Substitutos lácteos – Aprenda a escolher a maneira inteligente

Substitutos de laticínios – Aprenda a escolher de forma inteligente.

vamos falar sobre substitutos do leite. O leite é um dos componentes que mais onera o custo da criação de bezerros leiteiros. Assim, optar pelo uso de dieta líquida de menor custo – como é o caso dos alimentos substitutos do leite – pode reduzir o custo final do bezerro desmamado.

Durante as primeiras semanas de vida, o fornecimento de uma dieta líquida de qualidade é essencial para garantir o desempenho ideal dos animais. No entanto, as opções de alimentos disponíveis para a amamentação são variadas, com destaque para leite integral, leite não comercializável (que inclui colostro, leite de transição e leite materno ou com resíduo de antibiótico), substitutos do leite ou substitutos do leite, ou uma mistura de todos eles.

Entre as vantagens do uso de alimentos substitutos do leite, destacam-se: a economia, devido ao preço mais baixo quando comparado ao leite integral; a possibilidade de aumentar a quantidade de leite a ser comercializada pelo produtor; a consistência da composição nutricional da dieta líquida; e a independência do aleitamento materno em relação aos horários de ordenha.

No entanto, devido à capacidade limitada dos bezerros de digerir fontes de nutrientes à base de plantas durante as primeiras semanas de vida, a composição dessa dieta líquida merece atenção especial. Os substitutos devem resultar em digestão adequada e utilização de nutrientes e, assim, promover crescimento e ganho de peso satisfatórios.

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Atualmente, existem dezenas de produtos comerciais no mercado que prometem substituir o leite para bezerros em aleitamento, porém, poucos o fazem sem comprometer o desempenho e o desenvolvimento inicial dos animais.

Alguns produtos chamados “substitutos do leite” são muitas vezes uma mistura de ingredientes vegetais, contendo alguma fonte de gordura livre sem nenhum tratamento e com baixíssima inclusão de ingredientes lácteos. Esses produtos possuem em sua composição entre 40 e 70% de ingredientes vegetais, com a inclusão de laticínios de no máximo 30%.

Consideradas as principais responsáveis ​​pela variação nos dados de desempenho, as fontes proteicas utilizadas na fabricação de substitutos do leite podem ser classificadas como fontes de origem láctea e não lácteas. Tradicionalmente, bons substitutos vendidos no mercado possuem entre 18 e 24% de proteína bruta (PB) em sua composição final, sendo valores próximos a 20% sendo recomendados pelo NRC (2001).

Substitutos Lácteos - Nutrição Animal - Agroceres Multimix

Entre as fontes lácteas, leite integral, leite desnatado, soro de leite e isolado de proteína de soro de leite são os ingredientes mais comuns encontrados na maioria das formulações e são os que apresentam melhores resultados de desempenho. substitutos do leite os produtos de qualidade têm mais de 70% de sua composição desses ingredientes e, no máximo, 10 a 15% de outras fontes proteicas.

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Apesar de ter um custo menor quando comparado aos laticínios, algumas proteínas vegetais – como a proteína de soja – podem apresentar alguns fatores antinutricionais. Inibidores de proteases, presença de carboidratos indigeríveis, taninos e compostos fenólicos são alguns desses fatores que podem causar diminuição da digestão de proteínas, inibição da secreção enzimática e, principalmente, diarreia.

A opção pela inclusão de ingredientes não lácteos em formulações de substitutos do leite você deve seguir alguns cuidados, principalmente quanto à escolha desses ingredientes. Atualmente, algumas fontes não lácteas especialmente desenvolvidas para serem utilizadas em produtos substitutos do leite apresentam excelentes resultados de desempenho. Tratamentos físicos, químicos e térmicos conferem a esses ingredientes um grande potencial para uso em formulações.

Outra forma muito prática de avaliar a qualidade de substitutos do leite é sobre o teor de lactose do produto. Embora a legislação brasileira não exija a declaração do percentual de lactose, os melhores produtos do mercado sempre mencionam as inclusões como forma de trazer maior confiança quanto à inclusão de ingredientes lácteos.

A lactose é o principal carboidrato encontrado em substitutos comerciais. Embora represente um custo maior em relação a outras fontes como o amido, o principal fator que justifica seu uso está relacionado à limitação enzimática dos animais durante as três primeiras semanas de vida, o que impede o uso de qualquer fonte alternativa.

Outro indicador de qualidade é o percentual e a composição da gordura. Por representar o ingrediente que mais impacta no custo e que mais necessita de tratamento especial, a inclusão de gordura é bastante variável, geralmente entre 14 e 22% em produtos de melhor qualidade.

Sem dúvida, a melhor fonte de gordura para incorporação em substitutos do leite seria a gordura do leite, porém, devido ao seu alto valor comercial, é totalmente substituída nos produtos por gordura vegetal.

Gorduras e óleos ideais devem ser incorporados por técnicas de dispersão de baixa pressão, onde são pulverizados em tamanhos de partículas entre 3-4 nm. Essas técnicas de tratamento de gordura são caras e encontradas em poucos produtos disponíveis no mercado.

