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Um estudo recente realizado pela Universidade Federal de Viçosa e pela Embrapa revelou que o uso de aditivos alimentares à base de hidrolisados proteicos de fígado de frango pode melhorar a saúde da tilápia criada em sistemas intensivos. Isso é de grande importância tanto do ponto de vista científico quanto econômico, uma vez que o Brasil é um grande produtor de carne de frango e possui matéria-prima abundante para a produção desses aditivos.
Ao testar o uso desses hidrolisados na alimentação das tilápias, os pesquisadores observaram uma redução na formação de proteínas carboniladas nas brânquias dos peixes. A presença dessas proteínas geralmente indica que há danos nas células dos seres vivos. A baixa presença de proteína carbonilada nos peixes alimentados com os hidrolisados proteicos indica que esse aditivo está prevenindo e reduzindo danos celulares, evitando a morte dos animais e melhorando seu desempenho.
Os peixes criados em viveiros passam por diversas situações estressantes que podem causar danos às suas células, como exposição ao ar e diminuição na captação de oxigênio pelas brânquias. Essas situações de estresse geram distúrbios metabólicos e resultam na produção de espécies reativas de oxigênio, o que pode causar danos celulares. O uso de aditivos alimentares, como os hidrolisados proteicos, pode auxiliar na proteção contra esses estresses.
Além dos benefícios para a saúde dos peixes, os aditivos alimentares podem ser vantajosos também do ponto de vista econômico. A ração para peixes representa uma parcela significativa dos custos de produção, podendo chegar a 70% do total. Substituir ingredientes tradicionais por aqueles menos caros, como os de origem vegetal, pode ser uma forma eficiente de reduzir esses custos.
O Brasil é um dos maiores produtores de carne de frango do mundo e possui uma grande quantidade de matéria-prima para a produção de hidrolisados proteicos. As vísceras de aves, como o fígado, são um subproduto que representa cerca de 37% do peso vivo e podem ser utilizadas de forma sustentável e econômica para a produção desses aditivos.
Essa pesquisa ressalta a importância da colaboração entre instituições de pesquisa e a indústria na busca por soluções para os problemas na cadeia produtiva. No caso específico da parceria entre a Universidade Federal de Viçosa e a Embrapa Meio Ambiente, os estudos sobre aditivos fazem parte do projeto BRS Aqua, que investiga diferentes aspectos da aquicultura, incluindo a tilápia.
Em resumo, o uso de aditivos alimentares à base de hidrolisados proteicos de fígado de frango pode trazer benefícios para a saúde e produtividade da tilápia criada em sistemas intensivos. Além disso, esses aditivos representam uma alternativa econômica e sustentável, uma vez que o Brasil é um grande produtor de carne de frango e possui matéria-prima abundante para a produção desses ingredientes.
Perguntas frequentes:
1. Quais são os benefícios do uso de aditivos alimentares à base de hidrolisados proteicos na alimentação da tilápia?
R: Os aditivos ajudam a melhorar a saúde dos peixes, reduzindo danos celulares e evitando mortes. Além disso, eles podem auxiliar na recuperação dos efeitos do manejo que leva à exposição ao ar.
2. Como os aditivos alimentares podem reduzir os custos de produção da tilápia?
R: A substituição de ingredientes tradicionais por opções mais baratas, como os de origem vegetal, pode diminuir os custos da ração, que representa uma parcela significativa dos custos totais de produção.
3. Por que o Brasil possui vantagens na produção de aditivos alimentares à base de hidrolisados proteicos?
R: O Brasil é um dos maiores produtores de carne de frango do mundo e possui uma grande quantidade de matéria-prima para a produção desses aditivos, como as vísceras de aves.
4. Quais são os efeitos do estresse na saúde da tilápia criada em sistemas intensivos?
R: O estresse pode causar danos celulares, distúrbios metabólicos e o aumento na produção de espécies reativas de oxigênio, prejudicando a saúde dos peixes.
5. Qual é a importância da colaboração entre instituições de pesquisa e a indústria na busca por soluções para os problemas na cadeia produtiva?
R: A colaboração permite a geração de conhecimento e a aplicação de soluções práticas, contribuindo para o desenvolvimento do setor e a solução de problemas específicos.
