Mike é um frango que conseguiu viver 18 meses sem a cabeça.
Loucura não é mesmo? Conheça essa emocionante história.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Há 77 anos atrás, em 1945, um fazendeiro chocou os Estados Unidos ao montar um espetáculo para rodar o país apresentando seu frango sem cabeça.
Mike, como foi batizado por Lloyd Olsen e sua esposa, Clara, vivia na fazenda na cidade de Fruita, no Colorado, e conseguiu sobreviver ao longo de 18 meses descabeçado.
Apesar do fim trágico um ano e meio depois, a história do pequeno frango virou lendária, permeando a vida dos descendentes do fazendeiro.
Mike e Lloyd ganharam as manchetes das principais revistas do país, com direito a um ensaio na principal publicação de fotojornalismo do século XX, da revista LIFE.
“Eles chegaram até o fim e tinham um que ainda estava vivo, subindo e andando por aí“, diz o bisneto do casal, Troy Waters. O frango chutou e correu, e não parou mais.
Mike, o frango sem cabeça
Mike foi (mal) decapitado durante a preparação de frangos da granja da família Olsen para consumo e revenda.
Segundo conta a história, passada de pai para filho, era manhã no dia 10 de setembro de 1945, quando o casal Lloyd e Clara estavam em sua fazenda, na pequena cidade de Fruita, no Colorado, matando frangos.
Conforme os relatos, um dos frangos, após perder a cabeça, permaneceu vivo andando de um lado para o outro.
Assustado, o casal pegou o animal e o manteve dentro de uma caixa com maçãs, imaginando que poderia se tratar de um resquício de vida ou coisa do gênero. Na manhã seguinte, Lloyd viu que o frango seguia vivo.
Ainda que intrigado, o fazendeiro colocou Mike na carroça e rodou as cidades vizinhas, em busca de um trocado – ou até mesmo uma cerveja. Ele dizia ser dono de um frango vivo e sem cabeça, e as pessoas pagavam para ver de perto.
Afeiçoado ao animal, deu-lhe o nome de Mike e desenvolveu uma dieta à base de leite e água, que ministrava utilizando um conta-gotas, além de pequenos grãos de milho.
Como foi possível o frango sobreviver sem a cabeça?
Especialistas que tiveram contato com o animal apontaram que Olsen não havia decapitado por completo a ave, o que permitiu que ela seguisse viva, ainda que, inicialmente, sem conseguir manter-se em pé.
O machado utilizado para retirar a cabeça dos frangos e galinhas da fazenda cortou a maior parte do crânio da ave, mas manteve intacta uma orelha, a veia jugular e a base do cérebro, responsável pela função motora. Com o tempo, os relatos sobre Mike se espalharam pela região, tornando a família Olsen famosa.
O que acontece quando a cabeça de uma galinha é cortada?
- A decapitação desconecta o cérebro do resto do corpo, mas por um curto período os circuitos da medula espinhal ainda têm oxigênio residual.
- Sem a entrada do cérebro, esses circuitos começam espontaneamente. “Os neurônios se tornam ativos, as pernas começam a se mover“, diz o Dr. Tom Smulders, da Universidade de Newcastle.
- Normalmente, a galinha está deitada quando isso acontece, mas em casos raros, os neurônios disparam um programa motor de corrida.
- “A galinha vai realmente correr por um tempo“, diz Smulders. “Mas não por 18 meses como Mike, e sim mais ou menos 15 minutos.“
Foi assim que Hope Wade, um conhecido produtor de espetáculos, tomou conhecimento do frango descabeçado. Imaginando que ali poderia existir uma boa fonte de renda, sugeriu a Lloyd que criassem um espetáculo para exibir Mike.
Como a fazenda era pequena e a família, por vezes, passava necessidades, os Olsen toparam a ideia.
Waters ouviu a história quando menino, quando seu bisavô acamado veio morar na casa de seus pais. Os dois tinham quartos adjacentes, e o velho, muitas vezes sem dormir, conversava por horas.
“Ele levou as carcaças de frango para a cidade para vendê-las no mercado de carne“, diz Waters.
“Ele levou esse galo com ele e naquela época ele ainda estava usando o cavalo e a carroça um pouco.
Ele a jogou no vagão, levou o frango com ele e começou a apostar cerveja nas pessoas ou algo assim que ele tinha um frango vivo sem cabeça.”
A notícia se espalhou na cidade sobre a milagrosa ave sem cabeça.
O jornal local enviou um repórter para entrevistar Olsen e, duas semanas depois, uma promotora de shows paralelos chamada Hope Wade viajou quase 300 milhas de Salt Lake City, Utah. Ele tinha uma proposta simples: levar o frango para o circuito paralelo eles poderiam ganhar algum dinheiro.
Da morte ao estrelato
Ao longo do próximo ano, os Olsen montaram um espetáculo muito conhecido. Lloyd, Clara e Mike viajaram por vários estados e cidades dos Estados Unidos, especialmente na Califórnia e Arizona.
Quando precisaram retornar à fazenda, deixaram o frango sob os cuidados do empresário Hope Wade, que circulou pelo sudeste dos Estados Unidos com Mike.
“Faz parte da nossa estranha história familiar“, diz Christa Waters, sua esposa.
Eles foram para a Califórnia e Arizona, e Hope Wade levou Mike em uma turnê pelo sudeste dos Estados Unidos quando os Olsens tiveram que retornar à sua fazenda para fazer a colheita.
As viagens do frango foram cuidadosamente documentadas por Clara em um álbum de recortes que está preservado até hoje.
Pessoas de todo o país escreveram cartas – 40 ou 50 no total – e nem todas positivas. Um comparou os Olsens aos nazistas, outro do Alasca pediu-lhes para trocar a baqueta de Mike em troca de uma perna de madeira.
Alguns foram endereçados apenas aos “proprietários do frango sem cabeça no Colorado“, mas ainda assim encontraram o caminho para a fazenda da família.
Após a turnê inicial, os Olsens levaram Mike the Headless Chicken para Phoenix, Arizona, onde a fatalidade ocorreu, na primavera de 1947.
“Foi aí que ele morreu – em Phoenix“, diz Waters.
Ao que tudo indica, ele se engasgou com o líquido que lhe ofereciam como alimentação. Como estavam em viagem, a família havia esquecido a seringa que utilizavam para desobstruir o muco de sua garganta e o frango acabou morrendo sufocado.
A família mantém até hoje um diário em que Clara descrevia as aventuras com o frango sem cabeça. Mas, além dos registros, o legado de Mike é mantido vivo pelo Mike The Headless Chicken Festival, um evento celebrado desde 1999 em Fruita, Colorado, com diversas atividades envolvendo frangos, ovos e galinhas.
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