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Em um mundo cada vez mais consciente das questões ambientais, o governo da Nova Zelândia propôs a criação de um imposto devido à emissão de gases de efeito estufa da pecuária. Essa ideia, no entanto, não foi bem recebida pelos produtores rurais, que saíram às ruas em protesto.
Mais de 50 localidades do país registraram manifestações contra o projeto, em um movimento liderado pelo Groundswell NZ, grupo que representa os interesses agrícolas na Nova Zelândia. Os produtores utilizaram tratores como forma de protesto, criticando veementemente a proposta de criação de um novo imposto sobre o setor responsável pela produção de alimentos.
Bryan McKenzie, um dos integrantes do Groundswell NZ, afirmou que os “impostos punitivos” ameaçam a existência das comunidades rurais e criticou o ministro da Agricultura, Damien O’Connor. O’Connor foi um dos idealizadores do projeto para taxar as emissões provenientes da pecuária.
Apesar das críticas, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, apoia a proposta de criação do imposto. Para ela, essa medida é um passo importante na transição do país para um futuro de baixas emissões de gases de efeito estufa.
No entanto, ainda não foram detalhados os custos que essa taxação teria para os produtores rurais, setor que movimenta a economia do país. Atualmente, a agricultura representa cerca de 10% do PIB da Nova Zelândia e é responsável por 65% das receitas provenientes das exportações.
Procurando ser um exemplo para o mundo, o governo neozelandês busca encontrar soluções para combater as emissões de gases de efeito estufa na agricultura. Mas a Groundswell NZ acredita que a redução das emissões do país será apenas substituída por produtos de agricultores estrangeiros menos eficientes, afetando a participação de mercado da Nova Zelândia.
Diante desse contexto, a discussão sobre a criação de um imposto para combater as emissões da pecuária na Nova Zelândia continua em aberto, com produtores rurais temendo os impactos econômicos dessa medida e o governo defendendo sua importância para o futuro sustentável do país.
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A ideia do governo da Nova Zelândia de propor a criação de um imposto devido à emissão de gases de efeito estufa da pecuária levou os produtores rurais às ruas. Na última quinta-feira (20), mais de 50 localidades do país registraram protestos contra o projeto que visa criar o que tem sido chamado de imposto do “arroto do boi”.
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Segundo a agência de notícias Ansa, os produtores rurais utilizaram tratores para se manifestarem contra o plano do governo. Um dos integrantes do Groundswell NZ, grupo que defende os interesses agrícolas no país da Oceania, Bryan McKenzie criticou veementemente a ideia de criação de um novo imposto sobre o setor responsável pela produção de alimentos.
“Impostos punitivos” – Bryan McKenzie
“O compromisso ideológico do governo com impostos punitivos e contraproducentes sobre as emissões provenientes da produção agrícola ameaça a própria existência das comunidades rurais”, disse McKenzie. Nas redes sociais, além de mostrar fotos e vídeos das manifestações, a Groundswell NZ criticou abertamente o ministro da Agricultura da Nova Zelândia, Damien O’Connor, que está no cargo desde 2017.
“Caro Damien, o seu comentário desdenhoso e o seu pequeno sorriso foram um insulto aos trabalhadores do nosso setor agrícola, os mesmos trabalhadores que você deveria representar e defender”, queixou-se o grupo face à posição do ministro. O’Connor foi um dos idealizadores do projeto para taxar o ‘arroto do touro’ na Nova Zelândia.
“Apresentamos a nossa proposta de precificação das emissões”, declarou o ministro no dia 11 de outubro, dia em que a proposta foi divulgada pelo governo da Nova Zelândia. “Apoiamos amplamente o que eles criaram: nível agrícola, divisão de gás, reconhecimento de sequestro e manutenção de gases agrícolas fora do ETS”, acrescentou o titular da Agriculture New Zealand.
Imposto para ‘arrotar o boi’ é apoiado pelo primeiro-ministro
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, vê como positiva a possibilidade de criar um imposto contra o “arroto de touros”. Para ela, a ação proposta pelo governo fará do país um exemplo para o mundo.
“Este é um passo importante na transição da Nova Zelândia para um futuro de baixas emissões e cumpre a nossa promessa de precificar as emissões agrícolas a partir de 2025”, disse Jacinda. Por enquanto, ela não explicou os detalhes da avaliação. Nesse sentido, ela também não detalhou quais seriam os custos para os produtores rurais.
Se for adiante, o imposto impactará o setor que movimenta a economia do país. Atualmente, a agricultura é responsável por cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) da Nova Zelândia. Além disso, a atividade mantém 65% da receita proveniente das exportações.
“A maior parte da redução de emissões da Nova Zelândia será simplesmente substituída por agricultores estrangeiros menos eficientes” — Groundswell NZ
“O imposto agrícola não só reduzirá a produção de ovinos e bovinos em 20% e a produção de laticínios em 6%, mas terá pouco impacto nas emissões globais, já que a maior parte da redução de emissões da Nova Zelândia será apenas substituída por produtos menos eficientes de agricultores estrangeiros. que entrará na nossa participação de mercado”, afirmou, em nota, a Groundswell NZ.
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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo Soberano
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Em resumo, o governo da Nova Zelândia propôs a criação de um imposto sobre a emissão de gases de efeito estufa causada pela pecuária, o que gerou protestos por parte dos produtores rurais. Os produtores utilizaram tratores para manifestar sua oposição ao projeto, e criticaram o governo por impor “impostos punitivos” que ameaçam as comunidades rurais. A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, no entanto, apoia a ideia do imposto, afirmando que a medida levará o país a se tornar um exemplo global na transição para uma economia de baixas emissões.
Perguntas:
1. Por que os produtores rurais da Nova Zelândia estão protestando contra a proposta de criação de um imposto sobre a emissão de gases de efeito estufa da pecuária?
2. Como os produtores rurais manifestaram sua oposição ao projeto?
3. O que o grupo Groundswell NZ, que defende os interesses agrícolas na Nova Zelândia, criticou em relação ao ministro da Agricultura do país?
4. Por que a primeira-ministra Jacinda Ardern apoia a criação do imposto?
5. Qual é o impacto econômico que o imposto pode ter sobre a agricultura na Nova Zelândia?