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Boa leitura!
O agronegócio brasileiro é uma área de grande importância e o setor de pecuária desempenha um papel fundamental nesse contexto. Recentemente, um estudo realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP) trouxe informações interessantes sobre a relação entre a quantidade de árvores plantadas e a produção de leite com zero carbono. Essa estratégia sustentável pode ser adotada pelos criadores de gado visando à descarbonização da atividade.

De acordo com o estudo, em sistemas de produção intensivos, são necessárias 52 árvores para compensar as emissões de gases de efeito estufa por vaca. Essas árvores contribuem para a absorção de carbono, reduzindo o impacto ambiental da pecuária. Já em sistemas extensivos, que possuem um nível tecnológico mais baixo, a quantidade de árvores necessárias é de 33, sendo as árvores de eucalipto as mais indicadas.

O trabalho avaliou o efeito de diferentes níveis de intensificação da produção de leite, utilizando vacas Holandesas (HPB – Black and White) e vacas Jersolanda. Foram analisados dois fatores principais: pastoreio contínuo com baixa lotação e rotação irrigada com alta lotação. O experimento também considerou o balanço de carbono entre as emissões de gases de efeito estufa, incluindo o metano entérico, e o sequestro de carbono no solo.

Os resultados mostraram que as vacas da raça Jersolanda são mais eficientes em relação às emissões de gases de efeito estufa, sendo necessário o plantio de 38 árvores por vaca dessa raça para compensar as emissões. Já as vacas Holandesas requerem 8 árvores adicionais por vaca.

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A pesquisa também considerou dois modelos de produção de pastagens brasileiras: extensivo e intensivo. O fato de a pecuária brasileira ser realizada principalmente em pastagens confere uma vantagem adicional ao país, uma vez que o sequestro de carbono no solo ajuda a compensar as emissões de gases de efeito estufa. Essa característica torna a pecuária brasileira mais sustentável em comparação com outros países.

O Brasil é o terceiro maior produtor de leite do mundo, com uma produção anual de 35 bilhões de litros. O setor de leite é composto principalmente por propriedades de pequeno e médio porte, distribuídas em todos os municípios brasileiros. No entanto, a produtividade ainda é baixa no país, com uma média de quatro litros de leite por vaca em lactação, enquanto a média mundial é de 10 litros.

O modelo de produção baseado em pastagens de baixa qualidade compromete a alimentação do gado leiteiro, o que impacta diretamente na eficiência e produtividade. A melhoria do manejo das pastagens, da nutrição e da genética animal são pontos-chave para aumentar a produtividade e reduzir a necessidade de procedimentos externos, como a compra de créditos de carbono.

Além da busca pela alta produtividade, o setor de pecuária também enfrenta demandas relacionadas à qualidade dos produtos, sustentabilidade e bem-estar animal. A preocupação com as alterações climáticas tem aumentado, e a adoção de estratégias para a redução das emissões de gases de efeito estufa se torna cada vez mais importante.

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A intensificação sustentável dos sistemas de produção de leite, por meio do uso de forragem especializada e raças mais produtivas, pode contribuir para a mitigação dessas emissões. Além disso, a melhoria da fertilidade do solo e do manejo das pastagens são medidas que podem auxiliar no equilíbrio de carbono das fazendas leiteiras.

Em conclusão, o estudo da Embrapa Pecuária Sudeste demonstrou a importância do plantio de árvores para a compensação das emissões de gases de efeito estufa na produção de leite. O uso de estratégias sustentáveis, como o aumento da produtividade e o manejo adequado das pastagens, pode contribuir para a redução das emissões e a sustentabilidade do setor de pecuária no Brasil.

Agora, confira abaixo algumas perguntas com respostas que podem gerar alta demanda de visualizações:

1. Como o plantio de árvores pode ajudar na redução das emissões de gases de efeito estufa na pecuária?
R: O plantio de árvores contribui para a absorção de carbono, ajudando a compensar as emissões de gases de efeito estufa da pecuária.

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2. Quais são as raças de vacas mais eficientes em relação às emissões de gases de efeito estufa?
R: O estudo mostrou que as vacas da raça Jersolanda são mais eficientes do que as Holandesas em relação às emissões de gases de efeito estufa.

3. Qual é a média de produção de leite por vaca no Brasil?
R: No Brasil, a média de produção de leite por vaca é de cerca de quatro litros por dia, enquanto a média mundial é de 10 litros por dia.

4. Quais são as medidas que podem ser adotadas para aumentar a produtividade da pecuária leiteira?
R: A melhoria do manejo das pastagens, da nutrição e da genética animal são medidas-chave para aumentar a produtividade da pecuária leiteira.

5. Por que a intensificação sustentável dos sistemas de produção leiteira é importante para a mitigação das alterações climáticas?
R: A intensificação sustentável da produção leiteira pode contribuir para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, transformando os sistemas em sumidouros de carbono e ajudando na mitigação das alterações climáticas.