Substitutos Lácteos - Nutrição Animal - Agroceres Multimix

Por fim, o teor de fibra é o parâmetro mais utilizado por técnicos e produtores como indicativo de alta inclusão de produtos lácteos em substitutos do leite. Como o leite e outros derivados não contêm fibra, são esperados valores próximos de zero nestes produtos. No entanto, baixos valores de fibra não garantem a alta inclusão de produtos lácteos, pois as técnicas atuais de tratamento de proteínas vegetais reduzem as frações fibrosas a praticamente zero, dando a falsa impressão de um produto superior. De qualquer forma, valores inferiores a 0,5% de fibra já são bons indicadores de qualidade.

Como vimos, a busca por dietas líquidas com desempenho garantido e custo reduzido é o foco de pesquisadores, técnicos e produtores, principalmente devido ao baixo retorno financeiro de bezerros e novilhas durante os primeiros anos de vida. Embora possa parecer complicado pelas muitas opções de produtos e marcas disponíveis no mercado, o baixíssimo custo e a composição básica do produto descrito no rótulo já servem como indicações para a escolha do produto mais seguro e ideal para cada sistema.

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Corte e enfardamento à maneira de Kverneland em Cork

O final da temporada de pastagem foi decepcionante para muitos, com a colheita sofrendo com a escassez de chuva, mas isso não impediu Kverneland de fazer uma demonstração de seu equipamento de pastagem recentemente.

Independentemente do clima, as máquinas precisarão ser substituídas em algum momento e as decisões de compra para a próxima temporada precisarão ser informadas, se não forem realmente feitas até então, então agora é um bom momento para mostrar os equipamentos mais recentes.

encontrando o chão

Localizar um campo de grama para cortar tem sido um problema para muitos fabricantes que desejam exibir suas máquinas em uso este ano.

Preparando-se para o dia, mas a grama não cortada tem sido difícil de encontrar neste final de temporada

Kverneland, juntamente com os revendedores locais da Case, Lynch & McCarthy, desembarcaram no local da exposição, ao sul da cidade de Cork, que tinha algumas terras que precisavam de limpeza.

Esta não foi de forma alguma a mais desafiadora das colheitas, mas produziu muito mais fardos do que havia sido previsto, permitindo que comparações de algum valor fossem feitas.

cortadores médios

Cortar a grama foi uma combinação de borboleta consistindo no condicionador de cortador de grama duplo Kverneland 5387 na parte traseira e uma unidade de 3332 pés montada na frente na outra extremidade.

A suspensão Quattrolink é uma característica importante do cortador de relva 5387 MT
A suspensão Quattrolink é uma característica importante do cortador de relva 5387 MT

A empresa descreve isso como um “cortador de grama de segmento médio com suspensão de ponta”. Baseado na série 5300, tem a suspensão Quattrolink emprestada de seus irmãos mais caros, mas não os braços telescópicos, dando uma largura de corte fixa de 8,75m.

Um requisito mínimo de 180cv é recomendado, um valor que dificilmente será suficiente na Irlanda, talvez seja melhor ir com algo como os 276cv fornecidos pelo Fendt 828 no qual eles foram montados.

Cortiça Cortiça Kverneland
A segadeira, sem garoupas, pesa 2.580kg

Este cortador destina-se ao agricultor com a potência disponível para lidar com um corte amplo, em vez de um negócio de contratação total. É uma máquina que mantém a qualidade da marca, mas é mais empática com o cofrinho.

remando

A coleta da grama em fileiras, até agora, era deixada ao ancinho ou, nas condições do motorista, às garoupas montadas atrás do condicionador.

Garoupa de Fusão ROC
Remo foi deixado para uma fusão da última aquisição da Kubota

Este arranjo tem sido desafiado ultimamente pela chegada de fusões de correias, que desempenham a mesma função que as garoupas, e da mesma forma, mas como uma operação separada da roçada.

O conceito não é novo, mas as máquinas bem projetadas, projetadas para lidar com longas temporadas em colheitas pesadas, são um desenvolvimento mais recente, e a linha de máquinas ROC é exatamente isso.

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A PROC produz equipamentos pesados ​​projetados para trabalho pesado

Exatamente quais são as vantagens podem não ser imediatamente óbvias no papel, mas vê-las funcionando no mundo real sublinha o quão diferente elas são dos ancinhos.

Mais fácil na colheita

A ação de um carretel de coleta é muito mais suave do que bater na grama com um dente e depois acelerá-la rapidamente até o ponto de queda, uma ação que pode ocorrer duas vezes em um ancinho de quatro rotores.

Isto irá, inclusive, garantir menor perda de folhas quando à natureza agressiva dos ancinhos, fator que está se tornando mais importante à medida que trevos extras e outras espécies mais quebradiças estão em pastagens.

Fusão de Cortiça ROC
A ação do carretel de coleta é muito menos agressiva do que a dos ancinhos rotativos de acordo com a ROC

Ele também cobre o terreno em um bom ritmo. Até agora, não nos foram apresentados quaisquer números, mas uma comparação entre um rake e uma fusão, olhando para a taxa de trabalho geral, provavelmente será uma leitura interessante.

