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Por que o mercado de boi gordo está vivendo um período de incertezas?

Noticias do Jornal do campo Soberano
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O mercado de boi gordo está passando por uma evolução atípica ao longo deste ano, influenciado por diversas variáveis internas e externas.

As exportações brasileiras de carne bovina registraram volumes e receitas recordes nos meses de agosto e setembro, com destaque para a China como principal destino, representando mais de 60% do total exportado.

No entanto, no mercado interno a demanda vem diminuindo devido aos preços elevados e ao baixo poder aquisitivo da população.

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O cenário positivo para as exportações se deve, em grande parte, ao câmbio favorável e à demanda chinesa, impulsionada pela necessidade de abastecimento após o surto de peste suína africana, que causou uma queda significativa no rebanho suíno do país.

Além disso, a criação de bovinos no Brasil, baseada em alimentação com pasto, torna os animais mais competitivos em um mercado internacional onde os insumos alimentares, como soja e milho, são valorizados.

No entanto, no mercado interno, o preço do boi gordo tem sido instável. A fraca procura interna faz com que os frigoríficos limitem suas compras de animais para abate, o que impacta no consumo e inflaciona o preço da carne para o consumidor brasileiro.

A expectativa é que o consumo interno melhore com a chegada da Copa do Mundo e as festas de final de ano.

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Diante desse panorama, a gestão de negócios se torna fundamental para os produtores de gado vivo.

É necessário um controle rigoroso dos custos de produção e uma administração eficiente da propriedade, buscando explorar pastagens de boa qualidade e antecipar a compra de insumos.

Conhecer os custos e administrar o imóvel são estratégias importantes para minimizar os impactos das oscilações do mercado.

No Paraná, a pecuária de corte se destaca pela qualidade da carne produzida, sendo necessário investir em tecnologia, genética, manejo e alimentação para atender diversos nichos de mercado. Porém, é preciso ampliar as exportações de carne bovina do estado, para isso são necessários mais frigoríficos exportadores.

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A conquista de novos mercados requer volume, oferta constante e qualidade.

Em conclusão, o mercado de boi gordo no Brasil apresenta um desempenho positivo nas exportações, impulsionado pela demanda chinesa e pelo cenário favorável de câmbio. Por outro lado, no mercado interno, os preços instáveis e o baixo poder aquisitivo da população têm impactado no consumo.

A gestão de negócios se torna essencial para os produtores, visando diminuir os custos e administrar a propriedade de forma a reduzir os impactos do mercado. No Paraná, o desafio é ampliar as exportações e conquistar novos mercados.

Agora, vamos responder a 5 perguntas com respostas atrativas para gerar alto interesse e visualizações:

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1. Quais são os principais destinos das exportações brasileiras de carne bovina?
– China é o principal destino, representando mais de 60% do total exportado.

2. Por que o preço do boi gordo é instável no mercado interno?
– A fraca procura interna faz com que os frigoríficos limitem suas compras de animais para abate, impactando no consumo e inflacionando o preço da carne.

3. Como a gestão de negócios pode ajudar os produtores de gado vivo?
– A gestão de negócios permite um controle rigoroso dos custos de produção e uma administração eficiente da propriedade, minimizando os impactos das oscilações do mercado.

4. Por que é importante ampliar as exportações de carne bovina no Paraná?
– O Paraná tem um potencial para produzir carnes nobres e atender diversos nichos de mercado, porém, faltam frigoríficos exportadores para ampliar as exportações.

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5. Quais são os desafios futuros para o mercado de boi gordo?
– O comportamento da China em relação às importações de carne bovina em 2023 é desconhecido. Além disso, a oferta de animais poderá ser escassa no futuro, o que poderá pressionar os preços novamente.

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Influenciado por diversas variáveis ​​internas e externas, o mercado de boi gordo vem evoluindo de forma atípica ao longo deste ano, e deve quebrar alguns recordes em 2022.

Exportações em alta

Nos meses de agosto e setembro, por exemplo, as exportações brasileiras de carne bovina registraram o maior volume e maior receita de toda a série histórica. Entre janeiro e setembro foram embarcadas 1,5 milhão de toneladas, tendo como principal destino a China (mais de 60% do total exportado).

Nesse período, a receita do setor foi de US$ 9,1 bilhões com carne bovina (fresca, resfriada e congelada).

Porém, no mercado interno, o cenário é o oposto. A demanda vem diminuindo diante de um cenário de preços elevados e baixo poder aquisitivo por parte da população.

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“O mercado interno tem caminhado lentamente. Ainda nem vimos a queda do preço da arroba do gado gordo chegar ao consumidor final, pois o valor da arroba está diminuindo [nos preços pagos aos pecuaristas], mas não no supermercado.

O varejo ainda mantém suas margens. Isso impacta diretamente no consumo”, observa o engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scot Consultoria, Pedro Gonçalves.

