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Boa leitura!
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Então você veio ao lugar certo! Neste artigo, vamos abordar o mercado bovino e as desvalorizações ocorridas nos últimos meses. Vamos conhecer os números e as perspectivas para o futuro próximo. Preparado? Vamos lá!
A análise dos dados mostra que entre janeiro e agosto de 2023, o mercado bovino teve a maior desvalorização dos últimos 25 anos. No mês de agosto, o custo projetado de uma arroba fora do confinamento estava em torno de R$ 234,00, enquanto o mercado futuro apontava para algo em torno de R$ 202,00. Um cenário pouco animador para os produtores.
Essas referências foram baseadas nos preços do Cepea e no índice de custos de produção de bovinos confinados da FMVZ/USP. O mercado futuro não cobriu nem mesmo a arroba engordada, muito menos a arroba de entrada. Ou seja, os preços não estavam favoráveis para garantir margens de lucro satisfatórias.
Com a chegada do gado que abastecerá parte da oferta do confinamento em novembro, o cenário se torna ainda mais preocupante. A queda nos preços registrada nos últimos meses pode impactar a oferta e cotações em novembro e início de dezembro.
No entanto, apesar da situação desafiadora, alguns produtores que arriscaram mesmo com o cenário pouco atrativo já estão vendo suas contas no azul, considerando os valores do touro em questão. Ou seja, ainda é possível garantir margem, mesmo em meio às adversidades.
É importante ressaltar que o mercado futuro para outubro iniciou julho acima de R$ 263,00 e encerrou perto de R$ 234,00, o que reforça a possibilidade de garantir resultados mesmo em um cenário desfavorável. Estamos vivendo um momento de incertezas, mas estratégias cautelosas podem ajudar a superar os obstáculos e alcançar resultados positivos.
De acordo com a segunda Pesquisa de Intenções de Confinamento em Mato Grosso, divulgada pelo IMEA em agosto, a expectativa era de redução de 4,5% no número de bovinos confinados em relação ao mesmo período do ano anterior. O preço do gado vivo foi a principal preocupação mencionada pelos produtores.
É importante destacar que o levantamento foi realizado em julho e, em agosto, os preços do gado apresentaram uma queda significativa em relação ao mês anterior. A média mensal de agosto foi R$ 30,00/@ menor, passando de R$ 250,00 em julho para R$ 220,00, considerando referências de São Paulo.
Com base nesses dados, percebemos que os resultados do confinamento em agosto não foram animadores. O cenário de julho já indicava uma queda de 4,5% na intenção de confinamento, e o mês de agosto não trouxe boas notícias. Porém, apesar do aumento da oferta geral de gado devido ao ciclo, a pressão de vendas decorrente do confinamento deverá ser mais modesta do que o esperado.
Olhando para as próximas semanas, a oferta de confinamento será referente aos animais que encerraram o período em julho, quando os preços já estavam em queda. Porém, é importante ressaltar que existem situações específicas que podem influenciar essa oferta, como a necessidade de desobstrução de áreas nas propriedades e parcerias com a indústria.
Um fator que também pode influenciar na precificação é a oferta de “confinamento que não foi feito”, ou seja, os produtores que optaram por não confinar seus animais em um cenário desfavorável. Essa oferta pode ajudar a equilibrar os preços e permitir melhores negociações.
Diante de tantas oscilações no mercado nos últimos anos, aproveitar o otimismo no mercado futuro para travar preços mínimos é uma estratégia razoável. É importante estar atento às projeções da B3 e agir de forma cuidadosa para garantir resultados satisfatórios.
Gostou deste artigo? Tem alguma sugestão ou nova informação? Por favor, escreva para mim em hyberville@hnagro.com.br. Ficaria feliz em receber seu feedback e continuar trazendo conteúdos relevantes sobre o agronegócio brasileiro.
Agora, vamos às perguntas com respostas para gerar alto interesse e visualizações:
1. Quais foram as principais desvalorizações no mercado bovino nos últimos meses?
R: Entre janeiro e agosto de 2023, o mercado bovino teve a maior desvalorização dos últimos 25 anos.
2. Quais foram os custos projetados para a arroba fora do confinamento em agosto?
R: Em agosto, o custo projetado para a arroba fora do confinamento girava em torno de R$ 234,00.
3. Qual foi a expectativa de redução no número de bovinos confinados em Mato Grosso?
R: De acordo com a segunda Pesquisa de Intenções de Confinamento em Mato Grosso, a expectativa era de redução de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
4. Qual foi o impacto do cenário negativo nas contas da atividade?
R: O cenário negativo nas contas da atividade deve impactar a oferta em novembro e início de dezembro.
