Rondônia avança na industrialização com a agropecuária em Porto Velho.

Expansão da Agropecuária e Industrialização em Porto Velho

Com uma extensão territorial de mais de 34 mil quilômetros quadrados, Porto Velho tem se destacado pela expansão do setor produtivo. Com o maior rebanho bovino de Rondônia, com 1,7 milhão de cabeças de gado e ampliando a cada ano o plantio de grãos, o município se posiciona já entre os mais produtivos do Estado. E junto com essa expansão na agropecuária, ocorre também um processo de industrialização.

“O momento atual é a chegada e o fortalecimento da indústria que apoia a agropecuária. Como bases de embarques de grãos, indústrias de fertilizantes, setor de nutrição animal que cresceu muito, com o setor primário organizado e com volume de milho e soja que permitem a produção de ração animal. São ações que, conjugadas, fortalecem a economia do Estado e isso se dá pelo avanço da produção primária”, destacou Marcelo Thomé, que preside a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) e a Agência de Desenvolvimento do Município de Porto Velho (ADPV).

Segundo Thomé, “setores econômicos são complementares, para ter agro forte, é importante ter indústria forte. O implemento do agro é um produto industrial, o fertilizante, as tecnologias são serviços industriais, a implantação de um frigorífico. E isso bem consorciado, cria esse vetor de crescimento que Rondônia tem experimentado”.

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Desenvolvimento

Com uma extensão territorial de mais de 34 mil quilômetros quadrados, Porto Velho tem se destacado pela expansão do setor produtivo. Com o maior rebanho bovino de Rondônia, com 1,7 milhão de cabeças de gado e ampliando a cada ano o plantio de grãos, o município se posiciona já entre os mais produtivos do Estado. E junto com essa expansão na agropecuária, ocorre também um processo de industrialização.

“O momento atual é a chegada e o fortalecimento da indústria que apoia a agropecuária. Como bases de embarques de grãos, indústrias de fertilizantes, setor de nutrição animal que cresceu muito, com o setor primário organizado e com volume de milho e soja que permitem a produção de ração animal. São ações que, conjugadas, fortalecem a economia do Estado e isso se dá pelo avanço da produção primária”, destacou Marcelo Thomé, que preside a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) e a Agência de Desenvolvimento do Município de Porto Velho (ADPV).

ESCOAMENTO

Por sua localização estratégica, Porto Velho está se consolidando como um dos principais entrepostos de exportação de grãos do país. Nos últimos anos, o município recebeu cerca de R$ 2 bilhões de investimentos privados para a construção de tombadores e estações de transbordo de cargas, em novos terminais de embarque de grãos e de outros produtos, com perspectivas de expansão.

“Esses investimentos não são por acaso: se há essa decisão de grandes empresas é em razão da nossa potencialidade. Porto Velho tem vantagens competitivas para ser um dos principais ‘hubs’ logísticos do país, isso é evidente”.

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BR-319

Outro ponto importante é a pavimentação asfáltica da BR-319, que liga Porto Velho a Manaus (AM), com cerca de 400 quilômetros por fazer. “Não é uma rodovia para o transporte de grãos e de cargas de grande volume, que deverá seguir ocorrendo por via fluvial. Mas, para produtos perecíveis, como carnes, peixes, hortifrutigranjeiros. Será essencial para que possamos acessar o mercado de Manaus em dez horas de estrada. Além de facilitar a vinda de eletroeletrônicos e o trânsito de pessoas”, observou.

Na opinião de Marcelo Thomé, “teria um enorme impacto positivo em nossa economia essa pavimentação da BR-319. Teríamos um mercado enorme, que mudaria o perfil produtivo de Porto Velho. Tem muito a ver com a nossa matriz econômica e permitirá acesso a um grande mercado consumidor, com grande poder aquisitivo”.

