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Seca no Algarve: cortes significativos anunciados.

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Seca no Algarve: Governo anuncia cortes de 25% na agricultura e 15% no sector urbano | Seca

Medidas do Governo para Combater a Seca no Algarve

O Governo anunciou medidas de urgência para enfrentar a seca e a falta de água no Algarve, com cortes significativos no fornecimento de água ao sector agrícola e urbano. Essas medidas foram tomadas para garantir a sobrevivência das espécies do sector agrícola e se baseiam em vários indicadores, como as reservas das albufeiras, os registros de precipitação dos últimos anos e a evapotranspiração das albufeiras. A situação é crítica e exige a colaboração de todos os setores para cumprir as metas de poupança de água impostas pelo governo.

Redução do Abastecimento Agrícola

Os agricultores do perímetro de rega do sotavento algarvio já receberam autorização para ir aos furos buscar água que o sistema de barragens não tem para fornecer. A redução no abastecimento agrícola compreende, entre outras medidas, a redução em 50% do volume titulado para rega no perímetro hidroagrícola do Sotavento e a redução em cerca de 40% do volume utilizado para rega a partir da albufeira do Funcho.

Apoio Financeiro Para Agricultores

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, admitiu a possibilidade de conceder apoios financeiros para compensar as perdas de culturas. A ideia é oferecer suporte direto aos agricultores e associações do setor, visando a manutenção e a sobrevivência da produção agrícola, diante da difícil situação na região.

Impacto no Setor Agrícola

O impacto da seca no setor agrícola é devastador, com prejuízos na ordem dos 12 milhões de euros, de acordo com João Garcia, presidente da Associação de Regantes e Beneficiários de Silves, Lagoa e Portimão. Os agricultores dependem do regadio para manter suas culturas, e a escassez de água ameaça a sobrevivência econômica de muitas empresas e trabalhadores do setor.

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Medidas para o Setor do Turismo

O setor do turismo também será afetado pela redução no abastecimento de água, com medidas que visam a redução de 15% no consumo. No entanto, as ações implementadas foram trabalhadas em conjunto com o setor, de forma a garantir que a região mantenha o nível da oferta turística esperada, em conformidade com o que os visitantes aguardam.

Essas medidas incluem a promoção do uso de torneiras e autoclismos mais eficientes, a redução de relvados em áreas verdes e a substituição de espécies vegetais que consomem mais água por espécies autóctones. O setor do turismo mantém uma perspetiva de crescimento sustentável, apesar dos desafios impostos pela escassez de água na região.

Com essa abordagem proativa, o Governo busca garantir a sobrevivência das espécies nos setores agrícola e turístico, ao mesmo tempo em que se empenha em encontrar soluções de longo prazo para a gestão da água no Algarve. A colaboração de todos os setores é crucial para superar essa crise, e espera-se que as medidas tomadas possam minimizar o impacto da seca na região.
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Ações do Governo para enfrentar a seca no Algarve

O Governo delineou medidas para enfrentar a seca no Algarve, com cortes de 25% no fornecimento de água para o sector agrícola e 15% para o sector urbano. Essas medidas foram resultado de uma reunião da comissão da seca em Faro.

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Redução de restrições na agricultura

Autorização excepcional foi concedida aos agricultores do sotavento algarvio para acessar a água dos furos, visando garantir a “sobrevivência” dos pomares. Medidas adicionais, como apoio financeiro para compensar possíveis perdas, também foram anunciadas para o setor.

Impacto da seca na agricultura

Com a redução na oferta de água, os agricultores enfrentam perdas significativas, estimadas em 12 milhões de euros, gerando preocupações sobre a sobrevivência da agricultura na região.

Medidas específicas para o turismo

O turismo sofrerá uma redução de 15% no abastecimento de água, com a adoção de ações como a promoção de torneiras e autoclismos mais eficientes. Além disso, os campos de golfe planejam adotar águas tratadas nas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).

Conclusão

A seca no Algarve está impactando severamente a agricultura e o turismo. As medidas do Governo buscam garantir a sobrevivência dos setores, mas é necessário um esforço conjunto para enfrentar os desafios da falta de água na região. A situação requer atenção urgente para evitar maiores prejuízos e assegurar a sustentabilidade das atividades econômicas locais.

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O Anúncio de Cortes no Abastecimento de Água

O Governo anunciou nesta quarta-feira cortes de 25% no fornecimento de água ao sector agrícola (em relação aos números do ano passado) e de 15% no sector urbano (que inclui o turismo), também em relação ao ano passado. As medidas para enfrentar a seca e a falta de água no Algarve foram anunciadas após a reunião da comissão da seca que decorreu em Faro.

Impacto nas Atividades de Agricultura

Ainda assim, os agricultores do perímetro de rega do sotavento algarvio receberam da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) autorização para ir aos furos buscar a água que o sistema de barragens Odeleite/Beliche não tem para lhes fornecer. Com esta medida excepcional, a proposta de redução de 70% dos consumos na agricultura ficou reduzida a 25%. O princípio, explicou o ministro Duarte Cordeiro, é garantir a “sobrevivência” dos pomares, embora reconheça que a seca poderá vir a colocar em causa a produção.

