Agronegócio do RS bate recorde de exportações.

A importância das exportações no agronegócio do Rio Grande do Sul

O setor do agronegócio no Rio Grande do Sul teve um papel fundamental nas exportações do estado em 2023, com destaque para os setores de soja e fumo, que impulsionaram os resultados. Com um total de US$ 16,2 bilhões em exportações, representando 72,7% do total do Estado, os números revelam a força e a relevância do agronegócio gaúcho no cenário nacional e internacional.

O desempenho do agronegócio em meio a desafios

Mesmo diante de desafios como a severa estiagem e a falta de chuvas, o setor conseguiu se recuperar e registrar números positivos, com destaque para a produção e exportação de soja e fumo. A análise dos resultados por segmento revela os pontos fortes e as oportunidades de crescimento do agronegócio no Rio Grande do Sul.

O impacto das exportações no mercado internacional

Com a China como principal comprador, adquirindo grande parte da soja em grão do estado, as exportações do agronegócio gaúcho têm um impacto significativo no mercado internacional. Os resultados por segmento e as projeções para o futuro mostram a importância do setor para a economia estadual e nacional.

Resultados por segmento

Principal cultura do agronegócio gaúcho, a soja teve seu desempenho nas exportações do ano sustentado pela alta nas vendas da soja em grão (total de US$ 4,05 bilhões; +22,6%) e do farelo de soja (total de US$ 1,80 bilhão; +22,2%), enquanto o óleo de soja (total de US$ 468,01 milhões; -39,8%) registrou queda.

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Fumo e seus produtos

No segmento de fumo e seus produtos, a alta registrada na exportação de fumo não manufaturado (total de US$ 2,29 bilhões; +15,1%) contrasta com a tendência de queda na produção interna.

“Há uma tendência crescente de internalização do processamento de fumo de outros estados em fumageiras estabelecidas no Rio Grande do Sul, que têm a produção, posteriormente, embarcada no Porto de Rio Grande. Esse movimento destaca que o desempenho exportador do setor no Estado não depende exclusivamente da nossa produção interna”, analisou Leusin.

Carnes, produtos florestais e cereais

No setor de carnes, a redução nas vendas foi motivada pelas quedas na carne de frango (total de US$ 1,45 bilhão; -3,9%) e na carne bovina (total de US$ 293,38 milhões; -33,8%), com redução ainda nos preços médios de todos os produtos do segmento.

Nos produtos florestais, a queda mais relevante foi registrada na celulose, principal produto do setor (total de US$ 832,63 milhões; -31,2%), afetada pela diminuição nos preços internacionais ao longo do ano, demanda mais fraca nos principais mercados, estoques elevados e também pela parada de 25 dias na principal planta de processamento de celulose do Rio Grande do Sul, realizada para modernização do espaço.

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Nos cereais e derivados, o trigo – após um ano acima das expectativas em 2022, com safra recorde e vendas impulsionadas por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia – registrou queda de 30,9% nas exportações (total de US$ 645,61 milhões).

“Além da significativa redução da produtividade, a qualidade dos grãos foi severamente impactada pelo excesso de chuvas, o que resultou em um percentual reduzido da produção que alcançou o padrão de qualidade necessária para a produção de farinhas”, avaliou o pesquisador do DEE/SPGG.

Impacto das Exportações no Agronegócio do Rio Grande do Sul

As exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul representam uma parte significativa da economia do Estado, com um resultado expressivo em 2023. Apesar das oscilações em alguns setores, como o de carnes e produtos florestais, as vendas externas do complexo soja e do fumo se destacaram, impulsionando os números totais.

A diversificação dos mercados compradores também foi um ponto positivo, com a China se mantendo como um dos principais destinos. Além disso, o aumento no número de empregos gerados no setor mostra a importância do agronegócio para a geração de trabalho e renda no Estado, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Perguntas Frequentes sobre as Exportações do Agronegócio do Rio Grande do Sul em 2023

1. Quais foram os principais destaques nas exportações do agronegócio gaúcho em 2023?

No ano de 2023, as exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul alcançaram US$ 16,2 bilhões, impulsionadas principalmente pelo desempenho positivo das vendas de soja e fumo.

2. Qual foi a variação nas exportações do quarto trimestre de 2023 em relação ao ano anterior?

No quarto trimestre de 2023, as exportações do agronegócio gaúcho atingiram US$ 4,1 bilhões, representando uma queda de 7,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

3. Quais foram os setores que apresentaram queda nas vendas externas em 2023?

Os setores de carnes, cereais, produtos florestais e máquinas agrícolas registraram queda nas vendas externas, impactando o desempenho geral do agronegócio gaúcho.

4. Qual foi o principal destino das exportações do agronegócio gaúcho em 2023?

A China foi o principal destino das exportações do agronegócio gaúcho em 2023, respondendo por 31,2% do total das vendas, destacando-se principalmente nas aquisições de soja em grão.

5. Como foi o desempenho do emprego no agronegócio do Rio Grande do Sul em 2023?

O agronegócio gaúcho encerrou o ano de 2023 com 369.415 vínculos de emprego com carteira assinada, representando um aumento de 4.437 postos em relação ao ano anterior, sendo um importante setor gerador de empregos no estado.

Esperamos que essas perguntas e respostas tenham esclarecido suas dúvidas sobre as exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul em 2023. Para mais informações detalhadas, continue lendo o artigo.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Estimuladas pelas vendas do complexo soja e do fumo, as exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul somaram US$ 16,2 bilhões em 2023, alta de 0,1% na comparação com o ano anterior. Os números foram divulgados na quarta-feira, 21, pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

O resultado é, pelo terceiro ano seguido, o maior valor nominal (sem considerar a inflação) da série histórica iniciada em 1997 e representa 72,7% das exportações totais do Estado no ano. Em termos absolutos, a alta nas vendas ao exterior do segmento foi de US$ 16,9 milhões e o valor total correspondeu a 72,7% das exportações gerais do estado.