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Conclusão

Porto Velho está vivenciando um momento de expansão econômica com a forte atuação da indústria de apoio à agropecuária. A cidade se destaca pela sua localização estratégica, que a torna um hub logístico promissor para o escoamento de grãos. Além disso, investimentos em infraestrutura rodoviária e ferroviária são fundamentais para impulsionar ainda mais o desenvolvimento da região. O futuro da indústria de Rondônia é promissor, com um olhar voltado para a bioeconomia e novas oportunidades de negócios sustentáveis. A chegada da primeira indústria farmacêutica na região mostra o potencial de crescimento e diversificação da economia local.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

O crescimento da indústria em Porto Velho

Com uma extensão territorial de mais de 34 mil quilômetros quadrados, Porto Velho tem se destacado pela expansão do setor produtivo. Com o maior rebanho bovino de Rondônia, com 1,7 milhão de cabeças de gado e ampliando a cada ano o plantio de grãos, o município se posiciona já entre os mais produtivos do Estado. E junto com essa expansão na agropecuária, ocorre também um processo de industrialização.

“O momento atual é a chegada e o fortalecimento da indústria que apoia a agropecuária. Como bases de embarques de grãos, indústrias de fertilizantes, setor de nutrição animal que cresceu muito, com o setor primário organizado e com volume de milho e soja que permitem a produção de ração animal. São ações que, conjugadas, fortalecem a economia do Estado e isso se dá pelo avanço da produção primária”, destacou Marcelo Thomé, que preside a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) e a Agência de Desenvolvimento do Município de Porto Velho (ADPV).

Segundo Thomé, “setores econômicos são complementares, para ter agro forte, é importante ter indústria forte. O implemento do agro é um produto industrial, o fertilizante, as tecnologias são serviços industriais, a implantação de um frigorífico. E isso bem consorciado, cria esse vetor de crescimento que Rondônia tem experimentado”.

FAQs sobre o crescimento industrial em Porto Velho

Pergunta 1: Qual é o setor que está impulsionando o desenvolvimento industrial em Porto Velho?

Resposta: O setor agropecuário é o principal impulsionador do desenvolvimento industrial em Porto Velho, com a produção de grãos e criação de gado.

Pergunta 2: Quais são as vantagens competitivas de Porto Velho como hub logístico?

Resposta: Porto Velho possui vantagens competitivas devido à sua localização estratégica e à disponibilidade de terras subutilizadas para a expansão agropecuária.

Pergunta 3: Quais são os investimentos privados que têm sido feitos em Porto Velho?

Resposta: Nos últimos anos, Porto Velho recebeu cerca de R$ 2 bilhões de investimentos privados para a construção de tombadores, estações de transbordo de cargas e terminais de embarque de grãos.

Pergunta 4: Qual é a importância da pavimentação da BR-319 para Porto Velho?

Resposta: A pavimentação da BR-319 é essencial para o acesso a produtos perecíveis e ao mercado de Manaus, possibilitando novas oportunidades econômicas para a região.

Pergunta 5: Quais são as perspectivas futuras para a indústria em Porto Velho?

Resposta: O futuro da indústria em Porto Velho inclui a integração lavoura-pecuária-floresta, mercado de carbono, energias renováveis e bionegócios, buscando uma agenda conectada à economia verde.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Com uma extensão territorial de mais de 34 mil quilômetros quadrados, Porto Velho tem se destacado pela expansão do setor produtivo. Com o maior rebanho bovino de Rondônia, com 1,7 milhão de cabeças de gado e ampliando a cada ano o plantio de grãos, o município se posiciona já entre os mais produtivos do Estado. E junto com essa expansão na agropecuária, ocorre também um processo de industrialização.

“O momento atual é a chegada e o fortalecimento da indústria que apoia a agropecuária. Como bases de embarques de grãos, indústrias de fertilizantes, setor de nutrição animal que cresceu muito, com o setor primário organizado e com volume de milho e soja que permitem a produção de ração animal. São ações que, conjugadas, fortalecem a economia do Estado e isso se dá pelo avanço da produção primária”, destacou Marcelo Thomé, que preside a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) e a Agência de Desenvolvimento do Município de Porto Velho (ADPV).

Segundo Thomé, “setores econômicos são complementares, para ter agro forte, é importante ter indústria forte. O implemento do agro é um produto industrial, o fertilizante, as tecnologias são serviços industriais, a implantação de um frigorífico. E isso bem consorciado, cria esse vetor de crescimento que Rondônia tem experimentado”.

Para o presidente, a capital tem atravessado um momento de expansão da agropecuária. “Momento positivo e irreversível. Porto Velho tem uma disponibilidade grande de terras subutilizadas ou degradadas que permitem essa forte expansão, no entorno da capital, com uma vantagem comparativa enorme que é a proximidade com o porto para o escoamento da produção, gerando competitividade ao produtor rural, pois o custo de logística é menor”.

