Oportunidade e Crescimento do Sorgo na Bahia

Considerada uma cultura marginal, o sorgo tem ganhado espaço nas lavouras do oeste da Bahia e a atenção de sementeiras. Com um crescimento de 21,4% na área plantada do Estado na safra 2022/23 ante 15,4% na média nacional, a cultura viabiliza uma segunda safra na região.
Até então, o local era conhecido por ter apenas um ciclo produtivo por temporada – destoando dos demais polos agrícolas do país, que chegam a colher até três safras na mesma área de plantio.
“O sorgo é uma cultura muito importante. Já é a quarta no oeste da Bahia depois de soja, milho e algodão e vem crescendo muito. Até um tempo atrás, não tinha tanta tecnologia e, hoje, com ela, preparo do solo e mais a gente tem uma grande área de safrinha”, conta o secretário de Agricultura de Luís Eduardo Magalhães, Kenni Henke.
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Manejo

O sorgo, considerado fundamental para diversificar a agricultura do oeste baiano, teve sua popularidade crescente após melhorias nas técnicas de manejo. A seleção de híbridos resistentes a herbicidas foi um grande avanço para alavancar a produtividade. Empresas como a Forseed e a Nuseed apostaram na cultura, lançando variedades mais produtivas e palatáveis, garantindo um mercado crescente para a planta no país. A empresa Oilema, que já trabalha com sementes de soja, está investindo no sorgo como uma alternativa para trazer mais renda ao produtor e focar na sustentabilidade e manejo do solo. O potencial do sorgo como segunda safra também tem chamado a atenção, possibilitando o plantio direto, cobertura de solo e rentabilidade adicional para os agricultores. Com um custo inferior ao do milho e uma necessidade menor de água, o sorgo emerge como uma opção viável e rentável para os produtores, especialmente em comparação com seu principal concorrente.
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Sorgo: A Cultura Marginal que Está Conquistando o Espaço nas Lavouras do Oeste da Bahia

O sorgo tem se destacado como uma cultura importante no oeste da Bahia, com um crescimento acentuado na área plantada. A resistência à seca e o potencial para uma segunda safra na mesma área têm despertado o interesse de empresas e produtores, tornando-o uma alternativa viável e rentável. Além disso, o sorgo apresenta um custo inferior ao do milho, o que o torna ainda mais atrativo para os agricultores da região. Com o uso de tecnologias e novas variedades, o sorgo está conquistando espaço, oferecendo benefícios sustentáveis e econômicos para os produtores locais.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Por que o cultivo de sorgo tem crescido no oeste da Bahia?

O sorgo tem ganhado espaço nas lavouras do oeste da Bahia devido ao seu crescimento de 21,4% na área plantada do Estado na safra 2022/23, o que viabiliza uma segunda safra na região. Até então, o cultivo na região era conhecido por ter apenas um ciclo produtivo por temporada, ao contrário de outros polos agrícolas do país.

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O que torna o sorgo atraente para os produtores?

O sorgo é mais resistente à seca e teve 170 mil hectares plantados na Bahia em 2022/23, despertando o interesse de empresas e sementeiras. Além disso, a cultura vem ganhando protagonismo devido ao desenvolvimento de híbridos mais produtivos e de melhor qualidade, tornando-o uma opção viável para a segunda safra.

Quais são as técnicas de manejo decisivas para o sucesso do cultivo de sorgo?

A melhoria nas técnicas de manejo foi crucial para o sucesso do cultivo de sorgo, com destaque para o desenvolvimento de híbridos resistentes a herbicidas e o controle eficiente de ervas daninhas. Essas práticas contribuem para alavancar a produtividade da cultura e torná-la uma alternativa viável comparada ao milho em regiões de menor pluviosidade.

Qual é o potencial de uma segunda safra de sorgo na mesma área de plantio?

A possibilidade de fazer uma segunda safra na mesma área é fundamental para manter o solo coberto e adotar técnicas de manejo como o plantio direto. Isso permite otimizar maquinário, diluir os custos fixos da lavoura, fazer uma cobertura de solo contínua e aumentar a rentabilidade.

Como o mercado de sorgo tem se desenvolvido na região?

O mercado de sorgo tem crescido no oeste da Bahia, impulsionado pelo fato de que o sorgo exige menos água que o milho e tem um custo 50% inferior. Além disso, a resistência do sorgo à falta de água o torna uma opção mais viável e segura para os produtores, mesmo com preços inferiores ao do milho.

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Introdução:
O cultivo de sorgo tem ganhado destaque no oeste da Bahia, com um crescimento significativo na área plantada e um aumento na atenção das sementeiras. A cultura do sorgo, que antes era considerada marginal, agora viabiliza uma segunda safra na região, oferecendo uma alternativa viável aos produtores. As técnicas avançadas de manejo e o desenvolvimento de híbridos mais produtivos têm impulsionado o potencial do sorgo como cultura agrícola. Vamos explorar as razões por trás desse crescimento e entender o potencial do sorgo para a agricultura na região.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Considerada uma cultura marginal, o sorgo tem ganhado espaço nas lavouras do oeste da Bahia e a atenção de sementeiras. Com um crescimento de 21,4% na área plantada do Estado na safra 2022/23 ante 15,4% na média nacional, a cultura viabiliza uma segunda safra na região.

