Producao de cevada cresce no Parana para atender mercado cervejeiro

Produção de cevada cresce no Paraná para atender mercado cervejeiro

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Foto: Nicky/Pixabay

A maior parte da produção comercial de cevada no Paraná tem sido destinada ao consumo na indústria cervejeira. O estado lidera a produção brasileira do grão, sendo responsável por 60% das toneladas nacionais.

A expectativa é que a área cultivada triplique nos próximos cinco anos, principalmente com a instalação da Maltaria Campos Gerais, prevista para operar a partir de outubro de 2023. O empreendimento é uma parceria das cooperativas Agrária, Bom Jesus, Capal, Coopagrícola, Frísia e Castrolanda.

Paralelamente ao aumento da área de plantio, crescem também as exigências do padrão de qualidade do grão de cevada e os investimentos feitos por produtores, cooperativas e indústrias paranaenses.

O grão de cevada é o cereal mais importante na fabricação de cerveja, pois é com ele que se produz o malte em um processo relativamente complexo, que pode ser chamado de maltagem ou maltagem. Apenas para comparação, 100 kg de grão são transformados em cerca de 78 kg de malte.

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Cultura tipicamente de inverno, o cultivo da cevada é mais forte nas regiões temperadas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde o clima favorece a produção com qualidade para fazer cerveja. Estados como São Paulo e Goiás também cultivam o cereal.

Para que a produção se torne um negócio agropecuário promissor, o produtor rural que está nessa atividade deve estar atento à qualidade do grão. O primeiro passo está relacionado à questão da umidade dos grãos, pois a cevada é uma cultura muito sensível à chuva. A umidade excessiva faz com que o grão germine e perca qualidade.

Para ter menos custos de secagem, a melhor opção é que a colheita seja realizada quando as sementes atingirem umidade entre 26% e 18%. No entanto, para o armazenamento, o grão precisa ser seco até atingir 13% de umidade. O malte destinado à produção de cerveja deve conter no máximo 8% de umidade.

Outro fator importante está relacionado ao tamanho dos grãos, que devem ser homogêneos, grandes e com baixo percentual de quebrados. “Todas essas características são muito importantes para uma germinação rápida e igualitária das sementes no processo de fabricação do malte”, afirma Joany Anthony Simão, especialista em qualidade da Cooperativa Castrolanda.

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Joany observa que o grão está relacionado à questão da qualidade do malte. Portanto, é fundamental que a colheita seja realizada dentro das porcentagens de umidade toleráveis. “Se você colher muito úmido, o grão vai germinar e toda a safra pode ficar comprometida. É como o trigo. Se tiver muito tempo de chuva, germina e perde a qualidade.”

Segundo ele, a Cooperativa Castrolanda está investindo em secadores para começar a operar na safra de 2022. Essa estrutura permitirá que a cooperativa também seque o grão. Atualmente, classificamos apenas grãos de cevada. “Vamos fazer a secagem e o beneficiamento para entregar o grão à Cooperativa Agrária em condições de armazenamento, ou seja, com 13% de umidade.”

Castrolanda recebe pelo menos 15.000 toneladas de cevada produzida em 3.300 hectares para classificação. A expectativa é dobrar a produção até o ano que vem para atender a maltaria que está em construção. “Por isso, estamos investindo em um secador, pois nossa projeção é dobrar a produção em breve, por conta da Maltaria”.

O agrônomo Roney Smolarek, da empresa LocSolution, dona da marca Motomco de medidores de umidade de grãos, lembra que uma portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estabelece os seguintes requisitos de qualidade de grãos para a indústria cervejeira: umidade máxima de 13,0 %, proteína máxima 12,0%, poder germinativo mínimo de 95,0%, matéria estranha e impurezas máxima de 3,0% e grãos danificados máximo de 5,0%.

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Essas exigências, segundo Smolarek, são as principais razões pelas quais as maltarias, cooperativas e produtores optam por utilizar medidores de umidade de grãos e, assim, garantir que seus produtos atendam aos padrões de qualidade e teor de umidade exigidos no processo. processo de produção, que ocorre em três etapas distintas: maceração, germinação e secagem.

“Nessas três etapas, é necessário o uso de um medidor de umidade, pois fornece a porcentagem do teor de umidade do grão muito mais confiável do que a simples inspeção visual, pois um grão seco na superfície ainda pode conter umidade interna, além de de ter mais de 200 curvas de produtos e subprodutos in natura para medição, neste caso, o processo começa com a Curva da Cevada e depois passa para a Curva do Malte diretamente no instrumento”, explica Smolarek.

No processo de secagem, é imprescindível a utilização de um medidor de umidade do grão, pois ele é responsável por determinar o ponto de término dos processos químicos e biológicos, formando o aroma, sabor e cor característicos do malte. “Sem esse controle, teremos um produto final de baixa qualidade. O medidor de umidade se integra aos processos de automação da fábrica, reduzindo erros humanos e rastreabilidade do processo”, afirma o agrônomo. Para saber mais sobre o Medidor de Umidade de Grãos clique aqui.

A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) estima um crescimento significativo da área de cevada até 2025, que pode triplicar e chegar a 100 mil hectares. A expectativa é que a planta dos Campos Gerais tenha uma produção anual de 240 mil toneladas de malte, volume que hoje corresponde a 15% do mercado nacional.

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