As máquinas ROC são de alta qualidade e o design é testado e confiável. As fusões não tiveram a melhor reputação na Irlanda devido a problemas de confiabilidade, a linha ROC está pronta para rever essa imagem.

A velocidade é essencial

Uma maior taxa de trabalho também é o tema da enfardadeira de fardos redondos Kverneland FastBale. Mais uma vez, a máquina não é nova, mas demorou um pouco para ser aperfeiçoada e a empresa agora está feliz em oferecê-la à Irlanda, onde está vendendo em número crescente.

Demonstração da grama Kverneland Xi
Duas câmaras de fardos são montadas em um único pacote puro

A solução para não ter que parar a enfardadeira enquanto ejeta o fardo é ter duas câmaras, sendo a primeira metade do tamanho da outra, com qualquer uma das duas enchendo a qualquer momento.

Uma vez que a câmara frontal menor está cheia, ela passa para a câmara traseira, que continua a terminar o fardo antes da ejeção, momento em que a câmara frontal assume novamente.

Grama do dia de demonstração Fastbale
A unidade de envolvimento traseiro é um caso robusto

O conceito funciona, e funciona bem, com a enfardadeira a vapor para cima e para baixo nas filas sem pausa.

Outra vantagem do arranjo de câmara dupla é que ele se encaixa entre uma enfardadeira de câmara fixa e variável, empacotando firmemente a forragem em dois estágios distintos.

Calma Kverneland

As três máquinas teriam limpado o campo em minutos se não fosse um dia de demonstração. A velocidade foi alcançada sem grande alarido ou mesmo muito barulho, certamente não o suficiente para justificar as reclamações dos vizinhos.

Segadoras da empresa Kverneland
Bastante eficiência foi a impressão geral no dia de campo Xi Grass de Kverneland

Philip English, diretor administrativo da Kverneland Ireland, também observou que eles estão disponíveis para a próxima temporada. 2022 tinha sido um bom ano para a empresa e ele esperava que o próximo ano fosse o mesmo.

O segredo não é a demora na encomenda. Ele providenciou um bom estoque de máquinas disponíveis, mas, uma vez vendidas, mais suprimentos levarão tempo para chegar.

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Maneiras eficientes de realizar

Durante esse período, é necessário ter uma estratégia de suplementação eficiente para garantir que os animais continuem obtendo ganhos de peso satisfatórios. É importante ressaltar que a suplementação deve ser adequada às condições da pastagem e às necessidades dos animais.

Existem diferentes categorias de suplementação, cada uma com suas características e benefícios específicos. Por exemplo, a suplementação de 1 g/Kg é indicada especialmente quando se tem pastagem de boa qualidade, complementando os nutrientes fornecidos pelo pasto e proporcionando um ganho adicional aos animais.

Já a suplementação de 3 g/Kg é mais indicada quando se deseja obter um ganho de peso maior. Essa categoria de suplementação é sensível aos preços dos insumos, principalmente o milho, por isso é importante avaliar se é viável produzir o próprio suplemento na propriedade.

Além disso, a suplementação de Outono é uma estratégia utilizada para minimizar as perdas de peso e desempenho do gado durante o período entre março e junho. Com a queda na qualidade e quantidade de forragem nesse período, é essencial manter os animais recebendo a suplementação adequada para garantir um bom desempenho durante a seca.

Em resumo, a suplementação deve ser parte integrante do manejo da propriedade, considerando-se sempre as condições da pastagem e as necessidades dos animais. Com um planejamento adequado e a utilização das estratégias corretas, é possível obter ganhos de peso satisfatórios mesmo em períodos desafiadores como a seca e o outono.

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
Sumário:

1. Introdução
1.1. A importância de medir e levantar dados
1.2. O planejamento da propriedade

2. Manejo de pastagem na seca
2.1. Vedação do pasto nas águas
2.2. Cuidados na vedação do pasto
2.3. Suplementação durante o período de estiagem

3. Suplementação e manejo da pastagem nas águas
3.1. Manejo adequado das pastagens
3.2. Características da suplementação
3.2.1. Suplemento de 1g/Kg
3.2.2. Suplemento de 3g/Kg

4. Suplementação de Outono

5. Conclusão

No cenário atual, observamos que a grande maioria dos produtores tomam decisões baseadas em “achismos”. Poucos são aqueles que levantam dados reais dentro de suas propriedades, e, os que ainda têm informações sobre o negócio, na maioria das vezes, não as utilizam para tomar decisões.

Uma das principais mensagens que gostaríamos de deixar é exatamente a necessidade de se medir e de levantar dados dentro de uma fazenda, e de gerar índices produtivos, zootécnicos, econômicos e financeiros.

Esses são passos indispensáveis para uma boa condução da atividade pecuária, principalmente quando observamos que as margens de lucratividade vêm caindo consideravelmente nos últimos anos, exigindo, por parte dos empresários rurais, uma maior eficiência produtiva.

O planejamento da propriedade é igualmente importante para o sucesso da atividade e definir metas e estratégias é essencial para o bom andamento de todas as ações.