ESCOAMENTO

Por sua localização estratégica, Porto Velho está se consolidando como um dos principais entrepostos de exportação de grãos do país. Nos últimos anos, o município recebeu cerca de R$ 2 bilhões de investimentos privados para a construção de tombadores e estações de transbordo de cargas, em novos terminais de embarque de grãos e de outros produtos, com perspectivas de expansão.

“Esses investimentos não são por acaso: se há essa decisão de grandes empresas é em razão da nossa potencialidade. Porto Velho tem vantagens competitivas para ser um dos principais ‘hubs’ logísticos do país, isso é evidente”.

Ele avalia ainda que “o setor privado já percebeu isso e para alcançar a sua plenitude precisa da duplicação da BR-364 e a conexão de outras rotas, do Noroeste do Mato Grosso a Rondônia, a exemplo da BR-174. Por falta de rodovia pavimentada, esses grãos vão para o porto de Miritituba, em Itaituba (PA), mas poderiam vir para Porto Velho, que é muito mais próximo”.

Segundo ele, “é preciso a construção de uma malha rodoviária que permita atrair essa produção para ser escoada por Porto Velho, não só pela BR-364, que é uma rodovia já estrangulada e a sua duplicação é uma necessidade urgente. De nada adianta termos portos de transbordo de cargas se os caminhões não chegam”.

Thomé cita ainda o projeto de construção da ferrovia para o transporte de carga. “Há potencial econômico para a ferrovia que conecte toda a região para Porto Velho. É um tema que precisa ser enfrentado pelo poder público, o destravamento desse investimento. Adicionalmente, o rio Madeira precisa ser uma hidrovia de fato. Somos um rio navegável, mas para ser hidrovia precisamos ter investimentos em batimetria, sinalização permanente, dragagem dos pontos críticos, gestão sobre o ativo logístico. Isso é feito esporadicamente, em períodos mais críticos de navegação. Esse modal precisa ser gerido de forma tecnicamente adequada”.

BR-319

Outro ponto importante é a pavimentação asfáltica da BR-319, que liga Porto Velho a Manaus (AM), com cerca de 400 quilômetros por fazer. “Não é uma rodovia para o transporte de grãos e de cargas de grande volume, que deverá seguir ocorrendo por via fluvial. Mas, para produtos perecíveis, como carnes, peixes, hortifrutigranjeiros. Será essencial para que possamos acessar o mercado de Manaus em dez horas de estrada. Além de facilitar a vinda de eletroeletrônicos e o trânsito de pessoas”, observou.

Na opinião de Marcelo Thomé, “teria um enorme impacto positivo em nossa economia essa pavimentação da BR-319. Teríamos um mercado enorme, que mudaria o perfil produtivo de Porto Velho. Tem muito a ver com a nossa matriz econômica e permitirá acesso a um grande mercado consumidor, com grande poder aquisitivo”.

FUTURO
Marcelo Thomé ponderou ainda que “no momento, trabalhamos para que o consórcio entre o desenvolvimento da agropecuária e da indústria, que dá essa sustentação ao setor, siga pelos próximos dez anos ou um pouco mais. Mas, precisamos preparar Rondônia para uma agenda nova, uma agenda que dialogue com a identidade econômica da Amazônia, buscando identificar e viabilizar essas possibilidades conectadas à economia verde”.

De acordo com ele, “estamos falando da integração lavoura, pecuária e floresta, mercado de carbono, manejo sustentável, fontes renováveis de energia (como a fotovoltaica) e produção de hidrogênio sustentável. São tantas agendas e elas são o futuro da indústria de Rondônia: a bioeconomia traduzida em bionegócios”.

FARMACÊUTICA

Mas, não são apenas empreendimentos ligados ao setor produtivo que aportam na capital. A empresa Mittel Pharmaceutics anunciou um investimento de R$ 141,8 milhões, com geração de 240 empregos diretos, para a construção da primeira indústria de medicamentos na região Norte.

Serão investidos R$ 66,8 milhões em obras civis, R$ 72,7 milhões em máquinas e equipamentos, mais R$ 1,7 milhão em equipamentos laboratoriais e controle de qualidade, além de R$ 428,5 mil em mobiliário. O processo de produção está previsto para o início de 2026.

