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Boa leitura!
O agronegócio no Brasil tem enfrentado diversos desafios nos últimos tempos, o que inclui a pecuária tanto de corte quanto de leite. No cenário atual, é notável que os preços da arroba estão abaixo dos custos de produção, somados ao baixo poder aquisitivo da população, à insegurança no campo e à insegurança jurídica. Esses fatores têm impactado negativamente a pecuária, principalmente no estado do Mato Grosso, que detém cerca de 15% do rebanho bovino brasileiro.
Durante a campanha de atualização do rebanho, realizada entre 1º de maio e 15 de junho deste ano, o Instituto Estadual de Defesa Agropecuária (Indea-MT) registrou um volume de 34.473.643 de bovinos coletados fora do estado. Além disso, o número de bovinos abatidos em agosto de 2023 atingiu 581,51 mil em Mato Grosso, representando um aumento de cerca de 10,4% em relação ao mês anterior. Em agosto de 2022, o total de abates foi de 461,54 mil cabeças.
Diante desse cenário desafiador, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) tem buscado soluções para mitigar os problemas enfrentados pelos pecuaristas. Dentre as medidas adotadas, estão a redução de impostos, o incentivo à abertura de novos e pequenos frigoríficos e frigoríficos municipais, as campanhas de incentivo ao consumo de carne bovina, a orientação e educação continuada para produtores de pequeno e médio porte, a abertura de cooperativas de produtores e a formação de pools para venda de animais e compra de insumos.
No entanto, é importante ressaltar que a responsabilidade pelo preço do gado na hora da venda não é dos pecuaristas. Eles estão sujeitos às determinações dos matadouros, que definem o valor a ser pago pelos produtos. Segundo a pesquisa realizada pela Acrimat em parceria com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o mercado de carnes beneficia principalmente o varejo, enquanto os frigoríficos também têm obtido significativos lucros em detrimento dos produtores.
Além disso, o presidente da Acrimat destaca que é necessário reduzir a taxa para abate de fêmeas, pois o valor atual é o mesmo dos machos, mesmo considerando que as fêmeas são mais leves e menos valorizadas. Essa medida é lógica, justa e legal para promover um equilíbrio no setor. É preciso que as taxas de abate acompanhem as oscilações do mercado e não sejam apenas reajustadas de acordo com a inflação, o que acaba prejudicando ainda mais a produção.
Diante dessa realidade, os pecuaristas do Mato Grosso pedem por políticas de Estado mais eficazes, ágeis e eficientes. É fundamental que as leis e os gestores públicos estejam preparados e atentos às necessidades do setor, para que haja um mercado equilibrado e justo para todos. A pecuária tem desempenhado um papel essencial na economia brasileira, alimentando milhões de pessoas e contribuindo para a produtividade do país. Portanto, é necessário reconhecer o valor desse setor e buscar soluções que garantam sua continuidade e prosperidade.
Conclusão:
A pecuária de corte e leite no Mato Grosso e no Brasil enfrenta atualmente obstáculos que têm prejudicado sua rentabilidade e desenvolvimento. Os preços da arroba abaixo dos custos de produção, o baixo poder aquisitivo da população, a insegurança no campo e a insegurança jurídica têm desafiado os pecuaristas. Nesse sentido, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) tem buscado soluções como a redução de impostos, o incentivo à abertura de frigoríficos municipais, campanhas de incentivo ao consumo de carne bovina, orientação para os produtores, entre outras ações.
Perguntas com respostas que geram alta demanda de visualização:
1. Como está a pecuária de corte e leite no Mato Grosso e no Brasil?
2. Quais são os desafios enfrentados pelos pecuaristas atualmente?
3. O que a Acrimat tem feito para mitigar os problemas no setor?
4. Quais são as medidas que podem ajudar os pecuaristas a superar os desafios?
5. Quais são as principais dificuldades enfrentadas pelos pecuaristas em relação aos preços da carne bovina?
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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A pecuária, tanto de corte quanto de leite, no Mato Grosso e no Brasil está pedindo ajuda. A pontuação é de Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) dado o cenário atual de preços da arroba abaixo dos custos de produção, somado ao baixo poder aquisitivo da população, à insegurança no campo e à insegurança jurídica.
Mato Grosso detém aproximadamente 15% do rebanho bovino brasileiro. No número de bovinos coletados durante a campanha de atualização do rebanho, realizada entre 1º de maio e 15 de junho deste ano, segundo o Instituto Estadual de Defesa Agropecuária (Indea-MT), um volume de 34.473.643 animais não estado.
