas com maior deficiência.
- Inclua leguminosas na pastagem para fixação de N de forma natural.
- Considere fontes de N em momentos de maior demanda, evitando desperdício e perdas.
- Garanta boa disponibilidade de água no perfil radicular durante aplicações para melhorar a infiltração.
- Monitore a resposta com novas amostras a cada 2-4 anos e ajuste conforme necessário.
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Saiba Mais Sobre Dr. João Maria
Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.