Baseado nisso criamos o “boi 666 ou 777”, que nada mais é do que estabelecer uma meta de ganho por animal de acordo com a fase de vida.

Por exemplo, o boi 777 ganharia 7 arrobas na cria, 7 arrobas na recria e 7 arrobas na terminação e teríamos que valorizar cada fase individualmente, com as devidas atenções, para obtenção desses objetivos.

 

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Manejo de pastagem na seca

Para termos pasto na seca, precisamos vedar o pasto nas águas. Por maiores que sejam os benefícios do uso das pastagens durante o período das águas, a produção animal durante todo ano nos pastos, exige que poupemos pasto das águas para uso na seca.

Entretanto, essa vedação de pastagem nas águas deve ocorrer de forma criteriosa. Sabemos que pastagens vedadas por longos períodos dão origem a forragens com grande proporção de caule/folha, diminuindo a qualidade bromatológica da planta e, principalmente, dificultando o pastejo dos animais.

Acontecem ainda outras perdas por acamamento e por pisoteio. Sendo assim, nas águas, o tempo de vedação deve ocorrer de maneira adequada para a forragem crescer e permitir que o animal colha essa forragem da melhor maneira possível.

Vedando o pasto com altura correta, por um tempo adequado concomitante com perfeitas condições climáticas, teremos uma pastagem com as características ideais para o período de seca, permitindo assim o pastejo por parte dos animais e, consequentemente, um bom desempenho quando associado à suplementação.

Conseguindo na seca um pasto que foi vedado, que tenha ficado com características adequadas, com boa quantidade e qualidade, lançaremos mão da suplementação durante o período de estiagem.

A suplementação durante o período sem chuvas tem como um dos principais objetivos melhorar, por parte dos animais, o aproveitamento da massa de forragem ingerida.

Pode também aumentar em até 32% a digestão da matéria seca, e aumentar a taxa de passagem do alimento, permitindo que o animal consuma maior quantidade de MS, aproveitando melhor essa forragem ingerida.

É importante sempre realizarmos uma suplementação conexa com as condições de pastagem. Quando a suplementação é adequada, conseguimos uma maior taxa de degradação no rúmen e o aumento da síntese de proteína microbiana. Ou seja, a suplementação fornece também benefícios indiretos para os animais.

O ganho adicional pelas características da pastagem é maior nas secas do que nas águas, o que reforça a necessidade e a oportunidade de suplementação nas secas.

Vale ressaltar também que a suplementação, independente se for de 1, 3, 5 ou mais gramas por Kg, deve seguir sempre um planejamento realizado dentro das condições de logística, de pastagem e das condições econômicas da propriedade.

Deve-se ainda observar a categoria dos animais suplementados, por exemplo: animais desmamados com 210Kg (7 arrobas), entrando na fase de recria no período seco do ano, a suplementação (dependendo das características das pastagens) dará resultados de 0,250kg, 0,350kg, e 0,430kg de GPD (ganho de peso diário), quando os animais forem suplementados com 1g/Kg, 3g/Kg ou 5g/Kg, respectivamente.

Isso implica diretamente nos dias totais para ganho da arroba, no desembolso por parte do proprietário e nos custos de produtividade. Por isso, é extremamente importante o conhecimento dessas variáveis para o sucesso da suplementação.

Suplementação e manejo da pastagem nas águas

Antes da suplementação, devemos nos atentar para as características da pastagem durante as águas, pois, é nesse período que as forragens têm as melhores condições para crescimento e produtividade. Um bom manejo das pastagens neste período evitará possíveis erros no manejo.

O manejo se difere de acordo com a espécie forrageira e com suas características, principalmente, de crescimento. Os mais importantes quesitos a serem observados e respeitados são a altura de entrada e a altura de saída dos animais no pasto. O fato do pasto estar verde não significa especificamente que o pasto está bom.

É muito comum observarmos pastagens boas que passaram do momento de ser pastejadas, dificultando o ato de bocada do animal, além de ter uma alta proporção de caule em relação às folhas.

Para aperfeiçoarmos o uso das pastagens, devemos estar atentos à altura da forragem para que ela não cresça demasiado e ocorra um desperdício de capim.

Também não devemos deixar os animais permanecerem no pasto quando a altura da planta já estiver muito baixa, devendo a saída dos animais ser antes deste momento.

Neste último caso, além de diminuir a eficiência de produtividade do animal, que consumirá uma gramínea de menor qualidade, há maior dificuldade na rebrota dessas forrageiras. Mesmo quando se trata de pastagens rotacionadas e/ou irrigadas, a rebrota é defasada quando a altura da forragem na saída dos animais é abaixo do ideal.

Quando temos um manejo excelente das pastagens, com animais entrando em um pasto de boas características, com altura ideal, e respeitamos a altura de saída, privilegiando tanto a planta como o animal, aí sim lançaremos mão da suplementação nas águas como uma ferramenta para potencializar o ganho dos animais.

Pastagens bem manejadas com alta densidade de forragem permitem que o animal consuma maiores quantidades de MS com menos bocados. Produzir pastos onde, com poucos bocados ocorra grande ingestão de MS, é um grande passo para o bom desempenho animal durante o período das águas.

