Entenda o por que F1 Angus x Nelore e tao

um mundo de possibilidades lucrativas

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Eduardo Rocha/Divulgação (Associação Brasileira de Criadores de Angus)

A travessia industrial, prática tão comentada no Brasil, traz para a pecuária um mundo de possibilidades rentáveis ​​e produtivas para o avanço da “Nova Pecuária”

O cruzamento industrial é muito importante no mercado pecuário nacional, pois traz, por si só, a complementaridade das raças e, também, a heterose.

Dada a importância deste tema, tive a imensa oportunidade de conversar com o Marcelo SelistreGerente de Produto de Corte Europeu na abdômenuma pessoa que, na minha opinião, é um ícone para a indústria encruzilhada industrial no Brasil, por sua dedicação e grande conhecimento do que fala. Nosso bate-papo aconteceu durante a INTERCONF 2018realizado em Goiânia-GO pela ASSOCON.

Marcelo ressalta que “o produtor rural já sabe que somente com essas duas características do cruzamento industrial – complementaridade de raças e heterose -, tem ganhos muito expressivos sem agregar mais investimentos do portão para o interior”. Diante disso, temos o primeiro ponto onde a eficiência da propriedade aumenta muito quando se adota o sistema de cruzamento industrial.

“O cruzamento industrial viveu uma fase, há algum tempo, com uma estrondo cruzamento de várias raças. No entanto, o mercado não estava preparado para absorver esses animais mestiços. Nos últimos dez anos, e principalmente desde 2010, houve uma concentração de cruzamentos utilizando, principalmente, o angus. Para se ter uma ideia, nos últimos três anos, só Angus Preto vendeu mais que Nelore. Isso no mercado de genética, no mercado de inseminação artificial, nos mostra como o produtor vê o travessia como benefício. Isso está dito e muito claro”, explica Marcelo.

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A cada dia, o que fica mais claro, dentro do uso de cruzamentos industriais, é um grande direcionamento para a raça Angus. Segundo Marcelo, o Angus representa quase 80% do volume de sêmen vendido entre as raças taurinas. “O foco do cruzamento hoje é com o Angus”, acrescenta, lembrando que a padronização oferecida pela raça é muito importante e ajudou a alavancar o cruzamento.

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Outro fator decisivo para o sucesso da travessia industrial foi a série de definições que foram feitos no sistema de produção e criação desses animais, aliado à abertura do mercado. Esses sistemas deixaram um mundo de oportunidades para o pecuarista hoje, diferente do que acontecia no passado, como mencionado acima.

quando você agrega maior eficiência produtiva com valor agregado, esse cruzamento se torna uma receita imbatível para o sucesso.

Mercado e sua avaliação comercial

“Nos últimos dez anos, a animal cruz negra teve uma supervalorização, sendo a categoria mais valorizada no mercado hoje. Então, temos, dentro dos programas de carne de qualidade, o programa ‘Carne Angus’, que avançou muito com o crescimento do cruzamento industrial e foi um dos fatores que impulsionou esse crescimento. O mercado de exportação de animais vivos, nos últimos anos, também se concentrou em animais mestiços, principalmente pretos”, disse ABS European Cut Product Manager.

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“Este animal cruzado com o Angus, o F1 Angus x Nelore, é o produto que lhe dá um sobrepreço, tendo um impacto muito positivo na rentabilidade do produtor. Além disso, temos os benefícios que já são conhecidos há muito tempo: a complementaridade entre raças e heterose, que permitem maior eficiência dos animais desde o portão até o interior. Em suma, quando você combina maior eficiência de produção com valor agregado, esse crossover se torna uma receita imbatível para o sucesso. Então, esse é o segredo do sucesso da Angus e da travessia industrial”, finaliza Marcelo Selistre.

Qual é o papel da F1 Female para o pecuarista?

Quando se trata de cruzamento industrial, precisamos falar sobre a fêmea da F1. Eu disse a ele que, na minha opinião, essa fêmea caiu como um presente para o mercado. Ele concordou: “Esse é exatamente o termo que você usou. A F1 Angus x Nelore Fêmea é um presente para o mercado”.

Com apenas 14 meses de idade, esta fêmea é muito leve para poder ir ao anzol, mas devido à precocidade da raça Angus, ela tem uma enorme facilidade de gravidez. É importante notar que a fertilidade desta F1 é 10 a 15% maior do que as raças que lhe deu origem, ou seja, a heterose também se aplica à parte da fecundidade, e torna-se uma ponto chave do sucesso dentro do sistema de criação. Portanto, quem não tem boa fertilidade, boa taxa de prenhez e desmame, vê seu sistema de produção de bezerros fadado à falência.

A fêmea F1 garante boas taxas de gravidez e é precoce com um ano de idade. “Conseguir encurtar o período de produção é essencial para o sucesso da atividade a longo prazo. Poder engravidar a fêmea aos 14 meses, representa um a dois anos a menos no sistema”, conclui.

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Conseguir encurtar o período de produção é fundamental para o sucesso da atividade a longo prazo.

Benefícios para o sistema de criação

“Devido ao programa de qualidade da carne Angus, a fêmea F1, com até quatro dentes, é avaliado ao preço de um macho. E consegue atingir um peso e acabamento de carcaça de quatro dentes, além de ser deixando um produto no meio do caminho, tão bem valorizado (crio). Ao usar, principalmente, a corrida Brangus – que atualmente é a segunda mais utilizada entre as raças taurinas, já tendo superado a angus vermelho – na F1 nasce um produto muito parecido com a F1, pois consegue agregar valor e tem uma heterose parecida com a da F1, ou seja, tem um índice de produção muito parecido”, explica Marcelo, lembrando que Brangus dentro da F1 sistema cria permite ao pecuarista dar continuidade a essa alta produtividade com valor agregado no produtoe é por isso que a Brangus tem crescido no mercado.

cruz nelore x angus
Foto: Fazenda Lagoa da Casca / Santana – BA

Pontos relevantes para seu uso

“A F1 feminina, pelos motivos que mencionei, é hoje uma das categorias mais rentáveiss dentro da propriedade. É óbvio que o produtor que decide inseminar esta F1, precisa preparar a granja para isso com qualidade do pasto e suplementação. As pessoas costumam comentar: ‘F1 come muito, é muito exigente, se ele não der boa comida ele não atua…’… E é verdade. Mas a pergunta a ser respondida é: ‘Você quer mais produtividade ou quer manter a produtividade baixa?’. Então, se você quer aumentar a produtividade, você precisa criar condições para que essa produtividade se expresse”.

A F1 precisa de um investimento, a fazenda precisa estar preparada para isso.

Qual o melhor sistema para criar este animal?

Marcelo também nos fala sobre o sistema de terminação desses animais e quais gargalos encontramos no campo: “Eu, que viajo muito pelo país, digo que o sistema de produção que o Brasil adotou para a F1 está no cocho, ou pastagem ou diretamente no confinamento. Não conheço a fazenda que termina a F1 100% a pasto e sem suplementação. Os números de confinamentos no Brasil são relativamente baixos em comparação aos EUA. Estamos falando dos 12% de animais que estão confinados. Mas quando olhamos para o universo dos animais F1 Angus x Nelore, digo que a grande maioria está terminada em confinamento e este é um sistema de produção padrão”.

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