Megadecreto na Argentina: As mudanças causadas pelas novas medidas econômicas

Inflação e deficiência na economia argentina: o impacto das políticas do governo Fernández

A saída para a crise: As soluções propostas por Javier Milei e suas consequências

Críticas e aplausos: Repercussão da liberação dos contratos de aluguel em qualquer moeda

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Consequências negativas: A dificuldade de aluguel para os argentinos com a nova medida

Em meio à crise econômica na Argentina, a decisão do presidente Javier Milei de modificar as regras para contratos de aluguel gerou controvérsias no país. As mudanças, que permitirão contratos em qualquer moeda, incluindo bitcoin e espécies como vaca e leite, estão mudando a maneira como a população negocia aluguéis e preocupam especialistas e população em geral. As críticas vão desde a falta de regulamentação para a duração dos contratos até a competição desigual no mercado imobiliário, intensificando a crise para os argentinos que não têm acesso a moedas estrangeiras. Enquanto alguns apoiam a decisão por dar mais liberdade ao povo, outros repudiam as medidas e preveem uma marcha em protesto. Como o presidente Milei enfrentará esses desafios?
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

A partir da entrada em vigência do megadecreto de necessidade e urgência aprovado na noite de quarta-feira pelo presidente argentino, Javier Milei, na próxima semana, os argentinos poderão fechar contratos, por exemplo de aluguel, em qualquer tipo de moeda, bitcoin, criptomoeda ou, segundo explicou a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, em sua conta na rede social X (ex-Twitter), “em espécie, como quilos de vaca ou litros de leite”.

  • Inflação, pobreza, escassez de dólares e déficit fiscal: A herança econômica do governo Fernández
  • Aerolíneas: Milei ‘entrega’ companhia a seus empregados e libera companhias estrangeiras para fazer voos domésticos

Frente às inúmeras dúvidas que se instalaram no país após o anúncio do já chamado decretaço de Milei, funcionários do governo, entre eles a chanceler, passaram o dia dando explicações através de suas redes sociais e meios de comunicação. Mondino é economista, e antes de assumir o comando do Ministério das Relações Exteriores, foi gerente de bancos e administradora de empresas privadas, entre elas vinícolas.

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“Ratificamos e confirmamos que na Argentina poderão ser pactados contratos em bitcoin. E, também, em qualquer outra criptomoeda e/ou espécie como quilos de vaca ou litros de leite. Artigo 766 – Obrigação do devedor. O devedor deve entregar a quantidade correspondente da moeda designada, tanto se a moeda for de uso legal na República ou não”, escreveu Mondino em suas redes, tentando esclarecer dúvidas da sociedade.

Inflação atingiu nível mais alto em 30 anos.

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No texto publicado nesta quinta-feira no Boletim Oficial (o Diário Oficial argentino), o governo estabelece que “torna-se imprescindível a revogação da desastrosa Lei de Locações nº 27.551. Coerentemente com isto, é necessário respeitar a vontade dos cidadãos de acordarem as formas de cancelamento das suas obrigações de entrega de quantias em dinheiro, sem distinção do uso legal ou não da moeda que for determinada, sem que o devedor ou o o juiz que tiver condições possa eventualmente intervir para obrigar o credor a aceitar o pagamento em moeda diferente, salvo acordo em contrário”.

Em sintonia com seu pensamento anarcocapitalista e liberal, Milei pretende implementar no país um sistema totalmente livre em matéria de contratos, de todo tipo. Como deixou bem claro Mondino, os argentinos poderão, se esta medida contida no megadecreto não for eventualmente derrubada por decisão judicial ou do Parlamento, fazer os contratos que quiserem, da forma como quiserem.

A explicação da chanceler gerou todo tipo de memes e brincadeiras nas redes. Usuários críticos do governo acusaram Milei de instalar um sistema econômico medieval. Já seguidores do presidente agradeceram “por dar tanta liberdade ao povo”.

Faz tempo que alugar um apartamento na capital argentina pagando em pesos, a moeda nacional do país, se transformou em missão quase impossível nos bairros mais cobiçados da cidade. A invasão de turistas estrangeiros — em muitos casos, que passam temporadas na capital argentina — impulsionou o mercado de aluguéis temporários, limitando a oferta de imóveis para os inquilinos locais. Agora, o que era ilegal, passou a ser permitido e a situação dos argentinos que não têm acesso a moedas estrangeiras pode ficar ainda mais complicado.

