#sou agro | A música acalma. A música alegra. A música inspira. Um dia inteiro seria pouco para verbalizar o poder das figuras musicais na vida das pessoas. Muitas vezes, aprender ou exercitar o dom de dominar canções e instrumentos musicais é um grande desafio.
E foi pensando nisso que a MA Máquinas, concessionária John Deere, decidiu investir nessa iniciativa há mais de uma década. O amplo projeto social já proporcionou acesso a cursos para mais de 5.000 alunos.
Um dos jovens talentos resultantes do projeto é Davi Marchetti Giacomel, 21 anos. A música entrou em sua vida ainda na adolescência. A oportunidade surgiu quando ele cursava a 7ª série no Wilson Joffre State College. “Optei pela flauta doce porque é um instrumento com um valor menor em relação aos outros”.
É importante ressaltar que todos os instrumentos utilizados para as aulas práticas foram obtidos com recursos próprios do projeto. Davi permaneceu por dois anos participando de aulas e devido a sua evolução em um curto período de tempo, recebeu o convite para integrar a Orquestra Sinfônica de Cascavel, onde permanece até hoje tocando flauta transversal. A experiência adquirida o fez voar mais alto e hoje também dá aulas particulares de flauta transversal e passou a fazer parte do projeto Cultura em Ação, da Prefeitura de Cascavel.
Davi Giacomel é estudante de Ciência da Computação na Unioeste e faz parte de outros projetos de música popular brasileira, com ênfase no estilo conhecido como chorinho e também no samba. “Hoje a música é 40% da minha vida”, resume. “É estudo e, ao mesmo tempo, disciplina e lazer”.
Ele considera o projeto Música na Escola extremamente importante, querendo expandi-lo para outras escolas. O Música na Escola promove a valorização dos profissionais envolvidos. As aulas dessa nova fase do projeto começaram em março. “É uma iniciativa de inclusão de jovens da rede pública de ensino”, resume William Fischer, da BWA, empresa responsável pela elaboração do projeto. Somando os investimentos da Fundação John Deere e da MA Máquinas, o aporte de recursos chega a R$ 600 mil. O recurso é descontado do Imposto de Renda.
O projeto começou em 2009 com oficinas e ganhou força ao longo dos anos, devido à crescente procura por cursos gratuitos. Em 2011, o projeto ganhou consistência e em 2013 subiu de patamar, passando a ser desenvolvido ao longo de 12 meses, estendido a familiares e professores, gerando interação e socialização entre a comunidade e a escola. Nesta nova etapa, serão 150 alunos por escola.
O Colégio Estadual Wilson Joffre é a base do projeto e tem como diferencial a realização de uma palestra musical sobre a importância da música na educação de crianças e adolescentes. As 11 escolas vão oferecer cursos gratuitos de violino, violão, canto/técnica vocal e flauta doce. Já no Wilson Joffre, serão ministradas aulas de violino, violão, canto/técnica vocal, violão, baixo e bateria.
A intenção é realizar apresentações nas escolas e em datas comemorativas como Dia dos Pais, Dia das Mães, Dia dos Professores, entre outras comemorações especiais. Existe a possibilidade de uma grande apresentação com os alunos que acontecerá este ano no Theatro Municipal. Em algumas edições do projeto, alunos com deficiência também participaram das aulas, demonstrando inclusão social. Os cursos contaram com a presença de autistas e pessoas com deficiência motora. A Música na Escola também oferece uniformes e crachás para alunos e professores. Oferecer aulas de música aos alunos é resultado da Lei de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei Rouanet, do Ministério da Cultura. “O projeto fortalece a socialização, aumenta a autoestima e faz você se sentir parte do universo, do mundo em que vive”, comenta Fischer.
Em 2019, o Música na Escola recebeu o selo ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), iniciativa do Sesi Paraná. O objetivo do selo é reconhecer e disseminar práticas inovadoras para atingir as metas de desenvolvimento sustentável com projetos de impacto local.
A coordenadora pedagógica do projeto Música na Escola, Ana Lúcia Toledo Fischer, vê no projeto uma oportunidade única de desenvolver inúmeras áreas físicas e mentais. “O aluno obtém um melhor desenvolvimento pessoal e social no ambiente escolar, ampliando a perspectiva e descobrindo novos caminhos por meio da música”. Colabora com a socialização, identificação com um grupo que tem em comum a arte, conhecimentos que vão além do comum e básico. A música ajuda muito no desenvolvimento da coordenação motora ampla e fina, atenção, concentração, memória de médio e longo prazo, no desenvolvimento da lateralidade, raciocínio lógico incluindo matemática, entre muitos outros benefícios.
Para a secretária executiva do Instituto John Deere, Fernanda Schaurich, o investimento em projetos sociais faz parte da política de responsabilidade social do instituto, como forma de gerar emprego e renda para as comunidades locais, além do foco principal, que é o atendimento direto às as crianças e adolescentes, ensinando, educando e tirando-os de situações de vulnerabilidade. Atualmente, o Instituto John Deere apóia 120 projetos dessa natureza.
O Instituto John Deere mantém o Banco de Projetos, uma plataforma de contato com a comunidade com prioridade para projetos de educação, cultura, esporte e geração de trabalho e renda. “Beneficiamos projetos que atendem municípios onde a John Deere possui fábrica ou concessionárias. A recomendação dos nossos parceiros de negócios é muito importante, pois assim sabemos que o projeto será executado dentro do propósito proposto e alinhado aos valores da John Deere”. O Instituto John Deere surgiu em 2004, quando começaram os investimentos sociais no Brasil.
(Com agências)
(Emanuely/Sou Agro)