A primeira semana do segundo semestre de 2023 fechou com grande lateralidade nas cotações do boi gordo no mercado físico, e recuos nos preços futuros negociados na B3, informa nesta sexta-feira (7/7) o S&P Global.
Segundo a consultoria, a estabilidade nos preços físicos da arroba se deve ao fraco apetite de compradores dos frigoríficos.
“Indústrias agiram com muita cautela ao longo da semana para conter avanços significativos nos preços da arroba”destaca o S&P Global.
Embora o índice de oferta magra tenha pesado bastante na precificação da arroba bovina, o fator “demanda” (interna) pela carne bovina já apresenta limitações para novos avanços de preços no mercado físico e futuro, diz a empresa. S&P Globalacrescentando que o consumo doméstico continua muito enfraquecido.
Na avaliação da consultoria, os recentes aumentos nos preços do boi gordo permitiram aos frigoríficos formar escalas de abate que atendem minimamente seus compromissos de curto prazo.
“A diluição dos horários diários também reduziu a necessidade de novas inserções por parte das indústrias no mercado para compor o abate, resultando na lateralidade de preços ao longo da semana“enfatiza o S&P Global.
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Por outro lado, continua a consultoria, há relatos de tentativas de negociação em patamares inferiores aos atuais preços do boi gordo, mas a limitada relação de oferta, principalmente no Centro-Sul do país, não permitiu a consolidação de recuos na arroba.
“Não foram realizados negócios acima de R$ 260/@ em SP, consolidando um ambiente de aparente equilíbrio na relação oferta e demanda”destaca o S&P Global.
No mercado futuro, as cotações dos contratos de boi gordo registraram recuos na primeira semana de julho, indicando que, apesar da expectativa de menor oferta de boi de confinamento, as indústrias devem demandar menor volume de animais terminados no mercado físico, informa o S&P Global.
A consultoria destacou que há relatos de contratos a termo (para compra de boi gordo) que foram retomados entre frigoríficos e grandes boiteis/confinamentos, que devem atender a demanda atual, visto que esse tipo de negociação estava interrompido desde o início da baixa ambiente que se formou entre abril e maio.
Dados escoceses – Em São Paulo, os preços do novilho de corte e gordo subiram R$ 3/@ ao longo desta semana, segundo dados da Scot Consultoria.
“Balanças de abate (das indústrias paulistas) estão bem posicionadas e compradores menos ativos”, observa o escocês. Por sua vez, continua a consulta, o “o desempenho das exportações de carne in natura, em termos de volume, é de tirar o fôlego”.
“23/junho bateu recorde no volume exportado para o mês e também foi o terceiro maior volume de toda a série histórica, que remonta a 1997”, aponta Scot. Foram embarcadas 192,7 mil toneladas de carne bovina in naturasegundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
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No entanto, o preço de mercadoria Brasileiro, diz Scot, “continua a deixar a desejar”. Em média em junho/23 foram pagos US$ 5,05 mil por tonelada, totalizando uma receita de US$ 974,13 milhões, 6,5% inferior ao valor faturado em junho/22.
Ao final do semestre, volume e faturamento, respectivamente, foram 4,9% e 22,5% inferiores ao primeiro semestre de 2022.
Na avaliação de Scot, com a chegada do gado confinado, que costuma ocorrer no final de julho, a escassez de matéria-prima pode resultar em preços mais firmes do boi gordo nos próximos dias.
Na sexta-feira, no mercado paulista, o boi estava cotado a R$ 250/@, a vaca R$ 212/@ e a novilha R$ 235/@ (bruto e a termo), segundo a Scot.
O preço pago pela arroba do “gado chinês” é de R$ 255, base SP, valor bruto e parcelado, com prêmio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, acrescenta Scot.
Cotações máximas de homens e mulheres na sexta-feira, 7/7
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
carne bovina a R$ 258/@ (prazo)
vaca a R$ 227/@ (prazo)
MS-Gold:
carne bovina a R$ 246/@ (dinheiro)
vaca a R$ 220/@ (dinheiro)
MS-C.Grande:
carne bovina a R$ 246/@ (prazo)
vaca a R$ 222/@ (prazo)
MT-Cáceres:
carne bovina a R$ 222/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
carne bovina a R$ 217/@ (dinheiro)
vaca a R$ 187/@ (dinheiro)
MT-Collider:
carne bovina a R$ 215/@ (dinheiro)
vaca a R$ 182/@ (dinheiro)
GO-Goiânia:
carne bovina a R$ 230/@ (prazo)
vaca R$ 197/@ (prazo)
Vá para o sul:
carne bovina a R$ 233/@ (prazo)
vaca a R$ 197/@ (prazo)
PR-Maringá:
carne bovina a R$ 246/@ (dinheiro)
vaca a R$ 222/@ (dinheiro)
MG-Triângulo:
carne bovina a R$ 246/@ (prazo)
vaca a R$ 197/@ (prazo)
MG-BH:
carne bovina a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 197/@ (prazo)
BA-F. Santana:
carne bovina a R$ 205/@ (dinheiro)
vaca a R$ 195/@ (dinheiro)
RS-Fronteira:
carne bovina a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)
PA-Marabá:
carne bovina a R$ 200/@ (prazo)
vaca a R$ 184/@ (prazo)
PA-Resgate:
carne bovina a R$ 197/@ (prazo)
vaca a R$ 179/@ (prazo)
PA-Paragominas:
carne bovina a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
TO-Araguaína:
carne bovina a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)
RO-Cacoal:
carne bovina a R$ 207/@ (dinheiro)
vaca a R$ 175/@ (dinheiro)
MA-Açailândia:
carne bovina a R$ 200/@ (dinheiro)
vaca a R$ 180/@ (dinheiro)
