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Agronegócio em ascensão; novidades no Portal DBO.

Como a gestão da água impacta a pecuária bovina no Brasil

Nesse Dia Mundial da Água, especialistas têm o entendimento de que o produtor rural se mostra cada vez mais sintonizado com a questão da água. No entanto, Julio Cesar Pascale Palhares, pesquisador da Embrapa Sudeste (São Carlos, SP), especialista nos impactos da produção animal nos recursos hídricos, acredita que é preciso avançar e internalizar uma cultura de boa gestão e conservação da qualidade da água.

Qual a conjuntura da água no agronegócio brasileiro?

Julio Cesar Pascale Palhares destaca a falta de dados sobre a cultura hídrica no agronegócio brasileiro, especialmente na pecuária bovina. A água ainda é vista como um recurso abundante e barato, o que faz com que muitos não valorizem ou cuidem adequadamente desse recurso finito. Mesmo sem uma conta mensal, a água tem custos de captação, distribuição e armazenamento, além da necessidade de tratamento em algumas propriedades antes do consumo pelos animais.

A importância da gestão da água na pecuária bovina

Entendendo a relevância da conservação da água para a pecuária bovina, é essencial analisar como as práticas atuais impactam esse recurso. A gestão adequada da água torna-se crucial não apenas para a produção animal, mas também para a sustentabilidade do meio ambiente e a preservação dos recursos hídricos.

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Subtítulo 1

Nesse Dia Mundial da Água, especialistas têm o entendimento de que o produtor rural se mostrada cada vez mais sintonizado com a questão da água. Porém, para Julio Cesar Pascale Palhares, pesquisador da Embrapa Sudeste (São Carlos, SP), especialista nos impactos da produção animal nos recursos hídricos, é preciso “avançar e internalizar uma cultura de boa gestão e conservação da qualidade da água”.

Subtítulo 2

Portal DBO – Qual a conjuntura da água no agronegócio brasileiro, em especial na pecuária bovina?

Julio Cesar Pascale Palhares – Difícil de responder essa pergunta. Não há dados. Não temos ainda uma cultura hídrica internalizada. Ela não existe porque a água é vista como um recurso abundante e barato. Logo, o ser humano tende a não dar valor e mesmo não cuidar. Mas precisamos mudar essa cultura porque a água é um recurso finito e, mesmo que o produtor não pague uma conta todo mês, ela tem um custo desde a captação, a distribuição e o armazenamento, até a manutenção da rede de distribuição. Algumas propriedades precisam até tratá-la antes do consumo por animais.

Subtítulo 3

Especificamente em termos de bovinos, temos algum estudo no leite, fruto de uma parceria entre a Embrapa Pecuária Sudeste e a empresa Nestlé. Nos últimos três anos foi feito um grande programa de monitoramento do consumo de água em 1,2 mil propriedades.

Subtítulo 4

O resultado foi as primeiras referências de consumo de água por vacas leiteiras, incluindo até a lavagem das salas de ordenha. Tudo foi publicado agora no último mês de janeiro. O estudo subsidiará o setor para melhorar a gestão do recurso nas fazendas e, consequentemente, propor melhores práticas.

Subtítulo 5

Palhares – Sim! Para cada 1 litro de leite produzido são necessários de 3,2 a 3,8 litros de água, dependendo do sistema produtivo, entre pastejado e confinado.

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Conclusão

O pesquisador Julio Cesar Pascale Palhares destaca a importância de avançar para uma cultura de boa gestão e conservação da qualidade da água na pecuária. Com a realização de estudos e programas de monitoramento, como o desenvolvido em parceria com a Nestlé, é possível obter dados concretos sobre o consumo de água pelos animais e assim propor melhores práticas para a gestão desse recurso. A conscientização dos produtores e ações de preservação por parte da agroindústria e esferas governamentais são fundamentais para garantir a sustentabilidade hídrica no agronegócio.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Dia Mundial da Água: Importância da Gestão Hídrica na Pecuária Bovina

No Dia Mundial da Água, especialistas destacam a importância da gestão hídrica na pecuária bovina. Julio Cesar Pascale Palhares, pesquisador da Embrapa Sudeste, ressalta a necessidade de avançar na cultura de conservação da água.

FAQs sobre Gestão da Água na Pecuária Bovina:

1. Qual é a conjuntura da água no agronegócio brasileiro?

Resposta: A cultura hídrica no Brasil ainda não está internalizada, devido à percepção de que a água é um recurso abundante e barato. É essencial mudar essa mentalidade e reconhecer que a água possui custos associados, desde a captação até o tratamento.

2. Quantos litros de água são necessários para produzir 1 litro de leite?

Resposta: Para cada litro de leite produzido, são necessários de 3,2 a 3,8 litros de água, dependendo do sistema produtivo (pastejado ou confinado).

