Marca de cerveja pede dia sem carne, gera reação negativa no agro e depois recua

Por que uma marca de cerveja pediu um dia sem carne, gerando uma reação negativa no setor agropecuário e posteriormente recuou?

Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
O agronegócio brasileiro vem ganhando cada vez mais destaque no cenário global, sendo responsável por uma parcela significativa da economia do país. No entanto, recentemente, a cervejaria Heineken gerou polêmica ao publicar um anúncio em suas redes sociais, demonstrando apoio ao Dia Mundial Sem Carne e convidando os consumidores a optarem por uma alimentação mais verde. Essa atitude desencadeou uma série de críticas por parte do setor do agronegócio e dos consumidores de carne.

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O posicionamento da Heineken foi amplamente questionado, uma vez que a produção de cerveja está intrinsecamente ligada ao setor agrícola. A cerveja é obtida a partir de matérias-primas provenientes do campo, como a cevada e o lúpulo. Segundo dados do Sistema de Comércio Exterior (Siscomex), o Brasil é o terceiro maior fabricante de cerveja do mundo, com uma produção anual de 14 bilhões de litros.

Além disso, a produção de cerveja no Brasil gera um significativo impacto econômico, representando cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e gerando mais de 2,7 milhões de empregos. A importância desse setor é tão relevante que o Ministério da Agricultura instalou uma Câmara da Cerveja para discutir medidas de apoio e incentivo à produção nacional.

Portanto, ao se posicionar a favor da redução no consumo de carne, a Heineken acaba atingindo também toda a cadeia agrícola da qual faz parte. O setor de carnes brasileiro, que é o maior exportador e o segundo maior produtor de carne bovina do mundo, vê essa postura como uma desvalorização do trabalho dos produtores rurais e dos impactos positivos que a atividade agropecuária traz para a economia.

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A reação negativa por parte dos consumidores também foi evidente nas redes sociais, com diversos usuários manifestando sua insatisfação e afirmando que não abririam mão de consumir carne, principalmente em um churrasco. A hashtag #churrascosemHeineken surgiu como forma de protesto, com consumidores e produtores rurais demonstrando sua preferência por cervejas artesanais nacionais.

É importante ressaltar que a cerveja é um produto que está totalmente inserido no contexto agrícola, desde o cultivo dos ingredientes até a produção final. A cevada, principal matéria-prima da bebida, é objeto de comércio internacional, e o Brasil ocupa uma posição significativa no mercado global. A demanda interna por cevada tem apresentado crescimento constante, impulsionada pelo aumento do consumo e pela diversificação de usos, inclusive na alimentação animal.

Diante dessa polêmica, a Heineken manifestou seu posicionamento, afirmando que respeita a diversidade de gostos e que sua intenção ao reforçar a opção vegana foi apenas mostrar que a marca também é uma opção para esse público. A empresa ressalta que o respeito pela escolha do consumidor é fundamental e não representa desvalorização de nenhum setor da economia.

Em conclusão, a polêmica envolvendo a Heineken e sua postura em relação ao consumo de carne gerou um intenso debate nas redes sociais e no setor do agronegócio brasileiro. A cerveja é um produto profundamente ligado à cadeia agrícola, e qualquer posicionamento que possa ser interpretado como desvalorização do setor gera repercussões negativas. É fundamental que as empresas compreendam a importância do agronegócio para a economia do país, assim como a diversidade dos gostos e escolhas individuais dos consumidores.

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Agora, para finalizar o artigo, vamos apresentar algumas perguntas frequentes sobre o assunto:

1. Por que a postura da Heineken em relação ao consumo de carne gerou polêmica?
A postura da Heineken gerou polêmica por ela ser uma cervejaria que depende diretamente do setor agrícola, o qual é afetado quando há uma redução no consumo de carne.

2. Qual é a importância do setor do agronegócio no Brasil?
O agronegócio brasileiro é fundamental para a economia do país, representando uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) e gerando milhões de empregos.

3. A cerveja é considerada um produto agrícola?
Sim, a cerveja é um produto obtido a partir de matérias-primas do campo, como a cevada e o lúpulo.

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4. O setor de carnes brasileiro foi afetado pela posição da Heineken?
Sim, o setor de carnes brasileiro, especialmente o de carne bovina, sentiu-se desvalorizado com a postura da Heineken.

5. Como ocorreu a reação dos consumidores?
Os consumidores manifestaram sua insatisfação nas redes sociais, usando a hashtag #churrascosemHeineken como forma de protesto e demonstrando preferência por cervejas artesanais nacionais.

Esperamos que este artigo tenha ajudado a esclarecer o contexto e os impactos da polêmica envolvendo a Heineken e sua postura em relação ao consumo de carne. O agronegócio brasileiro desempenha um papel central na economia do país, sendo importante valorizá-lo e respeitar a diversidade de escolhas dos consumidores.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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A cervejaria Heineken virou alvo de críticas neste fim de semana, após publicar um anúncio nas redes sociais. Na postagem, a marca demonstrou apoio ao Dia Mundial Sem Carne e convidou os consumidores a comerem mais verduras.

