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Qual é o impacto da mão de obra qualificada na produtividade da fazenda, de acordo com o Portal DBO?

Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
O campo do agronegócio no Brasil vem enfrentando desafios relacionados à falta de mão-de-obra qualificada. Embora o país tenha uma alta taxa de desemprego, a falta de trabalhadores qualificados em vários setores econômicos é um problema estrutural ligado à educação precária. Segundo uma pesquisa da ManpowerGroup Brasil 2022, a falta de mão-de-obra qualificada na pecuária de corte é de aproximadamente 81%. Isso é um número alarmante, já que quase o mesmo percentual de pessoas optaram por se instalar em centros urbanos, o que demonstra a preferência por empregos melhores.

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Uma contradição interessante é que os profissionais da área melhoraram seu nível de educação nos últimos anos. Há 50 anos, cerca de 26% da população era analfabeta, enquanto hoje esse número não chega a 3%. Isso ocorre principalmente devido à evolução dos meios de comunicação e acesso à internet, que proporcionaram uma maior conscientização sobre as boas condições de trabalho.

Uma pessoa que acompanha de perto essa realidade é Jaqueline Lubaski, pedagoga, jornalista e consultora de gestão de pessoas no agronegócio. Para ela, a situação no campo é desesperadora, especialmente nas propriedades pecuárias. Segundo ela, “não temos mais cowboys” para assumir esses empregos. O problema se agrava à medida que as empresas rurais se tornam mais produtivas e tecnologicamente avançadas.

Uma empresa que tem enfrentado esses desafios é a Agrojem, que possui uma estratégia de Integração Pecuária (ILP). Atualmente, conta com 500 colaboradores distribuídos pela agricultura e pecuária. O diretor administrativo e de recursos humanos, Pablo Pusterla, destaca que a terminação intensiva é um desafio, pois exige o uso inteligente do terreno, das máquinas e das estruturas disponíveis.

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Outro empresário que se preocupa com a falta de mão-de-obra qualificada é Antônio Carlos Rezende, do Grupo Rezende. Ele ressalta que a falta de interesse em trabalhar no campo é um problema recorrente, mesmo em propriedades verticalizadas, como as suas.

Segundo Jaqueline Lubaski, a solução para minimizar os problemas trabalhistas no campo é investir nas pessoas, melhorando as condições de trabalho e oferecendo capacitação. Ela defende que os produtores devem se perguntar se trabalhariam nas mesmas condições que oferecem aos seus funcionários.

Essa necessidade de investimento também foi reconhecida por Ana Nery Terra Souza, diretora estratégica do Grupo Água Tirada. Ela acredita que há um descompasso entre a demanda do mercado e a educação oferecida no Brasil. O grupo tem firmado parcerias com instituições de educação, como a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, para oferecer estágios e treinamentos, visando preparar os candidatos a profissionais.

Além disso, o Grupo Água Tirada investe em treinamentos, cursos e eventos técnicos para qualificar seus colaboradores. Também firmou parceria com a Fundação Shunji Nishimura, que oferece escola com horário extracurricular remoto para os filhos dos funcionários.

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Em conclusão, é evidente que a falta de mão-de-obra qualificada é um desafio enfrentado pelo agronegócio brasileiro. No entanto, algumas empresas estão buscando soluções para melhorar as condições de trabalho e promover a capacitação dos seus funcionários. Investir nas pessoas é fundamental para o desenvolvimento do setor e para superar os problemas trabalhistas no campo.

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Perguntas frequentes:
1. Quais são os principais desafios do agronegócio no Brasil?
2. Por que há falta de mão-de-obra qualificada no campo?
3. Como as empresas estão lidando com a falta de trabalhadores qualificados?
4. Quais são as estratégias para melhorar as condições de trabalho no agronegócio?
5. Como a falta de interesse em trabalhar no campo pode ser solucionada?

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Em contraste com a elevada taxa de desemprego registada no Brasil (7,8%), a falta de mão-de-obra qualificada em vários sectores económicos é também igualmente alarmante e reflecte um grande problema estrutural do país: a falta de uma boa educação. De acordo com as leis laborais, os empresários já não suportam uma rotatividade tão elevada nos empregos.

Na pecuária de corte não é diferente. Pesquisa ManpowerGroup Brasil 2022 revelou que a falta de mão de obra qualificada na atividade gira em torno de 81%, percentual muito próximo do número de pessoas que optaram por se instalar nos centros urbanos, que é de 84%. O certo é que, atualmente, sempre há uma vaga aberta na fazenda.

Outra contradição é que, curiosamente, os profissionais da área melhoraram o seu nível de educação. Há 50 anos, o número de analfabetos girava em torno de 26%. Hoje, não chega a 3%. Portanto, até pela evolução dos meios de comunicação e acesso à Internet, todos sabem o que são boas condições de trabalho.