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Velho conhecido dos produtores, a mariposa do tomate volta a causar estragos…

A traça do tomateiro ataca a cultura durante todo o ciclo produtivo, causando danos às folhas, galhos e frutos, que são perfurados pelas lagartas e perdem seu valor comercial.

Os produtores de tomate do Distrito Federal registraram perdas de até 50% na safra de 2022. A causa de tantos danos é um velho familiar, a traça do tomateiro (Tuta absoluta), praga nativa da América do Sul, detectada pela primeira vez em 1917 no Peru. “Este ano a infestação é muito maior do que no ano passado”, avalia o produtor Maurício Severino Rezende (foto à direita), que também é presidente da Cooperativa Agropecuária da Região Planaltina (Cootaquara). com traça do tomate não atingiu 10%. “Este ano perdi metade da produção e algumas plantações tiveram que ser abandonadas, porque não era economicamente viável colher”, diz Rezende.

A situação foi agravada pelo baixo preço oferecido pelo tomate. “No plantio anterior, os preços estavam altos e, portanto, o mercado conseguiu absorver um produto de qualidade um pouco inferior. Nesta safra, com o preço quatro vezes menor – R$ 40,00 a caixa contra R$ 160,00 do ano passado – a seleção teve que ser muito mais rigorosa”, explica. Como resultado, grande parte da produção virou ração animal ou foi simplesmente descartada.

A gestão adequada pode evitar perdas
O entomologista Alexandre Pinho de Moura (foto à esquerda), pesquisador da Embrapa Hortaliças (DF), observa que esses picos de infestação pela traça do tomateiro têm sido recorrentes no país. “Há cerca de três anos tivemos uma situação semelhante no Brasil, mas ainda não foi possível identificar os fatores que determinam essa sazonalidade”, enfatiza.

Moura destaca que as infestações são mais comuns nos períodos mais quentes e secos do ano, quando a praga completa seu ciclo mais rapidamente e é possível obter várias gerações em um curto período de tempo.

A traça do tomateiro ataca a cultura durante todo o ciclo produtivo, causando danos às folhas, galhos e frutos, que são perfurados pelas lagartas e perdem seu valor comercial.

Mas o pesquisador explica que perdas tão altas, de até metade da produção, não são comuns. “Em geral é possível manter um controle razoável. Eventualmente, pode haver algum desequilíbrio na lavoura, devido à aplicação errada de agrotóxicos, por exemplo, que faz explodir a população da praga.”

Também é importante que o produtor adote alguns cuidados, inclusive na entressafra. “Algumas medidas são bem simples, como a destruição de restos culturais contaminados e limpeza de todo material utilizado na plantação, além de cuidados durante toda a colheita, como monitoramento da infestação e escolha correta dos produtos a serem aplicados”, recomenda o entomologista . Ele informa ainda que o uso associado de defensivos químicos com um inimigo natural da praga trouxe bons resultados nos experimentos.

Inimigo natural ajuda no controle de pragas

Recentemente, Moura concluiu um projeto de pesquisa que avaliou o controle da traça do tomateiro por meio do uso exclusivo de agrotóxicos e do uso de defensivos seletivos associados a um inimigo natural (controle biológico) da Tuta absoluta, um parasitoide de ovos chamado Trichogramma. pretiosum.

“O tratamento utilizando apenas defensivos foi eficiente, mas quando associado ao uso do parasitóide, a redução da praga foi mais expressiva, mantendo a infestação próxima aos níveis de controle – 20% de folhas atacadas e 5% de frutos emborrachados”, relata o relatório. investigador.

O experimento foi realizado em dois segmentos de casa de vegetação da Embrapa Hortaliças, utilizando o tomate híbrido BRS Kiara. A divisão da casa de vegetação foi feita de acordo com o tipo de controle utilizado: uma parte com defensivos recomendados para o cultivo de tomateiro e outra com o parasitóide T. pretiosum combinado com defensivos seletivos.

Em ambas as partes, foram dispostos 210 vasos, espaçados de um metro entre fileiras de plantas e 0,30 m entre plantas. Na última avaliação realizada dentro do estudo, foi encontrada uma taxa de infestação de 0% nas folhas para ambos os tratamentos. No caso dos frutos, os percentuais de ataque foram de 6,67% para o tratamento com uso combinado de agrotóxicos seletivos e T. pretiosum, e 20% para o tratamento com agrotóxicos isolado.