Com essas definições, podemos então entrar nas características da suplementação em si. Com pastos de boa qualidade, a suplementação atenderá uma pequena exigência do animal, sendo responsável por um ganho a mais do animal que ele teria somente com o pasto.

Webinar Manejando Pastagens

Características da suplementação

Suplemento de 1 g/Kg

Em uma condição de ótima pastagem, a melhor opção (mais viável) será a menor suplementação, pois o pasto já fornece a maior parte dos nutrientes necessários para os animais. O suplemento proporcionará um ganho a mais.

Um suplemento de 1g/kg proporciona um GPD de até 28,8% ou 0,142kg/dia a mais se comparado a animais tratados somente com Sal Mineral. O uso de aditivos na suplementação também tem um impacto significativo no desempenho dos animais, sendo até determinante para a melhoria do desempenho do gado.

Suplemento de 3 g/Kg

Quando pretendemos obter uma taxa de ganho de peso maior, podemos lançar mão da suplementação de 3 g/Kg. Essa categoria de suplementação é muito utilizada, pois permite que habilitemos determinadas categorias ou lotes a algum objetivo específico.

Com ganhos em torno de 0,285 kg/dia, quando em boas condições de pastagem, animais que recebem este suplemento podem chegar ao final das águas com ganhos de até 2@ a mais do que animais que consumiram somente Sal Mineral. Essa é, portanto, uma importante ferramenta, principalmente para recria.

Porém, a suplementação 3 g/Kg é extremamente sensível aos preços dos insumos , pois tem como principal componente o milho. Por isso, devemos analisar se é possível produzir esse suplemento na própria fazenda.

Uma grande vantagem dessa categoria de suplementação é que ela permite, além do ganho por animal, um grande ganho por área, pois teremos animais ganhando muito por dia e ao mesmo tempo muitos animais por área, sem acontecer, de preferência, a substituição da forragem pela suplementação.

Suplementação de Outono

A suplementação de Outono é uma estratégia para minimizar perdas ou diminuições no ganho do gado justamente no período do outono, entre março e junho aproximadamente.

Nesse momento, inicia-se uma queda na qualidade e na quantidade de forragem, e o gado tende a acompanhar essa queda com menores desempenhos e/ou perda de peso e de escore.

A suplementação nesse período é importante para manter os animais ganhando peso e passarem, igualmente, com um bom desempenho na seca (desde que continuem recebendo a devida suplementação, em pastagens adequadas durante a estiagem).

A diferença entre o ganho de peso de animais suplementados e o ganho de peso de animais tratados somente com Sal Mineral é de 86% para 41%, mostrando a importância da suplementação nessa época do ano.

Ela se justifica quando o próximo passo é a terminação do gado seja no confinamento ou a pasto, como uma forma de preparação do gado para a terminação.

Modelo de produção

O sistema de produção interfere diretamente no programa de suplementação da propriedade. Não exploramos, em muitas situações, o potencial produtivo dos animais, principalmente quando utilizamos animais de genética superior em condições inadequadas.

Um animal de grande potencial produtivo deve ter condições ideais para desempenhar seu potencial. Devemos focar nosso modelo de produção baseado no que temos de concreto e no que podemos produzir. Produzir nos bônus e nos favorecimentos sazonais não garante um retorno contínuo e perene.

Comportamento animal

Precisamos observar e entender melhor as características e as peculiaridades do comportamento animal. Com esse entendimento, podemos trabalhar em favor do animal o que, por consequência, nos proporcionará maiores ganhos durante a suplementação.

Entre os aspectos que interferem no comportamento está o horário no qual fornecemos o suplemento. Devemos priorizar o fornecimento do suplemento sempre no mesmo horário do dia, principalmente quando a suplementação for de 3 g/Kg ou mais.

Se for possível, de acordo com a logística na fazenda, deve-se, preferencialmente, ofertar essa suplementação para os animais em horário diferente do horário comum de pastejo dos animais, ou seja, ofertar durante as horas mais quentes do dia, como, por exemplo, às 12h.

Com isso, os animais não deixarão de pastejar durante as horas mais frescas para comer o concentrado. Outra questão importante é a linha de cocho. O tamanho da linha de cocho ideal é determinante para o sucesso da suplementação.

Histórico alimentar

O uso da suplementação deve acontecer como uma sequência. Não é recomendado que se invista em suplementação em determinada fase da vida do animal ou em determinado período do ano e, em seguida, não se ofereça nenhum aporte para que esse animal continue desempenhando um bom rendimento produtivo.

Sempre que aumentarmos a taxa de ganho do animal, o ideal é que na fase seguinte do ciclo produtivo esse animal consuma um suplemento superior ao consumido anteriormente.

Rendimento do ganho e ganho de carcaça

O rendimento do ganho é a proporção do que o animal ganha em carcaça. E é fundamental entender o histórico do animal, o nível de suplementação e a estrutura na qual ele ganhou peso nos últimos meses, para entender todo o conjunto de fatores que envolvem o rendimento do ganho.

