Como proteger as vacas do calor?

Desafios do Verão na Produção de Leite: Conheça os Obstáculos Enfrentados Pelas Vacas Leiteiras

Você sabia que o verão é a estação mais desafiadora para a produção de leite no Brasil? Nesta época do ano, o calor intenso e a propagação de pragas e doenças podem afetar significativamente o rendimento das vacas leiteiras. Para entender melhor os desafios enfrentados por esses animais durante o verão, vamos explorar os obstáculos e as soluções encontradas por produtores e veterinários para garantir a produtividade do rebanho.

Estratégias de Conforto Térmico e Sombreamento

No verão, o estresse térmico pode desencadear uma tentativa de autoregulação das vacas, levando-as a direcionar nutrientes que seriam convertidos em leite para lidar com a demanda extra de energia. Nesse contexto, estratégias de conforto térmico, como sistemas de aspersão, ventilação e sombreamento, desempenham um papel crucial na manutenção da produtividade e no bem-estar dos animais.

O Impacto das Chuvas e das Pragas na Produção

Além do calor, as chuvas comuns no verão podem criar um ambiente propício para infecções, como a mastite, uma das principais doenças que afetam a pecuária leiteira nessa época do ano. Além disso, o surgimento de moscas e outras pragas pode representar um desafio adicional para os produtores de leite. Nessa etapa, é essencial adotar medidas preventivas e estratégias de manejo para mitigar os efeitos das condições climáticas e da proliferação de insetos na produção leiteira.

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Problemas no Verão para a Produção de Leite

As chuvas comuns no verão criam um ambiente propício a infecções, já que as vacas deitam no barro e os tetos podem ter contato com os próprios dejetos dos animais, resultando no surgimento de moscas. O contato de bactérias com os tetos das vacas depois da ordenha pode provocar casos de mastite no rebanho, que é um dos principais desafios da pecuária leiteira no verão. Além disso, as moscas também podem transmitir esta e outras doenças, e algumas espécies se alimentam do sangue das vacas.

Controle de Pragas e Doenças

Para lidar com esses problemas, o veterinário Thiago Marcantonio relata que eles plantaram citronela na fazenda e utilizam para pulverizar nas vacas. Além disso, fazem compostagem de 100% dos dejetos, que é onde as moscas colocam seus ovos. Essas medidas foram eficazes para reduzir a presença de moscas na fazenda. Além disso, a tecnologia é um aliado importante, com colares individuais que acompanham a respiração das vacas e avisam quando os animais começam a ofegar, permitindo uma resposta rápida da equipe do veterinário. Também são utilizados termômetros distribuídos no rebanho, produzindo dados úteis para planejar o manejo ao longo do dia.

Conclusão

Mesmo com os desafios apresentados pelo verão, é possível adotar medidas eficazes para controlar as pragas e problemas de produção de leite, garantindo o bem-estar e a produtividade das vacas. A combinação de boas práticas e o uso de tecnologia tem se mostrado crucial para superar as dificuldades enfrentadas nessa estação do ano.

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Como manter a produtividade das vacas leiteiras no verão?

Manter a produtividade das vacas leiteiras no verão é um desafio, mas algumas práticas podem minimizar os impactos do estresse térmico e das doenças sazonais. A utilização de sistemas de conforto térmico, a adoção de medidas para combater infecções e a implementação de tecnologias para monitorar a saúde dos animais são estratégias essenciais para garantir a qualidade e quantidade do leite produzido durante a estação mais quente do ano. É fundamental investir em manejo e cuidados específicos para as vacas mega produtivas, a fim de assegurar que elas continuem apresentando altos índices de produção sem comprometer sua saúde e bem-estar. A combinação de boas práticas de manejo, tecnologia e atenção às condições ambientais é a chave para alcançar o sucesso na produção leiteira no verão.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

O desafio do verão na produção de leite: como manter a produtividade das vacas

O verão é a estação do ano mais desafiadora para a produção de leite no Brasil. O médico veterinário Thiago Marcantonio, que administra duas grandes propriedades rurais no interior de São Paulo, explica que o calor intenso e a propagação de pragas e doenças atrapalham o rendimento das vacas.

As propriedades que ele toma conta possuem cerca de 1,6 mil animais em lactação, com uma produtividade média diária de 33,5 litros, bem acima da média nacional, de seis litros.

“Mas quanto mais alta a árvore, maior o tombo”, compara Marcantonio. Segundo ele, vacas muito produtivas são como atletas que necessitam de cuidados específicos, senão acabam tendo uma queda de produtividade superior a animais comuns.

Como manter a produtividade das vacas durante o verão?

O estresse térmico desencadeia uma tentativa de autoregulação das vacas. Elas começam a direcionar os nutrientes, que seriam convertidos em leite, para lidar com a demanda extra de energia.

No caso dessas vacas, a vantagem é o modelo de produção em confinamento, em sistema de compost barn. Elas ficam na sombra durante todo o dia, além de contarem com um sistema de aspersão e ventilação, ideal para reduzir o calor. “Esses são os três princípios para evitar o conforto térmico”, afirma.