Até então, o local era conhecido por ter apenas um ciclo produtivo por temporada – destoando dos demais polos agrícolas do país, que chegam a colher até três safras na mesma área de plantio.

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“O sorgo é uma cultura muito importante. Já é a quarta no oeste da Bahia depois de soja, milho e algodão e vem crescendo muito. Até um tempo atrás, não tinha tanta tecnologia e, hoje, com ela, preparo do solo e mais a gente tem uma grande área de safrinha”, conta o secretário de Agricultura de Luís Eduardo Magalhães, Kenni Henke.

Mais resistente à seca e com 170 mil hectares plantados na Bahia em 2022/23, segundo dados da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), a cultura desperta o interesse de empresas como a Forseed, que este ano lançou um híbrido sem taninos na Bahia Farm Show.

A característica do produto garante maior palatabilidade no uso para ração animal – principal destino do sorgo no país.

“Antigamente tinha um certo preconceito com o sorgo na segunda safra pela questão da alelopatia e do tanino, mas hoje a gente vê que através do melhoramento e da seleção vieram materiais híbridos mais produtivos, sem taninos, pegando esse mercado de segunda safra”, reconhece o franqueado da marca em Luís Eduardo Magalhães, Carlos Defacio.

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A alelopatia é o efeito danoso ou benéfico de uma planta sobre a outra causado na liberação de elementos químicos no ambiente. No caso do sorgo, notava-se uma ‘competição’ com outras culturas e um receio de comprometer o desenvolvimento das lavouras seguintes no oeste baiano.

Manejo

A situação mudou com a melhoria nas técnicas de manejo, decisivas para o sucesso do cultivo do grão sem glúten no território. Há 15 anos no mercado de sorgo, o sócio da revendedora AgroBahia, Joelcio Gmach, conta que o desenvolvimento de híbridos resistentes a herbicidas, por exemplo, foi um passo importante nesse sentido.

“O controle de ervas daninhas é parte fundamental para alavancar a produtividade e daí que veio a inovação da Nuseed em comercializar um produto que possibilita a utilização de herbicida, o que não se tinha até três anos atrás”, comenta o executivo.

Ele aposta no crescimento do sorgo em detrimento do milho nas regiões de menor pluviosidade do oeste da Bahia e Piauí, com produtividades que ultrapassam as 100 sacas por hectare. “É uma cultura marginal que está ganhando muito protagonismo”, avalia.

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Há 25 anos no mercado de sementes de soja, a empresa Oilema arriscou no sorgo e levou à maior feira agropecuária do Norte e Nordeste do país dois novos híbridos, após um primeiro lançamento no ano passado.

“Os clientes que plantam sorgo são praticamente os mesmos que plantam soja e, como a gente já tinha esse caminho aberto, a gente entrou no sorgo como alternativa para trazer mais renda ao produtor, além de olhar um pouco mais para sustentabilidade e manejo de solo”, detalha o gestor comercial da empresa, Paulo Levinski.

Potencial de segunda safra

A possibilidade de fazer uma segunda safra na mesma área é condição fundamental para manter o solo coberto e, consequentemente, para adoção de técnicas de manejo como o plantio direto, lembra o vice-presidente da Aiba, Moisés Schmidt.

“O que se busca com a safrinha hoje é a otimização de maquinário, de área plantada e cobertura de solo. Com isso, a gente consegue diluir os custos fixos da lavoura, fazer uma cobertura de solo 365 dias do ano e ainda ter rentabilidade extra”, descreve Schmidt ao ressaltar a importância do sorgo para agricultura do oeste baiano.

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Na Bahia Farm Show, empresas apresentaram modelos de plantio de sorgo para atrair produtores — Foto: Cleyton Vilarino

“Nossos produtores sempre buscaram uma cultura para fazer uma dobradinha e poder fazer duas safras anuais, como em Mato Grosso, Tocantins, Pará, Goiás. E o sorgo se adaptou muito bem na região com essas novas variedades que chegaram mostrando produtividades para torná-lo uma safrinha rentável”, completa o vice-presidente da AIBA.

Mercado

Com dois lançamentos na Bahia Farm Show deste ano, a Orígeo, que trabalha com a revenda de híbridos desenvolvidos pela Advanta, prevê um crescimento de 25% nas vendas em 2023, após o sucesso da safra 2022/23.

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“O mercado de sorgo está aumentando bastante no oeste da Bahia, porque é uma cultura que exige menos água que o milho. E o cereal é mais caro que o sorgo, que tem uma janela menos estreita, por exemplo”, destaca o consultor técnico da Orígeo, Cacio Meira.

De acordo com Joelcio, da AgroBahia, o sorgo chega a ter um custo 50% inferior ao do milho, o que permite ao produtor ter uma boa margem de comercialização do grão mesmo com preços inferiores ao do seu principal concorrente.

“Nós tivemos o milho aqui este ano com uma safrinha muito ruim, algumas lavouras com ataque de cigarrinha. Faltou um pouco de chuva, mas o sorgo, em geral, foi muito bom. Com isso, o produtor começa a olhar para a cultura que está tendo mais viabilidade, segurança e que resiste melhor à falta de água – muito mais que o milho”, completa o executivo.

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