Por exemplo, em alguns casos, os animais que vêm sendo suplementados ao longo de seu crescimento, tem o desempenho GPD menor que animais que chegam para a terminação oriundos de pastagens ruins e sem suplementação.

Entretanto, é importante entender que o desempenho do ganho, ou seja, que a proporção ou conversão do que foi ganho em carcaça é maior nos animais que desde sempre foram adequadamente suplementados.

Terminação a Pasto

Um dos principais pontos a se destacar é a questão da avaliação do ganho dos animais. Quando comparamos o ganho entre animais suplementados e animais tratados somente com Sal Mineral, a diferença do PV, em muitas ocasiões, não é significativa.

Apesar disso, o ganho de carcaça deve ser o quesito avaliado sempre que trabalharmos com suplementação e, independente da fase, devemos avaliar o ganho de carcaça e não somente o ganho de peso vivo.

Avaliando o viés econômico financeiro, a rentabilidade do sistema de produção de animais produzidos com ou sem suplementação é muito parecida mas a lucratividade dos animais suplementados é maior. Sendo assim, em condições adequadas, a suplementação pode garantir uma lucratividade maior no negócio.

Um dos aspectos interessantes para se avaliar a viabilidade do negócio é avaliar a relação de troca, ou seja, quanto em milho a venda da arroba me permite comprar. Normalmente utilizam-se 3 sacos como parâmetro, ou seja, se ao vender minha arroba consigo comprar 3 ou mais sacos de milho, normalmente há a viabilidade da suplementação dos animais.

Para o sucesso da terminação a pasto, devemos avaliar todas as variáveis, principalmente de qualidade e de quantidade de pasto. É possível haver ganhos ótimos de produtividade e de Rendimento de Ganho durante todo ano, entretanto para isso, precisamos adequar a suplementação de acordo com as características encontradas nas pastagens.

Seguindo esse raciocínio, para um bom desempenho (principalmente do Rendimento de Ganho) dos animais na terminação durante o período da seca, pensamos em uma suplementação de 2,0%PV, em que conseguiríamos um ganho de aproximadamente 5,13 arrobas de carcaça em comparação a animais terminados com suplementação de 0,5%PV.

Essa diferença é explicada quando pensamos nas baixas condições de pastagem na seca. Sendo assim, o aporte nutricional ao gado deve ser maior para um desempenho ótimo.

Outro fator importante que devemos ressaltar é em relação à suplementação de maiores quantidades de suplemento, por exemplo:10 Kg de suplemento/dia. Mesmo com grandes quantidades de concentrado, o papel do pasto é fundamental para o bom desempenho animal.

Porém, diferente do que ressaltamos na suplementação nas secas, o papel principal do pasto é diminuir a taxa de passagem, melhorando assim a digestibilidade do suplemento.

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No cenário atual, observamos que a grande maioria dos produtores tomam decisões baseadas em “achismos”. Poucos são aqueles que levantam dados reais dentro de suas propriedades, e, os que ainda têm informações sobre o negócio, na maioria das vezes, não as utilizam para tomar decisões.

Uma das principais mensagens que gostaríamos de deixar é exatamente a necessidade de se medir e de levantar dados dentro de uma fazenda, e de gerar índices produtivos, zootécnicos, econômicos e financeiros. Esses são passos indispensáveis para uma boa condução da atividade pecuária, principalmente quando observamos que as margens de lucratividade vêm caindo consideravelmente nos últimos anos, exigindo, por parte dos empresários rurais, uma maior eficiência produtiva.

O planejamento da propriedade é igualmente importante para o sucesso da atividade e definir metas e estratégias é essencial para o bom andamento de todas as ações. Baseado nisso criamos o “boi 666 ou 777”, que nada mais é do que estabelecer uma meta de ganho por animal de acordo com a fase de vida. Por exemplo, o boi 777 ganharia 7 arrobas na cria, 7 arrobas na recria e 7 arrobas na terminação e teríamos que valorizar cada fase individualmente, com as devidas atenções, para obtenção desses objetivos.

No entanto, para alcançar esses resultados, é essencial adotar algumas práticas de manejo, como o manejo de pastagem na seca. Para termos pasto na seca, é preciso vedar o pasto nas águas. É sabido que pastagens vedadas por longos períodos têm uma proporção maior de caule/folha, o que diminui a qualidade bromatológica da planta e dificulta o pastejo dos animais. Além disso, há perdas por acamamento e pisoteio. Portanto, é importante que a vedação do pasto ocorra de maneira adequada, permitindo que a forragem cresça e seja colhida pelos animais da melhor maneira possível.

A importância da suplementação durante o período de seca também não pode ser ignorada. Durante a estiagem, é necessário garantir que os animais aproveitem ao máximo a massa de forragem ingerida. A suplementação pode aumentar a digestão da matéria seca em até 32% e a taxa de passagem do alimento, permitindo que os animais consumam uma maior quantidade de MS. No entanto, é fundamental que a suplementação seja realizada levando em consideração as condições de pastagem e a categoria dos animais suplementados.

