Produtividade aumenta em até 30% com manutenção das plantadeiras

Aumente a produtividade em até 30% com a manutenção das plantadeiras

A importância da regulação de plantadeiras para o sucesso das lavouras

Problemas na semeadura e suas consequências

A agricultura brasileira enfrenta desafios na regulação das plantadeiras, o que impacta negativamente no potencial produtivo das lavouras. É vital capacitar os operadores para garantir um rendimento satisfatório. Falhas na regulagem das máquinas têm gerado perdas consideráveis de produtividade, prejudicando o sucesso das colheitas.

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Extensão rural como fator de qualificação

A extensão rural oferecida por instituições como a UNESP é fundamental para a capacitação de estudantes e produtores. A atuação desses programas em propriedades pelo Brasil tem contribuído para a disseminação de boas práticas e conhecimento técnico, essenciais para a regulação adequada das plantadeiras.

A influência da falta de capacitação dos operadores

Operadores de pequenas e médias propriedades, por razões diversas, negligenciam a regulagem das plantadeiras, impactando diretamente na produtividade das lavouras. A alta rotatividade de mão de obra e a escassez de maquinário estão entre os fatores que influenciam negativamente nesse cenário.

Falhas comuns na regulagem das plantadeiras

A falta de cuidado com componentes básicos das plantadeiras, como desgaste dos discos de corte e plantio em condições adversas de umidade do solo, compromete a eficiência das máquinas. É imprescindível investir na capacitação constante dos operadores e na manutenção preventiva destes equipamentos.

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Importância da escolha adequada de componentes e manutenção correta

A escolha dos discos de corte e do dosador de fertilizante, assim como a velocidade de operação das plantadeiras, são aspectos cruciais para garantir a eficácia da semeadura. A manutenção adequada do maquinário é essencial para prevenir prejuízos significativos na produção.

O cuidado na compra de plantadeiras usadas

A aquisição de plantadeiras usadas oferece uma alternativa econômica para os agricultores, mas é essencial atentar para as condições do maquinário. Plataformas de marketplace oferecem uma ampla gama de opções, mas é imprescindível verificar minuciosamente os componentes mais onerosos, a fim de evitar prejuízos futuros.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

A  agricultura brasileira vive um momento áureo, com a produção total de grãos estimada em 312,3 milhões de toneladas nesta safra, mesmo diante das adversidades climáticas. O mais impressionante é que este desempenho está aquém do seu potencial, com as perdas de produtividade geradas por falhas em linhas ou competições por população, condições indesejáveis que começam no momento da semeadura. Quando não germinam, a qualidade das sementes é colocada em xeque, mas poucos se dão conta de que a hipótese mais provável é a falta de manutenção e regulagem das plantadeiras, segundo constatou o agrônomo e professor de Mecanização da UNESP de Botucatu (SP), Paulo Arbex, em sua entrevista ao MF Cast.

“A semeadura representa 70% do sucesso de uma lavoura. Afirmo, sem medo de errar, que é possível elevar o potencial produtivo em até  30% apenas capacitando os operadores quanto à regulagem adequada do maquinário. E não me refiro a tecnologias avançadas e, sim, a algumas medidas simples que, quando deixadas de lado, geram um prejuízo amargo”, afirmou o professor. A UNESP é uma das poucas instituições  públicas que oferecem serviços de extensão rural, considerado pelo professor fator primordial à qualificação dos estudantes de Ciências Agrárias.

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Os recursos captados e administrados pela universidade através da FEPAF (Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais) ainda auxiliam o custeio de equipamentos e até mesmo de bolsas de estudo aos alunos. Através de programas de grupos de pesquisa, como o Grupo de Plantio Direto (GPD) e o de Inspeção Periódica de Semeadoras (IPS), Arbex e sua equipe percorreram aproximadamente um milhão de hectares em 281 propriedades espalhadas pelo Brasil, além das incontáveis horas de palestras.  “Uma das coisas que mais me realiza na vida é fazer parte da extensão rural, de estar junto com os alunos, produtores e operadores, e levar o nome da instituição aos mais diferentes rincões do País”, comenta Arbex.

Enquanto as tecnologias que possibilitam intervenções imediatas na semeadura não saltam dos campos das grandes propriedades, o rendimento das lavouras de pequenas e médias permanece nas mãos dos operadores, que por razões distintas, como janelas curtas de plantio, escassez de maquinário e até mesmo falta de conhecimento, em muitos casos, deixam de vistoriar componentes básicos da plantadeira, comprometendo a produtividade.

Por mais simples que pareçam,  descuidos como estes não se restringem a pequenas e médias propriedades. A diferença é que a produção em larga escala camufla os prejuízos. Entre as falhas corriqueiras, Arbex apontou no podcast do MF Rural o desgaste dos discos de corte e componentes (molas e rolamentos), o plantio em condições adversas de umidade do solo e a falta de capacitação dos funcionários envolvidos nas operações, sendo essa última um gargalo provocado pela alta rotatividade de mão de obra no campo. “Quando o operador fica bom, vem alguém e leva ele embora, razão pela qual a capacitação deveria ser algo constante, como já ocorre no Centro-Oeste, uma das regiões que mais contratam serviços de extensão rural”, explica o professor.

