No dia 12 de maio, o governo federal lançou o edital para concessão do primeiro lote de rodovias do Paraná à iniciativa privada. Se o cronograma for seguido à risca, sem atrasos, a expectativa é que a empresa vencedora da competição comece a operar no final de 2023. Apesar dos avanços sugerirem um viés otimista para o longo prazo, o cenário ainda é preocupante para o curto e termo médio. Ainda não há previsão para os demais lotes. Desde o fim das concessões, em novembro de 2021, as rodovias paranaenses estão sem manutenção, o que tem causado ocorrências que têm causado transtornos e prejuízos ao escoamento da safra 2022/23. Mesmo com o concurso para o lote 1, é provável que não haja tempo suficiente para garantir que estes episódios não se repitam na época 2023/24.
O Lote 1 será leiloado no dia 25 de agosto na Bolsa de Valores. A empresa vencedora administrará uma rede de 473 quilômetros e deverá investir R$ 7,9 bilhões nos dois primeiros anos do contrato. Embora o edital ainda não tenha sido lançado, o lote 2 também teve o modelo de concessão definido e será o próximo a ir a leilão. Ou seja, não há garantias de que problemas como os registrados na BR-277, ocorridos no final de 2022 e no início deste ano, não se repitam, comprometendo o escoamento da safra pelo Porto de Paranaguá. As condições só devem ser mais favoráveis a partir do terceiro ano de concessão, ou seja, 2026, quando – considerando o cenário mais positivo – devem começar as obras de duplicação, implantação de novas faixas e outras intervenções.
“O setor produtivo está vigilante. Desde o fim das concessões, nossas rodovias estão abandonadas. Incidentes que poderiam ter sido previstos, evitados ou minimizados afetaram o transporte de nossa safra de grãos. Tudo isso trouxe prejuízos aos produtores rurais. Queremos que esse cenário não se repita na próxima safra”, afirma a presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette.
Fonte: Sistema Faep/Senar-PR



