A semeadura de soja avançou no Rio Grande do Sul, com a ocorrência de chuvas nos dias 19 de dezembro e entre os dias 23 e 25, diz a Emater-RS, em boletim. Nos dias anteriores, a instituição comenta que a semeadura estava “praticamente paralisada”.
Na última semana os trabalhos de campo avançaram 3%, e agora 93% da área prevista de soja 2022/23 no Rio Grande do Sul está semeada. “Onde as precipitações foram suficientes para repor a umidade nos solos, os produtores aceleraram a operação para se aproximar da finalização ainda no mês de dezembro”, diz a Emater-RS.
Mesmo assim, há regiões com déficit hídrico, com chuvas mal distribuídas e em volumes variáveis, o que contribui para a “manutenção do quadro de insuficiência hídrica, que é mais grave na metade oeste do Estado”.
Ainda de acordo com a Emater-RS, “não há constatação de ataques de pragas ou ocorrência de doenças, mas alguns produtores fizeram aplicações de inseticidas e acaricidas para controle de tripes e ácaros, que, em algumas lavouras, apresentam populações significativas”.
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Quanto ao milho de verão, também da safra 2022/23, a Emater-RS informa que a semeadura evoluiu de forma “muito lenta, pois as condições de tempo (chuvas irregulares) criam um risco desnecessário à implantação da cultura”. Segundo a instituição, em Bagé, na Fronteira Oeste, em Maçambará e em Manoel Viana, apesar do bom registro de chuvas em algumas localidades, já está consolidada uma quebra de mais de 70% na produtividade. Também em Ijuí, os plantios foram “severamente prejudicados pela deficiência hídrica duradoura”, com perdas que se estendem de 30% a 100%.
Diante das condições climáticas desfavoráveis, a semeadura de novas lavouras de milho silagem foi adiada, diz a Emater-RS. Com isso, há redução de 30% na produtividade em relação à expectativa inicial, que era de 35 toneladas por hectare.