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Boa leitura!
**A População Ocupada no Agronegócio Brasileiro Aumenta no Primeiro Trimestre de 2023**
No primeiro trimestre de 2023, a população ocupada no agronegócio brasileiro atingiu um número recorde de 28,1 milhões de pessoas, de acordo com a nova metodologia aplicada pelo Cepea em parceria com a CNA. Isso representa um aumento de 0,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A expansão da ocupação no setor se deve, principalmente, ao crescimento do segmento de agrosserviços, impulsionado pelas safras recordes e pela consequente demanda por transporte, armazenagem, comércio e outros serviços relacionados ao agronegócio.
Com relação ao perfil da força de trabalho, observa-se um avanço na formalização do emprego, com um maior contingente de empregados com carteira assinada. Além disso, trabalhadores com maior escolaridade continuam a ganhar espaço no setor e a participação feminina tem aumentado.
**Nova Metodologia e seus Impactos**
A partir de 2023, o Cepea implementou ajustes importantes em sua série histórica do mercado de trabalho do agronegócio brasileiro. Essas mudanças resultaram em um aumento significativo nos números. Antes da nova metodologia, estimava-se que havia 19 milhões de trabalhadores no agronegócio em 2022, mas com a aplicação dessa nova abordagem o número aumentou para 28 milhões. Com isso, a participação dos trabalhadores no total da população ocupada no Brasil também cresceu, passando de 19,3% para 27%.
Além de ajustes técnicos que permitiram uma contabilidade mais precisa de trabalhadores nos setores industrial e de serviços ligados ao agronegócio, a principal mudança ocorreu no conceito de “pessoa ocupada”. Anteriormente, apenas trabalhadores envolvidos na produção de bens voltados ao mercado eram considerados, enquanto agora o Cepea também inclui trabalhadores que produzem exclusivamente para consumo próprio. Essa nova definição resultou na adição de aproximadamente 4,7 milhões de trabalhadores ao setor agronegócio por ano.
**Conclusão**
O agronegócio brasileiro apresentou um aumento significativo na população ocupada no primeiro trimestre de 2023. Esse crescimento está relacionado ao desempenho positivo da produção agrícola, que impulsionou a demanda por serviços relacionados ao setor. Além disso, as mudanças na metodologia de contabilização dos trabalhadores resultaram em números mais precisos e refletem melhor a realidade do mercado de trabalho do agronegócio.
**Perguntas e Respostas Frequentes**
1. Quanto foi o aumento da população ocupada no agronegócio brasileiro no primeiro trimestre de 2023?
– O aumento foi de 0,9%, aproximadamente 237 mil pessoas.
2. Quais foram os principais setores responsáveis pelo aumento da ocupação no agronegócio?
– Agrosserviços, que englobam transporte, armazenagem, comércio e outros serviços prestados ao agronegócio, apresentaram crescimento de 6,7%.
3. O número de empregados com carteira assinada aumentou no setor agronegócio?
– Sim, houve um avanço na formalização do emprego, com um maior contingente de empregados com carteira assinada no primeiro trimestre de 2023.
4. Como a nova metodologia afetou os números do mercado de trabalho do agronegócio?
– A nova metodologia resultou em um aumento significativo na população ocupada no agronegócio, passando de 19 milhões para 28 milhões de pessoas em 2022.
5. Quais são as consequências da inclusão de trabalhadores que produzem para consumo próprio na contabilização da população ocupada no agronegócio?
– A inclusão desses trabalhadores resultou em um aumento de aproximadamente 4,7 milhões de pessoas na população ocupada do setor agronegócio por ano. Isso reflete uma realidade mais abrangente do mercado de trabalho no segmento.
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Cepea, 1º/08/2023 – A população ocupada (PO) do agronegócio brasileiro no primeiro trimestre de 2023 totalizou 28,1 milhões de pessoas, segundo nova metodologia (veja abaixo) aplicada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA ( Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Este é o maior número para um primeiro trimestre desta nova série histórica, iniciada em 2012. Com isso, a participação do setor no total de ocupações no Brasil foi de 27%.
Em relação ao primeiro trimestre de 2022, a PO do setor aumentou 0,9% (aproximadamente 237 mil pessoas). Segundo pesquisadores do Cepea, esse resultado se deve ao maior contingente ocupado em agrosserviços (+6,7%, ou aproximadamente 616 mil pessoas) – o que reflete principalmente o excelente desempenho da produção agrícola no interior da porteira, já que as safras recordes se traduziram em expansão de transporte, armazenagem, comércio e outros serviços prestados ao agronegócio.
Quanto ao perfil da força de trabalho, na comparação entre trimestres iguais, pesquisadores do Cepea indicam que o aumento da PO do agronegócio foi puxado por empregados, especialmente com carteira assinada (evidenciando avanço na formalização do emprego), por trabalhadores com maior escolaridade (tendência observada no setor desde o início da série histórica) e por mulheres (aumento da participação feminina no período).
NOVA METODOLOGIA – A partir de 2023, alguns ajustes importantes foram implementados pelo Cepea/CNA na série histórica do mercado de trabalho do agronegócio brasileiro. Essas mudanças tiveram um impacto significativo nos números e, por isso, estão explicadas em nota no site do Cepea (aqui).
Resumidamente, antes da mudança, o Cepea estimava o número de trabalhadores no agronegócio em 19 milhões de pessoas em 2022 e, com a nova metodologia, o número passou para 28 milhões de pessoas. Com isso, a participação dos trabalhadores no total do Brasil também cresceu, passando de 19,3% para 27%.
Algumas das mudanças foram de natureza técnica (foram identificados com mais precisão alguns trabalhadores do agronegócio dos setores industrial e de serviços, que antes não eram contabilizados por dificuldades metodológicas), mas a principal foi de natureza conceitual em relação ao que era significa “pessoa ocupada”. Neste último caso, o Cepea/CNA passou a incluir trabalhadores que trabalham produzindo apenas (ou exclusivamente) para consumo próprio; essa definição de PO difere da adotada pela PNAD-C em suas divulgações trimestrais – para informações sobre essa e outras mudanças metodológicas, ver Cepea (2023) (aqui). Apenas com essa mudança conceitual, cerca de 4,7 milhões de trabalhadores adicionais passaram a ser contabilizados no agronegócio por ano.
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações sobre o mercado de trabalho do agronegócio aqui e por meio da Comunicação do Cepea, com o prof. Geraldo Barros e pesquisadora Nicole Rennó: cepea@usp.br
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**
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Fonte: Cepea