Segundo o especialista, ao longo de 2022, o câmbio acabou favorecendo as exportações.

“A China veio com muita fome, principalmente no início do ano, quando precisavam comprar carne para aproveitar as férias. Outra questão foi o surto de peste suína africana, que dizimou o rebanho suíno e levou o país a procurar outras proteínas”, afirma Gonçalves.

Os animais brasileiros são, em grande parte, alimentados com pasto, o que os torna mais competitivos num cenário em que os insumos alimentares (soja e milho, principalmente) são altamente valorizados no mercado internacional.

Foto: Sistema FAEP

Mercado interno instável

Por outro lado, o preço do boi gordo tem sido instável no mercado interno. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ao longo de 2022, o preço vinha oscilando acima de R$ 300. Esta pressão advém principalmente da fraca procura interna, que tem feito com que os frigoríficos limitem as compras de lotes de animais para abate.

“Eu não consumo [da carne bovina] do Brasil, 80% são mercado interno.

Os outros 20% são exportados, mas isso é [percentual] que regula o preço”, explica o pecuarista, presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente da Comissão Técnica de Gado de Corte (CT) da FAEP, Rodolpho Botelho. Dessa forma, o apetite internacional também acaba inflacionando o preço do bife no prato do consumidor brasileiro.

“Provavelmente pelo baixo poder aquisitivo e pelo aumento do custo de vida, não tivemos maior procura no mercado interno”, observa o diretor.

Para Gonçalves, de Consultoria Escocesaa expectativa é que o consumo interno melhore com a chegada da Copa do Mundo e as festas de final de ano.

Gerenciamento

Segundo a FAEP, nesse âmbito, a solução para superar um período de insegurança no mercado de gado vivo está em gestão de negócios.

No caso do agrônomo e produtor rural Marcos Minghini, de Ribeirão Claro, região Norte Pioneiro, a percepção é que os custos de produção de gado vivo aumentaram substancialmente nos últimos tempos, fruto de um cenário de incerteza no mercado internacional , influenciada pelos conflitos armados no Mar Negro e pelos efeitos colaterais da pandemia.

“Isso cria uma necessidade maior do que o normal de um trabalho rigoroso de controle e gestão de custos na propriedade”, observa.

Foto: Sistema FAEP

No caso do produtor de Ribeirão Claro, uma vez por mês, uma consultoria especializada cruza os dados zootécnicos do rebanho com os dados de planejamento da propriedade. “Nossa proposta é trabalhar com custos baixos, explorando pastagens de boa qualidade”, diz Minghini.

“Eu sabia quanto custaria esse insumo antecipadamente. Também antecipei a compra de insumos para a produção de milho”, revela. “É importante conhecer seus custos e administrar seu imóvel para sofrer menos com as oscilações do mercado”, completa.

Esta receita é mais do que indicadoprincipalmente num cenário em que até o preço do boi gordo no curto e médio prazo ainda é nebuloso, segundo especialistas.

“O comportamento da China será desconhecido em 2023. O objetivo era recuperar o seu rebanho suíno. Se isso acontecer, você continuará comprando do Brasil? Por outro lado, a carne bovina brasileira caiu na preferência dos consumidores chineses. Acredito que devem continuar a ser o nosso principal parceiro”, analisa Gonçalves, da Scot.

“Quando pensamos no mercado interno, em 2023 os preços poderão ficar mais pressionados com o aumento da oferta de animais. Poderá então haver uma escassez de bezerros quando chegar a época de substituição. Sem animais o preço da arroba poderá voltar a subir”, acrescenta.

Vocação paranaense

A pecuária de corte no Paraná é única na qualidade de sua carne. Como o Estado não dispõe de grandes áreas para produção animal, a opção dos pecuaristas é investir em tecnologia, genética, manejo e alimentação, para ter um produto diferenciado.

“Nossa vocação é produzir carnes nobres e atender diversos nichos. Ao trabalhar com nichos de carne superiores, com público de maior poder aquisitivo, a influência externa acaba sendo menor”, ​​observa Minghini, referindo-se ao processo inflacionário e ao aumento do custo de vida que retirou a carne bovina dos pratos de parte do país. população. População brasileira.

Além disso, outra questão que merece atenção é a precisa ampliar as exportações de carne bovina do Paraná. “Temos bom gado, tecnologia, alcançamos o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, mas faltam frigoríficos exportadores”, observa Minghini.

A opinião do presidente do CT de Gado de Corte da FAEP vai na mesma direção. “Esse é um grande problema no Paraná, na cadeia produtiva, o frigorífico, elo final, não é muito ativo na exportação. Existem nichos de produção de carne de excelente qualidade no Estado, mas poucos acessam esse mercado externo. Precisamos conquistar novos mercados, mas para isso precisamos de volume, oferta constante e qualidade”, finaliza Botelho.

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