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Artigo: Banco Central reduz Selic para 13,25% ao ano e sinaliza novos cortes

Nesta quarta-feira, o Banco Central anunciou uma redução de 0,50 ponto percentual na Selic, taxa básica de juros, que agora fica em 13,25% ao ano. Essa foi a primeira flexibilização da taxa em três anos e dividiu os membros da diretoria do Banco Central, com uma votação apertada de 5 a 4.

De acordo com o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), caso o cenário esperado se confirme, é prevista a redução da mesma magnitude nas próximas reuniões. A decisão foi tomada com o objetivo de manter a política monetária contracionista necessária ao processo desinflacionário.

Além disso, vale destacar que essa foi a primeira reunião a contar com a participação de diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que têm a função de ser uma ponte entre o BC e o governo, porém, com autonomia.

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O corte de 0,50 ponto percentual na Selic foi mais intenso do que a expectativa da maioria do mercado, que projetava uma queda de 0,25 ponto. Essa decisão mais dovish (menos dura) do BC foi bem recebida pelos especialistas, que acreditam que a taxa de juros deve seguir em queda nas próximas reuniões, caso o cenário econômico evolua favoravelmente.

É importante ressaltar que essa decisão do Banco Central foi baseada em dados que mostram uma melhoria na inflação. O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação, registrou deflação em julho pela primeira vez em dez meses, com a inflação em 12 meses ficando abaixo do centro da meta. Além disso, as projeções de mercado para o IPCA também caíram desde a última reunião do Copom.

Diante desse cenário, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o corte de 0,50 ponto percentual na Selic sinaliza que o governo está no caminho certo e representa um avanço para o crescimento econômico sustentável.

Conclusão

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A decisão do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros para 13,25% ao ano foi um passo importante para impulsionar o crescimento econômico. Com a redução da Selic, espera-se um estímulo aos investimentos e ao consumo, o que pode contribuir para a retomada da economia.

Perguntas frequentes:

1. O que é Selic?
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, utilizada como referência para os demais juros praticados no mercado.

2. Por que o Banco Central reduziu a Selic?
O Banco Central reduziu a Selic para estimular o crescimento econômico, tornar o crédito mais acessível e combater a inflação.

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3. Quais são os impactos dessa redução para os consumidores?
A redução da Selic pode resultar em juros menores nas operações de crédito, como financiamentos e empréstimos, o que pode beneficiar os consumidores.

4. Como a redução da Selic afeta os investimentos?
A queda da Selic pode tornar outros investimentos mais atrativos em relação à renda fixa, incentivando a diversificação de carteira dos investidores.

5. Qual é a expectativa para a próxima reunião do Copom?
A expectativa é que o Copom continue reduzindo a Selic nas próximas reuniões, caso o cenário econômico permaneça favorável.
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tag:reutersPor Bernardo Caram

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BRASÍLIA (Reuters) – O Banco Central anunciou nesta quarta-feira redução de 0,50 ponto percentual na Selic, para 13,25% ao ano, em decisão que dividiu os membros de sua diretoria em 5 a 4, e sinalizou novos cortes equivalentes nos próximos reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), após a primeira flexibilização da taxa básica de juros em três anos.

“Caso o cenário esperado se confirme, os membros do Comitê, por unanimidade, preveem redução da mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que este é o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista necessária ao processo desinflacionário”, informou o comunicado da reunião do Copom.

A decisão não foi tomada por unanimidade, com votos de corte de 0,50 ponto do presidente Roberto Campos Neto e dos diretores Ailton de Aquino, Carolina de Assis Barros, Gabriel Galípolo e Otávio Damaso. Os diretores Diogo Guillen, Fernanda Guardado, Maurício Moura e Renato Gomes defenderam corte de 0,25 ponto.

A reunião deste mês foi a primeira a contar com a participação de diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva – Galípolo na área de Política Monetária e Aquino no Conselho Fiscal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que os indicados serão uma ponte entre o BC e o governo, mas têm autonomia.

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Após meses de pressão de integrantes do governo para que o ciclo de juros baixos se inicie, o BC disse que avaliou a alternativa de reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto, mas considerou adequado adotar um ritmo mais intenso de queda no função da melhora do cenário inflacionário.

A autarquia ponderou que mantém “o firme objetivo de manter uma política monetária contracionista para a reancoragem das expectativas e a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante”, além de voltar a pregar serenidade e moderação nas decisões.

O corte foi mais intenso do que o esperado pela maior parte do mercado. Em uma pesquisa da Reuters com 46 economistas, 36 projetam um corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 10 acreditam em uma queda de 0,50 ponto.

Na avaliação do chefe de pesquisa macroeconômica da Kínitro, João Savignon, a decisão do BC foi mais dovish (menos dura) do que o esperado, e é importante destacar a divisão no colegiado.

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“Nossa visão é que o Copom mantenha esse ritmo de corte de juros nas próximas reuniões, mas não descartamos a possibilidade de intensificá-lo, caso o cenário evolua favoravelmente”, afirmou.

No comunicado, o Banco Central enfatizou que a magnitude total do ciclo de afrouxamento monetário ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, das expectativas e projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

Após a decisão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic sinaliza que o governo está no caminho certo e representa um avanço para o crescimento econômico sustentável.

“Estamos comprometidos com o combate à inflação e também com a responsabilidade fiscal e com o ajuste que está sendo feito, que ficará mais fácil a partir de agora. A inflação está sob controle e a economia começará a se replanejar para um Brasil de crescimento sustentável”, afirmou, destacando que é um início de trabalho que levará muito tempo.

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A redução da taxa básica também foi comemorada pela Confederação Nacional da Indústria, que defendeu cortes mais intensos na Selic à frente.

MELHORIA NOS DADOS

Dados divulgados desde a última reunião do Copom reforçam a perspectiva de corte da taxa Selic. O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação, registrou deflação em julho pela primeira vez em dez meses, com a inflação em 12 meses ficando abaixo do centro da meta deste ano. Antes disso, os dados do IPCA de junho já mostravam taxa acumulada em 12 meses mais fraca do que o centro da meta.

No comunicado, o Banco Central destacou ter observado uma “reancoragem parcial” das expectativas de inflação. As projeções de mercado caíram desde a última reunião do Copom, mesmo em períodos mais longos. As projeções para o IPCA, segundo o boletim Focus do BC, caíram de 5,06% para 4,84% em 2023, de 3,98% para 3,89% em 2024 e de 3,80% para 3,50% em 2025.

Nesta quarta-feira, o BC melhorou parte de suas projeções de preços em relação à reunião de junho. A autoridade monetária informou que, em seu cenário de referência, a estimativa para a inflação caiu de 5,0% para 4,9% em 2023, mantendo-se em 3,4% em 2024. Para 2025, a projeção permaneceu em 3,5%.

A meta de inflação para 2023 é de 3,25%, com margem de tolerância de mais ou menos 1,5 ponto percentual, medida pelo IPCA.

Com a decisão, a Selic vai para um patamar 11,25 pontos acima da mínima histórica de 2% ao ano, atingida durante a pandemia de Covid-19 e que vigorou até março de 2021.

Depois que o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu adotar uma meta de inflação contínua a partir de 2025 sem baixar, em 2026, a meta de 3% já vigente para 2024 e 2025, o BC afirmou na nota que esse foi um dos fatores que “ permitiu construir a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização”, citando também os impactos defasados ​​da política monetária e a melhora nas expectativas de inflação para prazos mais longos.

(Reportagem adicional de Fabrício de Castro e Victor Borges)


**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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