Ibovespa fecha em alta com apoio da Vale

Ibovespa fecha em alta com apoio da Vale

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O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, auxiliado pela Vale, após diversas mudanças de sinal durante o pregão, com agentes financeiros analisando a última parcela dos balanços das empresas brasileiras para o segundo trimestre.

Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 0,43%, a 113.512,38 pontos, renovando a alta de fechamento em quase quatro meses. Durante a sessão, oscilou entre um mínimo de 112.689,84 pontos e um máximo de 113.626,04 pontos.

O volume financeiro totalizou R$ 24,6 bilhões, ante uma média de R$ 27,9 bilhões no mês e R$ 28,9 bilhões no ano.

Segundo Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos, os investidores estão atualizando suas projeções após a safra de balanço, mas também se preparando para a campanha eleitoral que começou oficialmente nesta terça-feira.

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As discussões sobre os programas de governo dos principais candidatos, principalmente no que diz respeito às políticas fiscais, bem como a composição de suas equipes econômicas, devem ocupar a atenção do mercado financeiro nos próximos meses.

Chinchilla também vinculou o movimento “parado” do Ibovespa às expectativas para a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve nesta quarta-feira, uma vez que a discussão sobre o ritmo de alta dos juros nos Estados Unidos continua em aberto.

Em Wall Street, o Dow Jones subiu 0,71%, o que sustentou o fechamento positivo da bolsa paulista, enquanto o S&P 500 subiu apenas 0,19% e o Nasdaq Composite recuou 0,19%.

Para Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora, a indecisão do Ibovespa no pregão desta terça-feira deixa sinais de esgotamento do movimento de alta iniciado no início de julho, “que pode trazer alguma realização nos próximos pregões”.

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DESTAQUES

– VALE ON avançou 2,42% para 69,95 reais, recuperando-se após queda de mais de 2% no dia anterior, apesar da fraqueza dos preços do minério de ferro na Ásia nesta sessão. No melhor momento, a ação chegou a R$ 70,35, a maior intradiária em mais de um mês. A CSN MINERAÇÃO ON, que divulgou seu balanço na véspera, caiu 1,03%.

– O IRB BRASIL RE ON fechou em alta de 3,85%, a 2,16 reais, após queda no dia anterior, com prejuízo trimestral no radar, além da divulgação de descumprimento regulatório, que espera corrigir até outubro. Os investidores estão cientes de um potencial aumento de capital da empresa. O BTG Pactual afirmou que o resultado do segundo trimestre tornou a operação urgente.

– POSITIVO ON valorizou 4,94%, a 10,84 reais, ampliando a alta de agosto, ainda sustentada pelo resultado da semana passada, além das perspectivas para o segundo semestre. O papel também está entre os que se beneficiam da perspectiva de que o ciclo de alta dos juros no Brasil pode ter acabado ou está chegando ao fim.

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– BRF ON subiu 6,53%, a 17,62 reais, dando suporte, em dia positivo para as ações das empresas alimentícias, tendo como pano de fundo a alta do dólar frente ao real, o que tende a ajudar as empresas, que têm parte da receita em dólares. JBS ON fechou com alta de 4,89%, MARFRIG ON avançou 4,78% e MINERVA ON encerrou com ganho de 1,91%.

– REVISTA LUIZA ON avançou 2,72%, a 4,15 reais, na terceira alta consecutiva, recuperando os preços de maio, com alta de agosto totalizando 60,85%. Parte da recuperação é sustentada pelas perspectivas para a Selic, de manutenção dos atuais 13,75% ou apenas aumento residual em setembro. No setor, no entanto, VIA ON caiu 0,55% e AMERICANAS ON caiu 1,04%.

– A CSN ON fechou em alta de 0,44% a 16 reais, mesmo após o Ebitda ajustado do segundo trimestre ter caído para 3,26 bilhões de reais, pois estava dentro das expectativas. Executivos da empresa dizem que a siderúrgica está vendendo mais aço no terceiro trimestre e a preços relativamente estáveis ​​em relação aos três meses imediatamente anteriores.

– YDUQS ON caiu 11,76%, a 14,03 reais, tendo como pano de fundo um prejuízo de 63,3 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo o resultado positivo do ano anterior. Para o Citi, “não há muito o que comemorar nos resultados” e a não apresentação da empresa em projeções de financiamento e ingressos no segundo semestre pode sugerir um ambiente operacional ainda incerto.

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– MÉLIUZ ON caiu 9,8% para R$ 1,38, após registrar prejuízo líquido de R$ 28,2 milhões no segundo trimestre. As ações subiram acentuadamente no dia anterior. O Itaú BBA avaliou que a empresa apresentou resultados modestos, tendo enfrentado um cenário mais adverso devido à desaceleração do e-commerce no país e despesas extraordinárias.

– PETRORIO ON caiu 3,99%, a 24,32 reais, em sessão de queda do preço do petróleo no exterior. Além disso, a empresa anunciou na noite anterior que havia interrompido temporariamente a produção em Campo de Frade devido a um mau funcionamento na linha de gás inerte do FPSO. A empresa estimou inicialmente que o desligamento poderia levar de 5 a 7 dias.

– REDE D’OR ON rendeu 3,97%, a 37,45 reais, em sessão de ajuste após alta de 7,5% no dia anterior. A rede hospitalar divulgou nesta segunda-feira Ebitda de R$ 1,44 bilhão para o segundo trimestre, alta de 15,5% ano a ano, mas dentro das expectativas. A Rede D’Or espera preços mais altos após reajuste das operadoras em linha com o IPCA.

– PETROBRAS PN subiu 0,91%, a 32,01 reais, apesar da queda do preço do petróleo no exterior, onde o Brent fechou em queda de 2,9%, a 92,34 dólares o barril.

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– ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1%, a 27,24 reais, e BRADESCO PN avançou 1,44%, a 19,71 reais. Analistas do JPMorgan reiteraram recomendação de ‘outperform’ para os dois, estabelecendo um preço-alvo de 30 reais para o Itaú no final de 2023 (de 28 reais no final de 2022) e 22 reais para o Bradesco no final do próximo ano (de 23 reais no final deste ano).

(Por Paula Arend Laier)



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