5. Qual é uma estratégia razoável diante das oscilações do mercado?
R: Aproveitar o otimismo no mercado futuro para travar preços mínimos é uma estratégia razoável que permite aproveitar cenários mais positivos.
Espero que este artigo tenha fornecido informações relevantes sobre o mercado bovino e ajudado você a entender melhor as perspectivas para o setor. Fique por dentro das notícias e novidades do agronegócio brasileiro. Assine nossa newsletter e receba as principais informações em primeira mão.
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Por Hyberville Neto – consultor e diretor da HN AGRO
Entre janeiro e agosto de 2023, o mercado bovino teve a maior desvalorização pelo menos dos últimos 25 anos.
Em agosto, o custo projetado de uma arroba fora do confinamento girava em torno de R$ 234,00 e o mercado futuro apontava para algo em torno de R$ 202,00. O mercado futuro não cobriu a arroba engordada e muito menos a arroba de entrada. Essas referências e as apresentadas a seguir foram baseadas nos preços do Cepea e no índice de custos de produção de bovinos confinados da FMVZ/USP.
Esse é o cenário com a chegada do gado que, em cerca de cem dias, abastecerá parte da oferta do confinamento em novembro. Quem arriscou, mesmo com o cenário pouco atrativo, já vê suas contas no azul, considerando os valores do touro em questão. Ou seja, existe a possibilidade de garantir margem.
O ponto desta análise não é o resultado dos confinados em agosto, mas o cenário completamente negativo nas contas da atividade, que deve impactar a oferta em novembro e início de dezembro.
Pensando na oferta de outubro, mês que começa daqui a alguns dias, uma estimativa de custo por arroba vendida do gado fechado em julho ficou em torno de R$ 245,00, com a arroba engorda compensando o insumo de arrobas, que ainda não havia caído para o níveis mais recentes. O mercado futuro para outubro iniciou julho acima de R$ 263,00 e encerrou perto de R$ 234,00. Aqui havia a possibilidade de entrar no jogo garantindo resultado.
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Em setembro o cenário melhorou, mas o gado que estava fechado neste mês só deve sair em dezembro, quando as chuvas já dificultam as operações e o volume geral de gado no cocho costuma ser menor. Num ano de El Niño, como o atual, o Centro-Sul deverá ter chuvas acima da média.
Intenções de confinamento
Segundo a segunda Pesquisa de Intenções de Confinamento em Mato Grosso, do IMEA, divulgada em agosto, mas com pesquisa realizada em julho, a expectativa era de redução de 4,5% no número de bovinos confinados, em relação à estimativa do mesmo período em 2022.
A principal preocupação do produtor na época era o preço do gado vivo (76,9% dos entrevistados mencionaram esse ponto).
Vale ressaltar que o levantamento foi feito em julho e em agosto o pecuarista errou os preços daquele mês. A média mensal de agosto foi R$ 30,00/@ menor, passando de R$ 250,00 em julho para R$ 220,00, aqui usando referências de São Paulo.
Ou seja, a intenção de confinamento com o cenário de julho (saída em outubro) já era de queda de 4,5% e, se tem uma coisa que agosto não foi, é animador. Com isso, embora estejamos em um ano com mais oferta, em geral, devido ao ciclo, a pressão de vendas decorrente do confinamento deverá ser bem mais modesta do que o esperado há alguns meses.
Considerações finais
A oferta de confinamento nas próximas semanas será a que encerrou em julho, quando o cenário era de queda de preços. Nas vendas de novembro, quem fechou o gado em agosto teve a pior queda entre janeiro e agosto das últimas décadas.
Obviamente que existem situações específicas, quer ao nível da necessidade de desobstrução de áreas nas propriedades, quer em confinamentos que tenham parcerias ou mesmo pertençam à própria indústria. Com isso, o volume total a ser confinado não é afetado diretamente pelas más contas que apresentamos, pois há outros pontos que os viabilizam, como a garantia de escala da indústria.
Com a ressalva de que estamos num ano de descarte de fêmeas, até certo ponto a oferta de “confinamento que não foi feito” deve ajudar na precificação.
De qualquer forma, com a quantidade de solavancos do mercado nos últimos anos, aproveitar esse otimismo no mercado futuro para travar preços mínimos (custos) é uma estratégia razoável, que permite aproveitar caso o cenário se torne mais positivo do que as projeções da B3.
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