3. Quais as ameaças das mudanças climáticas para a oferta de água no Brasil?

Resposta: As mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade de água no Brasil, tornando a gestão dos recursos hídricos ainda mais crucial.

4. A América do Sul é rica em aquíferos. Qual sua importância?

Resposta: A América do Sul e o Brasil possuem aquíferos estratégicos, como o Guarani, que representam fontes significativas de água subterrânea.

5. Como os produtores podem contribuir para a conservação da água na pecuária?

Resposta: Os produtores podem adotar práticas sustentáveis, como o uso consciente da água e o manejo adequado do solo, para preservar os recursos hídricos.

Essas perguntas frequentes abordam aspectos importantes da gestão da água na pecuária bovina, destacando a necessidade de uma abordagem sustentável e consciente para garantir a disponibilidade desse recurso essencial.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Nesse Dia Mundial da Água, especialistas têm o entendimento de que o produtor rural se mostrada cada vez mais sintonizado com a questão da água.

Porém, para Julio Cesar Pascale Palhares, pesquisador da Embrapa Sudeste (São Carlos, SP), especialista nos impactos da produção animal nos recursos hídricos, é preciso “avançar e internalizar uma cultura de boa gestão e conservação da qualidade da água”.

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Julio Palhares, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste

Portal DBO – Qual a conjuntura da água no agronegócio brasileiro, em especial na pecuária bovina?

Julio Cesar Pascale Palhares – Difícil de responder essa pergunta. Não há dados. Não temos ainda uma cultura hídrica internalizada. Ela não existe porque a água é vista como um recurso abundante e barato. Logo, o ser humano tende a não dar valor e mesmo não cuidar.

Mas precisamos mudar essa cultura porque a água é um recurso finito e, mesmo que o produtor não pague uma conta todo mês, ela tem um custo desde a captação, a distribuição e o armazenamento, até a manutenção da rede de distribuição. Algumas propriedades precisam até tratá-la antes do consumo por animais.

OUÇA | Dia Mundial da Água: uma pecuária que faz a lição de casa

Especificamente em termos de bovinos, temos algum estudo no leite, fruto de uma parceria entre a Embrapa Pecuária Sudeste e a empresa Nestlé. Nos últimos três anos foi feito um grande programa de monitoramento do consumo de água em 1,2 mil propriedades.

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O resultado foi as primeiras referências de consumo de água por vacas leiteiras, incluindo até a lavagem das salas de ordenha. Tudo foi publicado agora no último mês de janeiro. O estudo subsidiará o setor para melhorar a gestão do recurso nas fazendas e, consequentemente, propor melhores práticas.

Portal DBO – Chegou-se a algum número expressivo?

Palhares – Sim! Para cada 1 litro de leite produzido são necessários de 3,2 a 3,8 litros de água, dependendo do sistema produtivo, entre pastejado e confinado.

Portal DBO – Quais as ameaças que as mudanças climáticas trazem para a oferta de água no Brasil?

Portal DBO – A América do Sul é rica em aquíferos. Trata-se de uma reserva estratégica ou de uma fonte viável de água?

Palhares – A América do Sul e o Brasil, especificamente, são ricos em aquíferos, lembrando que aquíferos são aquelas fontes de águas subterrâneas. Temos o Guarani, que envolve grande parte do território brasileiro na sua porção Centro-Sul e países como Paraguai, Uruguaia e Argentina.

Trata-se de um dos maiores aquíferos conhecidos, no mundo. E, mais recentemente, foi descoberto outro na região Norte, embaixo da Bacia Amazônica que, pelos estudos iniciais, mostra-se com uma oferta ainda maior do que a do próprio Guarani.

OUÇA | Pecuária no Dia Mundial da Agricultura

As águas subterrâneas compõem uma reserva preciosa. São menos ameaçadas na sua qualidade, do que as superficiais, em rios, nascentes, represas, reservatórios e açudes, simplesmente por estarem mais expostas às várias condições climáticas e uso da terra.

Mas o fato de a água subterrânea estar mais protegida não significa que sua qualidade é eterna. Dependendo principalmente do manejo do solo podemos contaminá-la. Mas reforço que a água subterrânea sempre tem de ser vista como uma reserva estratégica.

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Foto: Divulgação

É necessário um uso controlado para que ela se recomponha e mantenha disponível. Já sua qualidade depende, principalmente, do uso de fertilizantes químicos ou orgânicos e dos agrotóxicos. Tratar águas subterrâneas contaminadas teria um custo altíssimo, quase inviável.

Portal DBO – Como avalia o trabalho de conscientização dos produtores, em especial para os pecuaristas, quanto ao uso da água?

Portal DBO – Os produtores rurais e a agroindústria podem ser protagonistas no papel de conservação da água? E as esferas governamentais?

ASSISTA | De Olho no Campo – A importância da qualidade da água para o gado; vídeo

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