As exportações dos Cafés do Brasil, no período acumulado de onze meses, especificamente de janeiro a novembro deste ano corrente de 2022, totalizaram o equivalente a um volume de 36,05 milhões de sacas de 60kg. Tal desempenho, a propósito de ser bastante positivo, representou uma ligeira queda de 1,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Outro ponto positivo que merece realce é o fato da receita cambial obtida com essas exportações dos Cafés do Brasil ter atingido o montante de US$ 8,50 bilhões, performance que representa um recorde histórico para o período em referência, pois denota um substancial crescimento de 55,1% em relação ao que foi arrecadado no mesmo intervalo de 2021, além de tal receita cambial também suplantar o total do que foi arrecadado com as exportações de café no ano passado.
Neste contexto, verifica-se que essa receita recorde obtida com a exportação dos cafés brasileiros pode ser explicada principalmente pela taxa cambial que favoreceu o setor exportador, e, ainda, obviamente, pelo fato de o preço médio da saca de café, em 2022, ter atingido o valor de US$ 235,85, montante que representou um acréscimo de 58% na comparação com o valor médio registrado em 2021.
Outro destaque das exportações de café é o que o tipo arábica segue como sendo o mais exportado no acumulado deste ano, cuja venda totalizou 31,18 milhões de sacas de 60kg enviadas ao exterior, volume que representou 86,5% do total vendido pelo País. E o café solúvel registrou vendas ao exterior equivalentes a 3,39 milhões de sacas, que corresponderam a 9,4% do total das exportações. Na sequência, destaca-se o café do tipo canéfora (robusta + conilon), com a exportação de 1,43 milhão de sacas (4%), e, adicionalmente, o café torrado e torrado e moído, com 42.42 mil sacas (0,1%).
Em complemento, ressalte-se que esses números e dados do desempenho das exportações dos Cafés do Brasil, ora em destaque, entre outros dados relevantes do setor, foram obtidos do Relatório mensal novembro 2022, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Faz-se também oportuno destacar nesta análise da performance das exportações dos cafés brasileiro os 10 principais países importadores no período em tela, no caso, em ordem decrescente. Assim, os Estados Unidos lideraram o ranking dos maiores destinos do produto, com a importação de 7,35 milhões de sacas de 60kg, volume 3,3% superior ao exportado para esse mesmo país no intervalo em referência em 2021, o qual correspondeu a 20,4% do total das exportações brasileiras.
Seguindo essa mesma lógica de comparação, na segunda posição destaca-se a Alemanha, que importou o equivalente a 6,33 milhões de sacas, volume que teve crescimento de 4,4% nas suas próprias importações, e que representou 17,6% do total exportado pelo Brasil no corrente ano. Em terceiro, vêm Itália, com 3,11 milhões (+18,6% / 8,6% do total); quarto, Bélgica, com 2,76 milhões de sacas (+11,8% / 7,7% do total); e, na quinta posição, o Japão, com a importação de 1,69 milhão de sacas (-24,4% / 4,7% do total).
Complementando esta análise do ranking das exportações dos Cafés do Brasil, verifica-se que a Colômbia, a despeito de ser o terceiro país maior produtor de café em nível mundial, figurou na sexta posição na importação do produto brasileiro, pois elevou em 52,5% as suas aquisições do produto nacional, em comparação com o período anterior, ao atingir 1,60 milhão de sacas.
E, na sequência, respectivamente, seguindo os mesmo critérios de análise e comparação em foco, destacam-se a Espanha, com alta de 16,8%; Turquia, com evolução de 0,2%; Países Baixos (Holanda), com significativo avanço de 82,3%, na nona posição. E, por fim, na décima posição, a Coreia do Sul, com crescimento de 29,2% na compra do produto brasileiro.
Visite o site do Observatório do Café para ler na íntegra o Relatório mensal novembro 2022, do Cecafé, pelo link:
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