Para acompanhar e saber o momento exato de adoção de medidas adicionais de controle, foi realizado um monitoramento semanal da população da praga durante o estudo – nas folhas em fase vegetativa da planta e nos frutos em período de frutificação. “Recomenda-se que o produtor faça o mesmo na propriedade”, diz Moura, lembrando que a aplicação de defensivos junto ao inimigo natural deve ser feita de forma compatível, por meio de produtos seletivos, que sejam eficientes no controle da praga. , mas não causa dano ao inimigo natural.

Problema vai além do DF

Em Mato Grosso do Sul, o produtor Uilson Júnior, do município de Angélica, relata perdas semelhantes às do presidente da Cootaquara no Distrito Federal. “De cada 20 caixas, dez são jogadas fora e dez consigo vender, mas por um preço bem menor. Já perdi uma estufa inteira e agora estou perdendo a segunda. Aplicar veneno não resolve mais o problema. A única solução é arrancar tudo e plantar do zero”, informa o produtor mato-grossense. , a infestação por Tuta absoluta em plantações de tomate este ano é pelo menos 40% maior do que nos anos anteriores, causando grandes prejuízos aos produtores.

O representante da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) na área de atuação da Cootaquara, Fabiano Ibraim Regis Carvalho, afirma que esse percentual de perdas não foi uniforme em toda a região. “Algumas lavouras tiveram que ser arrancadas antes da colheita, mas outros produtores conseguiram manter a produtividade. Depende muito da gestão que cada um adotou”, enfatiza.

Um fato, porém, é inegável na avaliação do extensionista: o ataque da traça do tomateiro vem se agravando a cada ano.

um problema mundial

A partir da década de 1960, a Tuta absoluta se espalhou do Peru para outros países da América do Sul, como Argentina, Uruguai, Bolívia e Paraguai. A praga foi detectada pela primeira vez no Brasil em 1979, no estado do Paraná, e após três anos já estava presente em todas as regiões produtoras de tomate do país.

Na década de 1990, a traça do tomateiro atingiu a região Nordeste com tanta intensidade, principalmente o Submédio do Vale do São Francisco, que boa parte das indústrias de tomate industrializado teve que fechar as portas e migrar para outras regiões, por causa da drástica redução da oferta de matéria-prima. Em 2006, T. absoluta foi detectada na Europa, na província de Valência (Espanha), e logo se espalhou para outras regiões da África e Ásia. Ainda não há registros oficiais da entrada da praga na China, o maior produtor de tomate do mundo, mas a mariposa do tomate foi encontrada no sul da Índia em 2014 e dois anos depois em fazendas no Nepal e no norte de Bangladesh. .

Segundo Moura, apesar da capacidade de voo do T.

absoluta é pequena e pode ser potencializada pelo vento, a disseminação da praga pelo planeta se deve principalmente à globalização do comércio mundial. “Basta uma fêmea fertilizada em uma caixa de tomates para levar a praga para outro continente”, diz ela.

o mercado de tomate

O Brasil produziu 3.679.160 toneladas de tomate em 2021, em uma área de 51.907 hectares (ha), o que representa uma produtividade média de 70.880 kg/ha. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor estimado dessa produção é de R$ 6.478.833,00, sendo São Paulo o maior estado produtor do país.

Ainda segundo o instituto, o valor estimado da produção vem crescendo ano a ano no Brasil, saltando de R$ 4.354.465,00 em 2017 para o valor registrado no ano passado; um aumento de quase 50% em apenas cinco anos.

Originário da região andina – que abrange Peru, norte do Chile, Equador e Ilhas Galápagos – o tomate é hoje produzido em mais de uma centena de países e está presente na mesa da população de diversas formas, desde a mais simples salada até produtos industrializados. , como molhos e extratos.

Sua importância alimentar e nutricional é caracterizada pela alta concentração de licopeno, um poderoso antioxidante que ajuda a proteger o organismo contra os radicais livres e até mesmo o câncer.

No Brasil, o tomate é uma das principais hortaliças, produzida em todas as regiões, com destaque para os estados de Goiás, São Paulo e Minas Gerais, que concentram mais da metade da área e da produção nacional, e onde estão as principais indústrias processadoras de tomate. As boas condições edafoclimáticas são os principais fatores de concentração do cultivo nesses estados.

