Os preços das frutas mais comercializadas nos principais mercados atacadistas do país no último mês tiveram queda em relação a março. O mamão foi o produto que teve o maior percentual de redução, registrando média negativa de 9,21%. As hortaliças, em geral, ficaram mais caras, com o tomate apresentando o maior aumento, com um aumento médio em torno de 34%. É o que mostra o 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortícola (Prohort), divulgado nesta quarta-feira (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“A queda no preço do mamão reverte o comportamento de alta registrado desde novembro do ano passado”, destaca o presidente da Conab, Edegar Pretto. Segundo o levantamento, essa queda é explicada pela maior oferta da variedade Formosa, que impactou os preços e influenciou na queda do preço do mamão, além da concorrência com frutas da estação, como tangerina ponca e caqui, entre outros fatores. “A tendência de queda continua sendo registrada nas primeiras semanas de maio nas Centrais de Abastecimentos (Ceasas) analisadas”, diz o presidente.
No caso da banana, além da queda nos preços, houve queda nas vendas. Esse comportamento de preços mais baixos segue o histórico que mostra tendência de queda das cotações no primeiro semestre. Cenário semelhante é verificado para laranjas, maçãs e melancias, com menores preços praticados nos mercados atacadistas e também redução nas vendas registradas.
Por outro lado, após registrar quedas ao longo deste ano, os preços do tomate voltaram a subir de forma unânime e significativa. A oferta do produto nas Ceasas caiu cerca de 15% em abril, pressionando os preços para cima. Essa redução é explicada pela saída da safra de água que não foi compensada pela entrada da safra de inverno, que a partir de agora abastecerá as Ceasas.
A transição da cultura da batata também influenciou a oferta do tubérculo no atacado, provocando alta nos preços, movimento típico da época do ano. Para a cenoura, a alta de preços nas Ceasas continua. No entanto, o cenário sinaliza uma reversão no início de maio. O clima mais firme, sem muita chuva, tem facilitado a colheita ao aumentar os volumes de raízes nos mercados, influenciando na queda de preços já observada nas primeiras semanas deste mês.
Preço da cebola cai
Ao contrário do comportamento das demais hortaliças, a cebola registrou nova queda de preços em abril, mas em menor intensidade do que nos meses anteriores. Apesar da oferta de bulbos ter caído 5,8%, ela ainda permanece em patamares elevados, principal responsável por essa contínua queda. Com o bom volume da produção nacional, as importações de cebola no acumulado até abril de 2023 estão bem abaixo das registradas nos últimos dois anos, sendo 30% menores que em 2022 e 50% menores que em 2021, considerando o mesmo período.
Os dados estatísticos do Boletim Conab Prohort foram coletados em onze Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, Curitiba/PR, São José/SC, Goiânia/GO, Brasília/ DF, Recife/PE, Fortaleza/CE e Rio Branco/AC.
Clique aqui para acessar o 5º Boletim do Prohort.
da Conab
