Com o fim da queda e o início de um movimento mais firme nas cotações do boi gordo, muitos pecuaristas decidiram sair do negócio, vislumbrando uma alta mais consistente da arroba no curtíssimo prazo.
“Apesar da seca, ainda há regiões com boa oferta de pasto, o que permite certa retenção de animais para barganhar melhores preços”dizem analistas em S&P Global Commodity Insights.
Segundo a consultoria, o baixo custo dos insumos para alimentação animal também pode favorecer a engorda dos animais em sistemas de semiconfinamento, reforçando a estratégia de manter lotes de animais nas fazendas, aguardando bons negócios.
Na avaliação da agrônoma Jéssica Olivier, analista da Scot Consultoria, para o pecuarista que pretende fechar o gado no segundo semestre e comprar a ração agora, o cenário pode ser de boas margens.
“Mas pode ser promocional; corra e aproveite, antes que os ‘estoques’ acabem e o pessimismo volte aos contratos futuros”avisa Jéssica.
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Segundo o analista, o mercado futuro tem “datas com a referência de R$ 265/@ para outubro/23, um ótimo sinal para o invernista do segundo turno”.
No mercado físico, das 32 praças monitoradas pela Scot Consultoria, 18 tiveram o preço do boi subindo nos últimos sete dias. “Tal movimento, porém, segue em ritmo acelerado”observa Jéssica.
Nesta sexta-feira (23/6), no mercado paulista, os preços do animal terminado fecharam com estabilidade.
Com isso, o boi gordo destinado ao mercado interno continua valendo R$ 245/@, enquanto as vacas e novilhas gordas são negociadas por R$ 210/@ e R$ 230/@, respectivamente (preços brutos e futuros), informa o escocês.
A cotação do “boi-China” (mais jovem abatido, até 30 meses) é de R$ 250/@ no Estado de São Paulo (preço bruto e a prazo) – portanto, com um prêmio de 5/@ sobre o “comum ”animal macho.
Segundo Jéssica, o “idas e vindas do agio da arroba paulista” são explicados pelo fator “preço de exportação”.
“Em relação ao preço junho/22, o valor atual pago pela tonelada exportada é 25,1% menor”observa o analista.
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De acordo com levantamento de S&P Global Commodity Insightsnacionalmente, as indústrias frigoríficas relatam grandes dificuldades em compor seus cronogramas de abate.
Nesta sexta-feira, o S&P Global captou que ainda há operações a serem concluídas para os dois primeiros dias desta próxima semana, indicando que, além da oferta magra de animais disponíveis, há grande dificuldade em realizar negociações tendo em vista os preços atuais da arroba.
Cotações máximas de homens e mulheres na sexta-feira, 23/06
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 212/@ (prazo)
MS-Gold:
carne bovina a R$ 229/@ (à vista)
vaca a R$ 205/@ (dinheiro)
MS-C.Grande:
carne bovina a R$ 231/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
MT-Cáceres:
carne bovina a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
carne bovina a R$ 210/@ (dinheiro)
vaca a R$ 182/@ (dinheiro)
MT-Collider:
carne bovina a R$ 207/@ (dinheiro)
vaca a R$ 177/@ (dinheiro)
GO-Goiânia:
carne bovina a R$ 217/@ (prazo)
vaca R$ 190/@ (prazo)
Vá para o sul:
carne bovina a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)
PR-Maringá:
carne bovina a R$ 241/@ (dinheiro)
vaca a R$ 212/@ (dinheiro)
MG-Triângulo:
carne bovina a R$ 231/@ (prazo)
vaca a R$ 182/@ (prazo)
MG-BH:
carne bovina a R$ 197/@ (prazo)
vaca a R$ 182/@ (prazo)
BA-F. Santana:
carne bovina a R$ 202/@ (à vista)
vaca a R$ 192/@ (dinheiro)
RS-Fronteira:
carne bovina a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 234/@ (dinheiro)
PA-Marabá:
carne bovina a R$ 197/@ (prazo)
vaca a R$ 179/@ (prazo)
PA-Resgate:
carne bovina a R$ 197/@ (prazo)
vaca a R$ 169/@ (prazo)
PA-Paragominas:
carne bovina a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
TO-Araguaína:
carne bovina a R$ 197/@ (prazo)
vaca a R$ 177/@ (prazo)
RO-Cacoal:
carne bovina a R$ 190/@ (dinheiro)
vaca a R$ 175/@ (dinheiro)
MA-Açailândia:
carne bovina a R$ 195/@ (dinheiro)
vaca a R$ 177/@ (dinheiro)
