Por que o Ceara esta em alerta para novas variantes

Por que o Ceará está em alerta para novas variantes do vírus da raiva em morcegos e saguis?

Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
Quer saber mais sobre as últimas novidades e atualidades do agronegócio brasileiro? Então você veio ao lugar certo! Neste artigo, vamos abordar um tema bastante relevante e preocupante: a presença de variantes do vírus da raiva em morcegos e saguis no estado do Ceará.

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Pesquisadores da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), realizaram um estudo que revelou a semelhança entre as variantes encontradas em morcegos e as dos saguis analisados. Isso traz preocupações sobre a circulação do vírus, que é mortal para os seres humanos.

Essas variantes estão intimamente relacionadas com as presentes nos saguis-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus), uma descoberta que desafia a noção tradicional de que apenas os morcegos hematófagos são os únicos hospedeiros e transmissores desse vírus mortal.

No estado do Ceará, foram confirmados sete casos de saguis positivos para raiva até agosto deste ano, segundo informações da pesquisadora Larissa Leão Ferrer de Sousa, do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) e doutoranda da EPM-Unifesp. Esses casos reforçam a preocupação com os ataques a humanos por saguis e as mortes causadas pela raiva.

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Um exemplo trágico ocorreu em fevereiro, quando um agricultor de 36 anos foi atacado por um sagui no município de Cariús, a 375 km de Fortaleza. Infelizmente, ele só procurou tratamento em abril, quando os sintomas começaram a aparecer, e não conseguiu sobreviver. A infecção pelo vírus da raiva causa encefalite progressiva, uma inflamação cerebral que leva à morte em quase 100% dos casos.

Diante desse cenário preocupante, é fundamental evitar o contato com morcegos e outros mamíferos selvagens. Caso você encontre esses animais mortos, é importante informar o serviço de zoonose local para que eles sejam encaminhados para análise. Além disso, qualquer pessoa que tenha tido contato direto com esses animais deve procurar imediatamente atendimento médico para receber o soro e a vacina antirrábica, caso seja necessário.

É essencial destacar que o tempo de incubação do vírus da raiva é de aproximadamente 45 dias, o que torna a profilaxia pós-exposição imediata uma medida crucial. Sem o tratamento adequado, quando os sintomas aparecem, o prognóstico costuma ser fatal.

Os cientistas realizaram o sequenciamento genético de 144 amostras de tecido cerebral de morcegos, coletados entre janeiro e julho de 2022, como parte do programa nacional de vigilância epidemiológica. As sequências genéticas do vírus da raiva encontradas foram comparadas com outras depositadas em bancos de dados públicos, revelando uma estreita relação evolutiva com aquelas encontradas em saguis-de-tufo-branco do Nordeste do Brasil.

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A raiva humana associada a saguis foi relatada pela primeira vez em 1991, também no Ceará, e desde então, foram registradas outras 14 mortes no estado atribuídas à transmissão por esses primatas. É importante ressaltar que tanto os morcegos quanto os saguis desempenham papéis cruciais na cadeia de transmissão da raiva no Brasil, além de terem funções ecológicas importantes, como a dispersão de sementes, a polinização e o controle de pragas. Portanto, a preservação desses animais na natureza é fundamental.

Para se manter atualizado sobre as últimas notícias do agronegócio brasileiro e receber informações em primeira mão sobre agricultura, pecuária, economia e até previsões meteorológicas, acompanhe o Canal Rural no Google Notícias. Dessa forma, você estará sempre bem informado e poderá se proteger e tomar medidas preventivas em relação à raiva e outros problemas que afetam o setor agropecuário.

Em conclusão, a pesquisa financiada pela Fapesp e coordenada por cientistas da EPM-Unifesp trouxe à tona a preocupante presença de variantes do vírus da raiva em morcegos e saguis no estado do Ceará. Essa descoberta coloca em evidência a necessidade de maior atenção e cuidado em relação a esses animais, a fim de prevenir casos de raiva e proteger a saúde pública. É fundamental seguir as orientações dos especialistas, não tocar em animais selvagens e procurar atendimento médico adequado em caso de contato direto com esses animais.

Aproveitando a leitura deste artigo, separamos para você algumas perguntas frequentes sobre a raiva em morcegos e saguis:

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1. Quais são os sintomas da raiva em seres humanos?
– Os sintomas podem incluir febre, dor de cabeça, náuseas, agitação, alucinações e dificuldade de engolir, entre outros.