Há uma grande variedade de tomates pelo mundo, desde os tradicionais, com a casca vermelha do fruto, até os verdes e roxos. A forma e o tamanho também são variados: redondos, oblongos, planos, minitomates.

O uso de híbridos já está consolidado e atende a todos os mercados de produção de tomate, principalmente para os dois grandes grupos, tomate para indústria e tomate de mesa.

As cultivares de tomate destinadas ao consumo in natura podem ser divididas em quatro grandes grupos:

• Cereja: as variedades apresentam frutos pequenos, com 12 a 18 cachos, em forma de pêra e de cor vermelha a amarela, com altos teores de sólidos solúveis. Utilizado na decoração de pratos e couvert, este grupo vem apresentando grande procura por parte dos consumidores, alcançando preços razoáveis ​​no mercado.

• Santa Cruz: são as mais conhecidas do mercado, com preço mais baixo e sabor levemente ácido. Tradicional na culinária, usado em saladas e molhos. Frutos oblongos, pesando entre 80 e 220 gramas.

• Italiano: frutos compridos (7 – 10 cm), em alguns casos pontiagudos e oblongos. Polpa espessa com coloração intensa, firme e saborosa. Usado principalmente para molhos, podendo também fazer parte de saladas. Embora tenha sido observado um aumento frequente da demanda, muitos consumidores ainda não sabem disso.

• Salada: também conhecida como tomate ou gaúcho. Sua forma é plana globular, os frutos são muito grandes e podem atingir até 500 g, com coloração vermelha ou rosada. Eles têm pouca acidez.

Apesar de ser classificado como fruta, o tomate é estudado dentro do grupo das hortaliças, pois faz parte da dieta brasileira, juntamente com outras espécies, como parte de saladas. Dentre todas as hortaliças, o tomate se destaca entre as mais consumidas, depois da alface, associada principalmente às principais refeições diárias ou lanches e fast food.



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Um velho conhecido dos produtores, a mariposa do tomate mais uma vez causa…

A traça do tomateiro ataca a cultura durante todo o ciclo produtivo, causando danos às folhas, galhos e frutos, que são perfurados pelas lagartas e perdem seu valor comercial.

Os produtores de tomate do Distrito Federal registraram perdas de até 50% na safra de 2022. A causa de tantos danos é um velho familiar, a traça do tomateiro (Tuta absoluta), praga nativa da América do Sul, detectada pela primeira vez em 1917 no Peru. “Este ano a infestação é muito maior do que no ano passado”, diz o produtor Maurício Severino Rezende, que também é presidente da Cooperativa Agropecuária da Região Planaltina (Cootaquara).

Segundo ele, em 2021 as perdas com a traça do tomate não chegaram a 10%. “Este ano perdi metade da produção e algumas plantações tiveram que ser abandonadas, porque não era economicamente viável colher”, diz Rezende.

A situação foi agravada pelo baixo preço oferecido pelo tomate. “No plantio anterior, os preços estavam altos e, portanto, o mercado conseguiu absorver um produto de qualidade um pouco inferior. Nesta safra, com o preço quatro vezes menor – R$ 40,00 a caixa contra R$ 160,00 do ano passado – a seleção teve que ser muito mais rigorosa”, explica. Como resultado, grande parte da produção virou ração animal ou foi simplesmente descartada.

A gestão adequada pode evitar perdas

O entomologista Alexandre Pinho de Moura, pesquisador da Embrapa Hortaliças (DF), observa que esses picos de infestação pela traça do tomateiro têm sido recorrentes no país. “Há cerca de três anos tivemos uma situação semelhante no Brasil, mas ainda não foi possível identificar os fatores que determinam essa sazonalidade”, enfatiza.

Moura destaca que as infestações são mais comuns nos períodos mais quentes e secos do ano, quando a praga completa seu ciclo mais rapidamente e é possível obter várias gerações em um curto período de tempo.

A mariposa do tomateiro ataca a cultura durante todo o ciclo produtivo, causando danos às folhas, galhos e frutos, que ficam “entediados”, ou seja, feridos pelas lagartas e perdem seu valor comercial.

