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Período de transição de vacas leiteiras impulsiona saúde e produtividade

1. Entendendo o período de transição e seus impactos na saúde

O período de transição é a janela mais crítica da vida da vaca recém parida. Nessa fase, alimentação, conforto e manejo determinam a saúde e a produção da lactação. Em média, os primeiros 21 dias exigem cuidado específico.

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Por que é tão crítico

Durante a transição, o animal precisa ajustar o balanço energético. Se a energia vem de fontes rápidas demais, o metabolismo fica desequilibrado. Isso aumenta o risco de doenças como cetose, febre do leite, endometrite e mastite.

O que fazer no dia a dia

  1. Ajuste a dieta aos poucos, em 7 a 14 dias, para evitar mudanças bruscas.
  2. Inclua energia suficiente sem exceder a fibra, mantendo o rúmen estável.
  3. Forneça água limpa e abundante o tempo inteiro.
  4. Monitore a condição corporal e sinais de doença todos os dias.
  5. Garanta conforto: cama seca, ventilação boa e ambiente tranquilo.

Sinais de alerta

  • apetite reduzido ou ingestão irregular
  • queda de peso sem ganho adequado
  • febre, secreções anormais ou apatia
  • redução repentina da produção de leite

Ao reconhecer esses sinais, consulte o veterinário. Ele pode orientar ajustes na dieta ou no manejo, evitando complicações.

Na prática, você pode começar hoje mesmo avaliando a alimentação e o conforto do grupo.

2. Dieta balanceada e manejo ambiental para vacas leiteiras

Uma dieta balanceada para vacas leiteiras sustenta saúde, conforto e lactação estável. Ela começa pela qualidade da forragem. Depois vem energia, proteína, fibra e minerais, tudo balanceado para atender as necessidades diárias de cada animal.

Composição da dieta

A base é a forragem de boa qualidade. Silagem de milho bem conservada, feno de gramíneas e pastagens bem manejadas ajudam a manter o rúmen estável. Combine com fontes de energia concentrada quando necessário, como grãos ou farelos, lembrando que o excesso pode causar distúrbios metabólicos.

A energia é fundamental. Sem energia suficiente, a vaca usa gordura do próprio corpo, o que reduz a condição corporal e a produção de leite. A proteína deve estar disponível em quantidade e qualidade adequadas, apoiando a síntese de leite sem sobrecarregar os rins. A fibra adequada mantém a ruminação, evita acidose e melhora o aproveitamento dos nutrientes.

Não esqueça dos minerais e das vitaminas. Cálcio, fósforo, magnésio e sódio são cruciais, especialmente durante a lactação. Vitaminas A, D e E ajudam a saúde geral e a imunidade. Água limpa e acessível o dia inteiro é indispensável para o desempenho e o conforto animal.

Manejo de pastagens e fontes de alimento

Priorize forragem de qualidade e minimize desperdícios. Rotacione áreas de pastagem para manter o verde disponível e evitar pastagens superpastejadas, que reduzem a digestibilidade. Em sistemas com ração de ocupação, mantenha o balanceamento entre o que vem da forragem e o que é fornecido em concentrados.

Para o ambiente, pense em manejo sustentável. Ração bem balanceada reduz a produção de resíduos não aproveitados e diminui emissões quando a eficiência de alimentação é alta. Use suplementos minerais com base na necessidade do grupo, evitando excessos que virariam desperdício e custo desnecessário.

Práticas diárias para manter o equilíbrio

  1. Defina horários de alimentação e mantenha água disponível o tempo todo.
  2. Monitore a ingestão diária e a condição corporal dos animais.
  3. Ajuste a dieta conforme a produção de leite e as condições do pasto.
  4. Faça adubação de base nas áreas de pastagem para manter a qualidade de forragem.
  5. Verifique o armazenamento de ração e a integridade da silagem para evitar perdas.

Sinais de desequilíbrio e ações rápidas

  • Queda repentina na produção de leite ou na qualidade do leite.
  • Perda de condição corporal sem ganho de peso simples.
  • Aumento de doenças de rumem, mastite ou cetose.
  • Beber menos água ou apresentar fezes alteradas.

Quando aparem sinais de desequilíbrio, ajuste a dieta de forma gradual e consulte um veterinário ou nutricionista de bovinos para orientar as mudanças com segurança.

Em resumo, uma dieta bem balanceada aliada a manejo ambiental adequado cria condições para uma produção estável, menor desperdício e bem-estar animal, beneficiando diretamente a lucratividade da fazenda.

3. Sinais de alerta e estratégias de melhoria no confinamento e ventilação

No confinamento, sinais de alerta surgem quando a ventilação falha. O bem-estar cai rápido e o ganho de peso fica comprometido.

Sinais de alerta comuns

  • Respiração acelerada ou ofegante
  • Postura cansada, orelhas caídas e apatia
  • Consumo de água irregular e recusa de ração
  • Queda de produção de leite ou perda de peso
  • Secreção nasal ou tosse persistente

Causas frequentes

As causas vão de lotação alta e circulação de ar insuficiente a calor intenso e umidade. Amônia no ambiente indica limpeza inadequada e ventilação ruim. Sombras mal distribuídas também aumentam o estresse térmico.

Medidas rápidas para melhorar o confinamento

  1. Ajuste a ventilação: abra janelas, corredores bem ventilados e use ventiladores para fluxo cruzado.
  2. Esfrie o ambiente com cuidado: use misters/névoas para baixar a temperatura sem deixar o ambiente encharcado.
  3. Aumente o sombreamento: crie áreas de sombra com telhas, lonas ou barreiras naturais.
  4. Garanta água limpa e abundante o dia todo.
  5. Reduza a densidade de animais temporariamente, se possível, para melhorar o conforto.
  6. Mantenha a cama seca e o piso limpo para evitar irritações e fungos.
  7. Limpeza de resíduos reduz a concentração de amônia no galpão.

Monitoramento prático

  • Observe o comportamento diário e registre sinais de estresse
  • Monitore temperatura e umidade para acompanhar o THI e agir quando subir
  • Treine a equipe para reconhecer sinais precoces e aplicar medidas rápidas

Com esses cuidados, a ventilação adequada no confinamento diminui o estresse térmico, protege a saúde da ruminação e mantém a produção estável, mesmo nos dias mais quentes.

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Saiba Mais Sobre Dr. João Maria
Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.