2. É possível transmitir raiva através do contato com morcegos frugívoros e insetívoros?
– Sim, essa pesquisa revelou que essas espécies de morcegos também podem estar transmitindo o vírus da raiva.

3. Como devo proceder se encontrar um morcego morto?
– É importante informar o serviço de zoonose local, para que seja feita uma análise do animal e sejam tomadas as medidas necessárias.

4. Quais são as medidas preventivas que posso tomar em relação à raiva?
– Evite o contato direto com animais selvagens, especialmente morcegos e saguis. Caso tenha contato direto, busque atendimento médico imediatamente.

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5. Como posso ficar informado sobre as principais notícias do agronegócio brasileiro?
– A melhor forma de se manter atualizado é acompanhando o Canal Rural no Google Notícias, onde você encontrará notícias e informações relevantes sobre agricultura, pecuária, economia e previsões meteorológicas.

Esperamos que este artigo tenha sido esclarecedor e tenha fornecido informações importantes sobre o tema da raiva em morcegos e saguis. A conscientização e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para garantir a segurança e a saúde de todos. Fique atento(a) às orientações dos órgãos de saúde e conte sempre com o Canal Rural para se manter informado(a) sobre o agronegócio brasileiro.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e coordenada por cientistas da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp) alerta para presença de variantes do vírus da raiva em morcegos e saguis no estado do Ceará.

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Estas variantes estão intimamente relacionadas com as presentes nos saguis-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus), levantando preocupações sobre a circulação do vírus, que é mortal para os seres humanos.

A pesquisa, cujos resultados foram publicados no Journal of Medical Virology, revela uma semelhança entre as variantes encontradas nos morcegos e as dos saguis analisados.

Além disso, a detecção do vírus da raiva em espécies de morcegos frugívoros e insetívoros chamou a atenção dos cientistas, uma descoberta que desafia a noção tradicional de que apenas os morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue) são os únicos hospedeiros e transmissores deste vírus mortal. .

Segundo Larissa Leão Ferrer de Sousa, pesquisadora do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) e doutoranda da EPM-Unifesp, até agosto deste ano, sete casos de saguis positivos para raiva foram confirmados no Ceará.

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O estado enfrenta um histórico de ataques a humanos por saguis e mortes por raiva. Um exemplo trágico ocorreu em fevereiro, quando um agricultor de 36 anos foi atacado por um sagui no município de Cariús, cidade a 375 km de Fortaleza, capital do estado.

O homem só procurou tratamento em abril, quando os sintomas começaram a aparecer, mas infelizmente não sobreviveu. A infecção pelo vírus da raiva causa encefalite progressiva, inflamação cerebral que leva à morte em quase 100% dos casos.

Larissa Leão Ferrer de Sousa alerta que é fundamental não tocar em morcegos e outros mamíferos selvagens. Ao encontrar esses animais mortos, é importante avisar o serviço de zoonose local para que sejam encaminhados para análise.

Além disso, qualquer pessoa que tenha tido contato direto com esses animais deve procurar imediatamente atendimento médico para administração de soro e vacina antirrábica, dependendo do caso.

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Segundo o pesquisador Ricardo Durães-Carvalho, coordenador do estudo e apoiado pela FAPESP, o tempo de incubação do vírus da raiva é de aproximadamente 45 dias, sendo essencial a profilaxia pós-exposição imediata. Sem tratamento adequado, quando os sintomas aparecem, o prognóstico costuma ser fatal.

Os cientistas realizaram o sequenciamento genético de 144 amostras de tecido cerebral de morcegos pertencentes a 15 espécies.

Esses animais foram coletados no Lacen do Ceará entre janeiro e julho de 2022 como parte do programa nacional de vigilância epidemiológica. As amostras tiveram RNA extraído e as sequências genéticas do vírus da raiva foram comparadas com outras depositadas em bancos de dados públicos.

O estudo revelou que algumas variantes do vírus têm estreita relação evolutiva com aquelas encontradas em saguis-de-tufo-branco do Nordeste do Brasil.

A raiva humana associada a saguis foi relatada pela primeira vez em 1991, também no Ceará, e desde então, outras 14 mortes no estado foram atribuídas à transmissão por esses primatas.

Morcegos e saguis desempenham papéis cruciais na cadeia de transmissão da raiva no Brasil, além de terem importantes funções ecológicas, como dispersão de sementes, polinização e controle de pragas. Portanto, a preservação desses animais na natureza é fundamental.

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