Leite cru captado por laticínios cai pelo sexto mês consecutivo
Desaceleração da queda deve estabilizar preços para produtores de leite
O preço do leite cru captado por laticínios caiu em outubro, recuando 4,3% frente a setembro. No acumulado de 2023, a desvalorização chega a 24,8%. Contudo, pesquisas mostram que o movimento de queda no preço ao produtor pode estar chegando ao fim na maior parte das bacias leiteiras. A desvalorização esteve atrelada ao excesso de oferta, tanto pelo aumento da produção doméstica quanto pelas importações crescentes. Porém, a captação dos laticínios tem desacelerado desde setembro e, em outubro, a produção de leite vem sendo limitada pela combinação de clima adverso à atividade com margens espremidas dos pecuaristas. Oito Dicas para Melhorar a Liquidez da Atividade Leiteira.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Desaceleração do preço e impactos nos insumos e importações de lácteos no Brasil
Pesquisas do Cepea indicam alta de 0,6% no Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira na “Média Brasil”. Ainda assim, os valores do produto captado em novembro devem permanecer estáveis no Sudeste, enquanto no Sul, espera-se uma virada na tendência. A produção de leite vem sendo limitada pelo clima adverso à atividade e margens espremidas dos pecuaristas. A diminuição do preço do leite supera a desvalorização dos insumos no mesmo período e estima-se que a margem bruta dos pecuaristas tenha recuado expressivos 69% no ano.
Estoques limitados de lácteos e perspectivas de preço
Em novembro, houve alta de 5% nas importações de lácteos no Brasil. No entanto, os estoques estiveram, no geral, mais limitados, o que ajudou a frear a queda no preço de alguns lácteos e a elevar, ainda que levemente, as cotações de alguns produtos. O movimento de alta, porém, não persistiu devido à diminuição do consumo e ao acirramento da concorrência entre laticínios e entre os produtos brasileiros e importados. Com informações: Cepea e Portaldbo.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Pelo sexto mês consecutivo, o preço do leite cru captado por laticínios caiu em outubro, recuando 4,3% frente a setembro, para R$ 1,9675/litro na “Média Brasil” líquida. No acumulado de 2023, a desvalorização é de 24,8%, em termos reais (deflacionamento pelo IPCA de out/23), e, em relação a outubro/22, de expressivos 30,4%.
Contudo, pesquisas em andamento do Cepea indicam que o movimento de queda no preço ao produtor pode ter chegado ao fim na maior parte das bacias leiteiras. Enquanto os valores do produto captado em novembro devem permanecer estáveis no Sudeste, no Sul, espera-se uma virada na tendência.
A desvalorização do leite esteve atrelada ao excesso de oferta, tanto pelo aumento da produção doméstica quanto pelas importações crescentes. Porém, a captação dos laticínios tem desacelerado desde setembro e, em outubro, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou apenas 1,4%. A produção de leite vem sendo limitada pela combinação de clima adverso à atividade (seca e calor no Sudeste e Centro-Oeste e excesso de chuvas no Sul) com margens espremidas dos pecuaristas.
VEJA TAMBÉM | CMN aprova linha de crédito especial para produtores de leite do Brasil
Pesquisa do Cepea mostra que o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira na “Média Brasil” registrou alta de 0,6% em novembro, puxado pela valorização dos concentrados, adubos, corretivos e alguns medicamentos. Ainda que, no acumulado do ano, o COE apresente retração, a diminuição do preço do leite supera a desvalorização dos insumos no mesmo período e, com isso, estima-se que a margem bruta dos pecuaristas tenha recuado expressivos 69% no ano. Com a queda no preço do leite, as importações chegaram a perder força em setembro, porém, voltaram a crescer em outubro e novembro.
Dados da Secex mostram que as compras externas de queijos puxaram a alta de 5% nas importações de novembro e que, no acumulado do ano, o volume adquirido supera em mais de 70% o registrado no ano passado. Ainda assim, os estoques de lácteos estiveram, no geral, mais limitados em novembro – o que ajudou a frear a queda no preço de alguns lácteos e a elevar, ainda que levemente, as cotações do UHT e da muçarela.