Consequências nos Campos de Golfe e Impacto no Turismo

Ao nível dos 36 campos de golfe do Algarve, que em 2023 já tiveram de reduzir em 40% o consumo proveniente de águas superficiais, André Gomes adiantou que está a haver uma transição. Entretanto, destacou Duarte Cordeiro na conferência, vai ser lançado o concurso para a construção da dessalinizadora, em Albufeira, e no próximo mês de Setembro será conhecida a proposta técnica para fazer a ligação das barragens do Algarve ao rio Guadiana.

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Quais são as medidas anunciadas para compensar a falta de água na agricultura?

De acordo com as medidas anunciadas, serão concedidos “apoios financeiros” para compensar as eventuais perdas de culturas, direcionados aos agricultores e associações do setor.

Como serão impactadas as atividades turísticas no Algarve?

Os municípios sofrerão uma redução de 15% no abastecimento de água, e não será permitida a rega de espaços verdes públicos, apenas o suficiente para garantir a sobrevivência das plantas.

Quais são as principais consequências para a agricultura devido aos cortes de água?

Os agricultores ver-se-ão obrigados a reduzir o consumo de água em cerca de 25%, o que impactará significativamente a produção e gerará prejuízos na ordem dos 12 milhões de euros.

Quais são as medidas de médio prazo para aumentar a disponibilidade de água na região?

Será feita a construção de uma dessalinizadora em Albufeira e a ligação das barragens do Algarve ao rio Guadiana será proposta tecnicamente em setembro.

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Como os campos de golfe estão se adaptando à escassez de água?

Houve uma transição para o uso de águas tratadas nas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) nos campos de golfe.

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O Governo anunciou nesta quarta-feira cortes de 25% no fornecimento de água ao sector agrícola (em relação aos números do ano passado) e de 15% no sector urbano (que inclui o turismo), também em relação ao ano passado. As medidas para enfrentar a seca e a falta de água no Algarve foram anunciadas após a reunião da comissão da seca que decorreu em Faro.

“A situação que temos hoje no país é muito assimétrica”, afirmou o ministro do Ambiente e da Acção Climática, Duarte Cordeiro. As circunstâncias de seca concentram-se no Sul do país, sobretudo no Algarve, explicou. “Se nada fosse decidido e nada fosse feito, aconteceria que chegaríamos ao final do ano sem água para abastecimento público” na região.

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Ainda assim, os agricultores do perímetro de rega do sotavento algarvio receberam da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) autorização para ir aos furos buscar a água que o sistema de barragens Odeleite/Beliche não tem para lhes fornecer. Com esta medida excepcional, a proposta de redução de 70% dos consumos na agricultura ficou reduzida a 25%. O princípio, explicou o ministro Duarte Cordeiro, é garantir a “sobrevivência” dos pomares, embora reconheça que a seca poderá vir a colocar em causa a produção.

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, admitiu virem a ser concedidos “apoios financeiros” para compensar as eventuais perdas de culturas, directas aos agricultores e associações do sector. As medidas anunciadas vão ser acompanhadas por grupos de trabalho sectoriais que irão monitorizar a evolução da seca e divulgar, todos os meses, boletins informativos da situação hidrológica.

Dentro da redução de 25% do abastecimento agrícola está compreendida a redução em 50% do volume titulado para rega no perímetro hidroagrícola do Sotavento; a redução em cerca de 40% do volume utilizado para rega a partir da albufeira do Funcho “face à campanha de rega homóloga”; e a redução em 15% da captação de água subterrânea para rega. No caso do perímetro hidroagrícola do Sotavento, “a redução na captação superficial vai ser compensada pela reactivação de furos em zonas em que os aquíferos não estejam em situação crítica e também pela água para reutilização”, segundo o comunicado de imprensa enviado após a reunião.

O ministro do Ambiente referiu que estas medidas foram tomadas com base em vários indicadores: as reservas das albufeiras, os registos de precipitação dos últimos anos (neste caso tendo em consideração o pior ano de chuva), a evapotranspiração das albufeiras e as obrigações do ponto de vista dos caudais ecológicos dos rios. Outro dos objectivos é garantir a sobrevivência das espécies do sector agrícola, disse Duarte Cordeiro.

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“É muito importante que todos os sectores se empenhem” para cumprir estas metas e a poupança de água, realçou ainda Duarte Cordeiro. A 18.ª Reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca durou quase quatro horas e foram decididos cortes menores que os que estavam inicialmente previstos para a agricultura, que se estimavam ser de 70%.

Prejuízos na agricultura

Embora o cenário para a agricultura não seja tão cinzento como se tinha imaginado, a situação do sector é a mais delicada, principalmente para os produtores que dependem do regadio. “Logicamente que qualquer gota de água a mais ajuda”, disse ao PÚBLICO João Garcia, agricultor e presidente da Associação de Regantes e Beneficiários de Silves, Lagoa e Portimão, reagindo aos anúncios feitos na conferência de imprensa.