De acordo com o boletim Indicadores do Agronegócio do RS, as vendas no quarto trimestre de 2023 atingiram US$ 4,1 bilhões, valor 7,9% menor em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da queda, o resultado dos últimos três meses de 2023 foi o segundo melhor da série histórica.

O material elaborado pelo pesquisador Sérgio Leusin Júnior aponta uma recuperação importante nas vendas anuais da soja (total de US$ 6,3 bilhões; +13,8%), após a severa estiagem registrada em 2022. Ainda que a produção da oleaginosa em 2023 também tenha sido afetada pela falta de chuvas, a colheita de 12,7 milhões de toneladas foi 35,9% superior à de 2022. Para 2024, a estimativa é uma produção de 21,4 milhões de toneladas da soja em grão.

Outro destaque positivo do ano foi o aumento na comercialização do fumo (total de US$ 2,5 bilhões; +15,2%). As exportações atingiram em 2023 o maior valor nominal da série histórica, impulsionada ainda pela alta de 27,5% nos preços médios do fumo não manufaturado, principal produto do segmento. No sentido oposto, os setores de carnes (total de US$ 2,6 bilhões; -7,1%), cereais (US$ 1,5 bilhão; -17,7%), produtos florestais (US$ 1,2 bilhão; -28,7%) e máquinas agrícolas (US$ 551,6 milhões; -3,0%) registraram queda nas vendas externas.

Resultados por segmento

Principal cultura do agronegócio gaúcho, a soja teve seu desempenho nas exportações do ano sustentado pela alta nas vendas da soja em grão (total de US$ 4,05 bilhões; +22,6%) e do farelo de soja (total de US$ 1,80 bilhão; +22,2%), enquanto o óleo de soja (total de US$ 468,01 milhões; -39,8%) registrou queda.

No segmento de fumo e seus produtos, a alta registrada na exportação de fumo não manufaturado (total de US$ 2,29 bilhões; +15,1%) contrasta com a tendência de queda na produção interna. “Há uma tendência crescente de internalização do processamento de fumo de outros estados em fumageiras estabelecidas no Rio Grande do Sul, que têm a produção, posteriormente, embarcada no Porto de Rio Grande.

Esse movimento destaca que o desempenho exportador do setor no Estado não depende exclusivamente da nossa produção interna”, analisou Leusin.

No setor de carnes, a redução nas vendas foi motivada pelas quedas na carne de frango (total de US$ 1,45 bilhão; -3,9%) e na carne bovina (total de US$ 293,38 milhões; -33,8%), com redução ainda nos preços médios de todos os produtos do segmento.

Nos produtos florestais, a queda mais relevante foi registrada na celulose, principal produto do setor (total de US$ 832,63 milhões; -31,2%), afetada pela diminuição nos preços internacionais ao longo do ano, demanda mais fraca nos principais mercados, estoques elevados e também pela parada de 25 dias na principal planta de processamento de celulose do Rio Grande do Sul, realizada para modernização do espaço.

Nos cereais e derivados, o trigo – após um ano acima das expectativas em 2022, com safra recorde e vendas impulsionadas por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia – registrou queda de 30,9% nas exportações (total de US$ 645,61 milhões).

“Além da significativa redução da produtividade, a qualidade dos grãos foi severamente impactada pelo excesso de chuvas, o que resultou em um percentual reduzido da produção que alcançou o padrão de qualidade necessária para a produção de farinhas”, avaliou o pesquisador do DEE/SPGG.

Entre os principais destinos das exportações do agronegócio gaúcho, a China foi a responsável por 31,2% do total das vendas do Estado em 2023, uma alta de 9% em relação ao ano anterior. O destaque foi para as aquisições de soja em grão – o país asiático adquiriu 85,5% do total embarcado pelo RS. Na sequência da lista dos principais compradores, ficaram a União Europeia (14,4% do total), Estados Unidos (4,9%), Vietnã (4,2%) e Indonésia (2,9%).

Emprego no agronegócio

O Rio Grande do Sul encerrou 2023 com 369.415 vínculos de emprego com carteira assinada no agronegócio, uma alta de 4.437 postos na comparação com o ano anterior. A diferença entre o número de admissões e o de desligamentos no segmento foi menor em relação a 2022, que terminou com um saldo positivo de 11.399 postos de trabalho. No conjunto da economia gaúcha, o agronegócio foi responsável por 9% do total de postos gerados com carteira assinada (47.395).

Quando considerado apenas o quarto trimestre de 2023, o Estado registrou baixa de 1.583 postos de trabalho, o primeiro saldo negativo desde 2020 para o período. Conforme o material do DEE/SPGG, elaborado a partir de dados do Novo Caged, o resultado é explicado pelo maior número de desligamentos no segmento “antes da porteira”, aquele formado por atividades de fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos para a agropecuária.

No acumulado do ano, o setor com os maiores saldos de empregos foi o de comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais (2.597 postos), seguido da produção de lavouras temporárias (1.303 postos). Entre as maiores perdas de empregos em 2023, esteve a fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários (-1.750 postos), produção de sementes e mudas certificadas (-1.348 postos) e abate e fabricação de produtos de carne (-628 postos).

O setor de abate e fabricação de produtos de carne continuou em 2023 como o maior empregador do agronegócio gaúcho, com 66.461 vagas em dezembro, seguido do comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais (51.140 postos) e a produção de lavouras temporárias (35.024 postos).

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