Após as últimas semanas mais movimentadas, por conta da volta da exportações de carne bovina à China, a segunda-feira (3/4) foi marcada pela estabilidade nos preços da arroba do boi gordo, refletindo o menor interesse de compra das principais indústrias frigoríficas brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.
“Com as escalas de abate confortáveis, alguns frigoríficos estão fora das compras”, reforça a Scot Consultoria.
Segundo apurou a Scot, no mercado paulista, o boi gordo “comum” (direcionado ao mercado interno) segue valendo R$ 287/@, enquanto a vaca e a novilha gorda são negociadas por R$ 257/@ e R$ 275/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).
O “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) está cotado em R$ 300/@ nas praças de São Paulo (preço bruto e a prazo), acrescenta a Scot.
De acordo com levantamento desta segunda-feira da S&P Global Commodity Insights, o primeiro dia útil do mês registrou um ambiente de negócios moroso, com poucas indicações de preços para o boi gordo.
“Observa-se que a baixa liquidez deve-se ao pouco movimento de compras por parte dos frigoríficos, já que as atividades de ‘originação’ (aquisições de boiadas) na semana anterior permitiram o alongamento das escalas de abate em muitas unidades brasileiras”, ressalta a S&P Global Commodity Insights.
As altas acumuladas após a retomada dos embarques de carne bovina brasileira à China estimularam uma participação mais ativa de pecuaristas nas vendas, sobretudo aqueles que operam com a criação de animais destinados ao mercado externo, acrescenta a consultoria.
Porém, os primeiros dias de abril não devem repetir o ritmo de precificação verificado na última semana de março devido aos movimentos cadenciados nas compras e nos abates, reforça a S&P Global.
“Embora o fluxo das vendas de carne bovina ao exterior possa surpreender durante as próximas semanas, o consumo interno da proteína ainda é uma grande incógnita”, dizem os analisas.
Outro fator que acende um sinal de alerta para a indústrias exportadoras é a taxa de câmbio, que permanece em patamares abaixo de R$ 5,10, relata a A S&P Global.
No quadro geral, a primeira semana do mês pode apresentar uma melhora tímida quanto ao escoamento no mercado interno, obedecendo a típica sazonalidade do período.
Fatores como recebimento de massa salarial, bem como final de semana com feriado na sexta-feira, podem prover uma procura mais ativa por parte da cadeia de distribuição e varejo, acredita a consultoria.
Por outro lado, os baixos preços de carnes concorrentes (frango e suínos) devem acirrar a disputa pela predileção do consumidor final, o que pode limitar maiores avanços nos preços da proteína vermelha, acrescenta a S&P Global Commodity Insights.
Cotações máximas de machos e fêmeas nesta segunda-feira, 3/4
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 274/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 259/@ (à vista)
vaca a R$ 229/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 221/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca R$ 236/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 236/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 240/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 227/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
RO-Cacoal:
boi a R$ 234/@ (à vista)
vaca a R$ 207/@ (à vista)
MA-Açailândia:
boi a R$ 256/@ (à vista)
vaca a R$ 212/@ (à vista)