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O presidente da associação Inquilinos Agrupados, Gervasio Muñoz, disse a meios de comunicação locais que está sendo organizada uma marcha para repudiar as medidas comunicadas por Milei.

  • Futuro: Quais serão os principais desafios de Javier Milei, presidente eleito da Argentina?

— O decreto estabelece que os aluguéis podem ser cobrados em qualquer moeda, em dólares, euros, no que os proprietários quiserem, e não existe prazo legal mínimo para os contratos. Ou seja, poderão nos obrigar a assinar contratos por 15 dias, um mês ou dois meses — reclamou Muñoz.

O presidente da associação, afirmou, ainda, que “nenhuma sociedade do mundo pode se desenvolver se as pessoas não têm acesso a um lugar onde viver”. Na conta da associação na rede X, o presidente argentino passou a ser chamado de “o monarca Milei”.

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FAQ sobre o Megadecreto de Necessidade e Urgência de Javier Milei

1. É verdade que os argentinos poderão fechar contratos de aluguel em qualquer tipo de moeda, inclusive bitcoin?

Sim, a partir da entrada em vigor do megadecreto de necessidade e urgência, os argentinos poderão fechar contratos de aluguel em qualquer moeda, incluindo bitcoin, criptomoeda ou qualquer outra espécie, como quilos de vaca ou litros de leite.

2. Como o megadecreto afetará a inflação, pobreza, escassez de dólares e déficit fiscal?

O megadecreto tem gerado inúmeras especulações e preocupações em relação à economia do país, especialmente em relação à inflação, pobreza e escassez de dólares. A incerteza sobre as consequências a longo prazo é um ponto de preocupação para muitos argentinos.

3. O que acontece com as empresas aéreas e os voos domésticos?

Javier Milei anunciou que as companhias aéreas estrangeiras ficarão liberadas para fazer voos domésticos, e que a Aerolíneas será ‘entregue’ aos seus empregados.

4. Quais serão os principais impactos para os cidadãos argentinos?

Finalmente, o megadecreto pode gerar dificuldades para cidadãos comuns, especialmente em relação aos contratos de aluguel e acesso à moradia, devido à possibilidade de cobrança em qualquer moeda e a ausência de prazo mínimo para os contratos.

