Banco do Brasil retira patrocínio da Agrishow 2023
O que aconteceu com a Agrishow e o Banco do Brasil?
A Agrishow, a maior feira de agronegócios da América Latina, perdeu o patrocínio e o apoio do Banco do Brasil, uma das principais instituições financeiras do setor. O motivo foi a polêmica envolvendo o convite ao ex-presidente Jair Bolsonaro e o desconforto causado ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que foi deslocado para o segundo dia do evento.
A feira, que acontece de 1º a 5 de maio em Ribeirão Preto (SP), é considerada um termômetro do agronegócio brasileiro e reúne cerca de 800 expositores e mais de 150 mil visitantes. O evento é organizado pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e Sociedade Rural Brasileira (SRB).
A confusão começou na terça-feira (25), quando o presidente da Agrishow, Francisco Matturo, informou a Fávaro que Bolsonaro estaria presente na abertura da feira, no dia 1º de maio. O ex-presidente, que deixou o cargo em janeiro após sofrer um impeachment, é visto como um adversário político do atual governo Lula e um representante do agronegócio mais conservador e alinhado aos interesses dos latifundiários.
Fávaro, que assumiu o ministério em março, é um defensor da agricultura familiar, da reforma agrária e do desenvolvimento sustentável. Ele também é crítico das políticas ambientais de Bolsonaro, que resultaram em aumento do desmatamento, das queimadas e dos conflitos no campo.
O ministro da Agricultura se sentiu constrangido com o convite feito a Bolsonaro e disse que não participaria da feira se o ex-presidente estivesse lá. Os organizadores da Agrishow tentaram contornar a situação e sugeriram que Fávaro fosse no segundo dia do evento, mas ele recusou.
A decisão de Fávaro teve o apoio do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, que anunciou na sexta-feira (28) que o Banco do Brasil retiraria o patrocínio e o apoio à feira. Segundo ele, a Agrishow perdeu sua característica institucional e foi descortês com o ministro da Agricultura e com a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, que também não iria ao evento.
O Banco do Brasil confirmou neste sábado (29) que não patrocinaria nem apoiaria a feira, mas que estaria presente por meio de sua atuação comercial para realização de negócios e atendimento aos seus clientes. A instituição disse que tomaria as medidas cabíveis se houvesse qualquer desvio das finalidades negociais previstas.
A Agrishow se manifestou por meio de uma nota oficial e disse que lamentava a decisão do Banco do Brasil. A feira afirmou que convidou Bolsonaro como ex-presidente da República e não como líder político ou representante de uma corrente ideológica. A feira também disse que respeitava a decisão de Fávaro de não comparecer ao evento e que mantinha as portas abertas para o diálogo com o governo federal.
A polêmica envolvendo a Agrishow e o Banco do Brasil evidencia a divisão existente no agronegócio brasileiro entre os setores mais progressistas e os mais reacionários. Enquanto o primeiro defend
O Banco do Brasil retirará o patrocínio e o apoio à Agrishow, maior feira brasileira do agronegócio, que será realizada de 1º deno dia 5 de maio, em Ribeirão Preto (SP), informou o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
A decisão foi tomada depois que a Agrishow não convidou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que participaria da abertura do evento. Os organizadores tentaram marcar outra data para a visita de Fávaro, alegando que o ex-presidente Jair Bolsonaro estará no primeiro dia.
A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, que participaria de uma palestra, também não estará na feira.
Fávaro diz que ficou constrangido com o convite feito a Bolsonaro. Segundo ele, a organização da Agrishow transformou um evento de negócios em uma plataforma política.
O ministro também acredita que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), próximo ao ex-presidente, coordenou o movimento.
agricultura agricultura de precisão agricultura familiar agrolink agronegocio agrotoxico arroz avicultura biodiesel biotecnologia boi brasil cabras café cavalo certificação consultoria crédito rural descubra ensino à distância etanol feijão flores frutas gado gado de corte geladeiras gestão rural milho noticias ovelha para pasto pecuaria pecuária leiteira pragas na agricultura Qual saúde Animal seguro rural setor sucroenergético SOJA suinocultura Treinamento trigo Turismo rural