Com duas polegadas a menos, os discos já não cortam direito a palhada de cobertura, com o arrasto, embuchando-os e envelopando as sementes. Ao fazer “vista grossa” à substituição, muitas pessoas compensam o desgaste acentuado dando pressão na mola além do indicado, deixando-a dura e fazendo com que os discos cortem na pancada, comprometendo o chassi da plantadeira.

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A escolha do disco de corte ideal (corrugado, liso ou ondulado) dependerá das condições do terreno e do volume de palhada. E o mesmo vale para o sulcador, que pode ser o disco duplo ou a “botinha”. Exigindo menos potência do trator e ajudando no corte da palhada, a primeira opção pode ser interessante, todavia, não é recomendada em lavouras que tenham compactação superficial, cenário que dificulta a emergência da planta e diminui o sistema radicular, razão pela qual a botinha é melhor opção.

Outra medida preventiva é a limpeza do dosador de fertilizante. Com o tempo, os resíduos que ficam depositados no fundo empedram e desgastam as roscas helicoidais, comprometendo a distribuição.

Aumentar a velocidade da operação para além das especificações também costuma ser um erro grave. No caso do milho e da soja, é indicado a velocidade média de 5,5 km/h para semeadoras mecânicas e 6,5 km/h para os modelos pneumáticos. Acima disso, as sementes chicoteiam no tubo, aumentando o percentual de falhas ou competição por população ao caírem em dupla. Logicamente, essas perdas dependem da tecnologia das máquinas e das características do solo (umidade, textura e declividade).

“Muitos relutam em fazer a manutenção do maquinário, por causa dos custos, contudo, não fazem ideia de quanto deixam de ganhar, com o desgaste dos componentes. Se um agricultor plantar milho com espaçamento de 50 cm, ele terá, por exemplo, 20 mil metros lineares por hectare. Se houver uma única falha a cada quatro metros, considerando uma colheita de 100 sacas por hectare, o prejuízo estimado é de 25%. Com a saca negociada a R$ 40, os lucros caem R$ 1 mil por hectare”, esclarece Arbex.

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Atenção redobrada na compra de plantadeiras usadas

Plantadeira pequenas custam, em média, R$ 35 mil por linha, enquanto as maiores, de 62 linhas, chegam a R$ 1,5 milhão. Com a elevação dos preços nos últimos anos, vários agricultores estão recorrendo ao mercado de usados. Em plataformas de marketplace como o MF Rural, considerado o mais completo no segmento, plantadeiras e outros maquinários usados chegam a custar até 50% menos. Em seu catálogo estão mais de 650 anúncios das mais variadas marcas e modelos de plantadeiras, sendo ainda reduto de peças de reposição, como discos de corte, molas, reservatórios de adubo e de semente, rodas compactadoras, ponteiras, buchas, bandas e outros insumos.

Uma dica valiosa à compra de plantadeiras usadas é observar as condições do chassi, dosadores e reservatórios de semente e adubo, que são os componentes mais onerosos. “Aqui no MF Rural, a recomendação aos vendedores é que façam um checklist completo, especificando as reais condições do maquinário. Aos compradores, oferecemos um chatbot ao esclarecimento de dúvidas e também um serviço opcional, o MF Pago, que assegura as transações até o recebimento da mercadoria”, informa Roberto Fabrizzi Lucas, CEO do Grupo MF Rural.

(Por Robson Rodrigues – Pec Press)

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FAQ sobre Agricultura e Plantadeiras

Quais são os maiores desafios na semeadura para alcançar o potencial produtivo?

A falta de manutenção e regulagem das plantadeiras são os principais desafios na semeadura, afetando a produtividade das lavouras.

Como a falta de capacitação dos operadores pode impactar a produtividade na semeadura?

A falta de capacitação dos operadores pode gerar perdas de até 30% na produtividade das lavouras.

Quais são as falhas corriqueiras que comprometem a semeadura?

Desgaste dos discos de corte, plantio em condições adversas de umidade do solo e falta de capacitação dos funcionários são falhas comuns que comprometem a semeadura.

Qual a importância da manutenção do maquinário na semeadura?

A manutenção do maquinário é crucial para evitar prejuízos, já que falhas na semeadura podem causar perdas significativas na produtividade.

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Quais cuidados devem ser observados ao comprar plantadeiras usadas?

É fundamental observar as condições do chassi, dosadores e reservatórios de semente e adubo ao comprar plantadeiras usadas para garantir um investimento seguro.

Conclusão

A manutenção e regulagem adequada das plantadeiras são essenciais para elevar o potencial produtivo das lavouras. Além disso, a capacitação dos operadores e a atenção na compra de plantadeiras usadas são passos importantes para garantir uma semeadura eficiente e produtiva.

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