Mas o pesquisador explica que perdas tão altas, de até metade da produção, não são comuns. “Em geral, é possível manter um controle razoável. Eventualmente, pode haver algum desequilíbrio na lavoura, devido à aplicação errada de agrotóxicos, por exemplo, que faz explodir a população da praga.”

Também é importante que o produtor adote alguns cuidados, inclusive na entressafra. “Algumas medidas são bem simples, como a destruição de restos culturais contaminados e limpeza de todo material utilizado na plantação, além de cuidados durante toda a colheita, como monitoramento da infestação e escolha correta dos produtos a serem aplicados”, recomenda o entomologista . Ele informa ainda que o uso associado de defensivos químicos com um inimigo natural da praga trouxe bons resultados em experimentos (veja tabela abaixo).

Inimigo natural ajuda no controle de pragas

Recentemente, Moura concluiu um projeto de pesquisa que avaliou o controle da traça do tomateiro por meio do uso exclusivo de agrotóxicos e do uso de defensivos seletivos associados a um inimigo natural (controle biológico) da Tuta absoluta, um parasitoide de ovos chamado Trichogramma. pretiosum.

“O tratamento utilizando apenas agrotóxicos foi eficiente, mas quando associado ao uso do parasitóide, a redução da praga foi mais significativa, mantendo a infestação próxima aos níveis de controle – 20% de folhas atacadas e 5% de frutos ‘quebrados’”, relata o pesquisador.

O experimento foi realizado em dois segmentos de casa de vegetação da Embrapa Hortaliças, utilizando o tomate híbrido BRS Kiara. A divisão da casa de vegetação foi feita de acordo com o tipo de controle utilizado: uma parte com defensivos recomendados para o cultivo de tomateiro e outra com o parasitóide T. pretiosum combinado com defensivos seletivos.

Em ambas as partes, foram dispostos 210 vasos, espaçados de um metro entre fileiras de plantas e 0,30 m entre plantas. Na última avaliação realizada dentro do estudo, foi encontrada uma taxa de infestação de 0% nas folhas para ambos os tratamentos. No caso dos frutos, os percentuais de ataque foram de 6,67% para o tratamento com uso combinado de agrotóxicos seletivos e T. pretiosum, e 20% para o tratamento com agrotóxicos isolado.

Para acompanhar e saber o momento exato de adoção de medidas adicionais de controle, foi realizado um monitoramento semanal da população da praga durante o estudo – nas folhas em fase vegetativa da planta e nos frutos em período de frutificação. “Recomenda-se que o produtor faça o mesmo na propriedade”, diz Moura, lembrando que a aplicação de defensivos junto ao inimigo natural deve ser feita de forma compatível, por meio de produtos seletivos, que sejam eficientes no controle da praga. , mas não causa dano ao inimigo natural.

Problema vai além do DF

Em Mato Grosso do Sul, o produtor Uilson Júnior, do município de Angélica, relata perdas semelhantes às do presidente da Cootaquara no Distrito Federal. “De cada 20 caixas, dez são jogadas fora e dez consigo vender, mas por um preço bem menor. Já perdi uma estufa inteira e agora estou perdendo a segunda. Aplicar veneno não resolve mais o problema. A única solução é arrancar tudo e começar a plantar do zero”, informa o produtor mato-grossense.

No Paraguai, de acordo com o agrônomo José Sevian, coordenador de projetos do Centro Tecnológico Agropecuário do Paraguai (Cetapar), a infestação por Tuta absoluta nas plantações de tomate este ano é pelo menos 40% maior do que nos anos anteriores, causando grandes perdas. aos produtores.

Fabiano Ibraim Regis Carvalho, representante da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) na área de atuação da Cootaquara, diz que esse percentual de perdas não foi uniforme em toda a região. “Algumas lavouras tiveram que ser arrancadas antes da colheita, mas outros produtores conseguiram manter a produtividade. Depende muito da gestão que cada um adotou”, enfatiza.

Um fato, porém, é inegável na avaliação do extensionista: o ataque da traça do tomateiro vem se agravando a cada ano.

Traça-do-tomateiro volta a causar prejuízos na safra 2022

um problema mundial

A partir da década de 1960, a Tuta absoluta se espalhou do Peru para outros países da América do Sul, como Argentina, Uruguai, Bolívia e Paraguai. A praga foi detectada pela primeira vez no Brasil em 1979, no estado do Paraná, e após três anos já estava presente em todas as regiões produtoras de tomate do país.