Quais são os desafios do verão na produção de leite?

As chuvas comuns no verão também criam um ambiente propício a infecções, já que as vacas deitam no barro e os tetos podem ter contato com os próprios dejetos dos animais, e surgimento de moscas.

O contato de bactérias com tetos das vacas depois da ordenha pode provocar casos de mastite no rebanho, a doença é um dos principais desafios da pecuária leiteira no verão, segundo Marcantonio.

Qual é a importância da tecnologia na produção de leite durante o verão?

A tecnologia também é um aliado importante das fazendas. As vacas são acompanhadas por colares individuais, que acompanham a respiração e avisam quando os animais começam a ofegar e permitem uma resposta rápida da equipe do veterinário.

Outra ferramenta são termômetros distribuídos em uma parte do rebanho que medem a temperatura a cada 10 minutos e produzem dados úteis para planejar o manejo ao longo do dia. “Conseguimos saber em qual hora do dia o animal está mais sujeito ao estresse térmico”, afirma.

Como adaptar propriedades menores ao modelo de produção em confinamento?

O modelo de produção em confinamento é mais comum em fazendas com escala industrial, mas propriedades menores podem adaptá-lo. Para os animais criados em campo, um sistema de aspersão e ventilação na sala de espera também ajuda a mitigar o calor intenso. Além disso, a opção mais simples para sombreamento é plantar árvores, como o eucalipto cultivado em linhas.

O equilíbrio térmico das vacas durante o verão é essencial para manter a produtividade da produção de leite. Com cuidados específicos e tecnologia adequada, é possível superar os desafios e garantir um rendimento satisfatório, mesmo durante a estação mais quente do ano.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

O verão é a estação do ano mais desafiadora para a produção de leite no Brasil. O médico veterinário Thiago Marcantonio, que administra duas grandes no interior de São Paulo, explica que o calor intenso e a propagação de pragas e doenças atrapalham o rendimento das vacas.

As propriedades que ele toma conta possuem cerca de 1,6 mil animais em lactação, com uma produtividade média diária de 33,5 litros, bem acima da média nacional, de seis litros.

“Mas quanto mais alta a árvore, maior o tombo”, compara Marcantonio. Segundo eles, vacas muito produtivas são como atletas que necessitam de cuidados específicos, senão acabam tendo uma queda de produtividade superior a animais comuns.

O veterinário lembra que o estresse térmico desencadeia uma tentativa de autoregulação das vacas. Elas começam a direcionar os nutrientes, que seriam convertidos em leite, para lidar com a demanda extra de energia.

Thiago Marcantonio, veterinário que cuida de vacas mega produtivas — Foto: Arquivo pessoal

No caso dessas vacas, a vantagem é o modelo de produção em confinamento, em sistema de compost barn. Elas ficam na sombra durante todo o dia, além de contarem com um sistema de aspersão e ventilação, ideal para reduzir o calor. “Esses são os três princípios para evitar o conforto térmico”, afirma.

O veterinário explica que o modelo de produção é mais comum em fazendas com escala industrial, mas propriedades menores podem adaptá-lo. Para os animais criados em campo, um sistema de aspersão e ventilação na sala de espera também ajuda a mitigar o calor intenso.

Já a opção mais simples para sombreamento é plantar árvores, como o eucalipto cultivado em linhas. Um problema comum é que as vacas precisam sair para pastar — o que pode acontecer inclusive nas horas mais quentes do dia —, então o ideal é que as árvores não estejam.

Sistema de compost barn — Foto: Arquivo pessoal

Outros problemas

As chuvas comuns no verão também criam um ambiente propício a infecções, já que as vacas deitam no barro e os tetos podem ter contato com os próprios dejetos dos animais, e surgimento de moscas.

O contato de bactérias com tetos das vacas depois da ordenha pode provocar casos de mastite no rebanho, a doença é um dos principais desafios da pecuária leiteira no verão, segundo Marcantonio.

As moscas também podem transmitir esta e outras doenças, além de que algumas espécies são hematofogas (se alimentam do sangue das vacas). Na tentativa de se livrar dos parasitas, os bovinos acabam gastando mais energia também.

“A gente plantou citronela na fazenda e usamos para pulverizar nas vacas. Também fazemos compostagem de 100% dos dejetos, que é onde as moscas colocam seus ovos. Você quase não vê mosca por aqui”, diz.

A tecnologia também é um aliado importante das fazendas. As vacas são acompanhadas por colares individuais, que acompanham a respiração e avisam quando os animais começam a ofegar e permitem uma resposta rápida da equipe do veterinário.

Outra ferramenta são termômetros distribuídos em uma parte do rebanho que medem a temperatura a cada 10 minutos e produzem dados úteis para planejar o manejo ao longo do dia. “Conseguimos saber em qual hora do dia o animal está mais sujeito ao estresse térmico”, afirma.

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