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Boa leitura!
Aumento no abate de fêmeas em Mato Grosso impulsionado pela entressafra das pastagens
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Introdução:
No último mês, Mato Grosso registrou um número recorde de abates de fêmeas, impulsionado pelo início da entressafra das pastagens e pela baixa disponibilidade de animais no ciclo pecuário brasileiro. De acordo com o boletim do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), foram abatidas 290.617 fêmeas no Estado, representando um aumento de 27,35% em comparação ao mês anterior. Esse volume de abate também foi 50,03% maior do que o observado nos anos anteriores.
Aumento expressivo no abate de fêmeas:
Nos últimos quatro meses, as fêmeas têm representado mais da metade dos bovinos abatidos nos frigoríficos de Mato Grosso, totalizando 52,63% do total. Para se ter uma ideia, nos últimos dois anos, a média de participação das vacas nos abates era de 39,13% e 37,33%, respectivamente. Esse aumento significativo no abate de fêmeas está diretamente relacionado ao período de entressafra das pastagens e à menor disponibilidade de animais no ciclo pecuário.
Impactos na indústria e nos preços:
O aumento no abate de bovinos em Mato Grosso atingiu um total de 552.212 cabeças nas indústrias, o que representa um aumento de 22,83%. Essa conjuntura de excesso de animais disponíveis nas indústrias tem exercido uma forte pressão sobre os preços do boi e da vaca gorda no Estado. O diferencial de base entre as praças de Mato Grosso e São Paulo em maio de 2023 esteve em -13,88%, com um ajuste de +0,46% no comparativo mensal. O preço médio do boi gordo a prazo em Mato Grosso fechou em R$ 229,89 por arroba livre do Funrural, apresentando uma desvalorização de 7,05% em relação a abril deste ano. Da mesma forma, em São Paulo também houve uma pressão baixista nos preços, causando uma queda de 7,54% no comparativo mensal.
Perspectivas para o segundo semestre:
As perspectivas para o segundo semestre indicam uma possível recuperação nos preços em Mato Grosso, o que pode encurtar o diferencial de base entre as praças de Mato Grosso e São Paulo. Espera-se uma recuperação sazonal nos preços, considerando a melhora no cenário climático e a retomada do ciclo pecuário. É importante ressaltar que a oferta de animais terminados no mercado tem sido um fator determinante para a retração nos preços atualmente.
Conclusão:
O aumento recorde no abate de fêmeas em Mato Grosso no último mês está diretamente relacionado ao início da entressafra das pastagens e à baixa disponibilidade de animais no ciclo pecuário brasileiro. Essa situação tem impactado não apenas a indústria do estado, mas também os preços do boi e da vaca gorda. É importante ressaltar que as perspectivas para o segundo semestre indicam uma possível recuperação nos preços em Mato Grosso, o que pode amenizar a pressão exercida sobre o mercado. Acompanhar essas tendências é essencial para os profissionais da área e para o desenvolvimento do setor pecuário no Brasil.
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O início da entressafra das pastagens com o tempo mais seco no Centro-Oeste do país e a fase de baixa disponibilidade de animais no ciclo pecuário brasileiro resultaram no maior envio de fêmeas para o abate da história de Mato Grosso em maio deste ano, de acordo com o boletim do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), publicado nesta segunda-feira (12/06).
Ao todo, 290.617 fêmeas foram para o “gancho” no mês passado no Estado. O número representa um aumento de 27,35% na comparação com o mês anterior, afirmou o Imea citando dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). “O volume abatido foi 50,03% maior que o observado no mesmo período dos últimos anos”, disse no boletim.
Pelo quarto mês seguido, as fêmeas representaram mais da metade (52,63%) dos bovinos abatidos nos frigoríficos de Mato Grosso. As médias de participação das vacas nos abates do Estado nos últimos dois anos foram de 39,13% e 37,33%, respectivamente.
Os abates totais de bovinos em Mato Grosso chegaram a 552.212 cabeças nas indústrias, aumento de 22,83%. “Essa conjuntura de excesso de animais disponíveis nas indústrias explica a forte pressão exercida sobre os preços do boi e da vaca gorda que tem sido vista no Estado”, completou o Imea.
O instituto também informou que o diferencial de base entre as praças de Mato Grosso e São Paulo em maio de 2023 esteve em -13,88%, ajuste de +0,46% no comparativo mensal. No mesmo período, o preço médio do boi gordo a prazo em Mato Grosso fechou em R$ 229,89 por arroba livre do Funrural, o que significa desvalorização de 7,05% em relação a abril deste ano.
“Essa retração é dada por causa da grande oferta de animais terminados no mercado”, disse o boletim.
Em São Paulo também houve pressão baixista nos preços, gerando queda de 7,54% no comparativo mensal. A média do boi a prazo em maio de 2023 foi de R$ 266,93 por arroba no Estado. “A perspectiva para o segundo semestre é que este [diferencial] volte a encurtar, em virtude da recuperação sazonal nos preços em Mato Grosso”, completou o Imea.