Já no período das águas, é importante realizar um bom manejo das pastagens para evitar erros. O manejo adequado das pastagens inclui observar a altura de entrada e saída dos animais no pasto. É comum que pastagens boas sejam pastejadas por um período muito longo, o que dificulta o bocado dos animais e diminui a qualidade do pasto. Além disso, é importante estar atento à altura da forragem para evitar desperdício de capim. Por outro lado, não devemos permitir que os animais permaneçam no pasto quando a altura da planta estiver muito baixa, pois isso prejudica a rebrota das forrageiras.

No que diz respeito à suplementação durante o período das águas, é importante considerar as características da pastagem. Com pastos de boa qualidade, a suplementação fornecerá apenas o necessário para um ganho extra dos animais que consumiriam somente o pasto. Dependendo da qualidade do pasto, a suplementação pode resultar em ganhos de até 0,142 kg/dia a mais. Também é importante mencionar que a suplementação de 3 g/Kg é sensível aos preços dos insumos, pois tem como principal componente o milho. Por isso, é necessário avaliar se é viável produzir esse suplemento na própria fazenda.

Por fim, a suplementação de outono é uma estratégia para minimizar perdas ou diminuições no ganho do gado durante esse período. É importante manter os animais ganhando peso para que tenham um bom desempenho na seca. A suplementação nesse período pode garantir que os animais mantenham um bom desempenho na estiagem, desde que continuem recebendo suplementação adequada e tenham acesso a pastagens adequadas.

Em resumo, tanto o manejo de pastagem na seca quanto a suplementação durante o período das águas são práticas essenciais para garantir um bom desempenho da atividade pecuária. É importante levantar dados e medir os resultados para tomar decisões com base em informações reais. Com um planejamento adequado e o uso correto dessas práticas, é possível obter uma maior eficiência produtiva e enfrentar os desafios do mercado de forma mais assertiva.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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Título h4: A importância da otimização de palavras-chave

Conclusão:
No cenário atual, é fundamental que os produtores tomem decisões baseadas em dados reais e índices produtivos. O planejamento e o manejo da propriedade são essenciais para o sucesso da atividade pecuária. A suplementação adequada durante os períodos de seca e águas é uma ferramenta valiosa para otimizar o ganho de peso dos animais.

Perguntas e respostas:
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**Título: A importância da banana no agronegócio brasileiro e suas perspectivas futuras**

Introdução
A banana é sem dúvida a fruta mais consumida no Brasil e no mundo, sendo também uma importante fonte de nutrição. Além disso, sua produção tem um papel relevante no cenário econômico, principalmente para o agronegócio paulista, já que o Estado de São Paulo é o maior produtor brasileiro, responsável por 26% da produção total do país. Neste artigo, vamos explorar a produção nacional, os desafios enfrentados e as perspectivas futuras para a banana no Brasil.

Produção nacional de banana
O Brasil ocupa a quarta posição no ranking dos maiores produtores de banana no mundo, ficando atrás apenas da Índia, China e Indonésia. Segundo dados do IBGE, a safra 2021/2022 atingiu cerca de 7 milhões de toneladas, em uma área de 453.273 hectares. Esse mercado movimenta anualmente mais de R$ 13,8 bilhões. Uma parcela significativa dessa produção é destinada ao mercado externo, com destaque para os países da União Europeia e do Mercosul como os maiores importadores.

Produção de banana em São Paulo
O Estado de São Paulo se destaca como o maior produtor de banana no Brasil, representando cerca de 26% da produção nacional. Segundo levantamento do Instituto de Economia Agropecuária (IEA – Apta), a expectativa para a safra 2022/2023 é de mais de um milhão de toneladas, com área plantada de 1,9 mil hectares no estado. O Vale do Ribeira, localizado no interior paulista, é considerado o maior polo produtor de banana de São Paulo, sendo as principais variedades plantadas: prata, anã, maçã, ouro e terra.

Incentivo e desenvolvimento do setor
Visando incentivar e desenvolver ainda mais o setor da banana, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo tem desempenhado um papel fundamental. Através de estudos de melhoramento genético na produção e implementação de medidas fitossanitárias, busca-se aumentar a produtividade das plantações. Pesquisas realizadas pela Apta mostram que é possível dobrar a produtividade média nacional, utilizando técnicas corretas de manejo do solo e nutrição das plantas.

Perspectivas para a banana em Santa Catarina
Enquanto a produção de banana em São Paulo já está consolidada, o estado de Santa Catarina apresenta grande potencial para crescimento. Apesar de já ser um importante produtor, com 725,8 mil toneladas em 2022, o Extremo Oeste catarinense ainda possui espaço para expansão. A fruta produzida nessa região possui características muito apreciadas pelos consumidores, como doçura, sabor agradável e boa cor. A Empresa Catarinense de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (EPAGRI) tem promovido reuniões técnicas para repassar informações sobre cultivo e manejo, visando incentivar o desenvolvimento dessa cultura na região.

Microclimas favoráveis ao cultivo
Uma das vantagens dessa região é apresentar microclimas favoráveis ao cultivo da banana, como nas margens dos rios, onde a ocorrência de geadas é menor. Essa produção é mais localizada, mas pode ser viável para famílias que tenham afinidade com a cultura e áreas adequadas para estabelecimento e desenvolvimento de plantações de banana. O desafio da EPAGRI é ampliar a produção local e estimular os produtores a adotarem técnicas de manejo adequadas, visando atender, pelo menos, os mercados institucionais da agricultura familiar.

