Diferentemente de décadas passadas, hoje, com o advento da geotecnologia, o mapeamento desponta como uma das principais soluções para o agronegócio. Com esse novo potencial, os mapas estão cada vez mais presentes na gestão agroindustrial, auxiliando os gestores a simplificar o processo produtivo para tomar decisões mais rápidas, inteligentes e seguras. O assunto vem ganhando tanta importância que chegou a ser um dos destaques da programação do 16º Congresso Nacional de Bioenergia (Udop).
Segundo um dos palestrantes, Fernando Bortolazzo, sócio-fundador e CTO da GAtec, que falará sobre geotecnologia aplicada na agricultura, a ideia é mostrar as alternativas disponíveis no mercado que utilizam essa inovação. “Uma das ferramentas que vamos citar é o MAPFY Shield Geoprotection, uma solução para gestão inteligente, integrada e sustentável de ameaças”, destacou.
A plataforma inteligente desenvolvida pela GAtec, em parceria com empresas especializadas em Entomologia e com o apoio dos clientes, auxilia na tomada de decisão rápida e de forma mais assertiva, por meio de geoprocessamento e inteligência artificial desde o planejamento, monitoramento e controle, com isso, otimiza toda a operação. A tecnologia se destaca por abranger todas as etapas do programa de Manejo Integrado de Pragas (MIP), além de permitir a criação de um banco de dados rico em informações e a realização de estudos técnicos e econômicos com base nas taxas de perdas e eficácia dos controles.
Ainda de acordo com Bortolazzo, a solução é totalmente isenta de viés comercial no que diz respeito a produtos químicos e biológicos, visando sempre a eficiência operacional e a redução de custos para os produtores. “As sugestões dadas ao cliente estão sempre priorizando o manejo mais adequado e sustentável ao menor custo, com foco na individualidade e características de cada área, levando em consideração o índice de infestação”, destaca.
Outra solução focada em geotecnologia destacada na apresentação do especialista é o MAPFY SOIL, uma plataforma de mapeamento digital para melhorar o processo de fertilidade do solo, que chega para otimizar a coleta dessas informações e o detalhamento dos mapas. A nova ferramenta é baseada na combinação de análises de solo com imagens de satélite, dados de relevo, clima e temperatura das áreas.
Segundo Bortolazzo, um grande banco de dados é usado para calibrar modelos matemáticos de inteligência artificial para otimizar a coleta e análise de amostras de solo. Somado a isso, o objetivo é aumentar a escala dos mapas pedológicos e de atributos, produzir mapas de recomendação e zonas de manejo, adequar o uso de fertilizantes e corretivos, entre outros.
Com isso, o produtor terá acesso a informações mais detalhadas sobre os solos de sua propriedade de forma rápida, sendo possível ajustar o manejo agrícola no nível de detalhamento desejado. “A ideia é unir técnicas de aprendizado de máquina com técnicas atuais para reduzir o número de amostragens em campo, otimizando o tempo da equipe e ao mesmo tempo diminuindo os custos de análises laboratoriais ao entregar mapas detalhados e mais realistas”, afirma o especialista.
Outra novidade apresentada será o MAPFY SAT. A ferramenta consiste no uso e combinação de imagens e dados de satélite para análises especiais e automatizadas das áreas monitoradas. A solução faz um tratamento para análise de biomassa, para identificar se a lavoura plantada está se desenvolvendo de maneira uniforme dentro do talhão ou fazenda, podendo monitorá-la via NDVI – sigla para Índice de Vegetação por Diferença Normalizada – ) e outros índices.
Além disso, através do aprendizado de máquina, existe também o detector de ervas daninhas e anomalias gerais. “Se houver algo muito além do padrão ou fora da média para aquela região ou campo, pode ser um indício de problema. Em seguida, é gerado um alerta para o responsável pela área de que algo está acontecendo, indicando uma vistoria no local”, conta o especialista. A ferramenta também fornece, com base nas informações históricas daquela determinada área, uma projeção de produtividade. O algoritmo consegue dizer quanto cada campo vai produzir com base nesse conhecimento histórico de dados e imagens.
Finalizando a apresentação, o especialista fala sobre o MAPFY WAY – Rotas no campo, aplicativo também da GAtec para dispositivos móveis, baseado em navegação GPS e que contém informações do usuário e detalhes sobre as rotas dos clientes. ao contrário dos outros aplicativos sistemas de navegação que utilizam mapas públicos, a ferramenta mapeia a malha viária das próprias fazendas, gerando as melhores rotas de viagem. Um grande diferencial da solução é que ela pode funcionar desligada com mapas exclusivos do cliente.
(com conselhos)
(Débora Damasceno/Sou Agro)