“Atingimos o nível quatro de contingência, que é o nível máximo, estamos a falar de rega de sobrevivência, vamos tentar com este volume de água fazer com que os pomares não sequem”, explicou. “Com esta água não conseguimos garantir a produção.”

Dos 2600 hectares de área de rega associados aos três municípios, 1000 hectares correspondem aos pomares de citrinos. Os outros hectares são de culturas anuais que, sem água, não podem ser cultivadas. “O prejuízo é na ordem dos 12 milhões de euros”, disse João Garcia. “Se não houver ajuda dos Governos às empresas e aos agricultores muitos deles vão acabar na falência”, referiu, acrescentando que o sector está à espera de saber quais vão ser os pacotes de ajuda que o Governo vai, de facto, disponibilizar.

A médio prazo a ambição do responsável é a sobrevivência. “Queremos tentar sobreviver este ano e que para o próximo ano consigamos ter mais água do que agora para que a agricultura não desapareça deste território”, disse João Garcia, adiantando que não tem conhecimento de se vai haver manifestações mais fortes contra o Governo. “A nossa função é tentar, junto com o diálogo, ajudar a encontrar soluções que consigam dar resposta ao problema que já temos.”

Entretanto, destacou Duarte Cordeiro na conferência, vai ser lançado o concurso para a construção da dessalinizadora, em Albufeira, e no próximo mês de Setembro será conhecida a proposta técnica para fazer a ligação das barragens do Algarve ao rio Guadiana.

Medidas no turismo

O sector do turismo, à semelhança do que sucede no ciclo urbano, sofre uma redução no abastecimento de água de 15%. Os municípios, enquanto as reservas subterrâneas o permitirem, também vão poder socorrer-se dos furos para abastecer a população, mas não será permitido regar espaços verdes públicos, “só o suficiente para a garantir a sobrevivência das plantas”, sublinhou Duarte Cordeiro. O incumprimento das regras – 40 medidas a aprovar por uma resolução do Conselho de Ministros – dá direito a “penalizações” que vão ser instituídas, mas ainda por definir.

No entanto, a perspectiva é mais optimista no turismo, o sector económico mais importante no Algarve. “As medidas que vão ser implementadas foram trabalhadas com o sector com uma forte participação das associações” para atingir o objectivo dos 15%, disse ao PÚBLICO André Gomes, presidente da Associação do Turismo do Algarve. O “conjunto de medidas vai permitir à região manter o nível da oferta turística que os nossos visitantes estão à espera, mantendo a importância do sector ao nível regional e nacional”, garantiu.

Algumas das acções incluem a promoção do uso de torneiras e autoclismos mais eficientes, a formação dos funcionários e a sensibilização dos turistas, a redução dos relvados nas áreas verdes e a possível substituição de espécies vegetais que consomem mais água por espécies autóctones, exemplificou André Gomes.

Haverá ainda “a implementação de um selo de eficiência hídrica, que terá de ser renovado periodicamente, de acordo com a aplicação de medidas prioritárias e estruturantes ao longo de todo o ano”, explicou o responsável. Este selo é voluntário, serão os hotéis, resorts e outros empreendimentos turísticos que escolhem ter este selo.

Ao nível dos 36 campos de golfe do Algarve, que em 2023 já tiveram de reduzir em 40% o consumo proveniente de águas superficiais, André Gomes adiantou que está a haver uma transição do número de campos de golfe que passam a usar águas tratadas nas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR). “Até 2027, teremos 12 campos totalmente regados com águas tratadas das ETAR, em 2030 serão 32”, anunciou.

Apesar das várias medidas de médio prazo anunciadas pelo Governo para a disponibilidade de água na região ser maior, André Gomes defende uma “coesão territorial a nível de água” que contemple todo o território nacional, e pede uma discussão alargada. Mas, em relação ao sector do turismo algarvio, não vê ameaças ao seu crescimento. “Nos últimos anos temos pugnado por ter um turismo sustentável. A perspectiva que temos é continuar com um nível de crescimento sustentável”, afirmou.

No ano passado, nesta altura, as seis barragens da região encontravam-se com 45% da sua capacidade de armazenamento; presentemente, estão nos 25%. Por isso, o ministro Duarte Cordeiro, apelou à “responsabilização colectiva”, para que até final do ano a água não falte nas torneiras, embora esteja previsto uma redução da pressão do caudal, para forçar os consumidores a poupar. Por outro lado, frisou, “não faz sentido os empreendimentos turísticos regarem jardins”, quando é pedido às câmaras para abdicarem desse luxo. Porém, as condições variam de concelho para concelho, e os municípios vão ser chamados a ter um papel activo na fiscalização.

A comissão que acompanha os efeitos da seca reuniu-se nesta quarta-feira em Faro com a presença do Governo, com o objectivo de definir um plano para limitar o consumo de água no Algarve, que atravessa um grave período de seca. O encontro foi presidido pelo ministro do Ambiente e da Acção Climática, Duarte Cordeiro, e pela ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, na sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, em Faro.



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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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