“Neste Dia Mundial Sem Carne, que tal comer e beber mais verde? Cerveja feita com água, malte, lúpulo e nada mais. É a opção perfeita para o acompanhamento de hoje”, disse a publicação.

Porém, o posto não caiu bem nos setores do agronegócio e nem entre os consumidores de carne. A resposta negativa dos consumidores se tornou um dos assuntos mais comentados da internet.

No domingo, dia 14, a empresa recuou da sua posição, publicando um post no Instagram em que dizia respeitar todas as escolhas. “Para evitar dúvidas, além da água, do malte e do lúpulo, você sabe qual é o nosso ingrediente secreto? Respeito a todos os gostos”, afirmou o texto. Mas o dano à imagem da marca não poderia ser desfeito.

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Ao pedir redução no consumo de carne, a Heineken atinge toda a cadeia agrícola, da qual também faz parte. A cerveja é um produto obtido a partir de matérias-primas provenientes do campo, como a cevada e o lúpulo.

De acordo com Sistema de Comércio Exterior (Siscomex), o Brasil é o terceiro maior fabricante de cerveja do mundo, com mais de 1.190 empresas cadastradas e produção de 14 bilhões de litros por ano. A produção representa cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), com faturamento de R$ 100 bilhões por ano e criação de 2,7 milhões de empregos. Além disso, levantamento feito pela Aprolúpulo mostra que em 2019 o Brasil importou 3,6 mil toneladas de lúpulo, principal ingrediente para a elaboração da bebida.

O cultivo e o comprometimento do Brasil com a categoria são tão grandes que, em outubro de 2019, o Ministério da Agricultura instalou Câmara da Cervejacom o objetivo de discutir medidas para atender demandas e promover a produção nacional.

Impacto do não consumo

Para entidades do setor de carnes brasileiro, o posicionamento da cervejaria também impacta o consumo de proteínas. Em comentário à postagem, o presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), Nabih Amin El-Aouar, classificou a posição da empresa como “vergonhosa”.

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“Eles não respeitaram os produtores rurais e nem mesmo o Brasil, que é o maior exportador e segundo maior produtor de carne bovina do mundo. Esse setor gera renda, emprego, divisas e dignidade para muitos brasileiros”, escreveu o executivo.

O presidente da ACNB afirmou ainda que as associações profissionais do setor rural já estão a trabalhar para solicitar um cargo formal para a empresa.

Reação negativa

Ainda nos comentários, os consumidores da marca também não aprovaram a postagem, dizendo que não abririam mão de comer carne, principalmente bovina, em qualquer dia da semana. Alguns afirmaram, inclusive, que comemorariam a data “comendo churrasco” acompanhado de cervejas artesanais nacionais.

Com indignação, consumidores e produtores rurais levantaram a hashtag #churrascosemHeineken nas redes sociais. A tag já acumula mais de 100 postagens, mostrando produtores jogando a bebida fora, usando as garrafas como alvo e substituindo a cerveja por cerveja artesanal de marca de origem brasileira (a Heineken, atualmente fabricada no Brasil, tem origem holandesa).

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Cerveja é agrícola

Segundo estudo realizado pela Embrapa e Cooperativa Agrária, o comércio internacional de cevada, principal ingrediente da bebida, é de aproximadamente 16 milhões de toneladas anuais. O Brasil ocupa atualmente o 16º lugar entre os produtores mundiais de cereais, com média de 300 mil toneladas por ano na última década, mas sobe para o 7º lugar em termos de importações, com a produção nacional suprindo apenas cerca de 35% da demanda das maltarias. instalado.

Na projeção de cenários do relatório Outlook Brasil da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a demanda interna por cevada deverá crescer 53% até 2022.

Segundo o estudo, o consumo de cevada deverá aumentar a cada ano, podendo inclusive ser utilizada para consumo animal na forma de silagem e ração. “Independentemente da qualidade do malte, a cevada tem sido uma alternativa importante em tempos de aumento dos preços do milho e da soja utilizados na alimentação animal. “Usada para produção de cerveja ou ração, a cevada sempre tem mercado certo”, diz o estudo.

Posicionamento da Heineken

Após a publicação desta reportagem, a Heineken enviou ao Canal Rural um posicionamento oficial sobre o ocorrido:

A Heineken respeita a diversidade de gostos e a livre escolha do consumidor. Seja para acompanhar um bom churrasco, uma salada ou qualquer outro tipo de refeição, para nós o mais importante é que as pessoas possam tomar uma cerveja de qualidade para estas ocasiões. Em relação ao post do dia 20, o único objetivo foi reforçar que, por ser uma cerveja com ingredientes naturais em sua receita, feita exclusivamente com água, malte e lúpulo, e nada mais, também é uma opção viável para o público que segue um estilo de vida diferente e opta por consumir produtos veganos. Também é uma opção para quem gosta de carne. Este facto não significa, de forma alguma, a desvalorização de qualquer sector da economia, apenas evidencia o direito de escolha dos consumidores.



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