Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
: “Gostou desse artigo informativo sobre a importância das abelhas na polinização e na produção de alimentos? Se sim, aproveite para se inscrever em nossa newsletter e receber as principais notícias do agronegócio brasileiro em primeira mão. Não perca a chance de se manter atualizado sobre as tendências e os desafios enfrentados pelo setor. Confira também as perguntas frequentes abaixo para ampliar ainda mais o seu conhecimento:
1. Por que as abelhas são essenciais para a segurança alimentar?
R: As abelhas desempenham um papel fundamental na polinização de plantas com flores, que são responsáveis por 85% das espécies vegetais existentes no mundo, além de serem responsáveis por mais de 75% das culturas alimentares.
2. Quais são as consequências da redução da população de abelhas?
R: Com a extinção das abelhas, haveria uma queda drástica na produção de alimentos, afetando diretamente a segurança alimentar mundial. Algumas culturas agrícolas já apresentam redução na produção devido à diminuição da população desses insetos.
3. Além das abelhas melíferas, existem outros polinizadores naturais importantes?
R: Sim, além das abelhas melíferas, também é importante preservar as abelhas indígenas sem ferrão e as abelhas solitárias. Além disso, pássaros, morcegos e outros insetos também desempenham um papel crucial na polinização de diversas plantas.
4. Quais são as principais ameaças às abelhas e outros polinizadores naturais?
R: As principais ameaças incluem as mudanças climáticas, a desflorestação e a aplicação indiscriminada de inseticidas nas culturas. O desmatamento e os incêndios destroem os habitats naturais das abelhas, e o uso descontrolado de alguns agrotóxicos também contribui para a redução da população desses insetos.
5. Existem práticas recomendadas para conciliar o controle de pragas na agricultura com a sobrevivência das abelhas?
R: Sim, é possível conciliar o controle de pragas com a sobrevivência das abelhas. Por exemplo, os agricultores podem conversar com os apicultores para que fechem as colmeias durante o período de aplicação de inseticidas. Além disso, é importante utilizar apenas produtos permitidos e considerar a direção dos ventos para evitar danos às abelhas.
Agora que você está por dentro desse assunto tão importante, compartilhe esse artigo com seus amigos e familiares para conscientizá-los sobre a importância da preservação das abelhas. Juntos podemos garantir a segurança alimentar e a saúde do nosso planeta.”
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Como abelhas desempenham um papel fundamental na vida dos seres humanos no planeta, que vai muito além da produção de mel.
Ao pousar de flor em flor para coletar néctar e pólen, esses insetos acabam realizando a polinização, ou seja, cruzam entre os gametas masculinos e femininos das plantas, e assim garantem a produção de hortaliças, frutos e sementes.
Porém, fatores como as mudanças climáticas, o aquecimento global e o uso indiscriminado de produtos químicos na agricultura para combater pragas colocam em risco a sobrevivência das abelhas.
A coordenadora estadual de Pequenos Animais da Emater-MG, Márcia Portugal, alerta sobre as consequências da redução drástica da população mundial de abelhas: “Com a extinção das abelhas, em quatro ou cinco anos teríamos uma queda quase total na produção de alimentos. Algumas lavouras já apresentam queda na produção, devido à redução da população desses insetos.”
Márcia explica as consequências da extinção das abelhas: “Seria uma tragédia que impactaria diretamente na quantidade e na qualidade dos alimentos produzidos em um mundo que já está em desordem quando o assunto é comida na mesa”.
Ela cita uma extensa lista de culturas agrícolas dependentes da polinização natural (entre 40% e 100%): Abacate, abóbora, acerola, ameixa, amêndoa, baunilha, carambola, castanha-do-pará, cereja, cupuaçu, damasco, framboesa, goiaba, guaraná, kiwi, macadâmia, maçã, maracujá, melancia, melão, pêra, pêssego, urucum e também plantas ornamentais, como orquídeas.
Segurança alimentar
De acordo com Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), órgão das Nações Unidas para a alimentação e a agriculturaas abelhas são um elemento essencial para a segurança alimentar.
A FAO estima que 85% das plantas com flores dependem de polinizadores. Ainda segundo dados da instituição, mais de 75% de todas as culturas alimentares do mundo dependem da polinização natural, além de 35% das terras aráveis do planeta.
Há uma diferença entre espécies de plantas dependentes, nas quais a polinização é essencial para a produção, e culturas beneficiadas, nas quais as visitas das abelhas podem aumentar a produção. No caso das culturas consideradas beneficiadas, as perdas de produção variariam de 10% a 40%, com a extinção das abelhas. Como exemplo, temos o café, o girassol, a laranja, o morango e o tomate. E há também culturas não dependentes, onde as perdas ficariam entre zero e 10%. Neste último grupo estão algumas culturas como milho, arroz e feijão.
Márcia Portugal explica que, além das espécies Apis mellifera (conhecidas no Brasil como africanizadas, as mais conhecidas produtoras de mel), também é importante preservar as abelhas indígenas sem ferrão e as abelhas solitárias. Sem contar outros polinizadores naturais, além dos insetos, como pássaros e morcegos.
O coordenador de Pequenos Animais da Emater-MG afirma que é possível realizar a polinização artificial, utilizando diversas técnicas. “Mas o maior problema é a mão de obra, pois ela é cada vez mais escassa no campo e o custo de produção é muito alto”, destaca Márcia Portugal. E acrescenta que, mesmo os produtores que já utilizam a polinização artificial, beneficiam da ajuda dos insetos para aumentar a produtividade e a qualidade dos alimentos.
Mudanças climáticas
Entre as principais ameaças às abelhas e outros polinizadores naturais estão as alterações climáticas (como o aquecimento global), a desflorestação e a aplicação indiscriminada de insecticidas nas culturas. “O desmatamento e os incêndios destroem os habitats naturais de muitas espécies. Outro problema é o uso descontrolado de algumas classes de agrotóxicos, como neonicotinóides e fipronil”, afirma o agrônomo.
Em São Sebastião do Paraíso, no sul de Minas Gerais, em setembro de 2022, foram encontradas mais de 800 mil abelhas mortas em apenas uma propriedade. Um relatório encomendado por um apicultor da região a um laboratório de São Paulo detectou alta concentração de agrotóxicos em insetos mortos, como glifosato, permetrina e propanil, todos usados no controle de pragas na agricultura.
Mas é possível conciliar a necessidade do controle de pragas com a sobrevivência das abelhas.
O coordenador estadual da Emater-MG cita algumas práticas recomendadas para a manutenção do habitat natural dos insetos, sem abrir mão da tecnologia agrícola: “É uma boa convivência entre vizinhos. Em muitas culturas é necessária a aplicação de produtos químicos para controle e combate às pragas. Mas é possível conversar com os apicultores para que fechem as colmeias para evitar que as abelhas saiam durante o período do inseticida. E, para os agricultores, também é importante ficar atento à direção dos ventos e utilizar apenas produtos permitidos. Dessa forma, é possível preservar ao máximo a sobrevivência das abelhas.”