Conclusão
A banana desempenha um papel fundamental no agronegócio brasileiro, sendo o Brasil o quarto maior produtor mundial. A produção nacional movimenta bilhões de reais por ano, com uma parte significativa sendo destinada ao mercado externo. Além disso, São Paulo se destaca como o maior produtor do país, enquanto Santa Catarina apresenta um grande potencial para crescimento. Com investimentos em melhoramento genético, manejo adequado e incentivo do governo, é possível impulsionar ainda mais o setor, gerando benefícios econômicos e sociais.

Perguntas para reflexão:
1. Quais são os principais desafios enfrentados na produção de banana no Brasil?
2. Qual é a importância da banana para a economia do agronegócio paulista?
3. Quais são as perspectivas futuras para o cultivo de banana em Santa Catarina?
4. Como a EPAGRI tem contribuído para o desenvolvimento da cultura da banana no Extremo Oeste catarinense?
5. Quais são os principais benefícios econômicos e sociais gerados pela produção de banana no Brasil?

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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A banana é nada menos que a fruta mais consumida no Brasil e no mundo. Além de ser um alimento nutritivo, a produção tem grande relevância para o cenário econômico, principalmente para o agronegócio paulista, uma vez que o Estado de São Paulo é o maior produtor brasileiro responsável por 26% da produção total do país.
Levantamento do Instituto de Economia Agropecuária (IEA – Apta) mostra que a expectativa para a safra 2022/23 é de mais de um milhão de toneladas, com área plantada de 1,9 mil hectares no estado. O Vale do Ribeira é considerado o maior pólo produtor de banana de São Paulo e as principais variedades são: prata, anã, maçã, ouro e terra.

Produção nacional
O Brasil é o quarto maior produtor da fruta no mundo, atrás apenas da Índia, China e Indonésia. Segundo dados do IBGE, a safra 2021/22 ficou em torno de 7 milhões de toneladas, numa área de 453.273 hectares. Um mercado que movimenta mais de R$ 13,8 bilhões por ano.
Parte desta produção é destinada ao mercado externo. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior, no ano passado foram embarcadas 83 mil toneladas, com receita de US$ 37 milhões. Os maiores importadores são os países da União Europeia e do Mercosul.

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Para incentivar e desenvolver ainda mais o setor, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo contribui fortemente com diversas ações que vão desde estudos de melhoramento genético na produção até medidas fitossanitárias.
Pesquisa realizada pela Apta mostra que é possível aumentar a produtividade das plantações de banana utilizando técnicas corretas de manejo da cultura. Segundo Erval Rafael Damatto Junior, pesquisador e diretor da Apta Regional de Pariquera-Açu, a produtividade média nacional é de 14 toneladas por hectare. “No Vale do Ribeira a média é maior, 22 toneladas por hectare. Porém, a partir de nossas pesquisas, constatamos que é possível mais que dobrar essa produtividade com a utilização de técnicas corretas de manejo do solo e nutrição de plantas. Tivemos experimentos que chegaram a 65 toneladas por hectare”, diz.

Produção ganha força no extremo oeste catarinense

Se por um lado a produção de banana já está consolidada e tem grande participação na economia paulista, no estado de Santa Catarina, apesar de ter uma produção significativa, com 725,8 mil toneladas em 2022, ainda há espaço para crescimento .
No Extremo Oeste do estado a atividade é pouco explorada, mas o mercado local oferece boas oportunidades para quem investe nesta cultura. As famílias que produzem a fruta são motivadas pela demanda das feiras livres, do Programa Nacional de Alimentação Escolar e da venda direta ao consumidor. Além disso, a banana produzida na região possui características muito apreciadas pelos consumidores, como doçura, sabor agradável e boa cor.
Para incentivar o desenvolvimento da cultura, a Empresa Catarinense de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (EPAGRI) tem realizado reuniões técnicas para repassar informações sobre cultivo e manejo. A mais recente foi em agosto e reuniu cerca de 30 agricultores, que conheceram as variedades mais adequadas à região, implementação de pomares, gestão de touceiras, fertilização, colheita e preparação de cachos para venda.

Banana em microclimas
A extensionista da Epagri, Simone Bianchini, afirma que a região possui um microclima favorável ao cultivo da fruta, como nas margens dos rios, onde a chance de ocorrência de geadas é menor. “Essa é uma produção mais localizada, mas pode ser viável para algumas famílias que tenham afinidade com a cultura e áreas adequadas para estabelecimento e desenvolvimento de plantações de banana”, destaca.
Quase todas as bananas consumidas no Extremo Oeste Catarinense vêm de outras regiões. Portanto, o desafio da Epagri é ampliar a produção local e estimular os produtores a adotarem técnicas de manejo adequadas para poder atender, pelo menos, os mercados institucionais da agricultura familiar.

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(Fernanda Toigo/Sou Agro)

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