A boa oferta de gado e, consequentemente, a maior disponibilidade de carne derrubaram os valores dos cortes no mercado atacadista, informa a zootecnista Marina Mioto, analista de mercado da Scot Consultoria.
“A carne que estava retida, devido ao embargo (às vendas para o mercado chinês) em fevereiro/23, devido ao atípico caso de “vaca louca” (no Pará), foi distribuída no mercado interno, o que aumenta a oferta do produto”justifica Marina.
Segundo ela, a contínua oferta de carnes no atacado e o fraco fluxo de proteínas, devido ao final do mês (período de poder de renda da população), refletiram em reajustes negativos nos preços do atacado na última semana.
No atacado de carne com osso de São Paulo, o preço da vaca casada caiu 5,3% em relação à semana anterior.
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No mesmo período, a carcaça casada de boi castrado caiu 4,7%, cotada a R$ 16,75/kg, informa o analista escocês.
Para a carcaça bovina inteira, a queda no mesmo período foi de 5,9%, cotada a R$ 15,08/kg. O atacado de carne desossada paulista apresentou queda de 1,4% na média geral, na comparação semanal.
Os cortes de rabo recuaram 1,6%, puxados pela fraldinha (queda de 3,6%). Os cortes dianteiros registraram retração de 1%, puxados pela paleta sem músculo (queda de 1,8%).
No varejo, o preço médio dos cortes monitorados, na última semana, recuou 0,3% e 0,2% nas praças de São Paulo e Paraná, respectivamente, informa a Scot.
Em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, houve alta de 1% e 0,3%, respectivamente, na comparação semanal. “A expectativa é que na próxima semana os preços dos cortes bovinos continuem pressionados negativamente”prevê Marina.