Na década de 1990, a traça do tomateiro atingiu a região Nordeste com tanta intensidade, principalmente o Submédio do Vale do São Francisco, que boa parte das indústrias de tomate industrializado teve que fechar as portas e migrar para outras regiões, por causa da drástica redução da oferta de matérias-primas.

Em 2006, T. absoluta foi detectada na Europa, na província de Valência (Espanha), e logo se espalhou para outras regiões da África e Ásia. Ainda não há registros oficiais da entrada da praga na China, o maior produtor de tomate do mundo, mas a mariposa do tomate foi encontrada no sul da Índia em 2014 e, dois anos depois, em fazendas no Nepal e no norte de Bangladesh. .

Segundo Moura, apesar da capacidade de voo da mariposa T. absoluta ser pequena e potencializada pelo vento, a disseminação da praga pelo planeta se deve principalmente à globalização do comércio mundial. “Basta uma fêmea fertilizada em uma caixa de tomates para levar a praga para outro continente”, diz ela.

o mercado de tomate

O Brasil produziu 3.679.160 toneladas de tomate em 2021, em uma área de 51.907 hectares (ha), o que representa uma produtividade média de 70.880 kg/ha. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor estimado dessa produção é de R$ 6.478.833,00, sendo São Paulo o maior estado produtor do país.

Ainda segundo o instituto, o valor estimado da produção vem crescendo ano a ano no Brasil, saltando de R$ 4.354.465,00 em 2017 para o valor registrado no ano passado; um aumento de quase 50% em apenas cinco anos.

Originário da região andina – que abrange Peru, norte do Chile, Equador e Ilhas Galápagos – o tomate é hoje produzido em mais de uma centena de países e está presente na mesa da população de diversas formas, desde a mais simples salada até produtos industrializados. , como molhos e extratos.

Sua importância alimentar e nutricional é caracterizada pela alta concentração de licopeno, um poderoso antioxidante que ajuda a proteger o organismo contra os radicais livres e até mesmo o câncer.

No Brasil, o tomate é uma das principais hortaliças, produzida em todas as regiões, com destaque para os estados de Goiás, São Paulo e Minas Gerais, que concentram mais da metade da área e da produção nacional, e onde estão as principais indústrias processadoras de tomate. As boas condições edafoclimáticas são os principais fatores de concentração do cultivo nesses estados.

Há uma grande variedade de tomates pelo mundo, desde os tradicionais, com a casca vermelha do fruto, até os verdes e roxos. A forma e o tamanho também são variados: redondos, oblongos, planos e minitomates.

O uso de híbridos já está consolidado e atende a todos os mercados de produção de tomate, principalmente para os dois grandes grupos, tomate para indústria e tomate de mesa.

As cultivares de tomate destinadas ao consumo in natura podem ser divididas em quatro grandes grupos:

• Cereja: as variedades apresentam frutos pequenos, com 12 a 18 cachos, em forma de pêra e de cor vermelha a amarela, com altos teores de sólidos solúveis. Utilizado na decoração de pratos e couvert, este grupo vem apresentando grande procura por parte dos consumidores, alcançando preços razoáveis ​​no mercado.

• Santa Cruz: são as mais conhecidas do mercado, com preço mais baixo e sabor levemente ácido. Tradicional na culinária, usado em saladas e molhos. Frutos oblongos, pesando entre 80 e 220 gramas.

• Italiano: frutos compridos (7 – 10 cm), em alguns casos pontiagudos e oblongos. Polpa espessa com coloração intensa, firme e saborosa. Usado principalmente para molhos, podendo também fazer parte de saladas. Embora tenha sido observado um aumento frequente da demanda, muitos consumidores ainda não sabem disso.

• Salada: também conhecida como tomate ou gaúcho. Sua forma é plana globular, os frutos são muito grandes e podem atingir até 500 g, com coloração vermelha ou rosada. Eles têm pouca acidez.

Apesar de ser classificado como fruta, o tomate é estudado dentro do grupo das hortaliças, pois faz parte da dieta brasileira, juntamente com outras espécies, como parte de saladas. Dentre todas as hortaliças, o tomate se destaca entre as mais consumidas, depois da alface, associada principalmente às principais refeições diárias ou lanches e fast food.



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