A partir da entrada em vigência do megadecreto de necessidade e urgência aprovado na noite de quarta-feira pelo presidente argentino, Javier Milei, na próxima semana, os argentinos poderão fechar contratos, por exemplo de aluguel, em qualquer tipo de moeda, bitcoin, criptomoeda ou, segundo explicou a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, em sua conta na rede social X (ex-Twitter), “em espécie, como quilos de vaca ou litros de leite”. Inflação, pobreza, escassez de dólares e déficit fiscal: A herança econômica do governo FernándezAerolíneas: Milei ‘entrega’ companhia a seus empregados e libera companhias estrangeiras para fazer voos domésticosFrente às inúmeras dúvidas que se instalaram no país após o anúncio do já chamado decretaço de Milei, funcionários do governo, entre eles a chanceler, passaram o dia dando explicações através de suas redes sociais e meios de comunicação. Mondino é economista, e antes de assumir o comando do Ministério das Relações Exteriores, foi gerente de bancos e administradora de empresas privadas, entre elas vinícolas. “Ratificamos e confirmamos que na Argentina poderão ser pactados contratos em bitcoin. E, também, em qualquer outra criptomoeda e/ou espécie como quilos de vaca ou litros de leite. Artigo 766 – Obrigação do devedor. O devedor deve entregar a quantidade correspondente da moeda designada, tanto se a moeda for de uso legal na República ou não”, escreveu Mondino em suas redes, tentando esclarecer dúvidas da sociedade. 1 de 7 Um homem compra frutas e verduras no Mercado Central de Buenos Aires. Em meio a crise, o país criou nova cédula de 2000 pesos argentinos. — Foto: Luis ROBAYO / AFP 2 de 7 Um homem procura comida dentro de uma lata de lixo onde frutas e vegetais descartados são depositados no Mercado Central de Buenos Aires. — Foto: Luis ROBAYO / AFP 3 de 7 Mulheres compram queijo em uma banca do Mercado Central de Buenos Aires. Argentina tem uma das maiores taxas de inflação do mundo. — Foto: Luis ROBAYO / AFP 4 de 7 Uma mulher vende frutas e verduras no Mercado Central de Buenos Aires. Peso argentino sofre constante desvalorização em relação ao dólar americano. — Foto: Luis ROBAYO / AFP 5 de 7 A típica erva-mate argentina também sofreu com a alta de preços devido a crise econômica. — Foto: Luis ROBAYO / AFP 6 de 7 Com a crise econômica, um quilo de queijo chega a valer mais de 2000 pesos. — Foto: Luis ROBAYO / AFP 7 de 7 Vista aérea das avenidas General Paz e Perito Moreno em Buenos Aires, capital da Argentina. — Foto: Luis ROBAYO / AFP Inflação atingiu nível mais alto em 30 anos. No texto publicado nesta quinta-feira no Boletim Oficial (o Diário Oficial argentino), o governo estabelece que “torna-se imprescindível a revogação da desastrosa Lei de Locações nº 27.551. Coerentemente com isto, é necessário respeitar a vontade dos cidadãos de acordarem as formas de cancelamento das suas obrigações de entrega de quantias em dinheiro, sem distinção do uso legal ou não da moeda que for determinada, sem que o devedor ou o o juiz que tiver condições possa eventualmente intervir para obrigar o credor a aceitar o pagamento em moeda diferente, salvo acordo em contrário”.Em sintonia com seu pensamento anarcocapitalista e liberal, Milei pretende implementar no país um sistema totalmente livre em matéria de contratos, de todo tipo. Como deixou bem claro Mondino, os argentinos poderão, se esta medida contida no megadecreto não for eventualmente derrubada por decisão judicial ou do Parlamento, fazer os contratos que quiserem, da forma como quiserem. A explicação da chanceler gerou todo tipo de memes e brincadeiras nas redes. Usuários críticos do governo acusaram Milei de instalar um sistema econômico medieval. Já seguidores do presidente agradeceram “por dar tanta liberdade ao povo”.Faz tempo que alugar um apartamento na capital argentina pagando em pesos, a moeda nacional do país, se transformou em missão quase impossível nos bairros mais cobiçados da cidade. A invasão de turistas estrangeiros — em muitos casos, que passam temporadas na capital argentina — impulsionou o mercado de aluguéis temporários, limitando a oferta de imóveis para os inquilinos locais. Agora, o que era ilegal, passou a ser permitido e a situação dos argentinos que não têm acesso a moedas estrangeiras pode ficar ainda mais complicado. 1 de 8 Eleito o novo presidente da Argentina, Javier Milei tomou posse nesse domingo — Foto: Luis ROBAYO / AFP 2 de 8 Javier Milei e a vice-presidente Victoria Villarruel durante a cerimônia de posse — Foto: ALEJANDRO PAGNI / AFP 3 de 8 Javier Milei acena para apoiadores que foram à cerimônia de posse — Foto: Emiliano LASALVIA / AFP 4 de 8 Javier Milei chegou à cerimônia de posse ao lado de sua irmã, Karina Milei — Foto: Luis ROBAYO / AFP 5 de 8 Javier Milei discursa enquanto toma posse da presidência da Argentina — Foto: Luis ROBAYO / AFP 6 de 8 O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi à cerimônia de posse de Javier Milei — Foto: Luis ROBAYO / AFP 7 de 8 Jair Bolsonaro também foi à cerimônia de posse de Javier Milei — Foto: Luis ROBAYO / AFP 8 de 8 Da esquerda para a direita, os presidentes do Paraguai, Armenia, Uruguai, Chile e Equador, durante a cerimônia de posse de Javier Milei — Foto: ALEJANDRO PAGNI / AFP … O presidente da associação Inquilinos Agrupados, Gervasio Muñoz, disse a meios de comunicação locais que está sendo organizada uma marcha para repudiar as medidas comunicadas por Milei.Futuro: Quais serão os principais desafios de Javier Milei, presidente eleito da Argentina?— O decreto estabelece que os aluguéis podem ser cobrados em qualquer moeda, em dólares, euros, no que os proprietários quiserem, e não existe prazo legal mínimo para os contratos. Ou seja, poderão nos obrigar a assinar contratos por 15 dias, um mês ou dois meses — reclamou Muñoz.O presidente da associação, afirmou, ainda, que “nenhuma sociedade do mundo pode se desenvolver se as pessoas não têm acesso a um lugar onde viver”. Na conta da associação na rede X, o presidente argentino passou a ser chamado de “o monarca Milei”.

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