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A bubalinocultura de sucesso está ‘cercada’

A Mesopotâmia é considerada o berço da civilização. Há cerca de 10 mil anos, o surgimento da agricultura fez com que grupos de pessoas deixassem de ser nômades e se estabelecessem na região. Hoje a maior parte pertence ao continente asiático, onde está localizada a China – cuja história também é intrínseca a esse processo. Nestes dois lugares, há muitos milênios, acredita-se que foram domesticados os primeiros búfalos (espécie de origem indiana). Esses animais começaram a ser exportados para o Brasil no século XIX, chegando até a Ilha do Marajó. Atualmente, o Brasil possui o maior rebanho da região Oeste com potencial para reprodução, produção e melhoramento genético de búfalos para o mundo.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que, em 2021, existissem mais de 1,5 milhão de búfalos – 68% deles concentrados na região Norte, mas presentes em todas as outras regiões. Este rebanho tem sido utilizado, principalmente, pela diversidade reprodutiva, qualidade protéica e adaptabilidade e rusticidade desta raça a diferentes condições climáticas. Outras características relevantes são a mansidão que esses animais apresentam no manejo, na produção de carne, leite e na mão de obra da agricultura familiar, como animais de tração.

Pesquisas indicam que tanto a carne quanto o leite de búfalos são mais saudáveis ​​do que os bovinos, porque têm menos gordura saturada e colesterol e mais proteínas e cálcio. Porém, o manejo dessas duas espécies (bovinos e bubalinos) é muito diferente e para melhorar os índices de produtividade alguns critérios devem ser observados.

A rusticidade e adaptabilidade dos animais frente às diferentes condições climáticas são determinantes para que a bubalicultura seja uma atividade em crescimento no Brasil. Mas para isso é necessário entender que o conceito de termorregulação fisiológica e exigência nutricional estão diretamente ligados ao bem-estar e produtividade dos búfalos.

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Os búfalos, por exemplo, precisam passar muito tempo em locais úmidos para atingir a temperatura corporal ideal, pois essa espécie possui um número menor de glândulas sudoríparas em relação aos bovinos, por exemplo, e sua pele escura possui uma espessa camada de epiderme, tornando-os menos eficientes na termorregulação corporal. Assim, sabemos que situações de estresse térmico reduzem a eficiência zootécnica das mais diferentes espécies animais, e no caso da bubalicultura isso é ainda mais acentuado.

Da mesma forma, se não atendermos às suas demandas nutricionais e sociais, os búfalos são tentados a procurar outros ambientes mais agradáveis, onde possam suprir suas necessidades. E é justamente aí que começam os problemas: podem causar acidentes, pois se tornam agressivos em situações estressantes, e sua grande força pode contribuir para a destruição de cercas ineficientes.

Neste caso particular, é necessário que a ancoragem das vedações tenha plataformas bem feitas e sustentadas. A utilização de materiais de qualidade, como o tecido Belgo Strada®, também ajuda a evitar que os animais escapem para as rodovias. Recomenda-se o uso de telas associadas à condutividade elétrica. É o caso do ZZ-700 Bezinal®, que suporta impacto de 700 kgf e é indicado para cercas rurais em terrenos planos e regiões pantanosas altamente corrosivas – ambientes preferidos pelos búfalos. Este fio oval possui tripla camada de zinco e agrega a uma série de benefícios para a proteção e segurança dos búfalos, esta fantástica cadeia produtiva, presente no Brasil há quase 200 anos.

Por Vanessa Amorim Teixeira, veterinária, mestre e doutora em zootecnia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e analista de agromercado da Belgo Arames.*

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