Contudo, essa pequena valorização não foi suficiente para garantir rentabilidade aos laticínios e o movimento de alta não persistiu na primeira quinzena de dezembro, prejudicado pela diminuição do consumo e pelo acirramento da concorrência entre laticínios e entre os produtos brasileiros e importados.
FAQ sobre o mercado de leite no Brasil
Por que o preço do leite caiu nos últimos meses?
O preço do leite caiu devido ao excesso de oferta, tanto pelo aumento da produção doméstica quanto pelas importações crescentes.
Quais são os principais fatores que limitaram a produção de leite?
A produção de leite foi limitada pela combinação de clima adverso à atividade, como seca e calor no Sudeste e Centro-Oeste e excesso de chuvas no Sul, juntamente com margens espremidas dos pecuaristas.
Por que as importações de lácteos aumentaram?
Com a queda no preço do leite, as importações chegaram a perder força em setembro, porém, voltaram a crescer em outubro e novembro, especialmente de queijos.
Há expectativa de reversão na tendência de queda nos preços do leite?
As pesquisas em andamento do Cepea indicam que, embora os preços tenham caído nos últimos meses, o movimento de queda no preço ao produtor pode ter chegado ao fim na maior parte das bacias leiteiras, com estabilidade no Sudeste e uma virada na tendência de queda no Sul.
Pelo sexto mês consecutivo, o preço do leite cru captado por laticínios caiu em outubro, recuando 4,3% frente a setembro, para R$ 1,9675/litro na “Média Brasil” líquida. No acumulado de 2023, a desvalorização é de 24,8%, em termos reais (deflacionamento pelo IPCA de out/23), e, em relação a outubro/22, de expressivos 30,4%.
Contudo, pesquisas em andamento do Cepea indicam que o movimento de queda no preço ao produtor pode ter chegado ao fim na maior parte das bacias leiteiras. Enquanto os valores do produto captado em novembro devem permanecer estáveis no Sudeste, no Sul, espera-se uma virada na tendência.
A desvalorização do leite esteve atrelada ao excesso de oferta, tanto pelo aumento da produção doméstica quanto pelas importações crescentes. Porém, a captação dos laticínios tem desacelerado desde setembro e, em outubro, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou apenas 1,4%. A produção de leite vem sendo limitada pela combinação de clima adverso à atividade (seca e calor no Sudeste e Centro-Oeste e excesso de chuvas no Sul) com margens espremidas dos pecuaristas.
VEJA TAMBÉM | CMN aprova linha de crédito especial para produtores de leite do Brasil
Pesquisa do Cepea mostra que o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira na “Média Brasil” registrou alta de 0,6% em novembro, puxado pela valorização dos concentrados, adubos, corretivos e alguns medicamentos. Ainda, que, no acumulado do ano, o COE apresente retração, a diminuição do preço do leite supera a desvalorização dos insumos no mesmo período e, com isso, estima-se que a margem bruta dos pecuaristas tenha recuado expressivos 69% no ano. Com a queda no preço do leite, as importações chegaram a perder força em setembro, porém, voltaram a crescer em outubro e novembro.
Dados da Secex mostram que as compras externas de queijos puxaram a alta de 5% nas importações de novembro e que, no acumulado do ano, o volume adquirido supera em mais de 70% o registrado no ano passado. Ainda assim, os estoques de lácteos estiveram, no geral, mais limitados em novembro – o que ajudou a frear a queda no preço de alguns lácteos e a elevar, ainda que levemente, as cotações do UHT e da muçarela.
Contudo, essa pequena valorização não foi suficiente para garantir rentabilidade aos laticínios e o movimento de alta não persistiu na primeira quinzena de dezembro, prejudicado pela diminuição do consumo e pelo acirramento da concorrência entre laticínios e entre os produtos brasileiros e importados.