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Um estudo conduzido por Embrapa Pecuária Sudeste (SP) aponta que são necessárias 52 árvores por vaca em sistemas de produção intensivos para chegar ao leite com zero carbono. Plantar árvores é uma estratégia para compensar as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

Pode ser utilizado pelos criadores de gado para desenvolver uma pecuária mais sustentável visando a descarbonização. Em sistemas extensivos (baixo nível tecnológico), essa quantidade é de 33 árvores de eucalipto.

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O trabalho, publicado na publicação internacional Frontiers in Veterinary Science, avaliou o efeito de vacas Holandesas (HPB – Black and White) e vacas Jersolanda em diferentes níveis de intensificação – pastoreio contínuo com baixa lotação e rotação irrigada com alta lotação. – e a interacção entre estes dois factores na mitigação dos GEE.

No experimento foi realizado um balanço de carbono entre as emissões de GEE (incluindo metano – CH4 entérico) e as remoções de GEE, por meio do sequestro de carbono no solo. Essas variáveis ​​foram utilizadas para calcular o número de árvores necessárias para mitigar as emissões e o efeito de economia de terra.

Segundo informações da Embrapa, foram considerados dois modelos diferentes de produção de pastagens brasileiras – extensivo e intensivo. O trabalho também comparou duas raças, a HPB e a Jersolanda, tradicionalmente utilizadas no país para produção de leite.

Considerando apenas a raça, na comparação entre os Holandeses e os Jersollands, estes últimos são mais eficientes em relação às emissões. Ao plantar 38 árvores por vaca, o produtor compensa; Aqueles que usam a raça Holandesa precisam de mais oito árvores por vaca.

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Segundo a pesquisadora Patrícia PA Oliveira, a pecuária brasileira é realizada principalmente em pastagens. Desta forma, a exigência de redução das emissões e da pegada ambiental confere ao país uma vantagem adicional. Como o gado é criado a pasto, a necessidade de árvores para compensar as emissões de GEE é menor, pois quando contabilizado o balanço de carbono, o sequestro de carbono no solo, positivo em ambos os sistemas testados, contribui para compensar as emissões.

Produção de leite brasileira e questões de sustentabilidade

Foto: Cepea/reprodução

Brasil produz 35 bilhões de litros de leite por ano, ocupando o terceiro lugar no mundo. As propriedades, em sua maioria de pequeno e médio porte, estão distribuídos em 98% dos municípios brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, mais de quatro milhões de pessoas estão envolvidas na produção de leite no país.

“O capim é a principal fonte de alimento do gado leiteiro em sistemas baseados em pastagens de qualidade comprometida” — Patrícia PA Oliveira

Contudo, a produtividade é muito baixa na maioria destas explorações. A média de litros de leite por vaca em lactação gira em torno de quatro litros por dia no Brasil, enquanto a média mundial fica próxima de 10 litros por dia. “Esse cenário discrepante de baixa eficiência sistemática pode ser explicado pelo modelo de produção adotado. As gramíneas são a principal fonte de alimento do gado leiteiro em sistemas baseados em pastagens de qualidade comprometida, muitas vezes manejadas abaixo da sua lotação potencial, com média nacional de uma vaca por hectare”, acrescenta o pesquisador.

O setor, além da demanda pelo aumento da produtividade, tem observado nos últimos anos um aumento nas expectativas dos consumidores em relação à qualidade dos produtos e às questões de sustentabilidade e bem-estar animal. A preocupação com as alterações climáticas está a aumentar. No Brasil, a agricultura é responsável por 33,6% das emissões brasileiras de GEE, 19% das quais são provenientes da fermentação entérica. O gado contribui com 97% das emissões de metano, 86% do gado de corte e 11% do gado leiteiro.

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“Estratégias de redução de emissões de gases de efeito estufa, como mudanças na gestão dos sistemas de produção de leite a pasto, por meio da intensificação do uso de forragem e do uso de raças e cruzamentos animais mais especializados, podem contribuir para compensar as emissões de GEE. Comparados aos sistemas leiteiros tradicionais, eles são sumidouros de carbono. Essas ações – melhorar a fertilidade do solo e o manejo das pastagens, a nutrição e a genética animal são pontos básicos e de fácil adoção – podem contribuir para o balanço de carbono das fazendas leiteiras e reduzir a necessidade de outros procedimentos externos, como a compra de créditos de carbono para compensar as emissões”, enfatiza o pesquisador.

A intensificação sustentável dos sistemas de produção leiteira poderá tornar-se uma tecnologia fundamental para a mitigação das alterações climáticas. “Os resultados de experimentos de longo prazo nessa área são importantes para regiões tropicais e subtropicais e precisam ser realizados, mesmo sendo bastante caros e trabalhosos”, acrescenta.

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