Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
Ficou interessado em saber mais sobre o cenário do agronegócio brasileiro? Aqui você encontra um artigo completo com informações relevantes sobre a pecuária e os desafios enfrentados pelo setor. Aproveite para se manter atualizado e obter insights para a sua produtividade.

1. O panorama atual da pecuária brasileira
Não é segredo que o preço da arroba sofreu uma significativa queda em 2023, impactando diretamente os criadores e produtores de ciclo completo. Diante dessa realidade, muitos optaram por reduzir seus rebanhos femininos visando obter algum retorno financeiro. Afinal, a atividade pecuária não se mostrava atrativa para a produção de gado acabado.

2. A situação em Mato Grosso
O primeiro semestre de 2023 reservou números impressionantes em Mato Grosso, estado emblemático no setor agropecuário. Dados do Imea revelaram que o número de fêmeas abatidas foi 20,7% superior à média dos últimos 10 anos. Esse fato, somado ao fato de que as matrizes representaram mais da metade do total de abates no mês de junho, sinaliza uma tendência de virada no ciclo.

3. Previsões para o futuro
Com menos porcas disponíveis para a reprodução, é natural que tenhamos uma redução na colheita de bezerros e, consequentemente, uma oferta limitada de gado vivo no futuro. Diante desse cenário, espera-se que a arroba se valorize e que os produtores voltem a investir com mais confiança na atividade pecuária. No entanto, é importante ressaltar que essa mudança não ocorre da noite para o dia e depende de diversos fatores externos e internos.

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4. A importância da cautela
A inversão do ciclo pecuário não ocorre de forma imediata. É necessário considerar o tempo que as fêmeas levarão para atingir a pontuação ideal para reprodução, passando pela estação reprodutiva, concepção e momento do parto. Além disso, mesmo depois dessa maratona, ainda há um período de pelo menos três anos até que o gado esteja pronto para o abate. Portanto, é preciso ter paciência e esperar os resultados se consolidarem.

5. Oportunidades em momentos de baixa
Durante um ciclo de baixa, é comum que os produtores reduzam seus investimentos em insumos, como sementes de milho ou sorgo. No entanto, quem consegue investir a preços mais baixos pode se beneficiar quando ocorrer a reviravolta, já que terá um estoque consolidado para aumentar seu plantel e, consequentemente, sua finalização. É fundamental entender o ciclo da pecuária e tomar decisões estratégicas nos momentos certos.

Conclusão

O mercado da pecuária brasileira está em constante movimento e é essencial acompanhar as tendências e se adaptar às mudanças para obter sucesso neste setor. A partir das informações apresentadas neste artigo, é possível entender melhor as nuances do ciclo pecuário e aproveitar as oportunidades para obter melhores resultados.

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Perguntas:

1. Quais foram os principais impactos da queda no preço da arroba em 2023?
2. O que os dados do Imea revelaram sobre os abates de fêmeas em Mato Grosso?
3. Qual é a tendência esperada com a redução no número de porcas para reprodução?
4. Por que é necessário ter cautela na expectativa de uma reviravolta no ciclo pecuário?
5. Quais são as oportunidades que surgem durante um ciclo de baixa e como aproveitá-las?

Esperamos que este artigo tenha fornecido informações valiosas sobre o setor pecuário no Brasil e tenha despertado seu interesse em se aprofundar no tema. Fique atento às mudanças, planeje estrategicamente seus investimentos e esteja pronto para aproveitar as oportunidades que surgirem. O agronegócio brasileiro é rico em possibilidades e você pode alcançar grandes resultados com dedicação e conhecimento.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Quem acompanha o mercado da pecuária sabe muito bem que o preço da arroba despencou em 2023. Isso, naturalmente, fez com que o criador e/ou produtor de ciclo completo tirasse o pé do acelerador e mostrasse mais moderação na compra de insumos, como decidiu livrar-se de grande parte do rebanho feminino para obter algum dinheiro. Afinal, ele entende que a atividade não é atrativa para a produção de gado acabado.

Tomemos como exemplo o que aconteceu em Mato Grosso no primeiro semestre de 2023. Dados do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) revelam que foram abatidas 1,44 milhão de fêmeas, valor 20,7% superior à média dos últimos 10 anos. (1,19 milhão). Em junho/23 as matrizes representaram 51,5% do total de abates. Ou seja, superaram o abate de gado.

A nossa situação atual, portanto, parece sinalizar que a virada do ciclo está chegando. Com um número menor de porcas para a época de monta, é normal termos uma colheita reduzida de bezerros mais tarde e, consequentemente, uma oferta limitada de gado vivo ainda mais à frente.

Se isso acontecer, a tendência é que a arroba se valorize e o produtor volte a ser incentivado a adquirir mais insumos e a investir com mais firmeza na atividade. Este será o cenário até ao momento em que “voltar a chover”.

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Muita calma nessa hora! – Essa gangorra não acontece da noite para o dia. A atividade move-se lentamente em direção a estímulos externos, como a entrada de preços, por exemplo. Se 2023 foi um ano de grande abate de fêmeas, não significa que, em 2024, a pecuária responderá imediatamente no sentido contrário, passando subitamente a reter muito mais.

Além disso, temos que contar o tempo para que essas fêmeas atinjam uma pontuação ajustada para reprodução, passem pela estação reprodutiva, pela concepção e pelo momento do parto. Depois dessa maratona, considerando que o gado brasileiro vai para o abate após 36 meses de vida (uma média bastante otimista), ainda teríamos mais três anos pela frente.

Não se engane: os sinais de leve recuperação do preço da arroba em setembro/23 provavelmente foram mais em função de um menor volume de gado neste ano do que de uma forte e imediata reviravolta no ciclo. Com a queda dos preços no primeiro semestre do ano, muitas pessoas deixaram de confinar ou confinaram menos. Mas quem não vacilou e se manteve firme certamente conseguirá uma margem melhor agora em outubro, na entrega dos animais aos frigoríficos.

Esse raciocínio pode ser aplicado à inversão de ciclo? Sim, mas com cuidado.

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Quando você está em um ciclo de baixa, a única certeza é que um ciclo de alta está chegando e vice-versa. Esta observação é fundamental.

Em momentos de baixa, como o atual, os produtores geralmente desaceleram e reduzem o investimento em insumos. Por isso, a tendência é comprar menos sementes de milho ou sorgo, por exemplo. Isso acontece, quando ocorrer a reviravolta ele estará em falta para aumentar seu plantel e, consequentemente, sua finalização (no caso de quem cria, recria e engorda).

Por outro lado, quem investe em insumos a preços baixos tende a pagar mais barato e terá munição para a reviravolta e com boas chances de fechar negócios com margens muito satisfatórias. A questão é conseguir tempo, ler bem o mercado, ter garantias de armazenamento e tomar decisões nos momentos certos.

São aspectos que podem ser conduzidos em conjunto pelas áreas técnica, comercial e de marketing da organização, seja do lado da propriedade rural ou da empresa fornecedora. Mas volto a frisar: é preciso entender o ciclo da pecuária para utilizá-lo a seu favor.

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NOTA: Outros fatores, sejam eles casuais ou não, também podem influenciar diretamente na formação dos preços dos insumos, especialmente como commodities. Isto inclui guerras, pandemias, produção noutros mercados, clima, políticas externas, formação de blocos comerciais, tributação, etc.

*Ariosto Mesquita é jornalista, com pós-graduação em Marketing e Administração de Comércio Exterior e mestrado em Produção e Gestão Agroindustrial. Contatos: [email protected] e (67)99906-1859.

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