A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) não vê perspectiva de redução no preço das máquinas agrícolas, principalmente considerando os atuais custos de matéria-prima e logística.
A previsão está em linha com o que consideram outros executivos do mercado na 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), que começou na segunda-feira (1º) e vai até sexta-feira (5), em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
“Não são só as máquinas que estão mais caras, tudo está mais caro devido à avaria que tivemos no mundo”, disse o diretor de Relações Governamentais da CNH Industrial, Alexandre Bernardes, em entrevista coletiva na Agrishow.“Tudo estabilizou a outro nível”, completou a diretora de Assuntos Governamentais da AGCO e vice-presidente da Anfavea, Ana Helena Andrade.
A indústria de máquinas e equipamentos agrícolas, assim como outros segmentos de mercado, enfrentou restrição no fornecimento de peças e matérias-primas devido ao período de pandemia. Apesar da perspectiva de preços sustentados, os executivos acreditam que os agricultores continuarão comprando produtos devido à necessidade de renovar a frota.
As negociações também devem ser estimuladas pelo aumento de produtividade causado por novos produtos e pela busca por mais conectividade.
“Ao comprar uma máquina, o agricultor investe em um bem de capital e espera um retorno em produtividade superior ao investimento. Ele analisa o custo da máquina versus quanta receita e lucro terá com ela”disse Andrade.
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