O volume de bovinos abatidos em agosto de 2023 atingiu 581,51 mil em Mato Grosso. Foram cerca de 54 mil (10,4%) mais animais que no mês anterior. Em agosto de 2022, o total de abates foi de 461,54 mil cabeças.
Em artigo publicado nesta quinta-feira (14), o presidente da Acrimat, Oswaldo Ribeiro Junior, destaca que “Pode parecer inacreditável que um setor tão forte e importante da economia brasileira peça ajuda”. No entanto, ele ressalta, “Apesar de bater sucessivos recordes de produtividade, de ter alimentado o mundo durante a pandemia, de ter colocado comida na mesa de quase um bilhão de pessoas, nosso setor atravessa um momento muito difícil, que já dura mais de um ano.”
O presidente lembra que o ciclo da pecuária é de altos e baixos do mercado e que todo pecuarista está ciente disso e “Temos tentado sobreviver, com planejamento, investimento e muita eficiência, mas atualmente nos deparamos com inúmeras outras variáveis que estão conseguindo tirar muitos produtores do mercado”.
Acrimat busca soluções para mitigar o problema
Segundo Oswaldo Ribeiro Junior, ele destaca que a entidade tem trabalhado em busca de soluções que possam mitigar os problemas enfrentados pelos pecuaristas de Mato Grosso.
Entre as resoluções buscadas estão a redução de impostos, incentivo à abertura de novos e pequenos frigoríficos, frigoríficos municipais, além de campanhas de incentivo ao consumo de carne bovina, orientação e educação continuada para milhares de pequenos e médios produtores , abertura de cooperativas de produtores e até formação de pools para venda de animais e compra de insumos.
“Precisamos urgentemente de políticas de Estado eficazes, sejam elas de qualquer esfera, mais ágeis e eficientes, porque hoje são poucas e lentas, muitas vezes desatualizadas devido à dinâmica do mercado. As leis e os gestores públicos precisam se adaptar às novas necessidades no momento certo. Isto é o que diferencia um setor público eficiente. A velocidade de reação e adaptação aos desafios que se tornam cada vez mais frequentes. Estamos cumprindo nosso papel como produtores, que é pagar nossos impostos e produzir cada vez mais e melhor em áreas cada vez menores.”
Produtor não determina o preço
O presidente da Acrimat reafirma ainda que não é o pecuarista quem determina o preço do gado na hora da venda.
“Pode parecer inacreditável, mas a verdade é que cada vez que vendemos um animal pronto para abate, perguntamos aos matadouros quanto nos pagam pelos nossos produtos. Nunca, absolutamente nunca, determinamos o preço da arroba. Não fazemos parte dessa decisão.”
Oswaldo Ribeiro Junior destaca que “Há pouco tempo, a Acrimat, em conjunto com o IMEA, fez uma pesquisa para saber quem estava ganhando no mercado de carnes, que envolve pecuaristas, frigoríficos e varejo, e ficou claro que o maior beneficiário era o varejo.” Porém, “com a queda acentuada do preço da carne bovina, os frigoríficos também passaram a ter lucros muito significativos, deixando o produtor com prejuízos, principalmente nos últimos dois anos”.
Redução da taxa para abate de fêmeas
O presidente da Acrimat destaca ainda que o governo de Mato Grosso foi solicitado a “Desde janeiro deste ano, reduziu-se o índice de abate de fêmeas, cujo valor, apesar de mais leve e mais desvalorizado, é exatamente igual ao dos machos. Uma medida lógica, justa e legal seria esse ajuste. As taxas de abate também não funcionam com as oscilações do mercado, não oscilam de acordo com os preços, pelo contrário são reajustadas de acordo com a inflação, aumentando cada vez mais o buraco no setor produtivo”.
“Precisamos ser vistos e tratados como parceiros nesta economia próspera, onde todos têm a sua parte e o seu valor reconhecidos. A máquina pública, antes de ser cobradora, tem que estar preparada e atenta às injustiças, pois a balança precisa estar equilibrada para todos. Não pedimos mais para nós e menos para os outros, pedimos o que é correto e o que é necessário para a continuidade do nosso trabalho.”
Oswaldo Ribeiro Junior enfatiza que “Finalmente, acreditamos no mercado livre, mas acima de tudo acreditamos no mercado justo.”
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