Um olhar para quem cuida do trabalho – Quem acompanha de perto essa dura realidade é Jaqueline Lubaski, pedagoga, jornalista e consultora de gestão de pessoas no agronegócio da Destrave Desenvolvimento. Para ela, a situação no campo é “desesperadora”, principalmente nas propriedades pecuárias. “Não temos mais cowboys”ele destaca.

Jaqueline Lubaski, da Destrave Desenvolvimento (Foto: Arquivo pessoal)

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E o problema se agrava à medida que as empresas rurais são mais produtivas e possuem maior nível de tecnologia. A principal estratégia da Agrojem, empresa vertical de pecuária – confinamento com capacidade para 70 mil cabeças com propriedades no Tocantins, é a Integração Pecuária (ILP).

Conta atualmente com 500 colaboradores distribuídos pela agricultura (34 mil hectares de cultivo entre a 1ª e 2ª colheita) e pecuária, com duas unidades de confinamento. “A boa conduta do ILP é por si só um enorme desafio. Porém, a terminação intensiva, não só para o uso inteligente do terreno, mas também das máquinas e estruturas disponíveis, aumenta as dificuldades”.

É o que destaca Pablo Pusterla, diretor administrativo e de recursos humanos da Agrojem. Ele explica que o faturamento do setor ainda é muito elevado. Porém, ele observa que, à medida que as ações de desenvolvimento se consolidam, a longevidade dos funcionários da empresa também aumenta. “Desta forma melhoramos em todos os setores, especialmente na operação de segurança e confinamento”.

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Pablo Pusterla, da Agrojem (Foto: Arquivo pessoal)

As ações da Agrojem vão ao encontro das ações que Lubaski defende como necessárias para minimizar os problemas trabalhistas no campo. Eles pedem a cada produtor que responda a uma pergunta simples: “Eu trabalharia nas condições que minha empresa (empreendedor ou gestor) oferece?”

Colaboradores mais conscientes e satisfeitos – A necessidade de investir em condições de trabalho e capacitação, dentro da fazenda, também se tornou prioridade para Antônio Carlos Rezende, do Grupo Rezende, com propriedades no Mato Grosso, um dos estados mais afetados pela falta de mão de obra qualificada, mesmo no nível mais alto. “Ninguém quer trabalhar numa fazenda”diz.

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Antônio Carlos Rezende, do Grupo Rezende (Foto: Arquivo pessoal)

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É outro criador que possui pecuária verticalizada, incluindo forte produção de touros Nelore POs (1 mil/ano). São duas fazendas no Pantanal (Santo Antônio do Leverger, MT) com 17 mil matrizes em reprodução e outras duas (região de Juscimeira, MT) em criação, engorda e preparação de touros para venda, ambas com Integração Pecuária (ILP).

E esse cenário de evasão trabalhista, até mesmo pelo êxodo rural que ainda é uma realidade, só tem como alternativa o investimento nas pessoas, como aponta a especialista Jaqueline Lubaski, que inclusive defende tal “recursos como se fossem quaisquer outros na fazenda, visando aumentar a produtividade”.

Ana Nery Terra Souza, Diretora Estratégica do Grupo Água Tirada, com pecuária também verticalizada e propriedades no Mato Grosso do Sul, adquiriu essa consciência há anos. Ela é bastante crítica em relação à educação oferecida no Brasil. “Entendo que há um descompasso com as demandas”justifica.

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Ana Nery Terra Souza, Diretora Estratégica do Grupo Água Tirada (Foto: Arquivo pessoal)

Ela fala sobre pessoas em vários níveis de treinamento “nada preparado em termos de competências, conhecimento técnico, comportamental, liderança e gestão”, mas que vê caminhos para candidatos a profissionais “inexperientes”. Para tanto, firmou parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

“Recebemos muitos estagiários para que, cada vez mais, novos tenham a possibilidade de lidar com atividades operacionais e ganhar experiência. Acolhemos também alunos do ensino básico e secundário para que possam desenvolver o interesse pelo setor e, quem sabe, até vislumbrar uma carreira”ele afirma.

Da formação à complementação do ensino básico – O diretor acredita na relevância de treinamentos, cursos e eventos técnicos para a qualificação dos colaboradores do Grupo, além de treinamentos comportamentais, inclusive voltados para o relacionamento familiar, e do lado gerencial, para que possam se desenvolver continuamente dentro de seu respectivo potencial e ambições.

Outra ação realizada é a parceria com a Fundação Shunji Nishimura, que oferece escola com horário extracurricular remoto para filhos de colaboradores que trabalham no Pantanal.

No bioma existe “maior concentração de dificuldades, com sistema de ensino formal deficiente, sem nenhuma ferramenta que desperte o interesse pelo trabalho na fazenda, nem mesmo a sucessão nas propriedades”.

O Grupo Água Tirada também conta com o apoio de parceiros como Senar, empresas privadas de nutrição animal, saúde, máquinas e implementos, entre outras. Além disso, conforme mencionado anteriormente, oferecemos treinamentos em gestão e desenvolvimento pessoal, cursos e apoio direto no relacionamento familiar.

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