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RS deve bater recorde na produção de azeite de oliva

Os números ainda não estão fechados, mas o Rio Grande do Sul deve ter produção recorde de azeite no ciclo 2022/2023. As projeções indicam que o volume pode chegar a 600 mil litros, segundo levantamento feito pela coordenação do Programa Pró-Oliva, da Secretaria de Agricultura. Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação. “Na safra anterior, o Estado produziu 448,5 mil litros de azeite”, disse a sommelière em azeites Luciane Gomes, que, na última quinta-feira, ministrou a palestra “Oliveiras, desafios e perspectivas” durante o Pampa em Evolução – Conhecimento, Negócios e Sustentabilidade, em Dom Pedrito (RS).

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Luciane mostrou que, apesar de estar presente há mais de meio século no Rio Grande do Sul, faz pouco mais de uma década que a olivicultura vem se firmando como uma cultura promissora no agronegócio gaúcho . O Estado é atualmente o maior produtor, com mais de 80% do volume de azeite extra virgem produzido no país. Ao todo, são quase 6.000 hectares de oliveiras espalhados por 110 municípios e 321 produtores.

O Estado tem 17 fábricas (lagares) em funcionamento e já possui 70 marcas de azeite extra virgem. “Cada ano aumenta o número de produtores, a área plantada com oliveiras e novos olivais entram em produção. A olivicultura tem muito potencial de crescimento no Estado, a par do olivicultura e da produção de vinhos finos”, destacou o especialista, que é CEO da revista Azeites & Olivais na empresa Azeites & Olivais e gestor de inovação e tecnologia na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) – Inova/RS.

A maior parte dos olivais está localizada na chamada Metade Sul do Estado. Os principais municípios produtores são Encruzilhada do Sul, Canguçu, Pinheiro Machado, Caçapava do Sul, São Sepé, Cachoeira do Sul, Santana do Livramento, Bagé, Barra do Ribeiro, Sentinela do Sul, entre outros. Em Dom Pedrito, onde as oliveiras fazem parte da paisagem há menos tempo, já são 38 hectares cultivados. De acordo com o zoneamento edafoclimático realizado pela Embrapa, o RS possui 7,4 milhões de hectares de terras com aptidão recomendável para cultivo, sendo 51% na Metade Sul.

Mas os olivais estão ganhando espaço, principalmente em regiões pouco propícias ao cultivo de soja e milho, por exemplo. Em alguns municípios da Metade Sul, os solos são muito arenosos e pedregosos e a topografia também não é favorável para a produção de soja. Mas a oliveira adora solo arenoso e pedregoso e uma temperatura de 25ºC a 35ºC no verão e de 3ºC a 15ºC no inverno. A única coisa que a oliveira não tolera é a umidade.

Qualidade reconhecida – A produção ainda é pequena, mas o azeite produzido no Rio Grande do Sul tem alto nível de qualidade. E o resultado está em óleos frescos, com alto teor de polifenóis (antioxidantes) e que vêm conquistando importantes prêmios internacionais. Só em 2022, os azeites gaúchos receberam 130 prêmios ao redor do mundo.

Um deles, o azeite Serra dos Tapes, da Fazenda Serra dos Tapes, em Canguçu (RS), foi reconhecido este ano como o melhor azeite do Hemisfério Sul pelo Prêmio Mario Solinas de Qualidade, na Espanha. “Este prêmio, criado pelo COI [Conselho Oleícola Internacional] é o Oscar da olivicultura, o maior prêmio de reconhecimento à qualidade dos azeites do mundo e saiu pela primeira vez para um azeite brasileiro”, destacou a sommelière em azeites.

O evento – O Pampa Evoluindo é promovido pela Associação e Sindicato Rural, Associação dos Agricultores e Prefeitura Municipal de Dom Pedrito e tem como apoiadores o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul),



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