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Foto: Jefferson Christofoletti/Embrapa
Um estudo recente de pesquisadores do Universidade Federal de Viçosa e Embrapa aponta que o uso de aditivos alimentares à base de hidrolisados protéicos de fígado de frango pode melhorar a sanidade da tilápia criada em sistemas intensivos.
Este fato é de grande importância científica e econômica visto que o Brasil, como grande produtor de carne de frango, possui matéria-prima abundante para a produção de hidrolisados protéicos.
Ao testar o uso de hidrolisados na alimentação de tilápiasos pesquisadores detectaram uma redução na formação de proteínas carboniladas nas brânquias dos peixes.
A presença de proteína carbonilada normalmente indica que o dano está ocorrendo nas células dos seres vivos. Os níveis de proteína carbonilada servem como um biomarcador de dano oxidativo à proteína.
“A baixa presença de proteína carbonilada nos peixes alimentados com hidrolisados protéicos de fígado de galinha indicava que esse aditivo estava prevenindo e reduzindo a ocorrência de dano celular e eventualmente evitando a morte dos animais, pois o desequilíbrio oxidativo pode causar redução no consumo de carbonilada. alimentação, menor taxa de crescimento, comprometimento da atividade do sistema de defesa e aumento de doenças”, explica Juliana Gomes do Laboratório de Fisiologia Aplicada à Piscicultura/Universidade Federal de Viçosa (UFV).
“As lesões nas células dos peixes são comuns, pois, quando criados intensivamente em viveiros, eles passam por diversas situações estressantes, como no manejo da classificação, quando ficam expostos ao ar e a captação de oxigênio pelas brânquias diminui”, diz a pesquisadora. professor do Departamento de Biologia Animal da UFV Jener Zuanon.
Segundo Zuanon, situações de estresse como essas geram uma série de distúrbios metabólicos e um deles é a produção de espécies reativas de oxigênio, que liberam radicais livres causando danos às suas células. O mesmo acontece conosco quando estamos estressados.
O pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Hamilton Hisanoressalta que o uso de aditivos alimentares pode ser uma estratégia eficaz para ajudar a proteger os peixes desses estresses.
“Os aditivos alimentares são estratégias usadas para aumentar o consumo de ração, a eficiência da utilização de nutrientes e a tolerância ao estresse em condições de manejo intensivo”, diz Hisano.
Esse entendimento abre possibilidades para estratégias nutricionais inovadoras que podem otimizar a saúde e a produtividade dos peixes na aquicultura.
Os hidrolisados de proteínas, aditivos avaliados no estudo, podem melhorar a capacidade do peixe de tolerar e se recuperar dos efeitos do manejo que leva à exposição ao ar.
Este ingrediente é comumente utilizado como substituto da farinha de peixe, mas também tem sido avaliado como aditivo por sua capacidade de modular processos fisiológicos.
custo de produção de tilápia
A pesquisa também destaca a importância econômica dos aditivos, já que a ração para peixes pode representar até 70% dos custos totais de produção.
Substituir ingredientes tradicionalmente usados por outros menos caros, como os de origem vegetal, pode ser uma forma eficiente de reduzir custos.
Além disso, a pesquisa chama a atenção para o fato de que o Brasil, como um dos maiores produtores de carne de frango do mundo, possui uma vasta quantidade de matéria-prima para a produção de hidrolisados protéicos.
As vísceras de aves, como o fígado, representam cerca de 37% do peso vivo, o que torna esse subproduto uma alternativa sustentável e econômica para a produção de aditivos.
Fabiana Dieterich, da Falbom Agroindustrial Ltda, reforça a importância desta pesquisa. “Esse tipo de conhecimento gerado pela pesquisa mostra que a interação entre instituições públicas de pesquisa e a indústria pode contribuir para a solução de problemas na cadeia produtiva”, diz.
Este estudo faz parte da parceria estabelecida entre a Universidade Federal de Viçosa e a Embrapa Meio Ambiente com pesquisas sobre aditivos e também faz parte do projeto BRS Aqua, que investiga diferentes aspectos da aquicultura, incluindo tilápia, tambaqui, beijupirá e camarão. marinho. O projeto é financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pela Secretaria Especial (Seap) e atual Ministério da Aquicultura e Pesca (MPA) e pela própria Embrapa.
O artigo completo, publicado na Animal Feed Science and Technology, pode ser acessado aqui.
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**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**
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Fonte: Canal Rural



